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101 QUESTÕES DO CESPE LINGUA PORTUGUESA

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1
101 QUESTÕES DO CESPE
LÍNGUA PORTUGUESA
1 A história eleitoral do Brasil é uma das mais ricas 
do mundo. Durante o período colonial, a população das 
vilas e cidades elegia os representantes dos conselhos 
municipais. As primeiras eleições gerais para escolha 
5 dos representantes à Corte de Lisboa ocorreram em 
1821. No ano seguinte, foi promulgada a primeira lei 
eleitoral brasileira, que regulou as eleições dos repre-
sentantes da Constituinte de 1823. Desde 1824, quando 
aconteceu a primeira eleição pós-independência, foram 
10 eleitas cinquenta e uma legislaturas para a Câmara dos 
Deputados. Somente durante o Estado Novo (1937-
1945), as eleições para a Câmara foram suspensas.
 � Hoje, os eleitores escolhem os representantes 
para os principais postos de poder (presidente, 
15 senador, deputado federal, governador, deputado esta-
dual, prefeito e vereador) e pouca gente duvida da legiti-
midade do processo eleitoral brasileiro. As fraudes foram 
praticamente eliminadas. A urna eletrônica permite que 
os resultados sejam proclamados poucas horas depois 
20 do pleito. As eleições são competitivas, com enorme 
oferta de candidatos e partidos (uma média de trinta par-
tidos por eleição). Quatro em cada cinco adultos com-
pareceram às últimas eleições para votar. O sufrágio é 
universal, pois já não existem restrições significativas
25 que impeçam qualquer cidadão com pelo menos 
dezesseis anos de idade de ser eleitor. Hoje, o Brasil 
tem o terceiro maior eleitorado do planeta, perdendo 
apenas para a Índia e os Estados Unidos da América.
Jairo Marconi Nicolau. História do voto no Brasil. 
Rio de Janeiro: Zahar, 2002, p. 7-8 (com adaptações).
Em relação ao texto acima, julgue os seguintes itens.
1. Seriam mantidos o sentido original e a correção gra-
matical do texto se o período “No ano seguinte (...) 
Constituinte de 1823” (l. 6-8) fosse assim reescrito: 
Promulgou-se, um ano depois, a primeira lei referente 
às eleições no país, a qual estabeleceu o pleito para a 
escolha dos representantes da Assembleia Constituin-
te de 1823.
2. Os termos “eleitores” (l.13), “gente” (l. 16), “fraudes” (l. 
17), “restrições” (l. 24) e “Brasil” (l. 26) são núcleos do 
sujeito da oração em que se inserem.
3. Nesse texto, o autor louva o processo eleitoral no Bra-
sil, onde, segundo ele, a tecnologia e a inexistência de 
fraudes concorrem para o reconhecimento da legitimi-
dade desse processo. 
4. Conclui-se da leitura do texto que a magnitude numé-
rica do eleitorado brasileiro, o “terceiro maior” do pla-
neta, decorre da disposição de 80% dos brasileiros de 
comparecer às eleições. 
5. No primeiro parágrafo, quatro períodos são iniciados 
por elemento adverbial, o que justifica a colocação 
de vírgula logo após “colonial” (l. 2), “seguinte” (l. 6), 
“1824” (l. 8) e “(1937-1945)” (l. 12-13).
 � A atividade policial pode ser verificada em quase 
todas as organizações políticas que conhecemos, des-
de as cidades-estado gregas até os Estados atuais. En-
tretanto, o seu sentido e a forma como é realizada têm 
5 variado ao longo do tempo. A ideia de polícia que temos 
hoje é produto de fatores estruturais e organizacionais 
que moldaram seu processo histórico de transformação. 
 � A palavra “polícia” deriva do termo grego polis, 
usado para descrever a constituição e organização 
10 da autoridade coletiva. Tem a mesma origem da 
palavra “política”, relativa ao exercício dessa autori-
dade coletiva. Assim, podemos perceber que a ideia 
de polícia está intimamente ligada à noção de polí-
tica. Não há como dissociá-las. A atividade de polícia
15 é, portanto, política, uma vez que diz respeito à forma 
como a autoridade coletiva exerce seu poder.
Arthur T. M. Costa. Polícia, controle social e democracia. In: Entre a lei 
e a ordem. Rio de Janeiro: FGV,2004, p. 93. Internet: <www.necvu.ifcs.
ufrj.br> (com adaptações).
Considerando os sentidos e aspectos linguísticos do 
texto acima, julgue os itens a seguir.
6. A informação a respeito da etimologia dos vocábulos 
“polícia” (l. 8) e “política” (l. 11) fundamenta a conclu-
são do autor, introduzida pela palavra “Assim” (l. 12).
7. O trecho “Não há como dissociá-las” (l. 14) poderia 
ser corretamente reescrito de diferentes maneiras, a 
exemplo das seguintes: É impossível separá-las; Não 
há forma de as dissociar; Não separam-se.
8. Da leitura do texto conclui-se que a ação da polícia de-
pende diretamente da ação dos ocupantes de cargos 
políticos na sociedade, os responsáveis pelos “fatores 
estruturais e organizacionais” (l. 6) que definem a ati-
vidade policial.
