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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MOZAR MARTINS DE SOUZA 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL 
DE 
PRÓTESE FIXA 
 
 
 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
3 
INDICE 
 
Materiais e Equipamentos 05 
Materiais e Técnicas de Moldagem 07 
Vazamento de Modelos 
 08 
Montagem em Articulador 17 
Enceramento 20 
Preparo de Troquel 23 
Inclusão 25 
Fundição 27 
Restaurados 37 
Coroa Veneer 53 
Coroas de Jaqueta 56 
Enceramento Diagnóstico 64 
Restauração Provisória 66 
Ponte Fixa 68 
Solda 75 
Núcleo 80 
 Bibliografias 
 85 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
4 
MATERIAIS E TÉCNICAS DE MOLDAGENS 
 EM PRÓTESE FIXA 
 
 A moldagem é um conjunto de operações clínicas 
com o objetivo de reproduzir negativamente a cavidade 
bucal. Dependendo do material utilizado a moldagem 
poderá ser rígida ou elástica. Os materiais mais 
utilizados em prótese fixas são aqueles que, ao serem 
retirados da boca, apresentam-se elásticos. Destes 
modelos de dentes e estruturas adjacentes pode-se 
obter o modelo que é a reprodução positiva da boca. 
 Para que a restauração possa ser feita com 
precisão, o modelo de gesso deve representar uma 
duplicação a mais exata possível do dente preparado. 
Isto significa obter uma moldagem isenta de distorções, 
que deve preencher os seguintes requisitos: 
 Deve ser uma duplicação exata do dente, incluindo 
a área de preparo e suficiente superfície de dentes não 
preparada, para permitir ao dentista e ao protético 
visualizar com segurança a localização e configuração 
da linha de término. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
5 
 Os dentes e tecidos vizinhos ao dente devem ser 
exatamente reproduzidos para permitir uma boa 
articulação do modelo e o contorno adequado da 
restauração. 
 O molde do preparo não deve apresentar bolhas de 
ar, especialmente na área da linha de término. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONFECÇÃO DE TROQUÉIS 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
6 
Troquel: 
 
 É o modelo individual do dente preparado sobre o 
qual será esculpido o padrão de cera. 
 
Função do Troquel: 
 
 1 – Permitir que se tenha acesso às áreas 
proximais e de vedamento periférico. 
 
 2 – Assegurar a adaptação íntima do padrão de 
cera e da futura restauração metálica fundida na área 
marginal (linha de término do preparo). 
 
Sistemas Básicos de Troquel: 
 
 1 – Troquel isolado (primeiro vazamento). 
 
 2 – Troquel removível – pinos maciços. 
 
Característica do Troquel: 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
7 
 1 – Podem ser confeccionados em pinos ou 
totalmente em gesso (maciço). 
 2 – Deve possuir um cabo de aproximadamente 2,5 
cm. 
 3 – Seus contornos devem assemelhar-se aos de 
um dente natural. 
 4 – Sua linha de término deve ser acentuada com 
lápis. 
 
Os Troquéis podem confeccionados com: 
 
 1 – Gesso pedra especial. 
 2 – Cimento de silicato. 
 
O cabo de um troquel deve 
possuir comprimento 
suficiente para ser 
manuseado com facilidade 
devendo, para isso, medir cerca de 2,5 cm. 
 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
8 
 
Os contornos de um troquel devem ser semelhantes aos 
de um dente natural. 
 
 
Observações sobre pinos para confecção de troquel 
 
 Os pinos para troquel são encontrados no mercado 
odontológico em vários formatos e materiais. Os mais 
utilizados são os pinos metálicos, podendo ser simples e 
de vários tamanhos (de acordo com o dente preparado). 
São indicados para dentes anteriores ou posteriores. Ou 
duplos, sendo sua utilização e posicionamento a critério 
particular de cada profissional. São mais indicados para 
dentes posteriores. 
 
VAZAMENTO DE MODELOS 
 
INTRODUÇÃO: 
 
 O modelo de trabalho é o mais importante ponto de 
base para a execução dos trabalhos protéticos, é sobre 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
9 
ele que todos os passos técnicos devem ser executados. 
Para tanto, deve ser obtido com um material capaz de 
reproduzir com fidelidade a anatomia das áreas bucais a 
serem tratadas. Quase que universalmente, os gessos 
dentais tem sido o material requisitado para este fim, por 
apresentarem fácil manipulação e características 
favoráveis às finalidades específicas a que se destinam. 
 
 
 
 
 
 
 
VAZAMENTO DE MODELOS COM TROQUÉIS 
REMOVÍVEIS 
 
 A superfície do modelo de trabalho e a superfície 
do troquel deve m apresentar-se duras o suficiente para 
resistir à abrasão durante a confecção do padrão de 
cera. Portanto, para a confecção do modelo de troquel, 
deve-se usar um gesso especial extra-duro. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
10 
 
 São estes os procedimentos laboratoriais 
executados durante a confecção do modelo com troquel: 
 
1 – Equipamentos, materiais e instrumentais devem estar 
sempre no local de vazamento, limpos e secos. 
2 – De posse da moldeira com o molde deve-se analisar 
bem os preparos, verificando e os mesmos foram 
copiados com exatidão. 
3 – Fazer a descontaminação do molde. 
4 – Eliminar a tensão superficial, quando necessário. 
5 – Antes de usar o gesso, misturar suas partículas no 
recipiente. 
6 – Marcar com um lápis cópia os locais onde serão 
colocados os pinos. 
7 – Manipular o gesso especial, respeitando a indicação 
da relação água/pó recomendada pelo fabricante. 
8 – Observar o tempo de manipulação e a consistência 
do gesso. 
9 - Retirar o gesso do recipiente com uma colher bem 
seca. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
11 
10 – Manipular o gesso no gral, trazendo-o para a borda 
do mesmo e vibrar suavemente até depositá-lo no fundo. 
11 – Manter o gral encostado no vibrador, durante o 
vazamento. 
12 – Colocar pequena quantidade de gesso especial, 
manipulado sob vibração mecânica, com o auxílio de um 
pincel ou gotejador nos dentes preparados. 
 
Observar o gesso correr nos preparos, até que cubra 
somente a área dentada, o suficiente para se fazer o 
preparo do troquel. 
 
13 – Durante este procedimento deve-se atentar bem 
para a área de preparo, a qual deve estar isenta de 
bolhas de qualquer natureza, observando o 
posicionamento do dente preparado a fim de se localizar 
os pinos do troquel. 
14 – Pequenas retenções deverão ser confeccionadas 
fora da área de troquel, de modo que o desprendimento 
do restante do dente não preparados, quando os 
troquéis forem seccionados. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
12 
15 – Posicionar os pinos na área de preparo, antes que o 
gesso tome a presa final, o que poderia ocasionar a 
fratura do modelo nesta região. 
16 – O posicionamento dos pinos pode ser feito 
manualmente ou mecanicamente, ficando um passo 
discutível. A face lisa do troquel deverá ser direcionada 
para a mesial ou distal do preparo a fim de facilitara 
secção do troquel. 
17 – Uma vez que o gesso especial tomou presa, deve-
se isolar com vaselina líquida a região de gesso em volta 
do pino de troquel. Deixar secar e isolar novamente. 
Nunca usar isolante de película ou pastoso. 
18 – Colocar uma bolinha de cera utilidade em cima de 
cada pino. 
19 – Manipular o gesso pedra respeitando a indicação do 
fabricante, quanto à relação de água/pó, e colocar sobre 
o gesso especial cobrindo o molde. Não usar vibrador 
para este procedimento. 
20 – Fazer as devidas retenções para montagem no 
articulador. 
21 – Colocar as moldeiras sobre uma área plana, sem 
vibração, durante a presa. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
13 
22 – Marcar tempo de presa recomendada pelo 
fabricante. 
23 – A moldeira não deve ser tocada nem movida de 
lugar, antes da presa final do gesso. 
24 – Limpar equipamentos, instrumentais e pias 
imediatamente após o uso. 
25 – O armazenamento do gesso deve ser feito em 
recipientes vedados, à prova de água, e em local seco. 
 
Obs.: Fazer o vazamento do modelo antagonista, caso 
tenha área de preparo, seguindo os mesmos passos 
acima citados. Os troquéis só devem ser seccionados 
após a confecção do padrão de cera. 
 
Amostra de um 
vazamento de 
gesso em 
modelo 
com troquel: o 
posicionamento 
de pinos e confec- 
ção das retenções devem ser feitas antes da presa 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
14 
do gesso. 
 
 
Modelo de trabalho retirado 
do molde após sua presa 
final. 
 
 
 
 
TROQUELIZAÇÃO TIPO DIE-CAST 
 
 
1 – Se necessário, fazer a duplicação do modelo de 
trabalho observando bem a região do preparo, que deve 
estar isenta de bolhas. 
2 - Marcar os dentes preparados com lápis cópia (locais 
onde serão colocadas as retenções). 
3 – Manipular gesso especial e preencher o molde, no 
vibrador, somente até cobrir os dentes, fazendo 
retenções mecânicas nos dentes que foram preparados 
e entre os preparos (vazar com auxílio do gotejador). 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
15 
4 – Não tocar até tomar a presa. Final. 
5 – Retirar delicadamente o modelo do molde e observar 
o seu posicionamento no troquelizador tipo Die-Cast 
(retirar alguma interferência, se necessário). 
6 – Hidratar o modelo vazado. 
7 – Preencher o interior do Die-Cast com gesso (pedra 
ou pedra especial), conforme a orientação do professor. 
Posicionar o modelo de gesso especial sobre o mesmo 
pressionando-o suavemente para não cobrir o colo e os 
dentes. 
8 – Dar acabamento ao gesso 
9 – Aguardar a presa final. 
 
Obs.: Quanto mais tempo o gesso tomar presa, mais fácil 
será sua remoção do troquelizador. 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
16 
 
 
 
 
 
 
 
RELAÇÃO – ÁGUA / GESSO 
 
 A – Modelo total gesso especial . . . . . . . . . . . . . . . . 
. . . . . 19 ml x 80 grs. 
 B – Modelo total gesso pedra . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
. . . . . 30 ml x 90 grs. 
 C – Modelo total gesso especial com preparo 
removível . . 11 ml x 40 grs. 
 D – Complemento total gesso pedra removível . . . . 
. . . . . . 17 ml x 50 grs. 
 E – Modelo parcial gesso pedra . . . . . . . . . . . . . . . . 
. . . . . 08 ml x 20 grs. 
 F – Modelo parcial gesso especial com preparo 
removível . 03 ml x 10 grs. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
17 
 G – Complemento parcial gesso pedra removível . . 
. . . . . . 05 ml x 15 grs. 
 H – Modelo para metálico cerâmica (gesso 
especial) . . . . . 10 ml x 31 grs. 
 I – Muflo número 3 (gesso pedra ou comum) . . . . . . 
. . . . . . 15 ml x 45 grs. 
 J – Montagem em articulador total (gesso pedra) . . 
. . . . . . 1a parte = 17 ml. 
 K – . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
. . . . . 2a parte = 17 ml. 
 L – Montagem em articulador parcial (gesso pedra) 
. . . . . = 14 ml. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
18 
 
 
 
 
 
UTILIDADE DOS MATERIAIS DE MOLDAGEM 
 
ALGINATO: (irreversíveis) 
 
 Possuí uma reprodução regular, indicando que os 
detalhes e os pormenores serão reproduzidos menos 
satisfatoriamente, pois isto, é utilizado durante a 
moldagem anatômica em Prótese Total, Prótese Parcial 
Removível e Prótese Fixa para se obter modelos de 
estudos. 
 É um hidrocolóide (algas marinhas) porém 
irreversível, é o único material de moldagem usado pelo 
técnico em Prótese Dental, cuja finalidade no laboratório 
é a reprodução de modelos. 
 
ELASTÔMEROS: (elásticos) 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
19 
 Podem também ser chamado de materiais à base 
de borracha. 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
 
 Materiais elásticos e 
 Reação química irreversível. 
 
CARACTERÍSTICAS: 
 
 Apresenta grande elasticidade, é um material não 
aquoso e borrachóide. 
 
Quimicamente existem: 
 
 Polissulfetos, silicones e poliéster. 
 
 As alterações dimensionais são menores que as 
dos hidrocolóides, é mais resistente. 
 
APRESENTAÇÃO: 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
20 
 Pasta/pasta e 
 Pasta/líquido. 
 
INDICAÇÃO: 
 
 Moldagem de áreas retentivas, áreas dentadas. 
 Técnica de dupla moldagem. 
 
CONFECÇÃO DO MODELO: 
 
 O vazamento do modelo pode aguardar algum 
tempo variando com os diferentes tipos de elastômeros. 
Devemos seguir as instruções do fabricante. 
 
COMPOSIÇÃO: 
 
Alginato de sódio, sulfato de cálcio, fósforo de sódio 
ou carbono de sódio, fluoreto de zinco alcalinos e 
corantes. 
 
MANIPULAÇÃO: 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
21 
 Proporção água/pó 1:1 ( de acordo com o 
fabricante). Feita a mistura, espatular com vigor, até 
conseguir uma substância bastante homogênea. Uma 
relação pó/água aumenta a resistência mecânica, a 
resistência ao rasgamento e a consistência diminuindo 
os tempos de trabalhos e de presa, bem como a 
flexibilidade. 
 
TRATAMENTO DO MOLDE: 
 
 O alginato sofre muito rapidamente alterações 
morfológicas e dimensionais. Deve-se evitar portanto, 
armazenar o molde mesmo que por um curto período de 
tempo, pois poderão ocorrer dois tipos de fenômenos: 
 
Sinérese: Exsudação de água, isto é, a perda de água 
da estrutura do gel, ocasionando a contração de moldes, 
portanto, aumento do modelo. 
 
Embebição: É a absorção de água pela estrutura do gel 
e que é freqüentemente acompanhada de expansão, 
portanto, diminuição do modelo. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
22 
RESUMINDO: 
 
 Sinérese = perda de água == aumento do 
modelo, 
 Embebição = absorção de água == diminuição do 
modelo. 
 
REMOÇÃO DO MODELO: 
 
 Após a presa do gesso no molde, retirá-lo sob água 
corrente com movimentos brandos e lateralidade. 
 
GESSO: 
 
Obtido pela trituração da gipsita que depois é 
submetida a elevação de temperatura para extrair a água 
do sulfato de cálcio. Dependendo do tipo de calcinação, 
teremos vários tipos de gesso. 
 
TIPOS DE GESSO 
 
GESSO COMUM: 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
23 
 
Calcinado a seco em caldeiras abertas. 
Partículas com formasirregulares e porosas. 
Escoamento difícil. 
Necessita de mais água para sua manipulação. 
Menos resistente. 
Coloração branca. 
Tempo de presa curto. 
 
UTILIDADE: 
 
 Preenchimento de muflos. 
 
GESSO PEDRA: 
 
Calcinado lentamente com vapor em caldeiras 
fechadas sob pressão. 
Partículas regulares e crismáticas, mais finas e 
menos poroso. 
Escoamento fácil. 
Necessita de menos água para sua manipulação. 
Mais resistente. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
24 
Coloração branca, creme e amarelada. 
Tempo de presa maior que a do gesso comum. 
 
UTiLIDADE: 
 
 Modelo de estudo, antagonista e montagem em 
articulador. 
 
GESSO PEDRA ESPECIAL: 
 
 Calcinado lentamente com vapor em caldeiras 
fechadas sob pressão. 
 Partículas pequenas, necessita de pouca água para 
manipulação. 
 Mais resistente que o gesso pedra. 
 Maior tempo de presa que o gesso pedra. 
 Contém modificadores de cores. 
UTILIDADE: 
 Confecção de troquel. 
RELAÇÃO ÁGUA/PÓ: 
 O pó deve ser pesado. 
 A água deve ser medida. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
25 
 Todos os dois, seguindo as instruções do 
fabricante. 
 
TEMPO DE PRESA: 
 
 É o tempo que vai do início da mistura até o 
endurecimento final do gesso. 
 
CUIDADOS COM O GESSO: 
 
 Os pós de gesso devem ser armazenados em 
ambientes fechados e a prova de umidade e á 
temperatura ambiente. A quantidade em estoque deverá 
ser sempre de acordo com o gasto. 
 
 
 
 
 
TIPOS DE ARTICULADORES 
 
 Articulador é um aparelho que possibilita a fixação 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
26 
dos modelos de trabalho na posição semelhante à do 
arco dental, reproduzindo os registros de interesse 
protético para a confecção da prótese. Existem três tipos 
mais comuns de articuladores: 
 
JON: 
Articulador pequeno, dotado de 
movimentos de abrir e fechar e 
de lateralidade, usado em 
enceramentos de pequenas 
incrustações. 
CHARNEIRA: 
 
Articulador que só faz 
movimentos de abertura 
e fechamento. É indicado 
para incrustações, P.P.R. 
e P.T.R., podendo ser 
encontrado em dois tamanhos mas seu uso é restrito 
devido a simplicidade. 
 
COM MOLA: 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
27 
 
Além dos movimen-
tos de abrir e fechar, 
possui o movimento 
de lateralidade. 
É indicado para 
trabalhos de P.P.R. e P.T.R. com restrições. 
 
SEMI AJUSTÁVEIS GNATUS ou BIO-ART: 
 
 É um dos mais completos, possuindo movimentos 
de abertura e fechamento da boca, lateralidade da 
mandíbula, profusão, além de se poder planejar a 
prótese. É usado em enceramento progressivo e até em 
reabilitações orais, devido a seus recursos. 
 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
28 
 
ARTICULADOR TOTAL AJUSTÁVEL: 
 
 Tem por objetivo fazer o diagnóstico da oclusão, 
planejamento e execução do trabalho protético. Tanto o 
articulador semi-ajustável como o totalmente ajustável, 
possuem três dispositivos acessórios: 
 
 a) – Arco facial; b) – Pino guia incisal; 
 c) – Guia incisal (plataforma incisal). 
d) – Arco facial: permite obter do paciente a 
distância intercondilar e transportá-la para o 
articulador; 
 e) – Pino guia incisal: trabalha em conjunto com o 
guia incisal fazendo os movimentos laterais e 
protrusivos; 
 f) – Guia incisal (plataforma incisal): reproduz, na 
prática, a inclinação do plano oclusal. 
 
 
 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MONTAGEM EM ARTICULADOR 
 
Montagem em Articulador Anatômico Simples 
(Charneira): 
 
 Montam-se os dois modelos ao mesmo tempo, 
usando-se uma mordida em cera de máxima 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
30 
intercuspidação habitual. 
 
