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11/05/2018 1 www.cursoforum.com.br 2º FASE CONSTITUCIONAL Prof. Paulo Nasser Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI ou ADIn) Fundamento Legal: Artigo 102, I, “a”, Constituição Federal Lei 9.868/99 11/05/2018 2 1. Conceito e finalidade. A ação direta de inconstitucionalidade é a ação de competência originária do Supremo Tribunal Federal e de caráter abstrato, na qual se pede a declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual que viole a Constituição Federal, conforme o artigo 102, I, “a”, primeira parte, do Texto Maior. A finalidade dessa ação é garantir a segurança das relações jurídicas, por meio da retirada do ordenamento jurídico de lei ou ato normativo federal, estadual ou do Distrito Federal em matéria Estadual que seja incompatível com a ordem constitucional vigente. 2. Objeto da Ação Direta de Inconstitucionalidade. O objeto dessa ação é a declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal, estadual ou do Distrito Federal editados após a promulgação da Constituição Federal, visto que não cabe Ação Direta de Inconstitucionalidade de lei pré-constitucional. Federal ou Estadual Lei ou Ato NormativoOBJETO: 11/05/2018 3 “LEIS” CONSTITUIÇÃO Atos Normativos Primários Atos Normativos Secundários Norma Fundamental HIERARQUIA NORMATIVA DE KELSEN (PARAMETRICIDADE NORMATIVA) DECRETO EXECUTIVO RESOLUÇÃO EXECUTIVA PORTARIAS INSTRUÇÕES NORMATIVAS ETC. Art. “y” da CRFB/88 Lei nº xxxxx/2015 Decreto “z”/2016 HIERARQUIA NORMATIVA DE KELSEN Legal Constitucional Indiretamente Constitucional Indiretamente Inconstitucional legal Inconstitucionalidade Indireta ou Reflexa Inconstitucional 11/05/2018 4 Declaração de inconstitucionalidade que não se mostra possível, porque se atacaria o acessório e não o principal." (ADI 1.749, Rel. Min. Nelson Jobim, julgamento em 25-11-99, DJ de 15-4-05). No mesmo sentido: ADI 1.967, Rel. Min. Nelson Jobim, julgamento em 25- 11-99, DJ de 15-4-05. “Quando instrução normativa baixada por autoridades fazendárias regulamenta diretamente normas legais, e não constitucionais, e, assim, só por via oblíqua atingem a Constituição, este Tribunal entende que se trata de ilegalidade, não sujeita ao controle abstrato de constitucionalidade." (ADI 2.006-MC, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 1º-7-99, DJ de 1º-12-00) ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL DO STF Art. “y” da CRFB/88 Decreto “z”/2010 HIERARQUIA NORMATIVA DE KELSEN Decreto ou Regulamento Autônomo EXCEÇÃO: Hipótese de Controle de Constitucionalidade de Ato Normativo Secundário 11/05/2018 5 2. Objeto da Ação Direta de Inconstitucionalidade. O objeto dessa ação é a declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal, estadual ou do Distrito Federal editados após a promulgação da Constituição Federal, visto que não cabe Ação Direta de Inconstitucionalidade de lei pré-constitucional. Lei ou Ato NormativoOBJETO: Lei do DF? E a Lei Municipal? Em matéria Estadual sim. Em matéria Municipal não. (Art. 32 § 1º CF/88) Federal ou Estadual 3. “Lei” ou “ato normativo”, federal, estadual ou do Distrito Federal em Matéria Estadual. O artigo 102, I, “a”, da Constituição Federal, ao se referir à lei, reporta-se ao conceito de atos normativos primários, ou seja, lei em sentido amplo, qual seja, toda norma fruto do processo legislativo previsto no artigo 59 da Constituição Federal: emendas constitucionais, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções. Portanto todas estas podem ser objeto de Ação Direta de Inconstitucionalidade. Já os “atos normativos” são todos os atos normativos secundários que ordenam uma prescrição em abstrato, que tenham caráter normativo, como os regimentos internos dos tribunais, resoluções do CNJ, entre outros. 11/05/2018 6 4. Ação Direta de Inconstitucionalidade de lei ou ato normativo municipal. Conforme previsão do artigo 102, I, “a”, da Constituição Federal, é cabível Ação Direta de Inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual que conflite com a Constituição Federal. Logo, segundo entendimento da doutrina dominante, não cabe Ação Direta de Inconstitucionalidade de lei ou ato normativo municipal em face da Constituição Federal. Contudo, se a lei ou ato normativo municipal contrariar preceito Fundamental previsto na Constituição Federal poderá ser objeto de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF no STF ou se contrariar dispositivo da Constituição Estadual, poderá haver o controle da constitucionalidade de âmbito estadual, julgado pelo Tribunal de Justiça do Estado através de Representação de Inconstitucionalidade (ADI estadual) no TJ. Isso é possível em razão do caráter federativo de nosso país, no qual os Estados-membros possuem autonomia para organização de suas Justiças, cabendo-lhes a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, conforme preceitua o artigo 125, § 2.