2
9. A substituição de “cidades-estado” (l. 3) por cidades-
-estados não prejudicaria a correção gramatical do 
texto.
10. No primeiro parágrafo, o pronome relativo “que” exer-
ce, nas duas primeiras ocorrências, a função de com-
plemento verbal e, na terceira, a de sujeito da oração 
em que se insere.
 � A democracia já não se reduz a uma esperança, 
não é mais uma questão, não é apenas um direito, 
não é somente o apanágio de uma cidade ilustrada 
como Atenas, ou de um grande povo como o romano: 
5 é mais, é tudo nas sociedades modernas. De mera 
previsão, converteu-se em fato; de opinião contro-
versa, transformou-se em realidade viva; deixou de 
ser puro direito para ser direito e força; passou de 
simples fenômeno local a lei universal e onipotente.
10 Enquanto alguns discutem ainda se ela deve 
ser, já ela é. Como o crescer silencioso, mas inces-
sante, do fluxo do oceano, sobe e espraia-se calada, 
mas continuamente. Cada onda que se aproxima, 
e recua depois, estende os limites do poderoso 
15 elemento. Os espíritos que não veem muito deixam-
-se dormir, entretanto, recostados indolentemente 
à margem que as águas não tardarão em invadir, 
porque a enchente cresce linha a linha sem que a per-
cebam, e, como a onda retrocede sempre, parece-lhes 
20 que, retrocedendo, perdeu todo o terreno vencido. 
Embora alguma onda mais impetuosa, como que 
os advertindo, jogue de longe sobre eles a espuma.
 � Riem dela, porque a veem retrair-se logo após; per-
suadidos de que têm subjugado o oceano quando 
25 mandam pelos seus serviçais antepor-lhe a cautela de 
algum quebra-mar que dure pela vida de uma ou duas 
gerações. Cuidam ter desse modo segurado a sua casa 
e o futuro dos filhos. Mas o frágil anteparo, minado pela 
ação imperceptível das águas, esboroa-se um bom dia, 
30 malogrando-lhes os cálculos, quando não mais que isso. 
 � A aristocracia teve a sua época e passou. A rea-
leza teve a sua, e extinguiu-se também. Chegou a vez 
da democracia, e esta permanecerá para sempre. Por 
quê? Porque a aristocracia era a sujeição de todos a 
35 poucos, era o privilégio, a hereditariedade, que, na pro-
priedade individual, é legítima, por ser consequência 
do trabalho, mas que, em política, é absurda, porque 
exclui do governo a vontade dos governados e submete 
o merecimento à incapacidade. A realeza também era 
40 o privilégio, ainda mais restrito, mais concentrado, per-
sonificado em um indivíduo, circunscrito a uma família.
 � A democracia, essa é a negação das castas, das 
exclusões arbitrárias, e a consagração do direito: por isso,
45 não morre.
Rui Barbosa. Obras completas de Rui Barbosa.Vol. I (1865-1871), tomo 
I, p. 19-20. Internet: <www.casaruibarbosa.gov.br> (com adaptações).
Julgue os itens de 11 a 16, relativos às ideias e a as-
pectos linguísticos do texto acima.
11. Respeitando-se as regras gramaticais, as ideias de-
senvolvidas no último parágrafo do texto podem ser 
assim sintetizadas: O respeito a igualdade de todos 
perante a lei é fonte da superioridade da democracia 
frente à outros sistemas políticos, o que garante-lhe 
sua perenidade. 
12. A linguagem empregada no texto é adequada à corres-
pondência oficial, com exceção da utilizada no segun-
do parágrafo, em que predomina a conotação.
13. Seriam mantidas a correção gramatical e a coerência 
do texto caso as palavras “apanágio” (l. 3), “esboroa-
-se” (l. 29) e “castas” (l. 42) fossemsubstituídas, res-
pectivamente, por privilégio, desmorona e rígidas es-
tratificações sociais.
14. Conservando-se a coerência e correção gramatical do 
texto, o primeiro período do primeiro parágrafo poderia 
ser assim reescrito: A democracia deixou de ser ape-
nas uma esperança, uma questão, um direito; abdicou 
de seu papel de mero apanágio de uma cidade ador-
nada como Atenas ou de um povo admirável como os 
romanos: hoje, para as sociedades modernas, ela é 
mais, é tudo.
15. Evidencia-se, no texto, o entusiasmo do autor por um 
regime político e econômico que garantisse a todos os 
cidadãos iguais oportunidades de representação polí-
tica e de acesso aos bens existentes na comunidade.
16. Utilizando-se de metáforas, o autor constrói texto ar-
gumentativo em que a democracia é retratada como 
o oceano e suas ondas, e os que nela não creem, re-
presentados como os “espíritos que não veem muito” 
(l. 13).
Julgue os itens subsequentes, relativos ao diálogo 
entre os personagens Calvin e sua professora, Dona 
Doroteia, apresentado na tirinha acima.