Montagem em Articulador Semi-Ajustável: 
 
 Monta-se primeiro o modelo superior com o auxílio 
do arco facial ou mesa, depois se adapta o modelo 
inferior sobre o superior em posição de oclusão, 
ajustando-se o pino guia incisal à plataforma incisal. 
 
Primeiro Passo: 
 
1 – Colocar o articulador semi-ajustável para trabalhar na 
média: 
 
 Distância intercondilar nos orifícios do meio; 
 Cavidade glenóide com apenas um espaçador 
chanfrado; 
 O ângulo de Bennett é de 15 graus; 
 A inclinação condilar é de 30 graus. 
 
 O ramo superior deve estar paralelo ao ramo 
inferior, para isto o pino guia incisal deve estar encaixado 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
31 
no ramo superior na marca que o circula por completo e 
também deve estar tocando no centro da mesa incisal. 
 
2 – Verificar se os dois modelos ocluidos cabem no 
articulador sem a interferência das retenções. 
 
Segundo Passo: 
 
Na borda de um dos lados das placas dos ramos 
superior e inferior do articulador deverá ser colocado um 
pedaço de cera utilidade, isolando posteriormente com 
um pouco de vaselina pasta, com o objetivo de deslocar 
o modelo da placa no final do enceramento. 
 Colocar três cones de cera utilidade na placa do 
ramo inferior, sendo dois mais altos na porção posterior e 
um mais baixo na porção anterior, para dar inclinação 
aos modelos. 
 
Terceiro Passo: 
 
 Ocluir corretamente os modelos superior e inferior e 
fixá-los com um pedaço de cera utilidade entre os pré-
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
32 
molares, em ambos os lados. 
 
Quarto Passo: 
 
 Colocar o modelo ocluído sobre os cones de cera 
utilidade, fazendo uma pequena pressão para fixá-los 
nos cones. Observar se a linha mediana coincide com o 
pino guia incisal e que tenha uma pequena inclinação. 
Verificar se os modelos estão enquadrados na placa e se 
não estão mais inclinados para um lado ou para o outro. 
 
Quinto Passo: 
 
Preparar o material de montagem: 
 
 Articulador com os modelos ocluidos e fixados; 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
33 
 Gesso pedra especial e gesso pedra branco; 
 Gral de borracha; 
 Medidor de água e pó; 
 Espátula para gesso; 
 Jaleco; 
 Toalha de rosto. 
Sexto Passo: 
 
 Hidratar o modelo superior na área das retenções. 
Colocar a água medida no gral e sobre ela, despejar o 
gesso que também foi previamente medido. Manipular 
com a espátula para gesso até que se torne uma mistura 
homogênea. 
 
Sétimo Passo: 
 
Colocar sobre o centro do modelo superior todo o 
gesso pedra especial manipulado, numa altura que ao 
fecharmos o ramo inferior, a porção de gesso seja 
comprimida pelo ramo superior. Não tocar, deixar tomar 
presa por 40 minutos. 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
34 
Oitavo Passo: 
 
 Após 40 minutos, virar o articulador com o ramo 
inferior para cima, retirar os cones de cera, tomando 
cuidado para não desocluir o modelo (caso isto ocorra, 
ocluir novamente). Seguir o mesmo procedimento do 
modelo superior. 
 
 
Nono Passo: 
 
 Após os 40 minutos, verificar se os modelos estão 
bem ocluidos, caso contrário repita a montagem do 
modelosuperior. 
 Caso a montagem esteja correta, completar com o 
gesso pedra, dando o acabamento. 
 Este procedimento poderá ser feito no articulador 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
35 
ou não. 
 Deixar tomar presa. 
 Têm-se então, os modelos articulados em relação 
cêntrica, estando os elementos condilares na posição 
mais posterior do dispositivo da cavidade glenóide, 
podendo-se dar início à execução dos trabalhos a serem 
confeccionados. 
PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
Definição: 
 
É o ramo da odontologia que tem como objetivo , 
restaurar e manter a estética e função do aparelho 
mastigatório, através da substituição total ou parcial dos 
dentes. 
 
PRÓTESE FIXA: 
 
Definição: 
 
São confecções de peças protéticas que servem 
para restituir partes de um dente natural ou substituir 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
36 
dentes naturais. São peças dentossuportadas que não 
podem ser facilmente retiradas pelo paciente e nem pelo 
profissional. 
 
PARA RESTITUIR PARA SUBSTITUIR: 
1 – Coroas: - Ponte fixa. 
 
a) - Coroa de jaqueta 
b) - Coroa com núcleo metálico 
c) - Coroa mista (Veneer) 
 
2 - Restaurações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
37 
 
 
 
 
 
ENCERAMENTO 
 
Existem três técnicas de enceramento: 
 
- Enceramento Progressivo: É feito através do 
acréscimo de cera, obtém-se a função e a forma do 
dente a ser esculpido. 
 
- Enceramento Negativo: É obtido através do 
negativo do dente antagonista, retirando cera é que se 
obtém a forma e função. 
 
 - Enceramento Regressivo: É usado para o estudo 
da anatomia dental, retirando-se cera obtém-se a forma 
do dente. 
 
MÉTODOS DE ENCERAMENTOS: 
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
38 
 
- Método direto: Quando o enceramento é feito 
diretamente na cavidade dentária. A técnica é negativa. 
Este método só pode ser usado pelo CD. 
 - Método Indireto: é quando a escultura é feita no 
modelo de gesso, a técnica pode ser progressiva ou 
negativa. Sua função e estabelecida pelo modelo 
antagonista. 
 
 - Método Direto/Indireto: O procedimento é o 
mesmo que o método indireto. Depois de esculpido o 
padrão de cera é levado á boca do paciente para 
conferência ou prova. Devemos neste caso forrar o 
preparo do modelo com resina acrílica. (Duraley) 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
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39 
 
 
 
CERAS 
 
FINALIDADE: 
 
 As ceras são largamente usadas em prótese 
odontológica, principalmente com a finalidade de 
reconstituir a forma anatômica perdida. 
 Na cera através de escultura se reproduz a 
estrutura anatômica perdida. 
 
TIPOS DE CERA: 
 
 Tipo A: Cera dura de baixo escoamento; 
 Tipo B: Cera média; 
 Tipo C: Cera mole. 
 
COMPOSIÇÃO: 
 
Ingredientes Essenciais: 
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
40 
 
 Cera de parafina, cera de carnaúba, corantes. 
Todas de origem natural, derivados de fontes minerais 
ou vegetais. 
 
PROPRIEDADES TÉRMICAS: 
 
 As ceras para incrustações são amolecidas pelo 
calor; 
 A condutibilidade térmica da cera é baixa; 
 O tempo para aquecê-la totalmente e 
uniformemente será igual como para esfriá-la à 
temperatura ambiente ou do corpo. 
 Possui elevado coeficiente de expansão térmica; 
 A cera para incrustações, expande e contrai 
termicamente, mais que qualquer outro material dentário, 
por grau de temperatura; 
 A cera é mais plástica em temperatura mais 
elevada. 
 
DISTORÇÃO DA CERA: 
 
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41 
 A distorção da cera resulta das alterações térmicas 
e liberação de tensões. Estas tensões são induzidas pela 
tendência natural da cera em contrair no esfriamento,; 
por bolhas de ar incluídas, por alterações de forma da 
cera durante a moldagem e pela manipulação, tais como 
escultura, repuxamento e remoção. 
 Na cera para incrustação, qualquer empenamento 
do padrão, resultará em falta de adaptação da 
incrustação metálica rígida sobre o tecido dentário duro e 
que não cede. 
 
Causas de distorção: 
 
 Qualquer tensão induzida ao padrão de cera; 
 Métodos de manipulação que criam estrutura 
heterogênea na cera, como por exemplo a falta de 
equilíbrio de temperatura; 
 O tempo e a temperatura que o padrão de cera é 
armazenado; 
 Se a cera for derretida e adicionada ao padrão, com 
o fim de reparar algumas partes, introduzindo tensões 
durante o resfriamento; 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
42 
 Cera imprópria para a técnica empregada. 
 
Redução da distorção: 
 
 Usar a cera adequada à técnica empregada; 
 A fusão da cera no interior do padrão deve ser 
uniforme; 
 Reparos ou escultura posterior do padrão devem 
ser evitados; 
 O padrão deve ser incluído imediatamente após 
removê-lo da boca ou do troquel. 
 
Propriedades desejáveis à cera: 
 
 A cera deve ser uniforme quando amolecida; 
 A cor da cera deve contrastar com o material e com 
o dente, a fim de facilitar a verificação de falta ou 
excesso de cera; 
 Após o amolecimento não deve haver descamação 
ou rugosidade; 
 A cera não deverá distorcer ou lascar sob a ação 
do instrumento a ser utilizado; 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
43 
 A cera deve apresentar textura lisa e brilhante; 
 O padrão de cera deverá ser rígido e estável 
dimensionalmente, até ser eliminado. 
 
Manipulação da cera para incrustações: 
 
 Geralmente a cera é amolecida por calor seco. Se a 
cera for amolecida sobre a chama, deverá se tomar o 
cuidado para não volatizar seus constituintes. 
 
OUTRAS CERAS DE USO ODONTOLÓGICO: 
 
Cera utilidade: 
 
 Cera usada para montagem em articulador. 
 
Cera neutra: 
 
 Forramento de cavidades do dente preparado, no 
modelo de gesso; eliminando áreas retentivas; 
 Enceramento da porção radicular do núcleo. 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
44 
Cera em bloco: 
 
 Enceramento de jaquetas; 
 Enceramento de faces estéticas. 
 
Pinos de canalização: 
 
 Usados para confecção do canal de alimentação na 
fundição. 
 
 
 
 
 
 
ELEMENTOS DA FORMA FUNCIONAL PROTETORA 
 
 Ao iniciar qualquer reconstituição, o protético deve 
Ter em mente que a prótese não pode, de modo algum. 
Provocar danos ou prejuízos às outras estruturas sadias 
da boca. Para que a prótese seja confeccionada de 
maneira correta, deve-se observar as formas funcionais 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
45 
protetora, que é responsável pela sustentação dos 
dentes no arco e a proteção dos tecidos e da função. 
 
 - Ponto de contato proximal: local onde se tocam as 
faces mesial e distal de um dente, formando o limite 
superior do espaço interdentário; 
 - Espaço interproximal: é a convexidade das faces 
proximais, razão da existência entre as relações 
interdentais; 
 - Ameias: espaços que emergem a partir da área ou 
da relação de contato em sentido vestibular ou lingual; 
 - Bossas vestibulares (cervical) e linguais (terço 
médio); 
 - Dimensões coronárias: perímetro oclusal. 
Funções do ponto de contato: 
 
1)– Estabilizadora: 
 
 a – manter a integridade e continuidade do arco; 
 b) – prevenir a mobilidade dental; 
 c) – manter a oclusão fisiológica correta. 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
46 
2) – Protetora: 
 
 a) – proteger a papila interdental contra traumas 
mastigatórios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
PREPARO DO TROQUEL 
 
1) – Delimitação: com um lápis, delimitar a área de 
trabalho, ou seja, a linha de contorno do preparo; 
2) – Seccionar: marcar com lápis as paredes do troquel. 
Estas não devem ser totalmente paralelas e sim mais 
convergentes para o terço apical; 
3) – Soltar os troquéis; 
4) – Retocar a mesial e a distal do padrão de cera; 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
47 
5) – Desnudar o troquel para fazer o bisel da peça, 
acrescentar cera no ponto de 
contato; 
6) – Fazer o vedamento 
periférico. 
 
 
Troquel seccionado com uma 
serra para troquel, 
deixando visível o orifício de posicionamento no modelo. 
 
ACABAMENTO DAS MARGENS DO PADRÃO DE 
CERA: 
 A margem é uma área de importância crítica em 
qualquer padrão de cera. Enquanto uma boa margem 
pode não garantir o êxito de uma peça fundida, uma 
deficiente pode, quase sempre, garantir o seu fracasso. 
 Um principio de importância fundamental é o de 
não se aproximar do troquel com instrumento cortante. 
Qualquer instrumento de borda afiada que possa 
remover material do troquel durante a escultura das 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
48 
margens de cera, produzirá uma peça fundida que não 
se ajustará no dente preparado. 
 Verifique com todo cuidado se a margem apresenta 
algumas das seguintes falhas: 
 
1 – Margens com excesso de cera: 
 
Nas áreas em que a cera ultrapassar a linha de 
termino, poderão ocorrer fraturas ouse remover o padrão 
do troquel, dando lugar a uma margem recuada, mais 
curta que a devida. Se esta área em excesso não se 
quebrar durante a remoção do padrão, ela pode retornar 
à forma original. Uma vez fundido o padrão de cera, a 
peça fundida, não se adaptará completamente ao 
preparo. 
 
2 – Margens curtas: 
 
 Uma margem que não tenha sido encerada até a 
linha vermelha de demarcação, não fornecerá um 
selamento adequado da restauração terminada. 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
49 
3 – Ondulações: 
 
 Qualquer rugosidade da cera, nas proximais da 
margem será duplicada na peça fundida. Se 
permanecerem na restauração terminada e cimentada 
estas peças rugosas servirão como ponto de retenção 
para placas que produzirão irritações e inflamações nos 
tecidos gengivais próximos. 
 
4 – Margens expessas: 
 
 Margens expessas ou arredondadas, resultarão em 
selamento deficiente das restaurações e os contornos 
axiais falhos que, com o tempo originarão problemas 
periodontais. As margens do padrão de cera tem que 
terminarem em borda fina. 
 
5 – Margens abertas: 
 
 Pode ser o 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
50 
resultado de qualquer das falhas acima mencionadas. 
Para obter margens ajustadas é preciso prestar muita 
atenção aos detalhes. As margens do padrão de cera 
devem ser brunidas e fundidas, assim como esculpidas 
para assegurar, adaptação intima da cera ao troquel na 
área marginal. 
 
Acrescentar cera com 
instrumento. 
Uma depressão fica na 
borda. 
 
 
Recortar com Hollemback. 
 
 
 
Cera excedente é 
retirada com instru-
mento. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
51 
 
 
Verificação da borda 
pela apical. 
 
 
Limpeza das fissuras nos 
troquéis com uma bola de 
algodão embe-bida em 
material isolan-te. 
 
 Elaboração das bordas 
com Hollemback. Alise as 
superfícies axiais com um 
rolo de algodão e material 
isolante para troquéis. 
 
 
 
 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
52 
 
 
 
 
INCLUSÃO DO PADRÃO DE CERA 
 
 Padrão de cera é a reprodução precisa, em cera, 
da estrutura dentária perdida. Cuidados essenciais 
devem ser tomados durante a sua confecção. 
 A inclusão consiste em envolver o padrão de cera 
com um material que duplique com exatidão, a sua forma 
e detalhes anatômicos. Durante o processo de inclusão 
deve-se Ter conhecimento de que as ligas metálicas 
odontológicas usadas na confecção de restaurados 
metálicos fundidos, apresentam contração de 
solidificação. Portanto, torna-se necessário compensar 
essa contração através de uma expansão semelhante no 
revestimento. 
 
O revestimento sofre, ocasionalmente, momentos de 
expansão: 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
53 
1) – Expansão de presa: Ocorre pelo crescimento 
normal dos cristais de gesso, quando a água adicionada 
a um revestimento; é uma expansão controlada pelo 
tempo; 
2) – Expansão térmica: Ocorre quando o anel contendo 
material incluído recebe um tratamento que vai da 
temperatura ambiente à temperatura elevada no interior 
do forno (650o C a 750o C), na qual é realizada a 
fundição do metal. 
 
Vimos, então, que o revestimento cumpre três 
importantes funções que são a saber: 
 
 1) – Reproduzir precisamente a forma anatômica do 
padrão de cera; 
 2) – Resistir e suportar o aquecimento da queima 
do padrão de cera e da injeção do metal fluído na 
centrifugação; 
 3) – Compensar a contração da liga metálica 
odontológica. 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
54 
Preparo do padrão de cera com pino formador de 
canal de alimentação (sprue): 
 
1) – Uma vez confeccionado o padrão de cera, a atenção 
deve ser dirigida ao seu acabamento marginal, a fim de 
se evitar distorções e infiltrações posteriores; 
2) – Todo trabalho protético, depois de terminado o 
enceramento, deve ser imediatamente incluído em 
revestimento, para evitar distorções do padrão de cera. 
 
Posicionamento do sprue para formação do canal de 
alimentação: 
 
1) – O sprue deve ser posicionado na área de maior 
volume de cera, respeitando uma inclinação de 45 graus 
com uma porção intermediária de cera, a fim de se evitar 
distorções de várias naturezas. O diâmetro do pino de 
canalização depende do volume do padrão de cera. 
2) – Revestir internamente o anel de fundição com uma 
tira de amianto, a fim de compensar os momentos de 
expansão do revestimento e facilitar a remoção da peça 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
55 
metálica fundida. A tira de amianto deve ficar 5 mm 
aquém da borda do anel. 
3) – A adaptação do conjunto padrão de cera / pino de 
canalização, na base formadora de cadinho, deve ter 
reforço de cera para incrustação, ao redor do sprue. Este 
procedimento merece atenção para evitar deslocamento 
durante o preenchimento do anel com revestimento 
manipulado. 
4) – Hidratar o amianto. 
5) – Aliviar as tensões superficiais do padrão de cera 
(Anti-bolhas). 
6) – Observar os detalhes a serem verificados durante 
uma inclusão. 
7) – Manipular o revestimento respeitando a relação 
água/pó. 
8) – Aplicar revestimento sobre o padrão de cera, com 
um pincel limpo, estando todo o conjunto sobre o 
vibrador (técnica convencional). 
9) – Adaptar o anel com o revestimento aos poucos, sob 
vibração, sem deixar cair revestimentodiretamente sobre 
os padrões de cera, até a borda do anel. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
56 
10) – Completar o anel com o revestimento, aos poucos, 
sob vibração, sem deixar cair revestimento diretamente 
sobre os padrões de cera, até a borda do anel; 
11) - Deixar tomar presa por no mínimo, 2 horas. 
 
Obs.: Se a fundição for feita alguns dias após a inclusão, 
devemos hidratar o anel por aproximadamente 1 minuto, 
para evitar trincas no revestimento. 
 
Detalhes a serem observados numa inclusão: 
 
1) – A distância do padrão de cera à extremidade do 
anel, deve ser de no mínimo 6 mm; 
2) – A distância do padrão de cera à tira de amianto, 
deve ser de no mínimo 3 mm; 
3) – A distância de um padrão de cera ao outro, deve ser 
de no mínimo 2 mm. 
 