º, da Constituição Federal. 11/05/2018 7 5. Ação Direta de Inconstitucionalidade de lei ou ato normativo Distrito Federal. O Distrito Federal é um ente federativo de características peculiares. Suas competência legislativas são híbridas, podendo legislar sobre competências Estaduais e Municipais conforme determina o art. 32 § 1º da CF/88. Assim, ora a Câmara Legislativa do DF faz leis tratando de matéria Estadual, ora de matéria Municipal. O DF, portanto pode legislar sobre ICMS (imposto estadual) e ISS (imposto municipal). Como é cabível ajuizamento de ADI em face de leis estaduais e não de leis municipais, caberá ADI de leis do DF que tratem de matéria Estadual e violem a CF/88 e não caberá ADI no STF de leis do DF que tratem de matéria municipal. Em resumo, no caso do exemplo acima, caberá ADI no STF da Lei do DF sobre ICMS (imposto estadual) que viole a CF/88 mas não caberá da lei do ISS (imposto municipal). 6. Ação Direta de Inconstitucionalidade de Lei ou Ato Normativo Estadual. Em relação ao controle abstrato em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade de atos estaduais, este pode ser exercido tanto pelo Supremo Tribunal Federal quanto pelo Tribunal de Justiça Estadual, tendo em vista que sua previsão encontra-se não apenas no artigo 102, I, “a”, da Constituição Federal, como também no art. 125 § 2º da Constituição Federal atribuindo ao Tribunal de Justiça dos Estados o Controle abstrato em face da Constituição Estadual. 11/05/2018 8 7. Ação Direta de Inconstitucionalidade e normas originárias da Constituição. Normas originárias da Constituição são aquelas que foram elaboradas pelo poder constituinte originário ou seja, regras que constam no texto constitucional desde sua publicação em 1988. Estas não podem ser objeto de Ação Direta de Inconstitucionalidade. Já as normas incluídas por Emendas Constitucionais, ou seja, obra do Poder Constituinte Derivado, devem respeitar os limites impostos pelo poder constituinte originário, como, por exemplo, os presentes no artigo 60 da Constituição Federal. Dessa forma, podem ser declaradas inconstitucionais caso violem suas limitações constitucionais. Assim, as emendas podem ser objeto de Ação Direta de Inconstitucionalidade. 8. Legitimados (artigo 103, Constituição Federal): a) Presidente da República; b) a Mesa do Senado Federal; c) a Mesa da Câmara dos Deputados; d) a Mesa da Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; e) o Governador do Estado ou do Distrito Federal; f) o Procurador-Geral da República; g) o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; h) Partido político com representação no CongressoNacional; i) Confederação sindical (reunião de três federações, sendo que cada federação representa a união de cinco sindicatos – artigos 534 e 535 da CLT) ou entidade de classe de âmbito nacional. 11/05/2018 9 9. Pertinência temática para a legitimidade na propositura da Ação Direta de Inconstitucionalidade. Por pertinência temática se entende a demonstração do interesse de agir para propositura daquela ação específica, ou seja, demonstrar o nexo causal entre a norma em tese, cujo vício de inconstitucionalidade pretende alegar, e o interesse do legitimado ativo que propuser a ADI em declará-la inconstitucional. Legitimados Universais – são aqueles que não precisam demostrar pertinência temática, ou seja, podem propor ADI em face de qualquer Lei ou ato normativo. Legitimados Especiais – são aqueles que precisam demostrar pertinência temática, ou seja, relação entre a norma impugnada e o legitimado ativo impugnante. 10. Legitimação Universal Especial para Ação Direta de Inconstitucionalidade. Legitimados Universais - A maioria dos legitimados para propositura de Ação Direta de Inconstitucionalidade tem legitimação universal, ou seja, tem sempre interesse processual na propositura desta demanda. São, por isso, considerados pelo Supremo Tribunal Federal, defensores da Constituição, por ser da essência desses legitimados a defesa dos ditames constitucionais, não importando o conteúdo da norma inconstitucional. São eles: a) o Presidente da República; b) a Mesa do Senado Federal; c) a Mesa da Câmara dos Deputados; d) o Procurador-Geral da República; e) partido político com representação no Congresso Nacional; f) o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. 