17. No terceiro quadrinho, a expressão “Sendo assim” po-
deria, sem prejuízo para a correção e a coerência do 
texto, ser substituída por qualquer um dos seguintes 
conectores: Portanto, Por conseguinte, Conquanto. 
18. São elementos de humor na tirinha o uso, por uma 
criança, de linguagem técnica própria de adultos e o 
emprego da palavra “ditadura” para designar a obriga-
ção do aluno de permanecer em sala de aula.
3
19. No segundo quadrinho, a fala de Calvin é introduzida 
por uma oração condicional, ponto de partida para o 
raciocínio de Calvin, que pode ser assim esquematiza-
do: Se A, então B.
20. No segundo quadrinho, a retirada da vírgula logo após 
“felicidade” modificaria a relação semântica e sintática 
entre essa palavra e o trecho “a qual é meu direito ina-
lienável” e afetaria a coerência da argumentação.
 �
 � No momento em que se completa o cinquentená-
rio do golpe de 1964, as condições são propícias para 
análises menos afetadas pelo calor dos acontecimen-
tos. A distância no tempo favorece um olhar mais 
5 analítico e menos passional, ainda que interessado 
politicamente e compromissado com o repúdio à vio-
lência e ao autoritarismo. (...)
 � É importante pesquisar a ditadura, assim como 
divulgar o conhecimento produzido e enfrentar as 
10 polêmicas que ele inexoravelmente provoca. Além de 
disputas inerentes à lógica do conhecimento por si, 
está em jogo a formação política dos cidadãos brasi-
leiros. Tal aspecto da questão é, em particular, signifi-
cativo entre nós porque, no Brasil, é muito numeroso o 
15 grupo de pessoas que desconhece o passado recente.
 � Ao contrário do que muitos têm apregoado, o 
melhor não é “virar a página” no que se refere ao 
período da ditadura. Escolha mais adequada é em-
preender uma apropriação crítica desse passado polí
20 tico recente, tanto para consolidar nossa frágil cidada-
nia quanto para entender a realidade em que vivemos. 
Para tanto, é fundamental estudar a ditadura, a fim de 
compreender a atualidade do seu legado e, assim, criar 
condições de superá-lo.
Rodrigo Patto Sá Motta, Daniel Aarão Reis e Marcelo Ridenti. A ditadura 
que mudou o Brasil: 50 anos do golpe de 1964. Rio de Janeiro: Zahar, 
2014 (com adaptações).
Em relação ao texto acima, julgue os itens de 21 a 27.
21. O texto é apresentado como uma resposta aos que 
desejam o esquecimento do passado de ditadura no 
Brasil, como evidencia o trecho “o melhor não é ‘vi-
rar a página’ no que se refere ao período da ditadura” 
(l. 16-18), em que o emprego das aspas indica que a 
expressão ‘virar a página’ provém de discurso alheio.
22. Depreende-se do texto que os autores estão compro-
metidos com uma análise dos acontecimentos base-
ada na objetividade científica, que, segundo eles, é 
caracterizada pela neutralidade.
23. Na linha 8, o verbo ser está conjugado na terceira 
pessoa do singular — “É” — por compor oração sem 
sujeito. 
24. Estariam mantidas a coerência e a correção gramatical 
do texto caso o trecho “Além de disputas (...) passado 
recente” (l. 10-15) fosse reescrito da seguinte forma: 
Para além de questões características à própria lógica 
do conhecimento, é da formação política dos brasilei-
ros de que ocupamo-nos, aspecto de relevância parti-
cular no nosso caso, haja visto o enorme contingente 
que não têm conhecimento do passado recente.
25. No trecho “entender a realidade em que vivemos” (l. 22), 
a supressão da preposição não prejudica a correção 
gramatical do texto, ainda que interfira na relação sin-
tático-semântica entre seus elementos.
26. No último parágrafo, para a redução das ocorrências 
de “que”, estaria correta, em termos gramaticais, a 
substituição de “no que se refere” (l. 17) por no to-
cante a.
27. Por sua natureza adverbial, o termo “inexoravelmente” 
(l. 10), empregado como sinônimo de implacavelmen-
te, poderia ser deslocado para o início do período, logo 
após a forma verbal “É” (l. 8), sem prejuízo para a coe-
rência e a correção gramatical do texto.
Com base nas regras de redação de correspondências 
oficiais, julgue os itens que se seguem.
28. Nos avisos, o fecho adequado é Atenciosamente, 
visto que tal documento é emitido por ministros para 
autoridade de mesma hierarquia.
29. A linguagem desse tipo de texto deve ser formal, im-
pessoal, clara e concisa, características decorrentes 
da submissão dos documentos oficiais aos princípios 
da administração pública.
30. Em ofícios ou memorandos, o local e a data do docu-
mento devem ser informados logo abaixo da indicação 
do nome e do endereço do destinatário.