Câmara de compensação: 
 
 É uma pequena porção de cera acrescida ao pino 
de canalização (sprue). A câmara de compensação 
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
57 
funciona como um reservatório de metal fluído que vai 
alimentar a peça fundida. Portanto deve ser posicionada 
no centro térmico do anel. 
 
Existem outras técnicas de inclusão: 
 
 - Boneca; 
- Vácuo; 
- Higroscópica. 
Obs.: Higroscópica: água a 38o C por 30 minutos e forno 
a 150o C. 
 
 
 
 
 
 
 
 
FUNDIÇÃO DA LIGA METÁLICA 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
58 
 O objetivo único do procedimento de fundição é 
proporcionar uma reconstituição metálica da estrutura 
dental perdida, com a maior exatidão possível. Para que 
esse objetivo seja atingido, é necessário que os passos 
laboratoriais que antecedem a fundição tenham sido 
efetuados com segurança e precisão. 
 Após o tempo de presa do revestimento, deve-se 
retirar cuidadosamente a base formadora de cadinho e 
iniciar o tratamento térmico. 
 Quaisquer revestimentos soltos, adaptados ao 
redor da borda do anel, deve ser removido. O anel de 
fundição deve ser aquecido lentamente, pois se o 
mesmo for aquecido bruscamente, poderá causar 
fraturas no revestimento. 
 Neste caso, a camada externa do revestimento se 
aquecerá antes da camada interna e, 
conseqüentemente, a camada externa começara a se 
expandir termicamente, ocasionando uma tensão térmica 
de dentro para fora, o que resultará em fraturas e trincas 
no revestimento. Estas fendas, por sua vez produzirão 
rebarbas e espinhas no trabalho fundido. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
59 
 Um período de aquecimento seguro, para qualquer 
tipo de revestimento, não é menor que 60 minutos. Na 
técnica de expansão térmica a temperatura do anel é 
elevada gradativamente, a partir da temperatura 
ambientem, até que sejam atingidos 650 a 700o C. 
 O processo de fundição mais comum é por 
centrifugação. O anel é colocado no forno frio, com o 
pino de canalização voltado para baixo, para eliminar a 
cera. O forno é ligado com a temperatura de no mínimo 
700o C por 20 minutos; em seguida, a temperatura é 
ajustada para “média” por mais 20 minutos, quando é 
regulada em “máxima” até a temperatura adequada. Ao 
atingir esta temperatura, de acordo com a liga metálica a 
ser fundida, executa-se a fundição. 
 Se o anel for mantido a uma temperatura superior à 
aquela indicada para a fundição, resultará em uma 
fundição rugosa, bem como possível contaminação da 
liga, causada pela desintegração do revestimento, que 
elimina gases sulfurosos. 
Representação esquemática de um anel com a sua 
câmara de fundição. 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
60 
Em {A}, orifício formador de 
cadinho; 
Em {B}, canal de alimentação 
e câmara de compensação 
de metal; 
Em {C} padrão de cera; 
Em {D}, revestimento; 
Em {E}, tira de amianto; 
Em {F}, anel de fundição. 
 
 Uma vez alcançada a temperatura ideal, passa-se 
para a fundição da liga metálica, a qual é derretida em 
um cadinho refratário e injetada no anel através de 
centrifugação. 
 
 
 
PASSOS PARA A FUNDIÇÃO DA LIGA METÁLICA 
ODONTOLÓGICA 
 
1) – Segurar o contrapeso da centrífuga com a mão 
direita e dar tantas voltas quantas forem necessárias 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
61 
para que, ao ser liberado, a centrífuga gire por, no 
mínimo, 30 segundos; 
2) – Suspender a trava da base, de modo que fique 
apoiada no braço da centrífuga, à frente do conjunto, 
onde está posicionado o cadinho; 
3) – Colocar o metal no cadinho, em quantidade 
suficiente para copiar o trabalho a ser fundido; 
4) – Acender o maçarico, observando as regiões de 
queima de gás e ar, usando a que é mais indicada para 
a fundição da liga, que é a região redutora; 
5) – Uma vez derretido o metal no cadinho, retira-lo do 
interior do forno, com a pinça tenaz, e posicioná-lo 
corretamente na mesa da centrífuga, (verificar a liga a 
ser utilizada). 
6) – Manter a chama do maçarico dirigida para o cadinho 
onde se encontra o metal fluído e, com a outra mão, 
tracionar o contrapeso até o deslocamento da trava 
armadora. Com cuidado, soltas a centrífuga a fim de 
proporcionar a centrifugação do metal derretido. 
7) – O metal é injetado para o interior do anel, com uma 
velocidade máxima atingida em menos de 1 segundo, 
tornando-se gradualmente mais lenta, até parar. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
62 
 
 
Centrífuga e seus componentes básicos. 
 
 
Representação das posições adequadas durante 
uma fundição: 
 Na esquerda, colocação do anel, no suporte com a 
pinça tenaz; 
 Na direita, preparação do braço da centrífuga para 
disparar. 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
63 
Detalhes importantes para fundição com liga de 
prata: 
 
 1) – Inicialmente, o anel deve ser aquecido ao 
rubro; 
 2) – Em seguida, deve ser deixado a esfriar, ao ar 
livre, por 2 ou 3 minutos, para que a temperatura diminua 
até uma faixa entre 450o C e 550o C; 
 3) – Ponto de fusão do Alloy: 600o C à 650o C; 
 
4) – Sempre verificar as indicações do fabricante. 
 
Liga de fundição (Alloy): É a mistura de dois ou mais 
metais. 
Considerações sobre a fundição: 
 
 Geralmente o combustível empregado é uma 
mistura de ar e gás (GLP – gás liquefeito de petróleo). 
 A temperatura da chama é grandemente 
influenciada pela proporção de gás e ar da mistura que, 
ao ser queimada lhe dá origem. Deve-se Ter o redobrado 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
64 
cuidado em se obter um cone de chama em que estejam 
bem diferenciadas as regiões de queima. 
 A região de queima de gás/ar usada para a 
fundição é a redutora, na qual a temperatura está 
adequada para se realizar a fundição do metal. Ela deve 
ser mantida constantemente sobre o metal, até que se 
proceda ao processo de fusão da liga metálica. Assim 
sendo, a superfície do metal se apresentará brilhante, o 
que não ocorreria caso fosse usada a chama oxidante. 
 
Cuidados necessários para a fundição: 
 
1) – A liga metálica não deve ser super aquecida; 
2) – Não se deve fundir antes do anel atingir a 
temperatura adequada; 
3) – Não empregar a chama oxidante; 
4) – Não resfriar o anel imediatamente após a fundição. 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
65 
Obs.: Para a fundição feita com metais Cobre-Alumínio 
ou ouro a temperatura do anel deve permanecerentre 
650o C a 700o C. Não pode ocorrer o resfriamento do 
anel antes da fundição. 
 Ponto de fusão do Cobre-Alumínio é de 900 à 950o 
C. 
 
 
 
 
 
 
PADRONIZAÇÃO DO SISTEMA DE INCLUSÃO E 
FUNDIÇÃO 
 
 Muito raramente vemos um único erro como sendo 
responsável pela avaliação final de uma inclusão e 
fundição de um elemento inadequado. Na maioria das 
vezes é uma combinação de erros manuais (em média 
combinação de três erros) que irão causar uma 
insuficiência. 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
66 
Causas de erros manuais mais freqüentes: 
 
1) – Posição incorreta do padrão antes de começar o 
vedamento periférico; 
2) – Uso em geral de agente isolante; 
3) – Uso de agente isolante pastoso ou de película; 
4) – Falta de concentração do protético; 
5) – Aplicação de cera super aquecida, causando 
excesso de contração; 
6) – Distorção do padrão durante a remoção do padrão 
do troquel; 
7) – Aplicação de cera no vedamento irregular; 
8) – O diâmetro do sprue de alimentação; 
9) – Posição do sprue no padrão, na base de borracha 
em relação ao centro térmico do anel. 
10) – Excesso de agente eliminador de tensão superficial 
(Anti-bolhas); 
11) – Presa do revestimento enquanto estava sendo 
vertido no anel; 
12) – Não observar tempo de presa do revestimento; 
13) – Relação água/pó incorreta; 
14) – Programa de aquecimento do anel muito rápido; 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
67 
15) – Anel em temperatura muito elevada; 
16) – Anel em temperatura muito baixa; 
17) – Não obedecer tempo de evaporação da cera; 
18) – Pressão da centrífuga em excesso; 
19) – Pressão da centrífuga insuficiente; 
20) – Quantidade de liga metálica usada; 
21) – Resfriamento da fundição muito rápido. 
 
Inclusão de ponte para fundição: 
 
 Assim como quaisquer trabalhos fundidos, a ponte 
confeccionada em cera deverá ser imediatamente 
incluída, a fim de se evitar a distorção do padrão de cera. 
 Verificando a exatidão da abertura de caixas ou 
boxes para as facetas estéticas, e a superfície de 
separação para solda (se tratar de uma ponte fixa que 
necessite de solda), vedamentos periféricos corretos, 
sem rebarbas, devemos posicionar os sprues formadores 
de pinos de canalização de metal. 
 Os sprues de cera podem ser posicionados na face 
de maior volume de cera, em uma inclinação de mais ou 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
68 
menos 45 graus, em forma de barras que unem os 
componentes da PFF. 
 
Demonstração da fixação do sprue de cera na face de 
maior volume de cera, no padrão de cera. 
Tal procedimento visa criar um conduto por onde o metal 
fluído passará, durante o processo de centrifugação. 
 
 Como uma peça metálica, logo após a fundição, 
nunca apresenta qualidade superior à aquela da matriz 
de cera, ou seja do padrão de cera, esta deve ser 
melhorada no que diz respeito ao acabamento. Um 
melhor acabamento possível antes de ser incluída no 
revestimento. Todo o padrão de cera deve Ter a sua 
escultura refinada, ou seja, alisada, sem ranhuras. Todos 
os bordos cervicais devem ser minuciosamente 
examinados, bem como a superfície interna para se 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
69 
verificar a adaptação ao modelo individual do dente 
preparado, que é o troquel. 
 Na área externa (oclusal e faces axiais) a cera deve 
ser bem polida, bem refinada, usando-se para isso um 
pincel bem macio e, um pedaço de algodão úmido. 
 O pino de cera ou sprue deverá Ter um diâmetro 
adequado e atentamente posicionado na área de maior 
volume de cera, devendo estar em direção do ângulo 
formado entre as paredes do preparo (mais ou menos 45 
graus), a fim de facilitar a distribuição da liga metálica, ao 
ser injetada por centrifugação. 
 Nos casos de padrões de cera mais volumosos, 
torna-se necessário a utilização de sprues de cera de 
maior diâmetro. 
 O conjunto pino e padrão de cera são colocados 
sobre a base conformadora de cadinho, devendo estar 
localizado no centro térmico do anel e distante da borda 
uns 6 mm. O anel é revestido internamente com uma tira 
de amianto, a fim de compensar os momentos de 
expansão do revestimento. 
 Para evitar a formação de bolhas durante o 
processo de inclusão do padrão de cera, deve-se tratá-lo 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
70 
com antitensor superficial (antibolhas), que deverá ser 
aplicado com pincel. 
 O revestimento deve ser manipulado seguindo as 
instruções de relação água/pó, fornecida pelo fabricante. 
 O padrão de cera deve ser pincelado com o 
revestimento manipulado (inclusão convencional) e 
posteriormente ser vertido para o interior do anel 
mediante o auxílio de vibrador mecânico, a fim de 
desintegrar as bolhas de ar inseridas na mistura. 
 Após a presa, mais ou menos durante um espaço 
de tempo de aproximadamente 60 minutos, retira-se a 
base conformadora de cadinho e posiciona-se o anel no 
forno que será aquecido lentamente para provocar a 
volatilização da cera, e a desintegração e expansão 
térmica do revestimento. 
 
Obs.: O tempo de presa dos revestimentos é fornecido 
nas instruções de uso de cada fabricante. 
 O ciclo de aquecimento poderá ser rotineiro, como 
o utilizado nas fundições de outros RMF. 
 
Forno para fundição: 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
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71 
 
 Ligar o forno no mínimo, manter por 20 minutos, 
passar para o médio, manter por 20 minutos, passar para 
o máximo, deixar que a temperatura indicada seja 
alcançada, manter por mais 10 minutos para a 
uniformidade da temperatura no interior do forno e 
proceder com a fundição normal. 
 
Obs.: Ler especificações de uso das ligas metálicas 
fornecidas pelos fabricantes. Atentar-se bem para a 
temperatura de fusão, pois não devemos superaquecer o 
metal, pois o mesmo perderá propriedades, e o anel com 
revestimento, deverá estar a mais ou menos 300 graus 
centígrados abaixo do ponto de fusão da liga. 
 
 Durante o processo de fundição, armar 
corretamente a centrífuga e usar adequadamente a 
região de redução do maçarico. Estar sempre atento 
para que não haja superaquecimento nem da liga 
metálica, nem do anel no interior do forno, o que 
prejudicaria sensivelmente a qualidade da ponte fixa 
fundida. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
72 
EQUIPAMENTOS USADOS NA INCLUSÃO E 
FUNDIÇÃO 
 
 Além do gral de borracha, espátula para gesso, 
espátula 36, pincéis e vibrador, temos: 
 
Espatulador a vácuo: 
 
 Manipula e retira as bolhas através de uma bomba 
de vácuo e alguns ainda são dotados de um vibrador. 
Facilita toda a operação de inclusão além de 
proporcionar uma inclusão perfeita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anéis para fundição: 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
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73 
 
 
 
 
 
Encontrados em vários 
tamanhos para atender as necessidades. 
São constituídos em aço inoxidável. 
 
Base de borracha: 
 
 Acessório indispensável do anel. É nela que será 
fixado o pino de canalização com a incrustação, além 
dessa função ainda forma no revestimento a base 
conformadora de cadinho. 
 
Regulador de Pressão: 
 
Regula a pressão do ar 
produzida pelo compressor. 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
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74 
Compressor: 
 
Produz ar, éo alimentador do 
laborató-rio, pode ser industrial 
ou odontológico. 
Maçarico Ar/Glp: 
 
Usado para fundições de 
baixa fusão (Au, Ag e 
CuAl). 
 
 
Centrífuga: 
 
Responsável pela 
introdução do metal 
fluído no anel através 
da 
centrifugação. 
 
Cadinhos: 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
75 
 
Peças refratárias onde 
será fluído as ligas 
metálicas. 
 
 
Pinça tenaz: 
 
Pinça usada na retirada e transporte de anéis e cadinhos 
quentes. 
 
Forno para fundição: Responsável pela volatização 
das ceras e/ou acrílicos e pela expansão dos 
revestimentos. 
 
REVESTIMENTOS 
 
Finalidade: 
 
 É o material usado para revestir o padrão de cera, 
copiando os seus mínimos detalhes, agindo como uma 
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
76 
“fôrma” para receber o metal na fundição, após a 
evaporação do padrão de cera. 
 
Revestimento aglutinado por gesso: 
 
 - Contém alfa-hemidratado de Gipsita; 
 - Tempo de presa de 9 a 18 minutos; 
 - Expansão de presa, compensa a contração da 
liga; 
 - A expansão térmica é de no máximo 700o (650o a 
700o graus); 
 - O revestimento não deve ser reaquecido, porque 
pode desenvolver fendas internas; 
 - É usado para fundição de ligas de baixa fusão 
(ouro tipo A e B, Prata, Cobre e Alumínio); 
 - Manipulado com água (pó + H2O). 
 
Revestimento para soldagem: 
 
 - É o revestimento usado para incluir estruturas 
metálicas que irão receber solda; 
 - Expansão térmica mínima; 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
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77 
 - Este revestimento deve resistir ao calor durante a 
soldagem sem trincar. 
 
Considerações técnicas: 
 
 - Os revestimentos devem ser armazenados em 
recipientes vedados contra o ar e umidade; 
 - Durante o uso, os revestimentos devem ser 
abertos por curto tempo; 
 - Deve-se adquirir quantidades adequadas ao 
consumo; 
 - O revestimento deve ser pesado e a água medida, 
segundo as instruções do fabricante. 
 
Manipulação do revestimento: 
 
 - Devemos sempre seguir as instruções do 
fabricante; 
 - Misturar os cristais; 
 - Medir o líquido e colocar no gral de borracha; 
 - Pesar o pó e colocá-lo aos poucos sobre o líquido; 
 - Espatulação mecânica ou manual; 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
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78 
 - Incluir o padrão de cera, que deverá estar limpo e 
seco, e devidamente fixo pelo pino de canalização à 
base de borracha. 
 
LIGAS METÁLICAS ODONTOLÓGICAS 
 
Introdução: 
 
Liga: É a mistura de dois ou mais metais. Em prótese 
odontológica o uso de metais puros é limitado. Sendo 
usado as ligas metálicas. 
 
Corrosão: É a deterioração de um metal por reação 
com seu meio ambiente. A corrosão é um dos grandes 
problemas quando da colocação de uma restauração 
metálica no meio bucal. 
 
O meio bucal facilita a corrosão: 
 
 - Alimentos com diferentes PHs; 
 - Ácidos liberados durante a degradação dos 
alimentos. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
79 
 
Ouro: Resiste ao ataque químico, sendo portanto o mais 
nobre dos metais, indicado para confecção de prótese 
odontológica. 
 
Tipos de ligas: 
Metais Nobres: 
Ouro: 
 
 - Metal mais nobre, raramente mancha na cavidade 
bucal; 
 - Elevado coeficiente de condutibilidade térmica; 
 - Desvantagens: cor; 
 - Pouco usado devido ao alto custo. 
 
Tipos de ouro – Indicação: 
 
 Tipo 1: mole – para pequenas incrustações 
(facilmente brunido); 
 Tipo 2: médio – coroas ¾ espessas, retentores, 
pônticos e coroas totais (sujeitas a tensões moderadas). 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
80 
 Tipo 3: duro – coroas ¾ finas, retentores, pônticos e 
coroas totais (sujeitas à grande tensões). 
 Tipo 4: extra duro – estruturas com espaço 
protético longo (sujeitas a tensões muito elevadas). 
 
Ouro branco: Predominância de ouro, mas 
esbranquiçado com paládio ou paládio e prata. 
 
Platina e Paládio: 
 
 - Metais nobres usados conjuntamente com outro 
metal, para proporcionar maior qualidade ao trabalho; 
 - São inertes na cavidade bucal; 
 - Coloração: esbranquiçada; 
 - Alta elasticidade. 
 
Liga Prata/Paládio: Esbranquiçadas com predominância 
da prata, porém com quantidades de paládio para 
promover a nobreza e tornar a prata mais resistente à 
manchas. 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
81 
Liga Paládio/Prata: Liga usada para confecção de 
coroas metalo-cerâmicas. Temperaturas de 
amolecimento altas o suficiente para permitir a fusão da 
porcelana. 
 
