Buscar

DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II CASO CONCRETO V

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II - CCJ0134 
 Título Caso Concreto 5 
 Descrição CASO CONCRETO: 
 Maria e Bernardo são casados e possuem conta corrente no Banco Brasileiro 
S.A. Para efetuar o pagamento de um tratamento dentário da esposa, Bernardo 
emite um cheque no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) em favor do dentista 
Alberto. Sendo assim, o dentista depositou o cheque e foi surpreendido pela 
devolução do cheque por falta de fundos. Tendo em vista que não conseguiu o 
pagamento do cheque, Alberto promoveu execução em face de Maria, tendo 
em vista que foi a usuária do tratamento dentário. Analisando caso concreto, 
responda as seguintes questões: 
 a) Tendo em vista que a conta corrente é conjunta, será procedente a 
execução em face de Maria? 
R : Não. Segundo entendimento pacificado no Superior Tribunal de 
Justiça, apenas o assinante da cártula ainda que pertencente a conta 
Conjunta, deve responder pela falta de fundos no pagamento do cheque e 
havendo assim uma ilegitimidade passiva da esposa no caso em tela. 
Nesse sentido: 
TJ-RS - Apelação Cível AC 70061224341 RS (TJ -RS) 
 
Data de publicação: 17/09/ 2014 
 
Ementa: EMBARGOS À EXECUÇÃO CHEQUE. CONTA CONJUNTA. 
ILEGITIMIDADE PASSIVA DO CO TITULAR QUE NÃO FIRMOU A 
CÁRTULA PARA O PROCESSO DE EXECUÇÃO . 
Conforme o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), adotado, 
inclusive, por esta corte, na hipótese da cártula em que se baseia execução ter 
emitida por apenas um dos co titulares, ainda que o cheque seja de conta 
corrente conjunta, apenas aquele que efetivamente assinou o título 
é possui legitimidade passiva. Por tais razões, deve ser integralmente 
mantida a sentença que reconheceu a ilegitimidade passiva do embargante e 
tornou efeito a penhora sobre os bens imóveis da parte. Apelo desprovido. 
Unânime. 
(Apelação Cível Nº 70 061224 341,Vigésima Câmara Cível,Tribunal de 
Justiça do RS, Relator: Dilso Domingos Pereira, Julgado em 10/09/2 014) 
 
 
b) Quais os requisitos legais que devem conter num cheque? 
R: O art. 1º da Lei n.º 7.357/85, expõe os requisitos essenciais que 
o cheque deve conter, a saber: 
I) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua 
em que este é redigido (literalidade); 
II) a ordem incondicional de pagar quantia determinada (autonomia); 
III) o nome do banco (sacado) ou da instituição financeira que deve pagar 
(cartularidade); 
IV) a indicação do lugar do pagamento; 
V) a indicação da data e do lugar de emissão; 
VI) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário como poderes 
especiais (cartularidade). 
Sendo o cheque um título formal, está revestido de requisitos que a lei lhe impõe, 
e faltando qualquer um desses requisitos, descaracteriza-se o documento como 
cheque, salvo as ressalvas legais, deixando de ser um título cambiário, e, 
portanto insuscetível de ser transmitido por endosso, passando a ser um 
simples papel destituído da feição de cheque, uma simples prova de confissão 
de dívida, sujeitando-se à disciplina do direito comum. 
 
 . 
 
 QUESTÃO OBJETIVA: (TJCE – Juiz – 2014) 
Antônio emitiu um cheque nominativo a José contra o Banco Brasileiro S.A. No 
mesmo dia, José endossou o cheque a Ricardo, fazendo constar do título que 
não garantiria o seu pagamento e que a eficácia do endosso estava 
subordinada à condição de que Maria, irmã de Ricardo, lhe pagasse uma 
dívida que venceria dali a dez (10) dias. Vinte (20) dias depois da emissão do 
título e sem que Maria tivesse honrado a dívida para com José, Ricardo 
apresentou o cheque para pagamento, mas o título lhe foi devolvido porque 
João não mantinha fundos disponíveis em poder do sacado. 
 Nesse caso, 
 
a) Ricardo não poderá endossar o cheque a terceiro, pois o cheque só admite 
um único endosso. 
 
b) o endosso em preto de cheque nominativo exonera o emitente do título de 
responsabilidade pelo seu pagamento. 
 
c) por força de lei, o emitente do cheque deve ter fundos disponíveis em poder 
do sacado, e a infração desse preceito prejudica a validade do título como 
cheque. 
 
d) José responderá perante Ricardo pelo pagamento do cheque, porque se 
reputa não escrita cláusula que isente o endossante de responsabilidade pelo 
pagamento do título. 
 
e) a despeito do inadimplemento de Maria, Ricardo ostenta legitimidade para 
cobrar o pagamento do título porque se reputa não escrita qualquer condição a 
que o endosso seja subordinado. (Correta; consoante redação do art .18, da 
Le i 7.3 57/85,não se admite 'Endosso Condicionado ', reputando-se não 
escrita qualquer condição a que tenha sido subordinado. Corroborando; 
Art .18 O endosso deve ser puro e simples, reputando-se não -escrita qualquer 
condição a que seja subordinado).

Outros materiais