 � As palavras estampadas na bandeira nacional 
poderiam receber o complemento de um adjetivo, 
diante do arcabouço de ideias e discussões que tra-
tam do futuro do planeta. A depender da contribuição 
5 de especialistas em desenvolvimento sustentável da 
Universidade de Brasília, o lema de 1889, inspirado 
nos conceitos positivistas do francês Augusto Comte, 
teria a seguinte redação: “Ordem e um Novo Pro-
gresso”. Essa renovação de ideias, entretanto, precisa 
10 do apoio das novas gerações, pois o cenário mundial 
atual, e do Brasil em particular, é muito diferente do 
registrado há duas décadas, por exemplo. Na confi-
guração geopolítica do século XXI, a supremacia dos 
Estados Unidos da América e da Europa é confrontada 
15 pelo dinamismo econômico de nações como a China, 
Índia, África do Sul e o próprio Brasil. O sobe e desce 
4
na disputa por espaço em debates estratégicos em 
nível internacional deu maior peso à palavra de países 
em desenvolvimento nas questões da sustentabilidade.
João Campos. Uma nova educação para um novo
progresso. In: Revista Darcy, jun.2012 (com adaptações).
Acerca dos aspectos estruturais e interpretativos do 
texto acima, julgue os itens a seguir.
31. Sem prejuízo da correção gramatical do texto, o termo 
“entretanto” (l. 9) e o trecho “e do Brasil em particular” 
(l. 11), bem como as vírgulas que os isolam, poderiam 
ser excluídos do período a que pertencem.
32. O período “Na configuração (...) próprio Brasil” (l. 12-16) 
poderia, sem prejuízo do sentido e da correção grama-
tical do texto, ser assim reescrito: O dinamismo eco-
nômico de nações como a China, Índia, África do Sul 
e o próprio Brasil confronta a supremacia dos Estados 
Unidos da América e da Europa na configuração geo-
política do século XXI.
33. Na linha 3, o elemento “que” tem a função de restringir 
o sentido das expressões que o antecedem, a saber, 
“ideias” e “discussões”. 
34. Na linha 4, a substituição da expressão “A depender” 
por Se dependesse não comprometeria nem a sinta-
xe nem o sentido do período de que faz parte.
35. A mesma regra de acentuação gráfica se aplica aos 
vocábulos “Brasília”, “cenário” e “próprio”.
36. A ideia principal do texto é defender a revisão do lema 
estampado na bandeira nacional brasileira.
37. Na linha 9, a substituição do vocábulo “entretanto” pelo 
vocábulo portanto não acarretaria mudançade signifi-
cado no período em questão.
 � Na Vila Telebrasília, onde mora, poucos conhe-
cem Abiesel Alves Cavalcanti pelo nome completo. Lá 
ele é Bisa, o pescador. Há 35 anos, o pernambucano 
veio atrás do progresso na capital. Acompanhado pelo 
5 irmão, trouxe algumas roupas e a tarrafa, sua ferra-
menta de trabalho. “Eu falei para o mano: se lá tem 
água, tem peixe. De fome a gente não morre”, lembra 
Bisa. O Lago Paranoá alimentou toda a sua famí-
lia, composta de mulher e dez filhos. No começo, 
10 quando a pesca com tarrafa era proibida, Bisa saía 
na madrugada em uma canoa e trabalhava escon-
dido. Depois, quando a captura com malha foi auto-
rizada, ele se destacou entre os colegas. Chegava a 
voltar com até 300 quilos de peixe na embarcação. 
15 Hoje, o lago já não é tão abundante quanto há uma 
década e meia, mas ele ainda chega com o barco 
cheio. Entre tilápias, tucunarés, carpas e traíras, 
soma 250 quilos de peixe por semana e perto de 
dois mil reais por mês. Bisa rema quase sete horas
20 para chegar até a altura da Ermida Dom Bosco e, 
às vezes, dorme na mata e retorna para casa só na 
manhã seguinte. “É uma vida de muito trabalho, 
mas necessidade eu nunca passei”, diz o pescador.
Lilian Tahan. Vivendo de pescaria. In: Veja Brasília,
02.10.2013 (com adaptações).
Julgue os próximos itens, relativos às ideias e às estru-
turas linguísticas do texto acima.
38. Na oração “ele se destacou entre os colegas” (l. 13), 
é obrigatório o uso do pronome “se” em posição pré-
-verbal, devido ao fator atrativo exercido pelo elemento 
que o antecede.
39. Com a devida alteração de maiúscula e minúscula, o 
ponto final imediatamente após a palavra “colegas” 
(l. 13) poderia ser substituído por vírgula, seguida do 
elemento articulador visto que.
40. O vocábulo “mas” (l. 16) é um elemento coesivo que 
introduz relação de conclusão entre a informação ex-
pressa no período de que faz parte e a informação ex-
pressa no período que o antecede.
41. O complemento da forma verbal “passei” (l. 23) não 
está explicitamente expresso no texto, devendo ser 
inferido pelo leitor.