Liga Ouro/Platina: Liga usada para coroas, pontes e 
incrustações. 
 
Liga de Paládio: Usada em próteses metalo-cerâmicas 
e para coroas e pontes. 
Metal seminobre: 
Prata: 
 
 - Não resiste à corrosão; 
 - Ponto de fusão baixo; 
- Cor: branca; 
 - Uso de paládio para melhorar a qualidade da liga; 
 - Ponto de fusão de 650o graus. 
 
Metais não nobres: Os metais não nobres são usados 
para a obtenção de ligas alternativas. 
Cobre-Alumínio: 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
82 
 
 - Perfeita compatibilidade biológica; 
 - Liga dura; 
 - Ponto de fusão de 900 a 950o graus. 
 
Indicação: 
 
 - Próteses unitárias (incrustações e coroas totais), 
próteses metalo-cerâmicas (metal e acrílico), próteses 
parciais fixas e núcleos; 
 - Oxida-se com facilidade. 
 
SOLDA 
 
 É a liga derretida para unir partes metálicas 
adjacentes e menos fusíveis. 
 
Requisitos de uma solda: 
 - Deve escoar facilmente a uma temperatura inferior 
ao ponto de fusão da liga a ser soldada; 
 - Deve apresentar resistência suficiente à 
deformação ou fratura; 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
83 
 - Resistente à corrosão e perda de brilho; 
 - O espaço para a solda deve estar dentro dos 
limites de 1,5 mm. 
 
Fundente e Anti-fundente: Usado para facilitar a 
soldagem no limite de espaço de 1,5 mm. 
 
Fundente: Substância que promove o escoamento 
da solda sobre as partes metálicas, limpando a 
superfície. 
 
 Exemplo: Bórax (soldagem de ouro). 
RMF 
 
CONSIDERAÇÕES SOBRE OS TIPOS DE PREPAROS 
EM DENTES 
 
Os preparos em dentes são feitos levando-se em 
consideração a anatomia e constituição dos mesmos. 
Sabe-se que os dentes humanos são órgãos 
mineralizados, resistentes, esbranquiçados, implantados 
em osso alveolares, anexados ao maxilar e à mandíbula. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
84 
 Considerando o dente em seu alvéolo, e 
seccionando-o longitudinalmente, teríamos pela ordem, 
do exterior para o interior: esmalte, dentina e polpa. 
 
Corte longitudinal de um dente. 
 É justamente esta constituição morfológica do 
dente que, servirá de orientação para se executar 
preparos em dentes. Assim sendo, os preparos em 
dentes terão duas finalidades: 
 
1 – Finalidade terapêutica: Visando a restauração 
do tecido cariado ou até mesmo fraturado, devolvendo 
ao dente a sua funcionabilidade e estética através da 
restauração de suas faces danificadas. 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
85 
2 – Finalidade protética: Visando criar artifícios 
mecânicos de desgaste nas faces do dente, propiciando 
condições de retenção para umaprótese fixa. 
 
 Vale considerar que tais preparos protéticos, 
freqüentemente são executados em dentes hígidos, ou 
seja, em dentes sadios, uma vez que podem servir de 
suporte para dentes ausentes, no caso de uma prótese 
parcial fixa. 
 Os preparos com finalidade protética podem ser 
classificados de acordo com a extensão da profundidade 
que atingem na constituição morfológica do dente. Assim 
sendo, podemos fazer as seguintes classificações: 
 
1 – Preparos extracoronários ou preparos 
periféricos: São assim chamados porque neles a 
área de preparo do dente não ultrapassa o limite do 
esmalte, havendo desgaste somente nesta região. Neste 
tipo de preparo não há aprofundamento de sulcos, box e 
canaletas retentivas próximos da dentina. 
 As coroas totais são preparos extracoronários ou 
periféricos que podem ser totalmente metálicos, do tipo 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
86 
veneer metalo-plástica ou metalo-cerâmica, jaquetas e 
as coroas parciais. 
 Considera-se que coroas totais são tipos de 
preparos extracoronários onde o dente é desgastado em 
todas as faces, no limite de esmalte. 
 
 As coroas parciais são tipos de preparos onde o 
dente sofre desgaste em duas ou mais faces, 
conservando uma, freqüentemente a face vestibular por 
questões de estética. 
2 – Preparos intracoronários ou preparos centrais: 
São assim chamados porque o dente é desgastado 
além do limite do esmalte, podendo haver 
aprofundamento de sulcos, box e canaletas de retenção, 
ao nível de dentina. 
 São tipos de preparos intracoronários ou centrais 
as coroas tipo OP (ocluso provisório) que são as DO 
(disto oclusal) e as MO (mésio oclusal). São 
consideradas também as MOD (mésio-ocluso-distal). 
 
3 – Preparo intra-radiculares: São os preparos feitos 
em dentes com grande destruição coronária e que 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
87 
sofreram tratamento endodôntico. Isto significa que a 
área de preparo do dente ultrapassou os limites do 
esmalte e dentina. 
 
 a) – dentes uni-radiculares; 
 b) – dentes multi-radiculares: 
 Condutos paralelos; 
 Condutos divergentes; 
 Condutos convergentes. 
PREPAROS EXTRA-CORONÁRIOS OU 
PREPAROS PERIFÉRICOS 
 
Coroas totais: 
 
Metálicas 
Veneer: 
 
 Metalo-plástica; 
 Metalo-Cerâmica. 
 
Jaquetas: 
 
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
88 
 Porcelana; 
 Plástica. 
 
Coroas Parciais: 
 
Para dentes anteriores ¾; 
Para dentes posteriores 4/5. 
 
Considerações sobre coroas totais: 
 
 As coroas totais podem ser confeccionadas para 
quaisquer elementos dentários das arcadas superior ou 
inferior, desde que um diagnóstico minucioso assim 
indicar. Para tanto deve ser observada a zona de 
localização de cada elemento, para se Ter a firmeza da 
coroa total que melhor se adapte a ele. Para os dentes 
posteriores, onde a zona estética não é acentuada, 
indica-se com mais precisão uma coroa total metálica. 
Se o elemento a ser restaurado estiver posicionado em 
zona estética posterior, ou seja, se o paciente 
diagnosticado possui linha de sorriso muito ampla, 
incida-se com mais Frequência uma coroa total veneer. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
89 
 Para dentes anteriores, onde o fator estético é 
primordial, indica-se uma coroa total de jaqueta (exceto 
para dentes caninos). 
 
 A restauração veneer que seja ela metalo-plástica 
ou metalo-cerâmica, consiste de uma camada de 
material estético aplicado na face vestibular da peça 
metálica fundida. Caso seja uma coroa total metalo-
plástica, torna-se necessária a criação de artifícios 
retentivos durante a confecção do padrão de cera e 
abertura de box estético na face vestibular. Isto porque a 
união entre a resina acrílica e o metal restaurador é uma 
união física que necessita de artifícios retentivos para 
fixação da resina estética que restaurará a face 
vestibular do dente. 
 Para dentes anteriores confeccionam-se coroas 
totais de jaqueta por serem o trabalho mais indicado para 
zonas altamente estéticas. São indicadas para a 
restauração individual de elementos, podendo serem 
confeccionadas em porcelana ou em resinas acrílicas. 
Podem ser igualadas em cor com os dentes naturais, 
restaurando, assim, a estética do paciente. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
90 
 
 
Preparo de uma coroa total posterior. 
 
 
Preparo de uma coroa total Preparo de uma coroa 
total 
Anterior (metalo-cerâmica). Posterior (met.-cerâmica. 
 
PREPAROS PARA COROAS PARCIAIS 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
91 
 A coroa parcial é uma restauração que cobre duas 
ou mais faces do dente natural. Suas faces normalmente 
preparadas são a lingual, as proximais, oclusal ou a 
incisal. A racionalização em preservar as partes ou parte 
do dente visa a estética e a conservação da estrutura 
dentária. 
 As coroas parciais não oferecem retenção tão 
satisfatória quanto as coroas totais, mas respondem às 
necessidades funcionais e anatômicas no ato de sua 
confecção. 
 
TRES-QUARTOS (3/4) 
 
 A coroa ¾ é um dos retentores menos utilizados em 
prótese, devido ao seu preparo estar condicionado a 
determinadas características importantes que devem ser 
seguidas rigorosamente para que possam conservar a 
face vestibular do dente e oferecer retenção satisfatória. 
 Este preparo é indicado para dentes anteriores que 
apresentam a face vestibular hígida. Pode ser utilizado 
como elemento isolado e como retentor de prótese 
parcial fixa, no máximo, com 3 elementos. Depende 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
92 
sobremaneira de pequenas canaletas ou sulcos 
proximais que devem ser paralelos entre si. 
 
 
 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
93 
Preparo de uma coroa parcial ¾. 
 
 
Características de uma coroa parcial ¾ com pino 
modificada e a função desempenhada por elas. 
 
QUATRO QUINTOS (4/5 
 
 Este preparo em dentes posteriores recebe a 
denominação de preparo quatro-quintos, porque prepara 
as faces: distal, mesial, lingual e oclusal, deixando 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
94 
intacta a face vestibular. É a mais usada das coroas 
parciais. 
 O preparo deste tipo não difere dos preparos para 
dentes anteriores, quanto às partes da circunferência 
gengival, porém a diferença está em se preparar as 
faces mesial, distal, oclusal e lingual. Diferenças também 
se constatam quanto aos sulcos proximais da área de 
preparo. 
 Nos dentes anteriores eles se apresentam paralelos 
ao terço médio vestibular, enquanto que nos dentes 
posteriores eles se apresentam paralelos ao longo eixo 
do dente, em forma de sulcos ou canaletas de retenção. 
 
 São indicados como retentor de prótese fixa (no 
máximo 4 elementos) ou como elemento isolado. 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
95 
 
Coroa parcial 4/5 com blindagem de cúspide (molar 
inferior). 
PREPAROS CLASSE III – CAUDA DE ANDORINHA 
 
 São assim chamados porque o preparo apresenta-
se em forma de cauda de andorinha e é um preparo 
muito conservador, tendo pouquíssima utilização 
protética. 
 É um tipo de preparo que desgasta o dente em 
quaisquer de suas faces proximais, avançando as linhas 
depreparo para a face lingual, criando um 
estrangulamento seguido de posterior abertura em forma 
de uma cauda de andorinha. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
96 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Preparo para incrustações de Classe II (cauda de 
andorinha). 
 
 
 
 
 
Preparo Classe III, cauda de andorinha, feita em um 
incisivo central superior e em um incisivo lateral superior. 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
97 
 Este é um preparo indicado para dentes anteriores 
e servem como suporte para uma prótese fixa semi-
rígida, contendo até 3 elementos dentários. Isto porque 
em se tratando de um preparo muito conservador, o 
dente que servirá de suporte não suportaria a incidência 
de forças advindas do ato da mastigação, uma vez que 
os dentes anteriores possuem finalidades mastigatórias 
específicas. 
 
PREPARO TRÊS-QUINTOS (3/5 
 
 São preparos com indicação protética para dentes 
anteriores. Por ser um preparo altamente conservador, 
tecnicamente não deve ser utilizado como retentor de 
uma prótese parcial fixa, o que poderia ocasionar danos 
ao paciente, pois o mesmo não suportaria a incidência 
de forças sobre ele. 
 
 Tendo em vista a sua área de preparo, trata-se 
também de um preparo muito pouco usado em prótese 
fixa. Difere dos preparos ¾ no que se refere ao preparo 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
98 
da área incisal, uma vez que nos preparos 3/5 a área 
incisal é preservada. 
 
 
Preparo 3/5 em um incisivo lateral superior e em um 
canino, com o objetivo de suportar uma PPF contendo 
dois incisivos centrais e um incisivo lateral superior. 
PREPAROS INTRA-CORONÁRIOS OU PREPAROS 
CENTRAIS 
 
 Os preparos intracoronários também são chamados 
de preparos centrais, devido ao fato dos dentes sofrerem 
desgastes retentivos além do esmalte, podendo serem 
observados aprofundamento de sulcos, box e canaletas 
retentivas proximais à dentina. 
 São considerados preparos intra-coronários ou 
centrais as coroas OP (ocluso-proximais) que são as MO 
(mésio-oclusal) e as DO (disto-oclusal). As MOD (mésio-
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
99 
ocluso-distal) inlay e onlay são consideradas tipos de 
preparos intra-coronários ou centrais. 
 
PREPAROS MOD (MÉSIO-OCLUSO-DISTAL) 
 
 É muito discutível o emprego de incrustações, ou 
seja, restaurações metálicas fundidas para restaurar 
lesões MOD, porque não há nenhum elemento no 
preparo que proteja as cúspides isoladas, vestibular e 
lingual. O restaurado restitui estruturas perdidas no 
dente, mas não protege as estruturas remanescentes. 
 
Existem dois tipos de preparo MOD: 
 
1 – MOD Inlay: Preparo intracoronário que restaura 
as faces mesial, distal e oclusal, preservando as 
cúspides dos dentes e restabelecendo a função 
mastigatória e os dois pontos de contato com os dentes 
adjacentes. 
 É um tipo de preparo intracoronário onde as 
paredes axiais e pulpar podem se aproximar da polpa 
dental em diferentes graus. 
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100 
 É indicado para pacientes com baixa 
suscetibilidade a cáries. Também é indicada para dentes 
bem posicionados e com oclusão satisfatória. Servem 
como retentores para prótese fixas pequenas (máximo 3 
elementos) e como elemento isolado. 
 
 
Preparo MOD inlay. Em A, vista proximal do preparo e 
em B, vista oclusal. 
 
2 – MOD Onlay com blindagem de cúspides: 
 
 Tipo de preparo intracoronário que restaura as 
faces mesial, distal e oclusal. Prepara as cúspides que 
ficam protegidas pelo material restaurador, podendo 
proporcionar modificações na oclusão do dente. Utilizada 
como retentor para prótese fixa pequena (máximo 3 
elementos) ou como elemento isolado. 
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
101 
 
 
Preparo de uma restauração MOD onlay. 
 
Observação sobre as MOD inlay e Onlay: 
 
 Na literatura protética há divergências quanto à 
indicação das MOD inlay ou onlay, no que se refere à 
utilização ou não utilização das mesmas como retentores 
de PPF. 
 
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102 
 Alguns autores indicam uma MOD inlay como 
retentor de PPF pequena, com no máximo três 
elementos,; outros já discutem a sua não retenção e 
incapacidade de suportar os esforços advindos da 
mastigação. Assim sendo, fica a critério do dentista 
indicar ou não tais preparos, ficando a mesma não só 
como exclusividade de restaurações individuais como 
também há constatação da utilização das MOD onlays 
como retentores de PPF pequena até três elementos ou 
como elemento restaurador isolado. 
 
RESTAURAÇÃO DISTO OCLUSAL (DO) 
 
 É uma restauração metálica fundida que restitui a 
face oclusal e a face distal do dente natural, 
restabelecendo a função mastigatória e o ponto de 
contato com o dente adjacente. Utilizada como elemento 
isolado. 
 
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103 
 
Preparo disto oclusal (DO em dentes posteriores). 
 
RESTAURAÇÃO MÉSIO OCLUSAL (MO) 
 
 É uma restauração metálica fundida que reconstitui 
as faces oclusal e mesial de um dente natural, 
restabelecendo a função mastigatória e o ponto de 
contato com o dente adjacente. Possui as mesmas 
funções das restaurações metálicas fundidas do tipo DO. 
Utilizada como elemento isolado. 
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104 
 
Características de um preparo MO e funções de cada uma delas. 
 
TIPOS MAIS FREQÜENTES DE 
TÉRMINO DE PREPAROS 
 
VEDAMENTO PERIFÉRICO 
 
 
PREPARO COM OMBRO DE 90O 
 
Recomendado para coroas de 
jaquetas, bastante estético. 
(ausência de bisel) - porcelana. 
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105 
PREPARO COM OMBRO DE 90O COM BISEL 
 
 
Recomendado em 
dentes posteriores 
curtos.(estabilidade). 
 
PREPARO EM CHAFRO 
BISELADO 
 
Uso limitado em regiões 
estéticas. 
Posteriores superiores e em 
todos os Inferiores. 
 
 
 
PREPARO EM 50O 
 
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
106 
É indicado onde a estética é um pré-requisito – 
Metalo-Cerâmica). 
 Podemos ter em um mesmo preparo, términos 
combinados para vedamento periférico, depende 
sobremaneira do tipo de trabalho protético a ser 
executado. 
 
MÉTODO INDIRETO 
 
Obtido os modelos de trabalho superior e inferior 
articulados, com troquel removível fixo, isolar e proceder 
o enceramento ou escultura progressivamente, 
observando a oclusão com todos os movimentos do 
articulador. 
 
Obs.: Nunca usar isolante pastoso ou de película e 
nunca remover o troquel antes do término do 
enceramento oclusal. 
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107 
 
Enceramento e Escultura Progressiva 
 
 
Mova o articulador em todos os movimentos de 
excursão. 
 
 Depois de terminado o enceramento e escultura 
oclusal, retirar o padrão de cera do modelo, serrar e 
remover os troqueis. 
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108 
 Preparar os troqueis fazendo o desnudamento emarcando o limite de preparo para o vedamento 
periférico do padrão de cera. 
 
MODELOS REMOVÍVEIS EM TROQUELIZADOR 
DIE-CAST 
 
Faça um 
corte com 
serra de 
cada lado 
dos dentes 
prepa-rados. 
 
 
 
Rompa com 
os dedos o 
dente 
preparado 
se-parando-o 
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109 
do resto do mode-lo. Não o force isoladamente. 
 
TROQUEIS REMOVÍVEIS COM PINO METÁLICO 
 
 
Localize e remova a cera das extremidades dos pinos. 
 
 Remover o troquel do modelo, fazer o 
vedamento periférico, observando os detalhes de 
adaptação em todas as faces do padrão de extensão e 
forma anatômica. Os pontos de contatos proximais serão 
reconstituídos colocando-se o troquel no modelo ou no 
troquelizador e retocando sempre que for necessário 
deixando com um pouco de excesso para a usinagem 
em metal. 
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110 
 Ajustados todos os detalhes, proceder a 
canalização e a inclusão do padrão no revestimento. 
 
Padrão de cera pronto para ser incluído em 
revestimento. 
 
Obs.: O padrão de cera esculpido deverá ser incluído em 
revestimento imediatamente após ter sido retirado do 
modelo para não sofrer distorções. 
 
FUNDIÇÃO 
 
Após o prévio resfriamento do anel, fazer a 
desinclusão e começar a usinagem. 
 