11/05/2018 10 Legitimados Especiais - Por terem a obrigação de sempre comprovar a pertinência temática, quando propõem uma Ação Direta de Inconstitucionalidade estes legitimados são denominados de especiais. São eles: a) o Governador do Estado ou do Distrito Federal; b) a Mesa da Assembleia Legislativa dos Estados ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; c) Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 11. Pedido Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade. Conforme o artigo 102, I, “p”, da Constituição Federal, é possível o pedido de medida cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade, mediante comprovação de perigo de dano irreparável, uma vez que excetua a presunção de constitucionalidade de que se revestem os atos normativos. 11/05/2018 11 Conforme art. 10 da Lei 9868/99 Para a concessão da cautelar, salvo em casos de recesso, é necessária a decisão da maioria absoluta do Supremo Tribunal Federal, desde que estejam presentes no mínimo oito ministros na sessão, após a audiência dos órgãos ou autoridades de que emanou a lei ou ato normativo impugnado, que deverá pronunciar-se no prazo de cinco dias (pronunciamento que pode ser prescindido em caso de excepcional urgência), ouvindo-se posteriormente o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da República, no prazo de três dias, se o ministro relator assim julgar indispensável. Cautelar → Audiência com a autoridade de que emanou o ato (pronunciamento em 05 dias – Dispensável em caso de excepcional urgência) → AGU (03 dias) → PRG (03 dias) → Decisão da cautelar por maioria absoluta do Supremo Tribunal Federal (ou seja, metade mais o número inteiro posterior do total dos ministros do Supremo Tribunal Federal) (06 ministros do total de 11). Como regra, a Lei 9.868/1999, em seu artigo 11, § 1.º, consagrou que a concessão da liminar tem efeitos ex nunc, ou seja, suspende a vigência da lei ou ato normativo impugnado, porém o mesmo parágrafo admite que o Supremo Tribunal Federal possa conceder à liminar efeito retroativo (ex tunc). 11/05/2018 12 Efeito Repristinatório – Conforme art. 11 § 2º da Lei 9868/99, em caso de concessão de liminar em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade, a legislação anterior, que tinha sido revogada pela norma atacada e suspensa pela cautelar, torna-se aplicável, adotando o efeito repristinatório da declaração de inconstitucionalidade, salvo expressa manifestação em contrário do STF. Lei “A” revogada por Lei “B” → Lei “B” declarada inconstitucional em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade → Efeito repristinatório da Lei “A” → Volta a ter vigência Lei “A”. 12. Procedimento da Ação Direta de Inconstitucionalidade. O procedimento da Ação Direta de Inconstitucionalidade está previsto no artigo 103, § 1.º e § 3.º, da Constituição Federal, na Lei 9.868/1999 e no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nos artigos 169 a 178. Artigo 3º, parágrafo único, da Lei 9.868/99. A petição inicial, quando subscrita por advogado, deverá ser acompanhada de instrumento de procuração com poderes especiais para propor a determinada Ação Direta de Inconstitucionalidade em face da lei/ato normativo específico, devendo ser apresentada em duas vias, com cópia da lei/ato normativo atacado e toda a documentação necessária para a tese da impugnação da norma. 11/05/2018 13 Capacidade Postulatória - A capacidade postulatória é a capacidade de fazer valer e defender as próprias pretensões ou as de outrem em juízo ou, em outra palavras, a qualidade ou atributo necessário para poder pleitear ao juiz. Essa qualidade está consubstanciada na condição de ser membro de órgão público que tenha representação processual ou ser inscrito na OAB. Assim, o advogado possui capacidade postulatória para postular em juízo. Contudo, segundo o STF, possuem CAPACIDADE POSTULATÓRIA ESPECIAL para a propositura da ADI (não precisam de advogado – embora, caso queiram possam constituir um): a) Presidente da República; b) a Mesa do Senado Federal; c) a Mesa da Câmara dos Deputados; d) a Mesa da Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; e) o Governador do Estado ou do Distrito Federal; f) o Procurador-Geral da República; g) o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Embora não precisem de advogado, nada impede que constituam um. ATENÇÃO 11/05/2018 14 Assim, precisam constituir advogado obrigatoriamente para o ajuizamento da ADI: a) Partido político com representação no Congresso Nacional; b) Confederação sindical; c) entidade de classe de âmbito nacional. Caso o Ministro relator entenda que a petição inicial é inepta, não fundamentada ou manifestamente improcedente, poderá indeferi-la liminarmente. Contra esta decisão cabe o recurso de Agravo. (Art. 4º da Lei 9868/99) 11/05/2018 15 Ajuizada a Ação Direta de Inconstitucionalidade e não sendo caso de indeferimento liminar, o Ministro relator pedirá informações à autoridade da qual foi emanado o ato. Essas informações serão prestadas em 30 dias, contados do recebimento do ofício, podendo ser dispensadas em caso de urgência. O relator também pode requisitar informações complementares para uma avaliação mais segura, se achar conveniente. (Art. 6º da Lei 9868/99) Após esse procedimento, o Advogado-Geral da União será citado para defender o ato impugnado, sendo aberta vista posterior ao Procurador-Geral da República, que se manifestará acerca da procedência ou da improcedência da ação. Ambos terão o prazo de 15 dias para fazê-lo. (Art. 8º da Lei 9868/99) A Lei 9.868/1999, no artigo 7.