 � O ABCerrado e a Matomática (“matemática do 
mato”), metodologias criadas por um professor da UnB, 
apoiam-se em dois princípios: o da elevação da autoes-
tima de alunos e professores e o do envolvimento com 
5 o meio ambiente para a construção, de forma lúdica e 
interdisciplinar, da cidadania e do respeito mútuo. “Faze-
mos a aproximação por meio de elementos do contexto 
onde as crianças estão inseridas. As atividades de lei-
tura, interpretação e escrita associam-se ao tema do 
10 cerrado na forma de poesias, música, desenho, pintura 
e jogos”, explica uma professora da Faculdade de Edu-
cação da UnB. Atualmente, a universidade trabalha para 
expandir a aplicação do ABCerrado na rede de ensino 
do DF. “Ainda prevalece uma visão conservadora sobre 
15 o que é educação”, conta a professora. “A natureza 
possui uma dimensão formadora. Isso subverte a forma 
de se tratar a relação entre o ser humano e o meio 
ambiente no cerne de um processo educativo. Não se 
trata de educar o ser humano para o domínio e a 
20 apropriação da natureza, mas de educar a humani-
dade para ser capaz de trocar e de aprender com 
ela”, completa.
João Campos. O ABC do cerrado. In: Revista Darcy,
jun.2012 (com adaptações).
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos 
do texto acima, julgue os itens subsequentes.
42. O termo “Isso” (l. 16) refere-se à expressão “visão con-
servadora” (l. 14).
5
43. Na linha 8, a substituição do vocábulo “onde” pela ex-
pressão no qual não comprometeria nem a sintaxe 
nem a significação do período de que o referido vocá-
bulo faz parte.
44. Na linha 18, o pronome átono “se”’, em “não se trata”, 
poderia, opcionalmente, ocorrer após o verbo, escre-
vendo-se não trata-se, sem comprometer a fidelida-
de do texto à norma da língua na modalidade escrita 
formal. 
45. Sem prejuízo da correção gramatical do texto, o perío-
do “As atividades (...) jogos” (l. 8-11) poderia ser rees-
crito da seguinte maneira: Às atividades de leitura, in-
terpretação e escrita associa-se o tema do cerrado na 
forma de poesias, música, desenho, pintura e jogos.
Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado 
Federal,
Comunico a Vossa Excelência o envio das Men-
sagens SM n. 106 e 110, de 2013, nas quais informo a 
promulgação dos Decretos Legislativos n. 27 e 29, 2012, 
relativos à exploração de petróleo no litoral brasileiro.
Brasília, 28 de março de 2013.
Considerando o documento apresentado acima, julgue 
os itens a seguir, com base no Manual de Redação da 
Presidência da República. 
46. Caso o emissor do documento fosse um senador da 
República, um possível fecho adequado seria: Renovo 
meus protestos da mais alta estima e consideração.
47. Considerando-se que o emissor do documento acima 
seja o presidente da República, é correto afirmar que 
não há necessidade de identificação do signatário.
48. Se o emissor do texto acima fosse um ministro de Es-
tado, o documento poderia ser enviado na forma de 
memorando.
49. Por ser o receptor do texto o presidente do Senado Fe-
deral, o termo “Vossa Excelência” foi adequadamente 
empregado.
 � De acordo com uma lista da International Union 
for the Conservation of Nature, o Brasil é o país com o 
maior número de espécies de aves ameaçadas de ex-
tinção, com um total de 123 espécies sofrendo risco 
5 real de desaparecer da natureza em um futuro não tão 
distante. A Mata Atlântica concentra cerca de 80% de 
todas as aves ameaçadas no país, fato que resulta de 
muitos anos de exploração e desmatamentos. Atual-
mente, restam apenas cerca de 10% da floresta original, 
10 não sendo homogênea essa proporção de floresta 
remanescente ao longo de toda a Mata Atlântica. A situ-
ação é mais séria na região Nordeste, especialmente 
nos estados de Alagoas e Pernambuco, onde a maior 
parte da floresta original foi substituída por plantações 
15 de cana-de-açúcar. É nessa região que ainda podem ser 
encontrados os últimos exemplares das aves mais raras 
em todo o país, como o criticamente ameaçado limpa-
-folha-do-nordeste (Philydor novaesi). Essa pequena 
ave de dezoito centímetros vive no estrato médio e 
20 dossel de florestas bem conservadas e ricas em 
bromélias, onde procura artrópodes dos quais se 
alimenta. Atualmente, as duas únicas localidades onde a 
espécie pode ser encontrada são a Estação Ecológica de 
Murici, em Alagoas, e a Serra do Urubu, em Pernambuco.
Pedro F. Develey et al. O Brasil e suas aves.
 In: Scientific American Brasil, 2013 (com adaptações).
Julgue os itens seguintes, relativos às ideias e aos as-
pectos estruturais do texto acima.
50. A correção gramatical e o sentido original do texto se-
riam preservados caso o vocábulo “onde”, nas linhas 
13 e 21 fosse substituído pela expressão em que.
51. A inserção de vírgula logo após o vocábulo “encontra-
da” (l. 23), além de preservar a correção gramatical 
do texto, daria ênfase à informação contida no trecho 
“as duas únicas localidades onde a espécie pode ser 
encontrada” (l. 22-23).
52. Nas sequências “toda a Mata Atlântica” (l. 11) e “todo 
o país” (l. 17), os artigos definidos “a” e “o” são opcio-
nais, podendo ser suprimidos sem que haja prejuízo à 
correção gramatical e à significação dos períodos de 
que fazem parte.