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111 
USINAGEM E POLIMENTO FINAL 
 
 Antes que qualquer restauração seja 
permanentemente adaptada na boca, ela deve ser 
altamente polida. A superfície rugosa em uma 
restauração é incômoda e também serve de focos 
formadores de impactação de resíduos que também 
geram desconforto, além de perda dos tecidos vizinhos. 
Se a superfície de uma RMF for altamente polida ela se 
torna protegida da ação corrosiva de placas bacterianas 
 
PASSOS LABORATORIAIS PARA SE FAZER O 
ACABAMENTO DOS RESTAURADOS METÁLICOS 
FUNDIDOS 
 
 1 – Fazer o jateamento dos RMF; 
 2 – Seccionar as peças fundidas, utilizando o disco 
de carborundum montado no mandril com parafuso, de 
modo a não lesar a sua estrutura; 
 3 – Adaptar a peça fundida ao troquel, utilizando 
tinta guache vermelha e broca diamantada 710; 
 
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112 
Obs:. para verificar sua adaptação, aconselha-se pintar o 
troquel com tinta guache de preferência na cor vermelha. 
Tal procedimento objetiva, e orienta a adaptação do RMF 
às áreas de preparo do dente. 
 
 4 – Fazer usinagem externa, utilizando brocas 
diamantadas; 
 5 – Fazer polimento primário utilizando pedra 
montada fina; 
 6 – Avivar os sulcos da face oclusal, utilizando 
broca picotada 699; 
 7 – Alisar os sulcos da face oclusal utilizando broca 
lisa 169; 
 8 – Fazer polimento primário utilizando borracha de 
desgaste; 
 9 – Fazer polimento final utilizando borracha italiana 
e borracha siliconada, montadas no mandril de rosca; 
 10 – Fazer polimento dos sulcos da face oclusal, 
com o kit Viking nas cores marrom, verde e azul. 
 
POLIMENTO NO TORNO 
 
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113 
 - Pedra pomes, utilizando escova de pêlo número 
12; 
 - Pasta universal, utilizando escova de pano. 
 
EQUIPAMENTOS PARA USINAGEM, JATEAMENTO E 
POLIMENTO 
 
Usinagem: 
Micromotores: 
 
 Indispensável em todos os trabalhos protéticos. 
Seu uso é diversificado, podendo ser eletrônico, a 
chicote (suspensão), de mesa e de corda. Encontrados 
com rotações que variam de 0 a 30.000 RPM. O mais 
usado é o de até 15.000 RPM. 
 
 
 
 
 
 
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114 
 
 
JATEAMENTO: 
Trijato: 
 
 Usado na limpeza das peças metálicas. 
Responsável pela produção de microporosidades que 
vão auxiliar na cimentação. Possui três bicos com 
depósitos independentes para a colocação de 
microesferas de vidro, óxido de alumínio, (usado 
somente em trabalhos de cerâmica) e mistura. No 
mercado são encontrados ainda, o bijato e o monojato 
com dois, e um bico respectivamente. 
 
 
 
 
 
 
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115 
POLIMENTO: 
 
 Torno de polimento: usado para o polimento final de 
metais e resinas acrílicas. Possuem duas velocidades. O 
mais usado é o torno com 1/3 de potência e 1.750/3.500 
RPM. 
 
 
 
Escova de pelo no 27: 
usada nas P.T.R. e 
P.P.R. com o auxílio de 
pedra pomes umedeci-
das. 
Escova de pelo no 12: 
usada em incrustações 
e facetas estéticas em resinas acrílicas. 
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116 
 Escova de pano: usada para dar o brilho final em 
todos os trabalhos metálicos e em resinas com o auxílio 
de pasta rouge, kaol ou similar. 
 
DISCOS, PONTAS MONTADAS, MANDRIS E BROCAS 
 
 
 
 
Discos: 
 
Carborundum: Para cortar todos os tipos de ligas 
metálicas (USA). 
 
 
 
De lixa: Para acerto de biseis em acrílico ou metal. 
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117 
 
 
De aço dupla face: Usada em espaços interdentais de 
pontes (SWISS). 
 
 
 
Borracha: Grosso/polimento, fino/brilho. indicado para 
metais e resinas (NAC/ITA). 
 
 
PONTAS MONTADAS: 
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118 
 
Piranhas abrasivas: São usadas após as brocas 
diamantadas em usinagens de metais. (NAC). 
 
 
 
Para gesso: Desgaste de gesso (NAC). 
 
 
 
MANDRIS: 
 
De rosca: Para pontas de borrachas (NAC). 
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119 
 
Com parafuso: Para discos em geral. 
 
 
 
BROCAS: 
 
Bush lisa ou picotada: Indicada para fazer o 
reavivamento de sulcos (GERMANY). 
 
 
 
Diamantadas: Usinagens em todas as ligas metálicas, 
cerâmicas e resinas (USA). 
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120 
 
 
Max Cut e Mini Cut: Brocas de altíssima qualidade, 
indicada para desgaste de metais como CrCo e resinas 
acrílicas (GERMANY). 
 
 
Especímetro: Equipamento de precisão destinado a 
medir espessuras de cera ou metal, evitando que fure 
nas fundições ou usinagens. 
 
MATERIAIS PARA POLIMENTO E USINAGEM 
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121 
 
Objetivo: Polimento- superfície lisa – não haver retenção 
de placa bacteriana. 
Técnica: A usinagem e o polimento das próteses 
odontológicas são obtidas por abrasão. 
Abrasão: É o desgaste de uma superfície contra outra 
por atrito. 
 
Tipos de Abrasivos 
 
Óxido de Alumínio: Purificado de bauxita em grãos de 
vários tamanhos. 
Areia: Quartzo, encontrado em várias granulações. É 
usada em lixas de papel e em forma de pó para jato de 
areia. 
Pomes: Material silicoso usado como abrasivo e como 
agente de polimento. 
Rouge: Composto de óxido de ferro, é apresentado em 
formato de barras ou blocos. É o polimento mais fino dos 
agentes utilizados nas peças metálicas. 
 
 
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122 
COROAS VENEER (MISTA) 
 
COROA MISTA ou VENEER METÁLO-PLÁSTICA: 
 
 É uma coroa total mista composta de uma parte 
metálica e outra de resina acrílica termicamente ativada. 
A porção metálica podeser confeccionada com qualquer 
tipo de liga metálica, reconstruindo a forma anatômica e 
funcional do dente. A porção de resina acrílica é 
confeccionada de tal forma que restabeleça 
exclusivamente a face estética. 
 São indicadas como elementos isolados, retentores 
e pôntico de prótese fixa, retentores de prótese 
removível, usados em dentes anteriores e posteriores 
onde a função e estética são importantes. 
 A aderência da face de resina ao metal é por meio 
de retenções mecânicas, previamente obtidas no 
enceramento. 
 A resina é confeccionada através de pincel ou 
prensagem e o endurecimento ou polimerização da 
resina através do calor, com ou sem pressão. 
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
123 
 
Corte esquemático de coroa metálo-plástica. 
 
 
 Padrão de cera da coroa total de um canino. 
 
Padrão de cera com abertura de caixa. 
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
124 
INCLUSÃO COROA VENEER (MISTA) – PARA 
FUNDIÇÃO 
 
Obs.: Mesmo procedimento de inclusão, visto na parte 
de RMF. 
 
Revendo: 
 
01) – Logo depois de encerado, deve ser imediatamente 
incluído (caixa e retenções); 
 
02) – Com o padrão de cera no troquel, colocar uma 
porção de cera intermediária entre o sprue e o padrão de 
cera. Com pouca cera, retocar e fixar melhor em volta do 
sprue. 
 
Obs.: Local do sprue ----> área de maior volume de 
cera: 
 Ângulo ----> (+ ou -) 45o com a base; 
 Diâmetro do sprue ----> depende do volume 
do padrão de cera. 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
125 
01) – Fixar o sprue na cera utilidade (na base do anel); 
reforçar com cera para incrustações na base ao redor do 
sprue; 
02) – Fixar tira de amianto ao redor do anel com cera 
utilidade fundida. (lembrar da distância de 5 mm); 
03) – Hidratar o amianto; 
04) – Passar antibolhas no padrão de cera; 
05) – Observar distâncias entre os padrões (2 mm), da 
parede do anel (3 mm) e da extremidade do anel (6 mm); 
06) – Manipular o revestimento (consistência de iogurte); 
07) – Passar com pincel limpo o revestimento sobre o 
padrão em cima do vibrador; 
08) – Adaptar a base no anel; 
09) – Ainda no vibrador, preencher o anel com 
revestimento aos poucos, sem deixar cair diretamente 
sobre os padrões, até a extremidade; 
10) – Tomar presa sem mexer no mínimo por 2 (duas) 
horas. 
USINAGEM DE COROA VENEER A PARTIR DA 
FUNDIÇÃO 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
126 
01) – Com o disco de carborundum cortar o pino de 
canalização; 
02) – Fazer adaptação interna com a broca diamantada 
(pintar o troquel com a tinta guache e só desgastar onde 
marcar na coroa), até a adaptação total; 
03) – Com a broca diamantada, retirar o excesso nos 
pontos de contato até que entre com uma certa 
resistência no modelo; 
04) – Vedar a coroa no troquel com a broca diamantada 
usinando apenas a cervical, afinando assim o bisel; 
05) – Passar a broca diamantada por toda a coroa, 
(tomando cuidado para não perder o ponto de contato); 
06) – Passar a abrasiva por toda a coroa e fazer o 
polimento final; 
07) – Opacificar a fase vestibular; 
08) – Encerar a face estética com cera branca ou fazer a 
face estética através da técnica do pincel. 
 
RESINAS PARA COROAS E PONTES 
 
Cuidados Preliminares: 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
127 
 Opacificar com opacificador de acordo com as 
instruções que o acompanham. Para uma boa 
reprodução das cores Biotone, a matização deverá ser 
feita de acordo com a tabela abaixo: 
 
 Isolar com isolante para resinas acrílicas as áreas 
de gesso que irão entrar em contato com a resina. Caso 
deseje utilizar o modelo mestre no processamento, 
duplicá-lo no todo ou em parte. 
 Pontes com pônticos devem ser mantidas no 
modelo durante a aplicação, sendo removidas após 
suficiente geleificação da resina e levados para a 
polimerização sob ar comprimido e calor. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
128 
Polimerização: 
 
 - Temperatura: 120o C; 
 - Pressão: +/- 90 libras; 
 - Tempo: 7 minutos – coroas e 14 minutos – 
pontes. 
TÉCNICA DO PINCEL 
 
 Usando dois potes dapen, colocar em um uma 
medida de pó (corpo) e no outro meio medida de pó 
(incisal). 
 Em outros dois potes dapen, colocar uma pequena 
porção de líquido modelador. Umedecer um pincel 
número 01 (pêlo de Marta) no líquido contido num dos 
potes dapen, tocar a superfície do pó para corpo e 
aplicar a bolinha que se forma na extremidade sobre a 
face vestibular já opacificada. 
 Limpar o pincel no líquido contido no outro pote e 
enxugar com papel absorvente. Repetir a operação até 
que o contorno do corpo seja obtido. Não utilizar líquido 
em excesso, nem demorar muito entre as aplicações. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
129 
Limpar o pincel, umedecê-lo com o líquido e pegar uma 
porção do pó incisal e espalhá-lo sobre o corpo cobrindo 
aproximadamente todo o terço incisal. Colocar em 
seguida o trabalho na polimerizadora contendo água à 
temperatura ambiente. 
A resina deverá ficar totalmente coberta pela 
água. As restaurações podem aguardar submersas em 
água até 30 minutos antes de iniciar a polimerização, o 
que permite polimerizar várias peças ao mesmo tempo. 
 Fechar a polimerizadora, regular a temperatura 
para 120o C e aplicar ar comprimido a uma pressão de 
90 libras. Polimerizar durante um tempo mínimo de 7 
minutos para coroas e de 14 minutos para ponte, após 
se chegar a uma temperatura de 120o C. 
 Após a polimerização, aliviar a pressão, remover os 
trabalhos e submetê-la à água corrente até que a peça 
esteja suficientemente fria para ser manuseada. O 
acabamento é feito removendo o excesso de material 
com pedras finas, discos e borracha. 
 
 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
130 
USINAGEM - (FACE ESTÉTICA) 
 
01) – Com a piranha abrasiva, tirar os excessos de 
resina da face estética. Com a quina da broca dar 
anatomia (lóbulos e linhas de imbricação). 
 
USINAGEM - (PARTE METÁLICA) 
 
01) – Passar a borracha de pré-polimento e brilho. 
 
POLIMENTO 
 
01) – Polir com escova de pêlo com pedra pomes 
umedecida. Passar 3 vezes em cada superfície; (metal e 
resina); 
02) – Polir com escova de pano com pasta universal. 
Passar 3 vezes em cada superfície; 
03) – Polir com borracha para brilho (tipo italiana), só o 
metal; 
04) – Lavar com água e secar. 
 
COROA DE JAQUETA 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
131 
 
Coroa de Jaqueta (coroa total de porcelana ou resina 
acrílica): 
 
 É a mais estética de todas as coroas, no entanto é 
a mais frágil delas. Podem ser feitas de resina acrílica; é 
muito estética, mas se desgastam e modificam a cor com 
facilidade. Estão sendo substituídas pelas coroas totais 
de porcelana fundida que apresentam maior 
durabilidades e não há modificação de cor. 
 São indicadas para dentes anteriores, (centrais e 
laterais) visando principalmente a preservação da 
estética e função. 
 
 
01 – Efetuar o vazamento do modelo; 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
132 
02 – Montar no articulador, seguindo o passo a passo da 
montagem em articulador, para evitar erros que terão 
que ser corrigidos montando novamente; 
03 – Enceramento:- Isolar com vaselina líquida ou isolante para 
troquel; 
 - Fazer um casquete com a própria cera branca; 
 - Proceder o enceramento das esculturas em cera 
branca; 
 - Fazer os movimentos do articulador e conferir 
altura, contorno e alinhamento. 
 
04 – Serrar: 
 - Riscar com lápis as paredes do troquel. Estas não 
devem ser totalmente paralelas e sim mais 
convergentes. 
 
05 – Soltar os troqueis: 
06 – Retocar a mesial e distal do padrão de cera. 
07 – Desnudar o troquel para fazer o bisel da peça, 
acrescentar cera nos pontos de contato. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
133 
 
PASSO A PASSO PARA INCLUSÃO EM MUFLO 
(JAQUETA) 
 
Obs.: Muflo tem rosca, portanto é diferente de contra-
muflo que não tem rosca. 
 
1A ETAPA: 
 
01 – Afofar o pó (gesso comum); 
02 – Isolar o muflo e o contra-muflo com vaselina pasta, 
suavemente; 
03 – Colocar um papel debaixo do muflo; 
04 – Passar antibolhas no interior do padrão de cera, 
soprar para tirar o excesso; 
05 – Manipular o gesso (consistência de maionese); 
06 – Com um gotejador, colocar o gesso dentro do 
padrão de cera, pouco a pouco com o uso do vibrador; 
07 – Colocar gesso no muflo (já está em cima do papel) 
em pequenas porções, quando já estiver cheio, 
deitar o padrão de cera começando pela cervical, lingual 
para baixo, não apertando muito; 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
134 
08 – Dar acabamento alisando o gesso, tirando o 
excesso na parte inferior, assim que começar a tomar 
presa; 
09 – Deixar tomar presa (+/-) 20 minutos. 
 
2A ETAPA: 
 
10 – Passar vaselina no gesso ao redor do padrão de 
cera; 
11 – Passar antibolhas na face vestibular; 
12 – Parafusar o muflo no contra-muflo, observando a 
referência; 
13 – Manipular gesso pedra; 
14 – Colocar o muflo já parafusado ao contra-muflo no 
vibrador e ir colocando o gesso até cobrir, retirando 
o excesso; 
15 – Deixar tomar presa no mínimo durante meia hora. 
 
PRENSAGEM DA COROA DE JAQUETA 
 
01 – Abrir o muflo; 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
135 
02 – Eliminar com água fervendo toda a cera do muflo e 
do contra-muflo; 
03 – Jogar água super limpa e fervendo; 
04 – Fazer isolamento com isolante de película 
(resina/gesso); 
 Lembrar de agitar o isolante e passar em um único 
sentido; 
 repetir o isolamento e esperar secar, somente o 
muflo; 
05 – Aquecer o contra-muflo; 
06 – Manipular a resina, ½ pote dappen (parte menor) de 
pó e líquido até saturar (tampar); 
07 – Preencher o muflo com a resina na fase plástica 
mais para fibrosa. Quando ela começa a perder o brilho; 
08 – Colocar o plástico por cima da resina (cuidado para 
não enrugar). Fechar com o contra-muflo quente; 
09 – Prensar por 30 segundos; 
10 – Abrir, tirar o plástico, recortar os excessos com o 
auxílio de uma gilete, retirar na incisal; 
11 – Manipular incisal e colocar onde você cortou; 
12 – Prensar a incisal com o contra-muflo quente e 
colocar o plástico. Prensar por 30 segundos; 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
136 
13 – Abrir e tirar plástico, recortar os excessos e prensar 
com o auxílio do celofane; 
14 – Polimerizar no mesmo dia; Colocar o muflo na água 
em temperatura ambiente e elevar a temperatura 
normalmente até a ebulição com um mínimo de 02 
horas; 
 
Obs.: Para trabalhos escolares com 30 minutos. 
 
15 – Deixar esfriar lentamente na própria água; 
 
 
Mufla e contra-mufla isolada com vaselina pasta. 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
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137 
Inclusão na contra-mufla. 
 
 
Eliminação da cera. 
 
 
Instrumentais utilizados para a manipulação da resina 
acrílica. 
 
Prensagem e cocção da resina acrílica. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
138 
 
EQUIPAMENTO PARA TRABALHOS EM RESINA 
ACRÍLICA: 
 
Potes dapen: São potes de vidro ou plástico, indicado 
para manipulação de resina acrílica. Encontrados em 
dois tamanhos para suprir as necessidades do 
profissional. 
 
 
 
Polimerizadoras: Equipamento usado para o 
processamento termo-pneumo-hidráulica de resina. 
 
Colocar até o nível, ligar a polimerizadora na tomada e 
no interruptor, programá-la para 120o C, para 90 lbs. de 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
139 
pressão de ar com o tempo de 14 minutos. Essa técnica 
poderá ser adotada para qualquer polimerizadora. 
 