º, § 2.º, previu também a possibilidade do “amigo da Corte” ou “amicus curiae”, ou seja, terceiros que possam trazer subsídios para o deslinde do feito, alargando a causa de pedir da Ação Direta de Inconstitucionalidade. 11/05/2018 16 O Relator, para maiores esclarecimentos ou por conta de notória insuficiência de informações reunidas nos autos poderá requisitar perícia, marcar data para audiência pública, ou mesmo ouvir depoimentos de pessoas e profissionais entendidos da matéria.(Art. 9º § 1º da Lei 9868/99) Antes de julgamento, o relator ainda pode solicitar informações de Tribunais Superiores e demais Tribunais acerca da aplicação da norma em suas jurisdições. (Art. 9º § 2º da Lei 9868/99) As informações, perícias e audiências a que se referem os parágrafos anteriores serão realizadas no prazo de trinta dias, contado da solicitação do relator. (Art. 9º § 3º da Lei 9868/99) Por fim, o relator elaborará seu relatório, com cópia para os demais Ministros e marcará data de julgamento. (Art. 9º caput da Lei 9868/99) O julgamento da ação será realizado pelo plenário do Supremo Tribunal Federal, respeitando o princípio da reserva de plenário do artigo 97 da Constituição (pelo qual para um Tribunal declarar a inconstitucionalidade de uma norma necessita da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do órgão especial, em caso de Tribunais com número elevado de julgadores) e o quórum mínimo de oito ministros para a instalação da sessão. (Art. 22 caput da Lei 9868/99) 11/05/2018 17 Caráter Dúplice da Decisão - (Art. 23º caput da Lei 9868/99) Caso o Supremo Tribunal Federal entenda que o objeto da ação é constitucional, declarará a constitucionalidade do dispositivo, em via transversa; se julgá-lo inconstitucional, declarará a procedência da Ação Direta de Inconstitucionalidade, em razão do caráter dúplice dessa ação. ADI CONSTITUCIONAL INCONSTITUCIONAL Inicial → Deferimento → Informações da autoridade que emanou o ato (30 dias) → Vistas AGU (15 dias) → Vistas ao PGR (15 dias) → Audiência pública (se necessária) → Data de julgamento → Presença mínima de 08 ministros → Decisão de inconstitucionalidade por maioria absoluta (06 ministros). 11/05/2018 18 Rito Abreviado A Lei 9.868/1999, em seu artigo 12, possibilitou a existência de um julgamento mais célere da Ação Direta de Inconstitucionalidade. Havendo pedido de medida cautelar, o relator da ação, em face da relevância da matéria e de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do Advogado- Geral da União e do Procurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias, submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação. Características próprias do processamento da ADI: a) inexistência de prazos especiais para Fazenda Pública ou Ministério Público; b) inexistência de prescrição ou decadência; c) inexistência de assistência ou intervenção de terceiros (exceção: amicus curiae); d) proibição de desistência da ação; e) decisão irrecorrível (exceção: oposição de embargos de declaração); f) não vinculação à causa de pedir (os Ministros não se vinculam à tese jurídica, mas ao pedido de declaração de inconstitucionalidade de uma determinada norma); 11/05/2018 19 Características próprias do processamento da ADI: g) a decisão da Ação Direta de Inconstitucionalidade tem caráter dúplice, ou seja, se procedente, a norma é considerada inconstitucional e se improcedente, a norma é considerada constitucional, não admitindo nova discussão pelo mesmo fundamento. 13. Efeitos da decisão de Ação Direta de Inconstitucionalidade. Em se tratando de controle abstrato de constitucionalidade, em que se discute a constitucionalidade de uma norma em abstrato, seu efeito é erga omnes e, como regra, retroativo (ex tunc), ou seja, retroagirá, alcançando a inconstitucionalidade desde sua origem. Contudo, a Lei 9.868/1999, em seu artigo 27, prevê a possibilidade do efeito ex nunc, ou ex tunc mitigado, ou ainda efeitos prospectivos da decisão, isto é a possibilidade de modulação dos efeitos da decisão da Ação Direta de Inconstitucionalidade. Em caso de efeito ex nunc ou prospectivos, estamos diante de uma verdadeira declaração e inconstitucionalidade sem pronúncia de nulidade, uma vez que os efeitos da lei até o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade serão preservados. 