53. A mesma regra de acentuação gráfica se aplica aos 
vocábulos “homogênea” (l. 10), “médio” (l. 19) e “bro-
mélias” (l. 20-21).
54. O vocábulo “remanescente” (l. 11) poderia ser substi-
tuído por ameaçada, sem alteração do sentido original 
do texto.
 � Construímos coisas o tempo todo, mas como sa-
beremos quanto tempo vão durar? Se construirmos 
depósitos para resíduos nucleares, precisaremos ter 
certeza de que os contêineres vão resistir até que o 
5 material dentro deles não mais seja perigoso. E, se não 
quisermos encher o planeta de lixo, é bom sabermos 
quanto tempo leva para que plásticos e outros materiais 
se decomponham. A única forma de termos certezaé 
submetendo esses materiais a testes de estresse por 
10 cerca de 100 mil anos para ver como reagem. Então, 
poderíamos aprender a construir coisas que realmente 
duram — ou que se decompõem de uma forma “verde”. 
Experimentos submeteriam materiais ao desgaste e 
a ataques químicos, como variações de alcalinidade,
6
15 e, ainda, alterariam a temperatura ambiente para 
simular os ciclos de dia e noite e das estações. Com as 
técnicas de simulação em laboratórios de que dispomos 
atualmente, por exemplo, não se pode prever como 
será o desempenho da bateria de um carro elétrico
20 nos próximos quinze anos. As simulações de com-
putador podem, por fim, tornar-se sofisticadas a 
ponto de substituir experimentos de longo prazo. 
Enquanto isso, no entanto, precisamos adotar cau-
tela extra ao construirmos coisas que precisam durar.
Kristin Persson. Como os materiais se decompõem?
In: Scientific American Brasil, s/d, 2013 (com adaptações).
Acerca de aspectos estruturais do texto acima e das 
ideias nele contidas, julgue os itens a seguir.
55. A expressão “no entanto” (l. 23) poderia ser substituída 
pelo vocábulo entretanto, sem que houvesse prejuízo 
à correção gramatical e ao sentido do texto.
56. Em “se decompõem” (l. 11) e “se pode” (l. 16), o pro-
nome “se” poderia ser posposto à forma verbal — 
decompõem-se e pode-se —, sem prejuízo para a 
correção gramatical do texto.
57. O texto permaneceria gramaticalmente correto caso as 
formas verbais infinitivas “ver” (l. 10), “aprender” (l. 11) 
e “substituir” (l. 22) fossem substituídas pelas formas 
flexionadas vermos, aprendermos e substituírem, 
respectivamente.
 � Se a Dinamarca tivesse seguido a corrente rodovi-
ária dominante desde a década de 60 do século passa-
do, nunca viraria um modelo de planejamento urbano. 
Em uma época em que parecia fazer mais sentido 
5 priorizar o trânsito de carros, Copenhague apostou na 
criação da primeira rua para pedestres do país. Antes de 
se tornar o maior calçadão da Europa, com um quilômetro 
de extensão, a Strøget era uma rua comercial dominada 
por automóveis, assim como todo o centro da cidade.
10 O arquiteto por trás da iniciativa, Jan Gehl, acreditava 
que os espaços urbanos deveriam servir para a intera-
ção social. Na época, foi criticado pela imprensa e por 
comerciantes, que ponderavam que as pessoas não 
passariam muito tempo ao ar livre em uma capital gélida. 
15 Erraram. As vendas triplicaram, e a rua de pedestres 
foi ocupada pelos moradores. A experiência reforçou 
as convicções de Gehl, que defende o planejamento 
das cidades para o usufruto e o conforto das pessoas.
Camilo Gomide. Cidades prazerosas.
 In: Planeta, fev.2014 (com adaptações).
Julgue os itens de 59 a 60, referentes às ideias e às 
estruturas linguísticas do texto acima.
58. É objetivo do texto defender a ideia de que comercian-
tes do mundo inteiro podem triplicar seu faturamento 
caso seja adotado o modelo de planejamento urbano 
da Dinamarca.
59. As sequências “primeira rua para pedestres do país” 
(l. 6), “o maior calçadão da Europa” (l. 7) e “uma rua 
comercial dominada por automóveis” (l. 8-9) identificam 
um mesmo referente: a rua Strøget.
60. Nas sequências “acreditava que os espaços urbanos” 
(l. 10-11) e “ponderavam que as pessoas não passa-
riam” (l. 13), o “que” introduz complementos oracionais 
para as formas verbais “acreditava” e “ponderavam”.
 � O ofício de catador conquistou espaço em âmbito 
público em 2010, com a sanção da Política Nacional 
de Resíduos Sólidos. Após vinte anos de tramitação, 
a nova lei regula a destinação dos produtos com ciclo 
5 de vida durável, integrando o poder público, as empre-
sas e a população na gestão dos resíduos. Os estados 
e municípios deverão adotar os novos parâmetros até 
agosto de 2014, caso contrário, não receberão recursos 
da União. Nesse contexto, a lei propõe incentivos dos 
10 municípios para a organização desses trabalhadores 
em cooperativas, em detrimento do trabalho autônomo 
dos catadores de rua. A maioria dos catadores autôno-
mos, entretanto, é moradora de rua ou desempregada, 
sem acesso ao mercado de trabalho formal. Em muitos 
15 casos, são dependentes químicos ou alcoólatras, e não 
têm horários estabelecidos para o trabalho. Entre as 
razões para preferir a informalidade, estão a liberdade 
para estabelecer horários, a desconfiança da hierarquia 
das cooperativas, o pagamento semanal em vez de 
20 diário e a incompatibilidade com a forma da organização.