 
EQUIPAMENTOS PARA PRENSAGEM DE RESINAS 
ACRÍLICAS: 
 
Muflos: É usado para 
fazer duplicações de 
modelos em P.P.R., 
inclusão e prensagem de 
trabalhos em resina 
acrílica em geral. São 
encontrados em vários tamanhos, formas e tipos com ou 
sem parafusos. 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
140 
Prensas: Podem ser manual ou hidráulica, usadas nas 
prensagens de resinas acrílicas., 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fogão de duas bocas: Podendo ser industrial ou 
doméstico, seu uso é diversificado e indispensável no 
laboratório. 
 
Tesoura para cortar gesso: Usada para cortar gesso 
nas demuflagens e desinclusões. 
 
 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
141 
Chaves de fenda: Uso diário diversificado (abertura de 
muflos, aperto e desaperto de parafusos.) 
 
RESINAS DENTÁRIAS 
 
Definição: São materiais compostos polímeros (pó) 
e monômeros (líquidos), que quando misturados dão 
início a uma reação de polimerização, dando origem a 
uma plástica que poderá ser modelada. As resinas além 
da forma pó e líquida, podem ser apresentadas na forma 
de pasta/pasta. 
 
Exemplos: 
 
 Sistema pó/líquidos: Biotone, Clássico, Dencor 
e Colorstat; 
 Sistema pasta/pasta: Vitapan, Isosit e etc. 
 
Requisitos para resina dentária: 
 
 - apresentar translucidez ou transparência; 
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
142 
 - ter estabilidade dimensional (não expandir, 
contrair ou distorcer); 
 - ter resistência mecânica a abrasão (resistir a todo 
uso normal); 
 - ser impermeável aos fluídos bucais (não se tornar 
anti-higiênica ou desagradável em sabor ou odor); 
 - insolúvel nos fluídos bucais ou em quaisquer 
substâncias levadas à boca (sem evidência de ataque 
corrosivo); 
 - destituída de sabor, odor e ser não tóxica ou 
irritante aos tecidos bucais; 
 - baixo peso específico; 
 - sua temperatura de amolecimento deve ser mais 
elevada do que a de quaisquer alimentos ou líquidos 
quentes ingeridos; 
 
 - no caso de quebra inevitável, deveria ser passível 
de reparação fácil e eficiente. 
 
Obs.: Nenhuma resina foi encontrada até agora que 
preenchesse todos os requisitos acima. 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
143 
Classificação das resinas: 
 Uma classificação pode ser feita com base no 
comportamento térmico da resina. As resinas sintéticas 
são, atualmente moldadas de alguma forma, sob a ação 
de calor e pressão, sendo: 
 
1 – Termoplástica: Se a resina for moldada sem 
alterações químicas, por exemplo, amolecendo-a sob 
calor e pressão e por esfriamento após Ter sido 
moldada. 
 Elas são fusíveis e usualmente solúveis em 
solvente orgânico. A ativação ocorre pelo calor. É 
também conhecida como termo polimerizável.2 – Termo endurecida: (auto polimerizável): Quando 
uma reação química tiver lugar durante o processo da 
moldagem, de forma que o produto final seja diferente 
quimicamente da substância original, estas resinas são 
insolúveis e infusíveis. A ativação química é também 
chamada de auto polimerizável. 
 
Utilização das resinas: 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
144 
 
 - Restauração de dentes ou da estrutura dental 
perdida; 
 - Fabricação de dentes da dentadura; 
 - Fabricação de aparelhos removíveis; 
 - Moldagem de núcleos e Casquetes. 
Uso: 
 
Auto Polimerizável Termo 
Polimerizável 
 
provisória imediata coroa de jaqueta 
moldeiras individuais faces estéticas 
chapa de prova provisória 
base de aparelhos ortodônticos base de PPR e 
PTR. 
consertos. 
 
Relação pó/líquido: 
 
 Podem ser identificados pelo menos quatro 
estágios após a mistura entre o pó e o líquido. São eles: 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
145 
 
a) – Estágio 1: o polímero (pó) embebe-se gradualmente 
de monômero (líquido), formando uma massa fluída e 
sem coesividade (arenosa). 
 
b) – Estágio 2: o monômero ataca o polímero. Esse 
estágio é caracterizado pela pegajosidade ou 
adesividade da mistura, quando tocada ou levantada 
com uma espátula (fibrilar). 
C) – Estágio 3: a massa torna-se macia e com 
consistência de massa de vidraceiro. Ela não é mais 
pegajosa e não adere às paredes do pote de mistura. 
Este estágio é freqüentemente chamado de plástico ou 
gel e é ideal para o uso em odontologia (plástica). 
 
D) – Estágio 4: a massa torna-se mais coesiva e com 
características borrachóides. Ela não é mais 
completamente plástica. Neste estágio, o acrílico é 
inadequado para ser usado em odontologia 
(borrachóide). 
Armazenagem: 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
146 
 O acrílico deve ser guardado longe da luz e 
outros raios, e em local onde a temperatura não seja 
elevada. 
 
Atenção: o recipiente do monômero, deve ser bem 
fechado, pois é muito volátil 
 
 
USINAGEM E POLIMENTO 
 
01 – Pintar o troquel com tinta guache para adaptação; 
02 – Com broca 699 ou 700 PM em baixa rotação, 
eliminar os resíduos de gesso e adaptar a coroa; 
03 – Pedra montada fina para retirar excesso de resina e 
retocar a escultura; 
04 – Escova de pêlo com pedra pomes úmida no motor 
de bancada ou torno de bancada em média rotação; 
05 – Escova de pano com branco de Espanha ou Kaol 
no torno de bancada em alta rotação; 
06 – Lavar em água corrente para eliminar material de 
polimento; 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
147 
PONTE FIXA 
 
DIAGNÓSTICO E PLANO DE TRATAMENTO EM 
PRÓTESE FIXA 
 
 Inicialmente antecedendo a quaisquer colocações, 
saliento que todo trabalho protético fixado na boca de um 
paciente, depende sobremaneira da capacidade do 
dentista em planejar e executar os preparos. 
 O campo de tratamento protético abrange desde 
restaurações unitárias até a reabilitação de toda a 
oclusão do paciente. 
 
 Um dente restaurado isoladamente, recebe de volta 
a sua função e estética, assim como os dentes ausentes 
podem receber substitutos artificiais fixos que 
melhorarão o conforto e a capacidade mastigatória do 
paciente. Também é possível mediante restaurações 
fixas, realizar correções básicas necessárias a um 
tratamento de ATM. 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
148 
 Um diagnóstico preciso e acurado da situação do 
paciente, deve ser feito pelo dentista, envolvendo as 
seguintes situações clínicas: 
 
- anamnese; 
- exame intra-oral; 
- modelo de estudo; 
- exames radiográficos. 
 
 Uma vez diagnosticado, inicia-se o plano de 
tratamento que de acordo com cada situação, pode 
restaurar, reabilitar ou até mesmo substituir dentes 
ausentes, como é o caso das PPFs (Prótese parcial 
Fixa), mais comumente conhecidas como pontes fixas. 
 Os dentes naturais ausentes devem ser 
substituídos, assim sendo, se o espaço edêntulo localiza-
se em região anterior, o diagnóstico prevê a devolução 
da estética. De igual importância é a reposição de dentes 
em espaços edêntulos na região posterior, pois o 
diagnóstico prevê a restauração da capacidade 
mastigatória e outras necessárias à saúde oral do 
paciente. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
149 
ENCERAMENTO DIAGNÓSTICO 
 
PLANO DE TRATAMENTO INTEGRADO DE 
PREPARO DE BOCA 
 
 O plano de tratamento integrado representa os 
procedimentos em boca, com objetivo de obter uma 
prótese mais duradoura para o paciente. 
 Também conhecidos como preparo de boca, estes 
procedimentos são divididos didaticamente em duas 
fases as quais estão relacionadas diretamente com a 
experiência e a capacidade profissional frente ao caso 
clínico e ao comportamento emocional do paciente 
durante o tratamento. 
 Na primeira fase são realizados os procedimentos 
curativos (fase curativa), os quais englobam todos os 
procedimentos terapêuticos que objetivam a condição de 
saúde às estruturas remanescentes, sem se preocupar 
com a reabilitação dos dentes. 
 Estes procedimentos fazem parte da Segunda parte 
e estão relacionados diretamente com a construção da 
prótese (fase protética). 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
150 
 Podemos dizer que a fase curativa é uma etapa 
preparatória para a fase protética, pois o tratamento 
terapêutico da primeira está freqüentemente subordinado 
à fase protética. 
 O planejamento prévio é elaborado após uma 
minuciosa análise, exame clínico, exame radiográfico, 
exames complementares (se necessário) e modelos de 
estudo (que são enceramentos diagnósticos). A partir de 
uma análise criteriosa das estruturas remanescentes é 
que desenvolvemos o plano de tratamento. Em função 
deste planejamento, a fase curativa será executada. As 
experiências clínicas do profissional auxiliam muitas 
vezes a prever o comportamento das reações biológicas 
frente aos tratamentos realizados e ao comportamento 
emocional do paciente. 
 Os procedimentos que estão relacionados com a 
fase curativa são: emergências (dor e face estética), 
extrações, cirurgias, 
endodontia, ortodontia e as 
fases clínicas e cirúrgicas da 
periodontia. 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
151 
 Os procedimentos que estão diretamente 
relacionados com a fase protética são: análise funcional 
da oclusão em boca e articulador, paralelismo entre 
preparos, conjugação com outras próteses. 
 
FASE CURATIVA 
 
1 – Emergências: São na maior parte das vezes, os 
motivos pelos quais o paciente procura o profissional. 
Pode ser por dor ou estética; 
 
2 – Periodontica: O nosso objetivo é que os dentes 
remanescentes do paciente tenham a maior longevidade 
possível. É importante que o profissional saiba quais são 
as características gengivais normais quanto à dor, 
consistência, textura e a tendência ao sangramento, para 
que possa tratar as genginopatias que estão presentes 
em quase todos os pacientes; 
 
3 – Cirurgia: As principais situações clinicas em que é 
necessário realizar cirurgias são: extrações e 
alveoloplastias; 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
152 
 
4 – Condicionamento da fibromucosa: Mais para a 
P.P.R.; 
 
5 – Endodontia: É aconselhávelque se aguarde 60 dias 
após os tratamentos endodônticos para assegurar uma 
reação tecidual favorável; 
 
6 – Dentística: As cáries devem ser tratadas objetivando 
a futura prótese; 
 
7 – Ortodontia: É uma especialidade que cada vez mais 
integra-se com as outras. Tem trazido enormes 
benefícios à cirurgia, ao tratamento das disfunções do 
sistema neuro-muscular-articulação, à Dentística e 
especialmente às próteses; 
 
8 – Periodontia: (fase cirúrgica) o tratamento cirúrgico 
com fins protéticos visa; aumento de coroas clínicas e a 
recuperação de espaço biológico. 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
153 
O aumento de coroa clínicas é um recurso terapêutico 
utilizado no preparo periodontal de prótese fixa. 
 
FASE PROTÉTICA 
 
 A Segunda fase do preparo de boca compreende 
os procedimentos relacionados com a construção da 
prótese. 
 
1 – Análise dos modelos de estudo: 
 
 Para estudar o caso clínico sobre o modelo 
precisamos que estes estejam precisos. 
 O posicionamento dos dentes no arco, a forma e o 
volume dos dentes, facetas de desgaste, qualidade e 
número das restaurações existentes, a relação coroa-raiz 
devem ser analisadas criteriosamente na boca e no 
modelo. 
 A análise funcional da oclusão em articulador 
examina as relações cêntricas (RC) e máxima 
intercuspidação e excêntricas (lado de trabalho, 
balanceio e protrusivas). 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
154 
 Quando necessário, através dos ajustes oclusais 
podemos procurar a estabilidade mandibular. 
 Desgastes oclusais grosseiros muitas vezes são 
realizados na fase curativa, por exemplo: dentes 
afetados por trauma. 
 Dentes que permanecem muito tempo sem o seu 
antagonista, extruem, invadindo o espaço anteriormente 
ocupado pelo antagônico. Para que um dente nestas 
condições possa permanecer no arco, devemos 
regularizar os eu plano oclusal, isto implicará na 
realização de uma pulpectomia intencional e 
posteriormente, cirurgia periodontal, realização de núcleo 
metálico e coroa. 
 
 Comprometimento 
menores do plano 
oclusal demandam 
soluções mais simples, 
desde ajustes diretos 
em esmalte à pequenas incrustações metálicas fundidas. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
155 
 Feito todas estas análises podemos fazer todo o 
enceramento que será o passo mais próximo da Prótese 
Final. 
 
RESTAURAÇÕES PROVISÓRIAS 
 
 É muito importante que o dente preparado seja 
protegido e que o paciente se sinta confortável enquanto 
a restauração está sendo confeccionada. 
Uma boa restauração provisória deve preencher os 
seguintes requisitos: 
 
1 – Proteção pulpar: Deve ser feita com um material 
que impeça a condução da temperatura. As margens 
devem estar bem adaptadas para que não ocorra 
infiltração de saliva; 
 
2 – Estabilidade de posição: O dente não deve extruir 
nem migrar em direção alguma; 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
156 
3 – Função oclusal: Fazendo com que a restauração 
temporária tenha função oclusal, propicia-se conforto ao 
paciente; prevenindo migrações; 
 
4 – Facilidade de limpeza: A restauração deve ser feita 
de material e de uma forma tal que facilite a limpeza 
durante o tempo em será usada. 
 
5 – Margens Traumáticas: É da maior importância que 
as margens das restaurações provisórias não 
traumatizem os tecidos gengivais. A inflamação 
resultante dará lugar a hipertrofias, recessões gengivais 
ou, pelo menos, sangramento durante a cimentação. 
 Uma restauração com as margens drasticamente 
mal adaptadas provavelmente dará lugar a proliferação 
de tecidos; 
 
6 – Resistência e retenção: A restauração deve resistir 
às forças que atuam sobre ela sem fraturas ou 
deslocamentos do dente. A restauração deve 
permanecer intacta ao ser retirada, para poder ser usada 
novamente se for necessária; 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
157 
 
7 – Estética: Em alguns casos, a restauração provisória 
deve oferecer um bom efeito estético, principalmente em 
dentes anteriores e nos pré-molares superiores. 
 
 Existem muitas formas de proteger provisoriamente 
um dente enquanto a restauração definitiva está sendo 
confeccionada. Abrangem uma infinidade que vai desde 
o cimento de óxido de zinco-eugenól, que se coloca no 
caso de uma pequena incrustação intracoronária, até às 
diferentes coroas totais. 
 
 As coroas totais provisórias tanto podem ser pré-
fabricadas como feitas individualmente. 
 
 As condições para uma boa coroa provisória podem 
ser fácil e plenamente atingidas pela utilização de uma 
restauração individual de acrílico. Por sua facilidade, 
exatidão e proteção pulpar, prefere-se a técnica indireta 
à direta. O contato do acrílico em polimerização com a 
dentina recém desgastada poderia ocasionar irritação 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
158 
térmica pelo calor ou irritação química pela ação do 
monômero residual. 
 
PROVISÓRIO AUTO – POLIMERIZÁVEL 
 
1 – Reconhecer a arcada, o lado e os dentes 
preparados; 
2 – Delimitar a área de trabalho; 
3 – Isolar o modelo com isolante para troquel; 
4 – Confeccionar o enceramento do padrão de cera com 
cera branca; 
5 – Vedar o enceramento para que ele fique fixo no 
modelo; 
6 – Hidratar o modelo com o enceramento fixo por 
aproximadamente 5 minutos; 
7 – Duplicar o modelo com o enceramento em alginato 
na proporção de 3 x 3; 
8 – Remover o modelo do alginato; 
9 – Guardar o enceramento para repetir a duplicação se 
necessário; 
10 – Isolar o modelo com isolante de película; 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
159 
11 – Entulhar resina acrílica na fase fibrilar para a 
plástica no alginato; 
12 – Posicionar o modelo no alginato na posição correta 
e apertar bem; 
13 – Após a polimerização remover o provisório do 
alginato e executar o acabamento final. 
 
 Vide usinagem e polimento de coroa de jaqueta. 
 
PROVISÓRIO COM DENTE DE ESTOQUE 
 
1 – Reconhecer a arcada, o lado e os dentes 
preparados; 
2 – Comprar o dente de acordo com o espaço protético; 
3 – Fazer a adaptação dos dentes: 
 
 Com a broca periforme de aço abrir uma loja na 
face palatina, de modo a permitir o encaixe do dente 
preparado e, a restabelecer o “plano vestibular” com a 
finalidade de dar retenção mecânica à loja, devem estar 
estendidos em sentido das proximais; 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
160 
Face cervical: Recorta-se o bordo cervical do dente 
(resina) até adaptar-se vestibularmente ao preparo do 
dente; 
 
4 – Isolar o modelo com isolante de película; 
5 – Posicionar os dentes preparados observando bem o 
alinhamento e a altura e fixar por vestibular com cera 
branca bem fundida; 
6 – Com líquido auto-polimerizável e resina acrílica da 
cor do dente, restituir a face palatina utilizando a técnica 
do pincel; 
7 – Com a broca periforme de aço preparar o ângulo de 
higienização do pôntico; (ele deve ser convexo e não 
côncavo), observar a altura e o alinhamento do pôntico 
em relação ao homólogo e adjacentes; 
8 – Posicionar o pôntico no modelo e fixar com cera 
branca bem fundida; 
9 – Utilizando a técnica do pincel, fazer a união do 
pôntico aos retentores pela crista marginal palatina; 
10 – Após a polimerização, remover o provisório do 
modelo e executaro acabamento final. 
PRÓTESE FIXA 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
161 
 
CONCEITOS BÁSICOS UTILIZADOS 
 
Prótese Fixa: Concerne a todo trabalho que serve para 
restituir partes de um dente natural, ou até mesmo 
substituir dentes naturais ausentes. É um trabalho 
dentossuportado, sendo para tanto fixos aos 
remanescentes, sendo de difícil retirada tanto pelo 
paciente, quanto pelo cirurgião-dentista. 
 
Ponte Fixa: É um trabalho protético que visa substituir 
dentes naturais ausentes, sendo compostas por barras 
que ficam situadas no espaço protético, encontrando-se 
suspensas e fixadas aos dentes naturais preparados, 
dividindo com eles a absorção dos esforços 
mastigatórios. 
 
Pônticos: São elementos constituintes de uma ponte 
fixa, cujo objetivo é a substituição anatômica, estética e 
funcional do dente natural perdido, devendo sofrer 
modificações em relação ao rebordo alveolar a fim de 
proporcionar a higienização da área edêntula. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
162 
 
Conectores: São as partes que unem os elementos da 
ponte fixa, podendo ser rígidos, semi-rígidos, internos e 
externos. 
 