11/05/2018 20 Para tanto, segundo o mesmo artigo 27, é necessário que haja razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse nacional, como também que tal decisão seja tomada por pelo menos dois terços dos ministros do Supremo Tribunal Federal (08 Ministros). 14. Efeito vinculante da Ação Direta de Inconstitucionalidade. A Emenda Constitucional 45/2004 tornou previsão constitucional expressa o efeito vinculante em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade no artigo 102, § 2.º, da Constituição Federal. Dessa forma, uma vez proferida uma decisão de mérito em Ação Direta de Inconstitucionalidade, esta vinculará obrigatoriamente os demais órgãos do Poder Judiciário, assim como a Administração Pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. Ressalte-se que o Poder Legislativo não está vinculado a esta decisão, uma vez que não há como obrigar o Poder Legislativo a não exercer sua função típica de legislar, mesmo que contrarie a decisão tomada em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade. 11/05/2018 21 Resumindo Efeitos da Ação Direta de Inconstitucionalidade Regra geral: – Erga omnes; – Vinculante; – Ex tunc. Modulação de efeitos: Efeito ex nunc ou outro que o Supremo Tribunal Federal definir por maioria de 2/3 dos ministros. 15. Procedência parcial da Ação Direta de Inconstitucionalidade. No julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade, o Supremo Tribunal Federal pode julgar parcialmente procedente o pedido de inconstitucionalidade, suspendendo a eficácia de uma palavra ou uma expressão da lei, onde aquele a produção de efeitos daquele texto tratado pelo STF fica suspenso. Não se trata de revogação (pois somente outra lei revoga lei) e sim de suspensão de eficácia. ATENÇÃO 11/05/2018 22 16. Declaração de Inconstitucionalidade com e sem redução de texto. No julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade, normalmente o Supremo Tribunal Federal retira do ordenamento jurídico a norma declarada inconstitucional. Neste caso estamos diante da declaração de inconstitucionalidade com redução do texto da lei declarada inconstitucional. Em outras ocasiões, apesar do STF declarar a inconstitucionalidade, não retira a norma do ordenamento, apontando qual é a interpretação conforme a Constituição, ou seja, qual a interpretação da norma para adequá-la ao Texto Constitucional, entendendo por inconstitucional qualquer outra interpretação em qualquer outro sentido. Note-se que neste caso há uma declaração de inconstitucionalidade, mas sem redução do texto da lei. Resumindo: Fundamento Artigo 102, I, “a”, Constituição Federal. Norma regulamentadora Lei 9.868/1999. Objeto Declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal, estadual ou do DF em matéria estadual que viola a Constituição Federal. Competência Supremo Tribunal Federal 11/05/2018 23 Cautelar Possível, artigo 102, I, “p”, da Constituição Federal, com efeito erga omnes, vinculante e, como regra, ex nunc. Legitimidade Artigo 103 da Constituição Federal, repetida na Lei 9.868/1999, artigo 2.º. Pertinência temática Apenas dos seguintes legitimados: a) o Governador do Estado ou do Distrito Federal; b) a Mesa da Assembleia Legislativa dos Estados ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; c) Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. Participantes necessários Procurador-Geral da República (custos legis) e do Advogado-Geral da União (defesa do ato impugnado). Quórum no Tribunal Para cautelar: maioria absoluta. No recesso: presidente do Tribunal. No mérito: maioria absoluta (6), desde que presentes 08 Ministros. 11/05/2018 24 17. Passo a passo da Ação Direta de Inconstitucionalidade – preenchendo seus requisitos:Competência Originária do Supremo Tribunal Federal (artigo 102, I, “a”, da Constituição Federal) Endereçamento AO EGRÉGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Partes Legitimidade Ativa – Artigo 103 da Constituição Federal e artigo 2.º da Lei 9.868/1999. Legitimidade Passiva – Órgão ou autoridade que editou a lei/ ato normativo que se pretende declarar inconstitucional. Causa de Pedir (tese a ser desenvolvida) Apontar os motivos da inconstitucionalidade da norma atacada (inconstitucionalidade formal ou material). Pedido Declaração de inconstitucionalidade, intimação do órgão/autoridade responsável pela lei/ato normativo, intimação do Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República. Demais requisitos A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias da lei ou do ato normativo impugnado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação (comprovação dos requisitos do artigo 3.