Emily Almeida. Emancipação dos catadores.
In: Revista Darcy, set.-out.2013 (com adaptações).
A respeito dos aspectos estruturais e interpretativos do 
texto acima, julgue os seguintes itens.
61. Na linha 14, caso se substituísse o trecho “ao mercado 
de trabalho formal” por às benesses das leis traba-
lhistas, a correção gramatical do período seria manti-
da, visto que o elemento “acesso” rege complemento 
com a preposição a e “benesses” está especificado 
pelo artigo as. 
62. O elemento coesivo sentencial “entretanto” (l. 13) tem 
a finalidade semântica de introduzir uma relação de 
adversidade entre a informação expressa no período 
de que faz parte e a informação expressa nos períodos 
que o antecedem.
63. Sem prejuízo para o sentido original e para a correção 
gramatical do texto, o período “Em muitos casos (...) 
trabalho” (l. 14-16) poderia ser reescrito da seguinte 
forma: Em muitos casos, o catador é dependente quí-
mico ou alcoólatra, e não tem horários estabelecidos 
para o trabalho.
64. O período “Os estados e municípios (...) recursos da 
União” (l. 6-9) poderia ser reescrito, sem que houvesse 
prejuízo para a sua gramática e significação, da se-
7
guinte maneira: A menos que adotem os novos parâ-
metros até agosto de 2014, os estados e municípios 
receberão recursos da União.
Em resposta aos recorrentes pedidos, tratando de 
solicitação de materiais para uso interno, informamos que 
a Sessão de Compras e Materiais disponibiliza formulá-
rios para preenchimento das demandas de cada setor, 
com as respectivas justificativas para compras de mate-
rial para uso interno.
Cordialmente,
Maria Silva
Supervisora da Sessão de Compras e Materiais
Considerando esse texto e as normas do Manual de 
Redação da Presidência da República, julgue os 
itens subsequentes.
65. Caso fosse parte de um ofício, ou fosse um memo-
rando, o texto acima deveria apresentar os seguintes 
elementos pré-textuais: a) tipo e número do expedien-
te, seguido da sigla do órgão que o expede; b) local 
e data em que foi assinado, por extenso, com alinha-
mento à direita; c) assunto; d) destinatário.
66. Se o texto acima participasse da composição de um 
memorando, os despachos deveriam ser dados no 
próprio documento e, no caso de falta de espaço, em 
folha de continuação.
67. Caso o texto de Maria Silva fosse enviado por meio de 
correio eletrônico, estaria correto constar da mensa-
gem um pedido de confirmação de recebimento.
68. O texto assinado por Maria Silva segue os princípios 
da redação oficial, quais sejam: impessoalidade, clare-
za, uniformidade, concisão e uso de linguagem formal. 
 � Nos últimos cinquenta anos, um dos fatos mais 
marcantes ocorrido na sociedade brasileira foi a in-
serção crescente das mulheres na força de trabalho. 
Esse contínuo crescimento da participação feminina 
5 é explicado por uma combinação de fatores econômi-
cos e culturais. Primeiro, o avanço da industrialização 
transformou a estrutura produtiva, e a queda das taxas 
de fecundidade proporcionou o aumento das possibili-
dades de as mulheres encontrarem postos de trabalho 
10 na sociedade. Segundo, a rebelião feminina do final 
dos anos 60 do século passado, nos Estados Unidos 
da América e na Europa, chegou às nossas terras e 
fez ressurgir o movimento feminista nacional, aumen-
tando a visibilidade política das mulheres na sociedade 
15 brasileira. Esse sucesso influenciou o comporta-
mento e os valores sociais das mulheres, visto que 
proporcionou alterações na formação da identidadefeminina. A redefinição dos papéis femininos aconte-
ceu em todas as classes sociais e elevou a taxa de
20 participação feminina no mundo do trabalho e da política.
Internet: <www.mte.gov.br> (com adaptações).
No que se refere ao texto acima, julgue os próximos 
itens.
69. Estaria mantida a correção gramatical e o sentido origi-
nal do primeiro período do texto se ele fosse reescrito 
da seguinte forma: Há cinquenta anos, um dos fatos 
mais marcantes ocorreram na sociedade brasileira: in-
serção crescente das mulheres na força de trabalho.
70. Os termos “Nos últimos cinquenta anos” (l. 1), “Primei-
ro” (l. 6) e “Segundo” (l. 10) contribuem para a progres-
são das ideias no texto.
71. O trecho “Esse sucesso influenciou o comportamento 
e os valores sociais das mulheres” (l. 15-16) poderia 
ser corretamente reescrito da seguinte forma: Esse 
sucesso influenciou no comportamento e nos valores 
sociais das mulheres.