Retentores: São os elementos da ponte fixa 
responsáveis pela retenção e fixação da ponte fixa nos 
elementos de suporte (dentes naturais preparados), 
podendo ser principal ou secundário. 
 
Pilares: São os dentes naturais preparados com o 
objetivo de suportar e reter a ponte fixa. 
 
Elemento de suporte principal: São os dentes naturais 
preparados que suportam a ponte fixa, estando ao lado 
do pôntico, dividindo a absorção dos esforços 
mastigatórios que incidem sobre a PPF. 
Elemento de suporte secundário: São os dentes 
naturais preparados com preparos extra-coronários, 
intra-coronários ou até mesmo intra-radicular, exercendo 
funções semelhantes à dos elementos de suporte 
principal, auxiliando na execução de suas funções. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
163 
 
ELEMENTOS DE UMA PONTE FIXA: 
Em A, tem-se os retentores principais; 
Em B, tem-se os pônticos; 
Em C, tem-se os conectores externos; 
Em D, tem-se os conectores internos; 
Em E, tem-se o espaço protético e 
Em F, tem-se o retentor secundário. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS PONTES FIXAS 
 Ponte fixa é a classificação dada às pontes que são 
fundidas em monoblocos ou unidas por meio de soldas. 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
164 
Ponte fixa unida por meio de soldas. 
 
Em A, vista oclusal da confecção por solda e em B, vista 
vestibular. 
 
Ponte Semi-fixa: É a denominação dada às pontes que 
são fundidas separadamente e unidas por meio de 
encaixes ou attachments. 
 
 
 Figura 5 Figura 6 
Na figura 5, tem-se um conjunto de attachment intra-
coronário, conjunto formado por um pino macho e outro 
fêmea. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
165 
Na figura 6, tem-se os dispositivos macho e fêmea 
adaptados a uma ponte fixa, proporcionando uma melhor 
dimensão vertical. 
 
 
O desenho mostra o sistema de encaixe vista por 
oclusal. 
 
Ponte suspensa: É a denominação dada às pontes 
fundidas separadamente e unidas por meio de um dos 
pontos de contatos proximais. Neste caso, o pôntico 
entra em oclusão com o antagonista somente em 
oclusão central, e nos movimentos laterais ele entra em 
desoclusão, liberando-o então, do componente 
horizontal. Este mesmo procedimento é utilizado para 
restaurar dentes que apresentam suporte ósseo 
deficiente. 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
166 
 
Uma ponte suspensa, unida através do contato proximal. 
 
Ponte adesiva ou prótese de Maryland: Consiste no 
mais recente e imaginativo trabalho em prótese parcial 
fixa (PFF), onde a retenção do metal se dá através da 
união com resinas compostas. 
 
A ligação é composta de três áreas: 
 
 - superfície de esmalte atacada; 
- resina composta para união; 
 - superfície de metal atacada. 
 
 As próteses adesivas (PA) na atualidade são muito 
populares pois se apresentam como uma alternativa às 
PPF e PPR convencionais, porque são mais 
econômicas, funcionais e não irritam os tecidos moles e 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
167 
duros, por exemplo, na substituição dos incisivos 
inferiores. O ataque ácido e a prótese adesiva agradam 
esteticamente, mas isso pode ser atribuído unicamente a 
um maior talento dos protéticos. 
 
Uma prótese adesiva posterior, colocada sobre suportes 
não preparados ilustrando uma armação metálica 
apropriadamente desenhada e bem planejada. 
 
 
Vista da incisal da prova de inserção da prótese adesiva 
sem cobertura incisal. 
 
Uma prótese adesiva anterior substituindo um 
incisivo lateral com “asas” proximais e inserção 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
168 
rotacional, preparada na face distal do incisivo central e 
máxima cobertura pela superfície lingual. 
 
 A prótese adesiva é encerada dentro dos limites de 
escultura de uma ponte fixa comum, respeitando o 
pôntico e suas características, principalmente área de 
higienização. 
 
PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA A CONFECÇÃO DE 
PONTES FIXAS 
 
 Todo trabalho protético ao ser executado requer 
cuidados e um acurado conhecimento de oclusão. A 
oclusão é uma ciência protética que jamais pode ser 
esquecida e um conhecimento básico de conceitos 
básicos devem ser sempre lembrados e colocados em 
prática. Assim, não é diferente durante a confecção de 
uma ponte fixa, nela a atenção deve ser redobrada, 
senão incorrem em danos oclusais e funcionais para o 
paciente. 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
169 
Equilíbrio articular: É uma condição primária na 
confecção de quaisquer trabalhos protéticos. Um dente 
sofre normalmente, a atuação de várias forças que 
atuam em várias direções tal qual: 
 
Força ocluso-gengival: É uma força que atua na 
direção vertical assumindo os sentidos da mastigação, 
sendo que nos dentes inferiores ela tua para baixo, 
enquanto que nos dentes superiores, ela atua para cima. 
 
Força gengivo-oclusal: É uma força que atua na 
direção vertical, porém com sentido inverso ao da 
mastigação, pois quando os esforços mastigatórios 
fazem com que as forças incidam sobre os dentes, estas 
forças são devolvidas em igual intensidade, igual 
direção, porém em sentidos opostos. 
 
Força mésio-distal: É uma força que atua na direção 
horizontal em sentidos oriundos dos pontos de contatos 
proximais. 
 
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
170 
Força disto-mesial: É uma força que atua também na 
direção horizontal, advinda dos pontos de contatos 
proximais. Se uma força atua no sentido mésio-distal, 
outra força reage em igual intensidade na mesma 
direção horizontal, porém em sentido oposto, isto é, no 
sentido disto-mesial. 
Força vestíbulo-lingual: É uma força que atua na 
direção horizontal indo de fora para dentro, ou seja, atua 
no sentido vestíbulo-lingual. 
 
Força linguo-vestibular: É uma força que atua na 
direção horizontal advindo do interior da boca para fora. 
É uma força mais comumente aplicada em dentes 
anteriores. 
 
 Toda vez que um dente perde o ponto de contato, 
outro dente correspondente do arco oposto está sujeito a 
atuação de todas estas forças, que incidindosobre as 
suas faces, formam componentes de forças cuja 
resultante possui intensidade suficiente para deslocá-lo 
de sua posição natural, Tal acontecimento faz com que 
venha a ocorrer a perda do equilíbrio articular, que é uma 
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171 
condição primária para uma oclusão perfeita, de acordo 
com a individualidade de cada indivíduo. 
 A proteção é outro fator gerador de conforto e 
eficiência para a ponte fixa. Ela deve proteger os dentes 
que servirão de suporte ou dentes pilares, assim como 
também deve proteger a gengiva. Para isso, o número 
de pônticos devem ser proporcionais ao número de 
retentores. 
 A higienização é um fator que deixa a ponte em 
desvantagem sobre quaisquer trabalhos protéticos, 
assim sendo, os pônticos devem ser confeccionados de 
forma que haja um leve toque na gengiva, de modo que 
se forma nesta região um espaço livre denominado área 
de higienização. 
 A resistência é outro fator importantíssimo para a 
confecção de uma ponte fixa. Pois, as cargas 
mastigatórias que incidem na superfície oclusal da ponte, 
devem ser aliviadas, o suficiente para que ela 
permaneça imóvel, na região em que foi cimentada. A 
ponte fixa deve ser resistente o bastante para suportar e 
dissipar estas forças advindas do ato da mastigação. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
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172 
 A estética também é um requisito primário, pois o 
paciente visa mais este detalhe do que o propriamente 
dito, a funcionabilidade da ponte em si. Assim sendo, 
uma ponte fixa deve ter a forma, tamanho e cor 
adequadas aos dentes naturais do paciente. As faces 
estéticas da ponte podem ser confeccionadas em resinas 
acrílicas ou em cerâmicas. 
 Se todos estes princípios básicos forem 
observados, uma ponte fixa vai cumprir os objetivos a 
que se destina. 
 Pontes fixas são aparelhos em que a transmissão 
das forças mastigatórias é realizada através dos dentes 
suportes ou dentes pilares. Substituem anatômica e 
funcionalmente os dentes naturais ausentes. Uma vez 
cementada nos respectivos preparos, somente poderá 
ser retirada pelo profissional e com destruição parcial da 
ponte. 
 
Confecção dos pônticos: 
 
 O pôntico é o elemento suspenso de uma prótese 
parcial fixa, ele substitui o dente natural perdido, 
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173 
restabelece a função oral e ocupa espaço do dente 
ausente. 
 
Requisitos de um pôntico: 
 
 - Restaurar a função; 
 - Ter biocompatibilidade com os tecidos orais; 
 - Preservar a mucosa do rebordo residual; 
 - Promover a estética e conforto; 
 - Permitir a higiene oral efetiva. 
 
Tipos de pônticos: 
 
1 – Pôntico higiênico: São aqueles usados 
principalmente na substituição de molares inferiores e 
algumas vezes em pré-molares. 
 
 Geralmente é afastado da mucosa a uma distância 
de 1 mm, embora alguns casos este espaço possa ser 
maior. Este tipo de pôntico pode satisfazer as exigências 
funcionais, principalmente a higienização, mas 
esteticamente deixa a desejar. 
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174 
 
2 – Pôntico em forma de cônico: É utilizado para a 
substituição de dentes posteriores, onde há a 
necessidade de priorizar a estética. Neste caso, o toque 
com a mucosa do rebordo deve ser mínima. 
 
 3 – Pôntico meio cônico ou em forma de aba: 
É utilizado em regiões estéticas 
superiores e inferiores, ou seja, para IC, 
IL e C. Difere dos pônticos cônicos pelo 
aumento do toque com a mucosa do 
rebordo e pela diminuição das ameias. 
 
4 – Pôntico em forma de cela: 
 
 Seu contato com a mucosa do rebordo 
se dá de tal maneira que copia a forma e o 
contato do dente natural. Atende as 
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175 
necessidades estéticas, mas não satisfaz as 
necessidades de higienização. Proteticamente, é um 
pôntico contra-indicado em quaisquer situações. 
 
Aspecto proximal de um 
pôntico fundido em metal 
odontológico, nas faces 
oclusal e lingual, pronto para receber a faceta estética. 
 
 Deve-se então, serem observados os seguintes 
princípios: 
 
1 – Todas as superfícies do pôntico, assim como da 
PPF, de um modelo geral devem ser convexas, lisas e 
corretamente concluídas; 
2 – A face oclusal deve estar sempre em harmonia com 
a oclusão do dentes adjacentes; 
3 – O comprimento total das faces vestibulares deverá 
ser igual ao comprimento dos dentes pilares e pônticos 
adjacentes, em especial quando a estética é requisito 
primário; 
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176 
4 – Os contornos vestibulares e linguais se conformarão 
com os dentes adjacentes naturais; 
5 – As ameias, sobretudo por lingual, devem abrir-se ou 
projetar-se de modo que permitam movimento de 
estimulação natural dos tecidos moles durante a 
mastigação e assim proporcionarem a eliminação de 
partículas alimentares através dos espaços 
interproximais; 
6 – As uniões proximais devem ser arredondadas e não 
agudas, a fim de facilitar a limpeza tanto natural como 
mecânica; 
7 – As ameias e o contato dos tecidos moles com o 
pôntico permitirão a limpeza fácil com o fio dental, por 
parte do paciente; 
8 – O contato com o declive vestibular em zonas 
estéticas deve ser uniforme e livre de pressão, com 
mínima superposição com o rebordo; 
9 – Para zonas, onde o equilíbrio estético não é tão 
importante, o pôntico pode apresentar em formato 
cônico, com um mínimo de toque sobre o rebordo; 
10 – A escultura dos retentores deve ser cuidadosa e 
minuciosa, de modo que haja uma harmonia entre eles e 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
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177 
o pôntico, a fim de que o conjunto PPF, venha a cumprir 
sua função. 
 PASSOS LABORATORIAIS PARA A CONFECÇÃO 
DA PONTE FIXA 
 
 De posse do modelo, devemos fazer a sua 
montagem em articulador, seguindo os passos 
convencionais de uma montagem. 
 
1 – Delimitar atenciosamente a linha de término de cada 
preparo, a de se ter com precisão a integridade da área 
de trabalho, que não deve ser lesada, em hipótese 
alguma; 
2 – Ter sempre em mente os traços anatômicos do dente 
a ser restaurado ou até mesmo substituído, como no 
caso dos pônticos, e também lembrar sempre os 
componentes de um dente que são: 
 
 - Cúspide – elevação maior; 
 - Fossa – depressão maior; 
 - Crista – elevação menor; 
 - Sulcos depressão menor. 
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178 
 
3 – Confeccionar a coroa ou restaurado seguindo 
sempre os passos de enceramento progressivo, 
verificando os contatos oclusais para cada adição de 
cera. Fazer o refinamento da escultura, cuidando sempre 
dos detalhes anatômicos e morfológicos. Quanto mais 
refinada a escultura, mais fácil serão os passos da 
usinagem; 
4 – Confeccionados cada retentor, observada a sua 
oclusão com o modelo antagonista, passa-se para a 
confecção do padrão de cera referente ao pôntico. Não 
podemos esquecer de todos os cuidados a serem 
observados na confecção de um pôntico, tais como 
contornos, áreas de higienização, delineamento, altura e 
outros que não podem fugir da memória; 
5 – Com um pedaço de sprue, do comprimento da área 
equivalente ao pôntico, unir os retentores pelas faces 
proximais, mais ou menos na altura do terço médio. 
Observar se ele não toca no rebordo, e levantar um cone 
direcionalpara se Ter a altura da cúspide ou cúspides 
dependendo do dente. Acrescentar cera para formar as 
vertentes transversais, cuidando do alinhamento da 
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179 
escultura com traços anatômicos e morfológicos do 
dente a ser substituído. Não podemos esquecer do 
arredondamento de faces, principalmente na área de 
higienização que deve respeitar um ângulo para que a 
limpeza natural e mecânica seja efetiva; 
 
Em A, escultura de uma ponte inferior, detalhando 
contornos do pôntico orientado pelo rebordo. 
Em B, vista proximal do padrão de cera do pôntico onde 
o “H” é a área de higienização que permite a limpeza 
natural e mecânica, por parte do paciente. 
 
6 – Após confeccionado o padrão de cera da PPF, 
devemos Seccionar os troquéis, cuidando para que não 
seja lesado a área de término do preparo. Fazer a 
retirada do gesso em volta desta área, reforçar a linha de 
término e proceder o vedamento periférico e acertos da 
escultura pelas faces proximais; 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
180 
7 – Após a injeção do metal fluído por centrifugação para 
o interior do anel, aguardar o resfriamento do anel por 
alguns minutos a fim de que possa tratá-lo com um 
choque térmico que tanto é benéfico para o metal 
fundido, como auxilia a remoção da ponte fixa do interior 
do revestimento. Com o auxílio de uma escova, lavar os 
resíduos de revestimento. 
8 – Finalmente, a fundição deve ser passada por um jato 
de areia para completar a limpeza e separada do pino de 
alimentação, com auxílio de disco de carborundum 
adaptado ao mandril; 
9 – As paredes internas do trabalho (PPF) deve ser 
inspecionada a fim de visualizar pequenos nódulos ou 
bolhas que impedem a adaptação correto no troquel. Em 
hipótese alguma, o trabalho fundido deve ser 
pressionado sobre o troquel, pois pode fraturar o gesso e 
ocasionar a má adaptação na boca do paciente; 
10 – Uma maneira comum e simples de fazer a 
adaptação é pintar o troquel na área de trabalho com 
uma tinta guache, deixar secar e posicionar o trabalho 
fundido suavemente, de modo que as marcas registradas 
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181 
no interior da peça, as quais deverão ser desgastadas, 
melhorando assim a adaptação íntima do troquel; 
11 – A usinagem deve se processar tendo sempre o 
trabalho adaptado ao troquel para evitar a deformação 
das bordas de vedamento; 
12 – Faz-se somente a adaptação da ponte fixa no 
modelo de trabalho, usando brocas diamantadas e 
pedras abrasivas de mini-abrasão. A face oclusal é 
trabalhada com brocas de aço fina, a fim de se Ter 
melhor acesso aos sulcos e fossas; 
13 – Não devemos usar pastas de polimento antes da 
soldagem, pois ela dificulta a ação do fundente; 
14 – A ponte fixa pré-usinada é testada na boca do 
paciente a fim de se fazer a união correta do pôntico ao 
retentor. Esta união pode ser feita com o auxílio de cera 
pegajosa ou resina (Duraley ou Resinley), sendo um 
procedimento de juízo pessoal. Esta união visa uma 
adaptação mais correta, efetivando um passo que 
implicará na efetivação da funcionabilidade da ponte fixa. 
15 – A ponte fixa deverá ser incluída para solda, de 
modo que o revestimento proteja todos os bordos finos, e 
as outras partes onde a solda não deve penetrar, 
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182 
deixando livre a área de conexão bem exposta. As 
exigências para uma soldagem rápida e bem sucedida 
incluem estabilidade e contato das peças a serem 
unidas, acesso e limpeza; 
16 – Também é de primordial importância a capacidade 
de controle sob o maçarico a fim de se ter um controle 
sobre a temperatura a ser utilizada na soldagem; 
17 – Quando a soldagem estiver pronta, o conjunto 
deverá esfriar de modo que o metal se torne um pouco 
escuro e possa receber um choque térmico que é 
benéfico tanto para a solda quanto para o metal; 
18 – O revestimento é retirado e a ponte fixa usinada 
para receber a face estética. 
 
SOLDAS EM PONTE FIXA 
 
O que é soldagem: Soldagem é a união de metais pelo 
emprego de um metal de carga, que apresenta 
temperatura de fusão substancialmente menor que a das 
partes a serem unidas. 
 
O que são fundentes? 
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
183 
 
 Os fundentes são usados na soldagem para 
dissolver impurezas e proteger a superfície contra a 
oxidação, enquanto estiver sendo aquecida. 
 O fundente pode ser empregado em forma de pó ou 
em forma de pasta. Se usado em forma de pasta, o 
álcool deve ser usado como componente líquido, mais 
propriamente que a água. 
 
O que são anti-fundentes? 
 
 São quaisquer materiais colocados sobre a peça, 
antes do fundente de soldagem ser aplicado, para 
confinar o escoamento da solda derretida. 
 Se a temperatura de soldagem não for 
excessivamente alta, a área pode ser marcada com 
grafite, que é muito fácil de se usar, principalmente em 
superfícies não muito polidas. 
A solda derretida não escoará através da linha de 
grafite, a menos que uma temperatura seja atingida na 
qual o carbono combina-se com o oxigênio, e, assim é 
removido da superfície. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
184 
 Outras substâncias anti-fundentes são encontradas 
no mercado odontológico que visam cumprir a finalidade 
a que se destinam, que é criar uma área de limitação 
onde a solda será realizada. Tal área de limitação, evita 
o escoamento da solda, efetivando o seu confinamento. 
 