º, parágrafo único, da Lei 9.868/1999). 11/05/2018 25 18. Esquema da Ação Direta de Inconstitucionalidade AO COLENDO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL [Espaço de dez linhas] [Legitimado Ativo], legitimado (universal/especial) conforme artigo 103, inciso..., da Constituição Federal e o artigo 2.º da Lei 9.868/1999, por seu advogado regularmente inscrito na OAB/... sob o número..., com escritório situado na ..., conforme procuração em anexo com poderes específicos na forma do art. 3º parágrafo único da Lei 9.868/99 vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 102, I, “a” e “p”, da Constituição Federal e artigo 10 da Lei 9.868/1999, propor a presente AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE com pedido cautelar, em face de [Legitimado Passivo – órgão ou autoridade responsável pela edição da lei/ato normativo federal ou estadual]. 11/05/2018 26 Uma vez que a norma impugnada é inconstitucional, pois viola [inserir o artigo ou princípio constitucional violado], conforme se comprovará. [Espaço de duas linhas] I – DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA O JULGAMENTO DA PRESENTE AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE [Espaço de uma linha] [Explicar resumidamente a competência do artigo 102, I, “a”, da Constituição Federal] [Espaço de duas linhas] II – DA LEGITIMIDADE ATIVA [Espaço de uma linha] Explicar os motivos que o legitimado tem para propor a Ação Direta de Inconstitucionalidade, sua previsão no artigo 103 da Constituição Federal e no artigo 2.º da Lei 9.868/1999, e salientar que tem pertinência temática sendo legitimado universal ou comprovar a pertinência temática, no caso de ser legitimado especial [Espaço de duas linhas] 11/05/2018 27 III – DA LEGITIMIDADE PASSIVA [Espaço de uma linha] [Demonstrar qual foi o órgão/autoridade de que emanou a lei/ato normativo que se pretende questionar a constitucionalidade] [Espaço de duas linhas] IV – DA INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL DA NORMA OBJETO DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE [Espaço de uma linha] Inconstitucionalidade Formal - [Demonstrar os motivos pelos quais a lei/ato normativo viola a Constituição Federal em seu aspecto formal, como por exemplo, vício de competência, vício da votação do projeto de lei, proposta de emenda constitucional] 11/05/2018 28 V – DA INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL DA NORMA OBJETO DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE [Espaço de uma linha] Inconstitucionalidade Material - [Demonstrar os motivos pelos quais a lei/ato normativo viola a Constituição Federal em seu aspecto material, como por exemplo, violação direta da matéria constitucional] [Espaço de duas linhas] VI – DA MEDIDA CAUTELAR DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE [Espaço de uma linha] Explicar os motivos do pedido cautelar com base no artigo 102, I, “p”, da Constituição Federal e artigo 10 da Lei 9.868/1999 e seus requisitos: – “Fumus boni iuris”: demonstrar que a tese da inconstitucionalidade da norma tem plausibilidade jurídica; – “Periculum in mora”: demonstrar o risco da demora do provimento jurisdicional apenas ao final do julgamento frente aos efeitos imediatos da norma inconstitucional. [Espaço de duas linhas] 11/05/2018 29 VII – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS [Espaço de uma linha] Ante o exposto, requer-se a este Colendo Supremo Tribunal Federal: 1 – A intimação do órgão/autoridade responsável pela edição da lei/ato normativo objeto da ação, para que, querendo, manifeste-se sobre o pedido cautelar no prazo de cinco dias, conforme o artigo 10 da Lei 9.868/1999, bem como para que, querendo, manifeste-se no prazo de trinta dias, acerca do mérito e pedido principal da ação, nos termos do artigo 6.º, parágrafo único, da Lei 9.868/1999. 2 – A concessão da medida cautelar para suspender a eficácia da norma inconstitucional impugnada, uma vez que presentes os requisitos do “fumus boni iuris” e “periculum in mora”, com fulcro no artigo 10 da Lei 9.868/1999. 3 – A intimação do Excelentíssimo Advogado-Geral da União, para que se manifeste acerca do pedido cautelar no prazo de três dias, bem como para que se manifeste acerca do mérito da ação no prazo de quinze dias, nos termos do artigo 10, § 1.º, e artigo 8.º da Lei 9.868/1999. 11/05/2018 30 4 – A intimação do Excelentíssimo Procurador-Geral da República, para que se manifeste acerca do pedido cautelar no prazo de três dias, bem como para que se manifeste acerca do mérito da ação no prazo de quinze dias, nos termos do artigo 10, § 1.