REVESTIMENTO PARA SOLDAGEM 
 
A composição do revestimento para soldagem é 
semelhante à de um revestimento de quartzo para 
fundições. Porém, um revestimento à base de quartzo é 
preferível do que um revestimento à base de cristobalite, 
por causa da menor expansão térmica do revestimento à 
base de quartzo. Além disso um revestimento com baixa 
expansão de presa é preferível do que um com 
expansão de presa normal elevada. 
 A expansão de presa tende a alterar o espaço entre 
as partes a serem soldadas e pode até mesmo causar 
distorções de todas as naturezas. Em nenhuma 
circunstância o revestimento deve entrar em contato com 
a água, durante a sua presa, pois isso gera expansão 
higroscópica. Uma terceira exigência do revestimento 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
185 
para soldagem é que ele resista ao calor da chama 
durante a soldagem, sem rachar-se. 
 
SOLDAGEM DE PEÇAS INCLUÍDAS EM 
REVESTIMENTO 
 
 Entre o pôntico e o retentor, ou seja, entre o espaço 
onde se fará a solda, deve haver um intervalo adequado 
para o escoamento da solda. Uma medida correta da 
distância entre as partes a serem unidas é importante 
para evitar as distorções de toda a natureza. 
 
 Esta distância, teoricamente, relaciona-se com três 
fatores: 
 
 - Expansão térmica do revestimento durante o 
aquecimento; 
 - Expansão térmica das partes a serem soldadas; 
 - Contração da solda durante a solidificação. 
 
 A expansão térmica do revestimento faz com que 
as partes se separem, durante o aquecimento, mas a 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
186 
expansão térmica das partes metálicas tendem a fechar 
o espaço e neutralizar parcial ou totalmente o efeito da 
expansão do revestimento. A contração da solda, 
durante a solidificação, é, presumivelmente, da mesma 
magnitude que a contração de fundição da liga metálica 
parafundições. 
 Se as partes a serem soldadas estivem em contato 
antes do aquecimento, a resistência à união será baixa e 
a distorção muito elevada. As partes devem, estar 
separadas pelo menos uns 1,5 mm com o objetivo de 
impedir distorções e deixar livre o escoamento da solda 
fluída. 
As superfícies a serem soldadas devem ser 
paralelas entre si, uma área de solda em forma de V ou 
de cunha pode também causar distorções. 
 Uma vez que todos estes detalhes 
importantíssimos foram observados, deve-se retirar com 
cuidado a ponte do modelo de trabalho e passar para a 
inclusão em revestimento para solda. O bloco de 
revestimento para solda deve ter uma espessura de +/- 
2,5 mm. 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
187 
 
Em A, quando as duas superfícies a serem soldadas 
estão paralelas entre si, há menor chance de distorção, 
sendo que em “B”, o espaço entre as peças não é 
uniformente paralelo, apresentando-se em forma de “V” 
ou cunha, o que dificulta o escoamento livre da solda, 
originando distorções e porosidades. 
 
Ponte incluída em um 
bloco de revestimento 
deixando visível a 
porção 
triangular de cera na porção lingual do entalhe. 
 Após o revestimento ter tomado presa, deve-se 
fazer os entalhes linguais e vestibulares em forma de V, 
bem direcionados para a área que receberá a solda. O 
sprue de cera colocado nesta área, facilitará este 
procedimento laboratorial. 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
188 
Confecção dos entalhes 
linguais e vestibulares no 
bloco de revestimento, 
proporcionando às canaletas 
de soldagem a diferenciação 
necessária, de acordo com a funcionabilidade de cada 
uma. 
 
O entalhe lingual é mais largo 
que o entalhe vestibular. 
 
 O entalhe lingual que dará origem à canaleta lingual 
deve ser mais largo do que o entalhe vestibular, porque a 
solda será aplicada por lingual. A canaleta vestibular é 
bastante necessária para se ter acesso para o 
aquecimento das peças fundidas. Se essas canaletas 
não forem confeccionadas, provavelmente terá uma 
solda deficiente e problemática. 
 Uma vez tomado este cuidado, deve-se passar 
para a retirada do Duraley, mediante aquecimento. Todo 
cuidado e atenção deve ser dado ao bloco de soldagem, 
pois o mesmo deve estar isento de quaisquer tipos de 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
189 
impurezas, principalmente na área em que ocorrerá a 
soldagem. Se esta área estiver suja ou com resíduos de 
cera, Duraley ou até mesmo revestimento, a solda será 
comprometida. 
 A área a ser soldada deve ser isolada, ou seja, com 
um lápis ou com anti-fluxo, ou anti-fundente, margear 
toda a área que não será soldada. Como vimos, tal 
produto tem a capacidade de evitar o escoamento da 
solda para áreas indevidas. 
 Passa-se então, para o aquecimento do bloco de 
soldagem e para assegurar um aquecimento uniforme e 
homogêneo, todo o bloco deve ser pré-aquecido. Se não 
se fizer assim, ao se aplicar a chama do maçarico sobre 
o revestimento frio, o calor se distribui irregularmente e 
pode acontecer distorções da área de solda. 
 
Toda a área em volta do 
ponto de solda deve ser 
isollada com grafite ou 
com anti-fundente. 
Procedimento este, que visa evitar o escoamento para 
áreas indevidas, tal como para a área oclusal. 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
190 
 
 O bloco de revestimento pode ser pré-aquecido no 
forno a uma temperatura de até 300o Celsius, o 
aquecimento também pode ser feito sobre uma tela de 
amianto e aquecimento com o bico de Fischer, durante 
uns 15 minutos. O pré-aquecimento do bloco de 
soldagem também pode ser feito diretamente com o bico 
de maçarico, cuidando para que o aquecimento seja 
uniforme. 
 
Bloco de revestimento de soldagem sendo aquecido 
cuidadosamente, até a vermelhidão das partes a serem 
soldadas, e quando isto acontecer, a chama deverá ser 
direcionada para a vestibular (visto em A). 
Em B, quando aquecido convenientemente, a solda 
deverá ser colocada pelo entalhe lingual. 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
191 
 Isto se consegue, circulando repetidas vezes a 
chama do maçarico em volta do revestimento até a 
vermelhidão das partes a serem soldadas. 
De posse de 2 a 3 pedaços de soldas de mais ou 
menos 3 mm cobertos com fluxo para solda e atentando 
para o aquecimento adequado do bloco de revestimento, 
que deve estar aquecido, pois a fusão da solda se dá 
pelo aquecimento das peças e não pelo calor direto da 
chama do maçarico. 
 Os pedaços de soldas embebidas com fluxo devem 
ser colocados no espaço interproximal lingual (figura 
anterior em B). 
 
 Atenção merecida deve ser dada à quantidade de 
solda utilizada, pois uma quantidade excessiva pode 
proporcionar condições para que a solda escoe para 
áreas indevidas principalmente para a oclusal. 
 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
192 
Avaliação do tamanho da área soldada. 
Em A, temos uma solda correta. 
Em B, a área soldada ficou muito larga e, em C, a 
área soldada ficou muito estreita. 
 
 Lembre-se que a solda não deve ser aquecida 
diretamente com a chama do maçarico e se isso 
acontecer, podem surgir as seguintes dificuldades: 
 
 - A solda formará uma bola e não escoará; 
 - A solda não escoará pela totalidade da área a ser 
soldada. 
 
 Então para isso dirija a chama do maçarico sobre o 
revestimento obliquamente, porque desta maneira o 
aquecimento será mais uniforme e as possibilidades de 
distorções menores. Atente-se por concentrar a região 
redutora do maçarico, por vestibular, pois a solda 
colocada por lingual tende a escoar para a vestibular, 
onde se encontra a fonte de calor. 
 Quando a solda escoar para a vestibular, dirija a 
chama para a canaleta vestibular e mantenha aí, até que 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
193 
a solda preencha toda a área a ser soldada. Mantenha a 
chama do maçarico por alguns segundos até a solda 
fique brilhante, desligando o maçarico imediatamente 
após perceber este ocorrido. 
 Coloque o bloco de revestimento com a soldagem 
pronta em um lugar para ter um pré-resfriamento, nunca 
resfrie a soldagem imediatamente, pois tal procedimento 
produz tensões que podem transformar-se em 
distorções. 
 Por outro lado, se deixar esfriar lentamente até a 
temperatura ambiente, corre-se o risco da produção de 
recristalizaçào excessiva e aumento da granulação da 
soldagem, o que enfraquecerá o ponto de solda. A 
distorção é minimizada quando se deixa esfriar 
naturalmente durante uns 5 minutos e resfriada 
bruscamente. 
 Este choque térmico tanto é benéfico para a solda 
quanto para o metal odontológico. Feito o resfriamento, a 
peça soldada deverá ser limpa com uma escova e 
avaliada o ponto de solda, que deverá estar isento de 
porosidades e ter um tamanho adequado, caso contrário, 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
194 
deverá ser novamente incluída para novos 
procedimentos de soldagens. 
 
Obs.: As vezes é necessário voltar a separar os 
componentes de uma ponte já soldada. O motivo mais 
freqüente é uma falha de ajuste. 
 
 Para separar o ponto de solda, deve-se segurar 
com uma pinça a ponte soldada e contrariando o 
princípio geral das soldagens, aquecer diretamente a 
solda com a chama redutora, até a solda ficar brilhante,se o aquecimento foi suficiente com um simples golpe as 
partes irão se separar. 
 
Usinagem e Confecção da face estética: 
 
 A ponte fixa deve agora sofrer os outros passos da 
usinagem a fim de receber os passos seguintes da 
confecção da face estética. 
 
A usinagem segue: 
 
MANUAL DE PRÓTESE FIXA 
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
195 
- Jatear a ponte para retirar resíduos de 
revestimentos; 
 - Brocas diamantadas para acertar o ponto de 
solda; 
 - Piranhas abrasivas (diferentes abrasões); 
 - Brocas de aço para revidenciar sulcos e fossas 
(acabamento oclusal); 
 - Borrachas e polimento final no torno com pedra 
pomes e pasta universal. 
 
Faces estéticas: A ponte fixa usinada agora recebe um 
opacificador que auxilia na mascaração do metal e a 
coloração final da face estética. 
 Fazer a aplicação da resina na face estética 
utilizando a técnica do pincel (coroa veneer). 
 
NÚCLEO 
 
Preparo para núcleo (método indireto) 
 
Núcleos intra-radiculares (unirradicular):A 
restauração de dentes tratados endodonticamente 
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
 
196 
através de núcleos metálicos, tem a finalidade de, 
simultaneamente, reforçar o remanescente dental (raiz) e 
propiciar condições adequadas de retenção para a 
restauração definitiva que será construída sobre ele. 
 O núcleo intra-radicular é constituído de um pino 
para fixação intra-radicular e de uma porção que 
reconstitui a parte coronária, como se o dente estivesse 
preparado para receber uma coroa total. 
 A parte radicular é cimentada no interior do conduto 
e posteriormente a coroa é cimentada sobre a porção 
coronária do núcleo metálico. 
O objetivo do núcleo intra-radicular é proporcionar 
retenção e suporte para a coroa, principalmente contra 
as forças dirigidas lateralmente durante a função 
mastigatória. 
 Facilita também o paralelismo entre vários dentes 
suportes para uma prótese fixa. 
 
 
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Partes anatômicas e fisiológicas de um núcleo intra-
radicular. 
Quatro fatores devem ser analisados para a 
retenção adequada de um núcleo: comprimento, 
inclinação, diâmetro e característica superficial. 
 
Comprimento: 
 
 Como regra geral, o comprimento da porção intra-
radicular deve atingir a 2/3 do comprimento da raiz, e a 
porção coronária deve ser igual ou menor que a porção 
intra-radicular. 
 A não observância dos 2/3 intra-radiculares poderá 
ser a causa do insucesso do trabalho, uma vez que a 
capacidade de retenção do núcleo estará evidentemente 
diminuída, e também poderá ocorrer a fratura da raiz, 
uma vez que as forças que incidirão durante a 
mastigação estarão mal localizadas e, 
conseqüentemente mal distribuídas. 
 
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Preparos de raiz dental, respeitando os 2/3 do 
comprimento da raiz. 
 
Inclinação: A inclinação das paredes do núcleo devem 
ser o mais paralelas possíveis, isto para respeitar o 
paralelismo entre os dentes, uma vez que o objetivo do 
núcleo é devolver ao dente parte de sua função perdida 
em decorrência do tratamento endodôntico feito. Este 
paralelismo mantém as forças igualmente distribuídas no 
longo eixo do dente. 
 
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Preparo de canal radicular mostrando o paralelismo de 
suas paredes. 
 
Diâmetro: O diâmetro da porção intra-radicular do 
núcleo metálico é importante na retenção da restauração 
e na sua habilidade para resistir aos esforços 
transmitidos durante a função mastigatória. 
 Quanto maior o diâmetro do pino, maior será a 
retenção e resistência. 
 
Preparos de cavidades radiculares, onde o canal é 
alargado em seu diâmetro natural. 
 
Características superficial: Os núcleos podem 
apresentar a porção intra-radicular serrilhada e com 
forma de parafuso, tipos geralmente encontrados nos 
núcleos pré-fabricados, porém quando confeccionamos 
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um núcleo pelo método indireto, este deve apresentar a 
porção intra-radicular lisa. 
 Toda porção coronária do núcleo deve ter a 
anatomia semelhante à coroa que nele vai ser 
construída. 
 
Considerações sobre pinos pré-fabricados: Os pinos 
pré-fabricados são cilíndricos, sendo a sua maioria 
desenhada a fim de corresponder com o tamanho da 
lima endodôntica. 
 
 
Pino pré-fabricado usado para 
reconstruir o dente e reter uma 
restauração. 
 
 
 
 
 
 
 Pino Rosqueavel Dentatus. Pino Brasseler/Vlock. 
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Núcleo unirradicular: 
 
 A – porção coronária. B – Coroa. 
 C – Porção intra-radicular. 
Núcleos multirradicular (birradicular): Para o núcleo 
birradicular, observa-se os mesmos aspectos e 
características do núcleo unirradicular. São para dentes 
posteriores (pré-molar). E em caso de raízes 
divergentes, os pinos intra-radiculares serão construídos 
individualmente e depois unidos na porção coronária 
através de sistema de encaixes (bi-partidos, seccionados 
ou germinados. 
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A – Coroa. B – Porção coronária. C – 
Porção radicular. 
 
Núcleos multirradicular (trirradicular): São 
confeccionados em dentes posteriores (molares), segue-
se a mesma técnica descrita para o núcleo unirradicular 
e birradicular. 
 
CONFECÇÃO DO NÚCLEO SECCIONADO 
 
1 – delimitar o término do preparo com lápis vermelho; 
2 – isolar com vaselina pasta em todo o preparo; 
3 – fazer dois sprues em resina para incrustações finos 
para que adaptem nas raízes do preparo (um para o 
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maior radicular na vestibular  fêmea, e outro para a 
radicular da lingual  macho); 
4 – aplicar resina para incrustações em cada uma das 
radiculares da vestibular utilizando um pincel e líquido 
auto-polimerizável; 
5 – posicionar o sprue e restituir a porção coronária 
observando as características do núcleo; 
6 – após a polimerização, retirar e observar a exatidão 
das radiculares; 
7 – desgastar, usando a broca picotada no 703, o 
excesso de resina deixando as faces do núcleo 
paralelas; 
8 – fazer uma canaleta não retentiva na região interna da 
coronária, utilizando uma broca picotada mais fina (no 
699); 
9 – confeccionar pincelando com resina para 
incrustações e líquido auto-polimerizável apenas a 
porção radicular da lingual, posicionando o segundo 
sprue (macho); 
10 – após a polimerização, verificar se a radicular foi 
confeccionada corretamente; 
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11 – retirar o excesso de resina com a broca picotada no 
703, permitindo que a radicular do macho seja removida 
sem interferências com a fêmea; 
12 – isolar com isolante para troquel a parte interna da 
fêmea; 
13 – encerar a porção coronária do macho, dando 
conformidade anatômica ao núcleo, permitindo o perfeito 
encaixe macho/fêmea; 
14 – confirmar se o macho sai facilmente sem interferir 
na fêmea; 
15 – antes de incluir no anel de fundição, quebrar a 
ponta do sprue da fêmea para melhor posicionamento 
das partes do núcleo no anel. 
 
Cuidados a serem tomados durante a confecção do 
padrão de cera para núcleos intra-radiculares: 
 
1 – para se obtero enceramento é necessário isolar bem 
a área a ser trabalhada, com um isolante gesso-cera; 
2 – uma vez isolada a cavidade intra-radicular gotejar a 
cera, copiando assim a área preparada. Recomenda-se 
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a cera neutra devido a sua plasticidade e capacidade de 
copiar com perfeição as áreas preparadas. 
3 – com auxílio de um pedaço de cera utilidade, retirar a 
porção intra-radicular confeccionada em cera neutra e 
verificar a perfeição da mesma. Isolar novamente e 
posicionar a porção retirada, em seu devido lugar e 
posição adequada. 
4 – confeccionar com cera média para incrustações, a 
porção coronária atentando bem para a forma e tamanho 
do dente a ser reposto. 
5 – após a confecção do padrão de cera, ele deve ser 
encaminhado para inclusão e fundição. 
 
DESINCLUSÃO 
 
 Para fazermos a desinclusão, devemos deixar o 
anel esfriar por pelo menos 10 minutos e após, imergi-lo 
em água. 
Imergir o anel em água corrente e com o auxílio de 
um instrumento e a escova, remover todo o 
revestimento. Secar e levar ao jato de areia para uma 
limpeza final. 
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ADAPTAÇÃO E USINAGEM 
 
1 – pintar o preparo com tinta guache na consistência 
média sem exagero; 
2 – cortar o pino de alimentação (canalização, sprue) 
com disco de carborundum, deixando a superfície 
uniforme e anatômica; 
3 – remover bolhas na porção radicular e levá-lo ao 
modelo pintado observando a adaptação. Se necessário 
repita a operação orientando-se nas marcas de tintas no 
metal; 
4 – fazer a usinagem externa com broca diamantada, até 
que retorne a anatomia semelhante à feita no padrão de 
cera. 
5 – finalizando, leve novamente ao jato de areia. 
 
Observação: Como todo núcleo metálico deve servir de 
suporte para peça metálica, coroa ou retentor de ponte 
fixa, não devemos executar nenhum tipo de polimento.

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