º, e artigo 8.º, da Lei 9.868/1999. 5 – Ao final que seja julgado procedente o pedido de inconstitucionalidade da lei/ato normativo inconstitucional. 6 – Requer-se a juntada das inclusas cópias em duas vias, da inicial, procuração, lei/ato normativo e documentos que comprovam a impugnação da norma inconstitucional, em cumprimento do artigo 3.º da Lei 9.868/1999. [Espaço de uma linha] Dá-se à causa o valor de R$... [Espaço de uma linha] Nesses termos, pede deferimento. [Espaço de uma linha] Local, data... [Espaço de uma linha] Advogado ... 11/05/2018 31 19. Problema Resolvido – (XVII EXAME – Set/15) Partido Político "Z", que possui apenas três representantes na Câmara dos Deputados, por entender presente a violação de regras da CRFB, o procura para que, na qualidade de advogado especialista em Direito Constitucional, se posicione sobre a possibilidade de ser obtida alguma medida judicial em face da Lei Estadual "Y", de janeiro de 2015, que contém 3 (três) artigos. De acordo com a exposição de motivos do projeto que culminou na Lei Estadual “Y”, o seu objetivo é criar, no âmbito estadual, ambiente propício às discussões políticas de âmbito nacional, e, para alcançar esse objetivo, estabelece, em sua parte dispositiva, novas regras eleitorais, sendo estabelecidas, em seu artigo 1º, regras temporais sobre a criação de partidos políticos; em seu artigo 2º fica retirada a autorização para que partidos políticos com menos de cinco Deputados Federais possam ter acesso gratuito ao rádio e à televisão na circunscrição do Estado; e, por fim, em seu artigo 3º fica estabelecida a vigência imediata da referida legislação. Elabore a peça adequada, considerando a narrativa acima. 11/05/2018 32 PEÇA RESOLVIDA AO COLENDO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL [Espaço de dez linhas] PARTIDO POLÍTICO Y, COM REPRESENTACAO NO CONGRESSO NACIONAL, Legitimado Ativo universal, conforme artigo 103, VIII, da Constituição Federal, e artigo 2.º, VIII, da Lei 9.868/1999, por seu advogado regularmente inscrito na OAB... sob o número..., com escritório situado na [endereço], conforme procuração em anexo com poderes específicos na forma do art. 3º parágrafo único da Lei 9.868/99 vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência,com fundamento no artigo 102, I, “a” e “p”, da Constituição Federal, e artigo 10 da Lei 9.868/1999, propor AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO CAUTELAR 11/05/2018 33 em face da Assembleia Legislativa do Estado ... e do Governador do Estado Y, legitimados passivos, por serem as autoridades responsáveis pela edição da Lei “Y” ..., o qual se pretende declarar inconstitucional, conforme se comprovará. [Espaço de duas linhas] I – DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA O JULGAMENTO DA PRESENTE AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE [Espaço de uma linha] Conforme o artigo 102, I, “a”, da Constituição Federal, compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe processar e julgar originariamente a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual. No caso em tela, trata-se de lei estadual eivada de vícios de constitucionalidade formal e material. [Espaço de duas linhas] 11/05/2018 34 II – DA LEGITIMIDADE ATIVA [Espaço de uma linha] O partido político com representação no Congresso Nacional é o partido que tenha pelo menos um parlamentar eleito em uma das casas do Congresso Nacional. Assim, o Partido Y é parte legitima para a propositura da presente ação, uma vez que tem legitimidade para a propositura da Ação Direta de Inconstitucionalidade, conforme artigo 103, VIII, da Constituição Federal e artigo 2.º, VIII, da Lei 9.868/1999, além do fato de ter pertinência temática presumida para propositura de qualquer Ação Direta de Inconstitucionalidade, sendo legitimado universal. [Espaço de duas linhas] III – DA LEGITIMIDADE PASSIVA [Espaço de uma linha] No presente caso, a Assembleia Legislativa e o Governador do Estado figuram no polo passivo da ação, pois foram os órgãos que participaram da elaboração da norma inconstitucional com a apresentação do projeto se sua votação, como se demonstrará a seguir. [Espaço de duas linhas] 11/05/2018 35 IV – DA INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL DA NORMA OBJETO DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE [Espaço de uma linha] A Lei Estadual “Y”, objeto da presente ação, possui vício insanável de inconstitucionalidade formal, na medida em que o Lei trata de direito eleitoral e transmissão de rádio e televisão da campanha eleitoral gratuita. Flagrante a violação do Art. 22, I e IV, da Constituição da República Federativa do Brasil que atribui competência privativamente à União para legislar sobre: direito eleitoral e sobre telecomunicações e radiodifusão sonora de sons e imagens. Trata-se, pois de inconstitucionalidade formal orgânica. V – DA INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL DA NORMA OBJETO DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE [Espaço de uma linha] A Lei Estadual “Y”, objeto da presente ação, estabelece regras eleitorais dentre as quais, artigo 1º, regras temporais sobre a criação de partidos políticos. A Lei Estadual Y sofre de flagrante inconstitucionalidade material, posto que viola o princípio do pluripartidarismo estabelecido nos Arts. 1º, V e 17 caput da CFRB que garante a existência de tantos partidos que forem criados na forma da lei. Assim, na medida em que cria regras condicionando a criação de novos partidos, cria uma exceção violadora da regra pluripartidária constitucional. 11/05/2018 36 Viola também o direito de antena previsto no Art. 17, § 3º da Constituição que garante o direito de acesso gratuito ao rádio e à televisão, na medida em que exclui da campanha eleitoral pelo rádio e televisão partidos pequenos pois, como determina em seu artigo 2º, fica retirada a autorização para que partidos políticos com menos de cinco Deputados Federais possam ter acesso gratuito ao rádio e à televisão na circunscrição do Estado. Por fim, cumpre demostrar afronta ao princípio da proporcionalidade ou razoabilidade na medida em que os meios não se adequam aos fins, já que o objetivo da Lei é criar, no âmbito estadual, ambiente propício às discussões políticas de âmbito nacional, e, não há relação direta entre esse objetivo e a redução de partidos, já que todos devem participar ao que se pretende ser uma discussão de “âmbito nacional”. Assim, a norma objeto desta Ação Direta de Inconstitucionalidade é direta e frontalmente inconstitucional e por isso deve ser declarada por este Colendo Supremo Tribunal Federal. [Espaço de duas linhas] 11/05/2018 37 VI – DA MEDIDA CAUTELAR DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE [Espaço de uma linha] A tutela jurisdicional cautelar se faz necessária, pois estão suficientemente demonstrados os requisitos para sua concessão, quais sejam, fumus boni iuris e periculum in mora. O fumus boni iuris é flagrante pela clareza dos vícios de inconstitucionalidades tanto formais quanto materiais apontados acima. O periculum in mora, se faz presente em razão do constrangimento ao exercício de atividade partidária lícita e constitucional prevista na Constituição. [Espaço de duas linhas] VII – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS [Espaço de uma linha] Ante o exposto, requer-se a este Colendo Supremo Tribunal: a) A intimação da Assembleia Legislativa do Estado... Através de sua mesa e do Governo do Estado, da presente Ação Direta de Inconstitucionalidade, uma vez que são as autoridades responsáveis pela edição da Lei Y, para que, querendo, manifeste- se sobre o pedido cautelar no prazo de cinco dias, conforme o artigo 10 da Lei 9.868/1999, bem como para que, querendo, manifeste-se no prazo de trinta dias, acerca do mérito e pedido principal da presente ação, nos termos do artigo 6.º, parágrafo único da Lei 9.868/1999. 11/05/2018 38 b) O deferimento da medida cautelar, suspendendo a eficácia da Lei Y até que seja definitivamente julgada a presente Ação Direta de Inconstitucionalidade com fulcro no artigo 10 da Lei 9.868/1999; c) A intimação do Excelentíssimo Advogado Geral da União, para que se manifeste acerca do pedido cautelar no prazo de três dias, bem como para que se manifeste acerca do mérito da ação no prazo de quinze dias, nos termos dos artigos 10, § 1.º, e 8.º da Lei 9.868/1999. d) A intimação do Excelentíssimo Procurador Geral da República, para que se manifeste acerca do pedido cautelar no prazo de três dias, bem como para que se manifeste acerca do mérito da Ação Direta de Inconstitucionalidade no prazo de quinze dias, nos termos dos artigos 10, § 1.º, e 8.º da Lei 9.868/1999. e) Ao final que seja julgado procedente o pedido para declarar inconstitucional a Lei Estadual Y, uma vez que viola materialmente e formalmente a Constituição da República. 11/05/2018 39 f) Requer-se a juntada das inclusas cópias em duas vias, da inicial, procuração, Convenção Internacional e os demais documentos que comprovam a impugnação da aludida norma inconstitucional, em cumprimento do artigo 3.º da Lei 9.868/1999. [Espaço de uma linha] Dá-se à causa o valor de R$... [Espaço de uma linha] Nesses termos, pede deferimento. [Espaço de uma linha] Local e data. [Espaço de uma linha] Advogado... 11/05/2018 40
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