72. Depreende-se do texto que a participação das mulhe-
res na sociedade brasileira deve-se exclusivamente a 
fatores culturais e à formação da identidade feminina.
73. O texto pode ser classificado como narrativo, por apre-
sentar a história da inserção das mulheres na força de 
trabalho.
 � É importante fazer uma diferenciação das expres-
sões relação de trabalho e relação de emprego. A ex-
pressão relação de trabalho representa o gênero, do 
qual a relação de emprego é uma espécie. Podemos 
5 dizer que o gênero “relação de trabalho” engloba, além 
da relação de emprego, outras formas de prestação/
realização de trabalho como o trabalho voluntário, o 
trabalho autônomo, o trabalho portuário avulso, o traba-
lho eventual, o trabalho institucional e o trabalho
10 realizado pelo estagiário. Assim, toda relação de 
emprego (espécie) é uma relação de trabalho, mas nem 
toda relação de trabalho é uma relação de emprego.
 � Para compreendermos o alcance das ex-
pressões relação de trabalho e relação de em-
15 prego, é importante termos claro o alcance de 
alguns termos utilizados no nosso cotidiano.
 � Por exemplo, a carteira de trabalho e previdência 
social (CTPS) está ligada à relação de trabalho su-
bordinado que corresponde ao vínculo de emprego. 
20 Nem todos os tipos de relações de trabalho são 
registrados na CTPS, mas todos os tipos de relação 
de emprego são registrados no referido documento.
Ricardo Jahn. Relação de emprego e de trabalho - diferenciação. In: O 
Sul, set.2010 (com adaptações).
Acerca dos aspectos linguísticos e das ideias do texto 
acima, julgue os itens a seguir.
8
74. As expressões “outras formas de prestação/realiza-
ção de trabalho” (l. 6-7) e “o alcance das expressões 
relação de trabalho e relação de emprego” (l. 13-15) 
desempenham a mesma função sintática nos períodos 
em que ocorrem.
75. No trecho “está ligada à relação de trabalho subordina-
do que corresponde ao vínculo de emprego” (l. 18-19), 
seria mantida a correção gramatical caso se substitu-
ísse o elemento “que” por a que, embora as relações 
entre os termos da oração fossem alteradas.
76. Os termos “como” (l. 7) e “Por exemplo” (l. 17) são usa-
dos com a mesma finalidade no texto: ilustrar o que se 
disse anteriormente.
77. Caso se substituísse o conectivo “mas” (l. 11) por no 
entanto, seriam mantidos a correção gramatical e o 
sentido do texto.
78. Depreende-se do texto que os termos “relação de tra-
balho” e “relação de emprego” são antônimos.
 � Durante os primeiros minutos, Honório não pensou 
nada; foi andando, andando, andando, até o Largo da 
Carioca.No Largo parou alguns instantes, enfiou depois 
5 pela Rua da Carioca, mas voltou logo, e entrou na Rua 
Uruguaiana. Sem saber como, achou-se daí a pouco 
no Largo de S. Francisco de Paula; e ainda, sem saber 
como, entrou em um Café. Pediu alguma cousa e 
encostou-se à parede, olhando para fora. Tinha medo 
10 de abrir a carteira; podia não achar nada, apenas papéis 
e sem valor para ele. Ao mesmo tempo, e esta era a 
causa principal das reflexões, a consciência pergun-
tava-lhe se podia utilizar-se do dinheiro que achasse. 
Não lhe perguntava com o ar de quem não sabe, mas 
15 antes com uma expressão irônica e de censura. Podia 
lançar mão do dinheiro, e ir pagar com ele a dívida? Eis 
o ponto. A consciência acabou por lhe dizer que não 
podia, que devia levar a carteira à polícia, ou anunciá-
-la; mas tão depressa acabava de lhe dizer isto, vinham 
20 os apuros da ocasião, e puxavam por ele, e convida-
vam-no a ir pagar a cocheira. Chegavam mesmo a 
dizer-lhe que, se fosse ele que a tivesse perdido, nin-
guém iria entregar-lha; insinuação que lhe deu ânimo.
Machado de Assis. A carteira. In: Obra completa de Machado de Assis, 
vol. II. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
Julgue os itens subsequentes, referentes às ideias e 
às estruturas linguísticas do texto acima.
79. Na linha 15, a forma pronominal “la”, em “anunciá-la’’ 
refere-se a “polícia’’.
80. Infere-se do trecho acima que o personagem está an-
gustiado pelo fato de ter encontrado uma carteira e 
pelo dilema de usar ou não o dinheiro, que por acaso 
pudesse encontrar dentro dela.
81. Por tratar de um conflito interior acerca da ética e da 
moral, o trecho acima é predominantemente disserta-
tivo.
82. O termo “se”, na linha 7 e na linha 10, pertence à mes-
ma classe gramatical. 
83. A expressão “lançar mão do dinheiro” (l. 13), no 
contexto em que é utilizada, significa pegar o dinheiro 
para si. 
Machado, chefe de setor do MTE, encaminhou uma 
mensagem de correio eletrônico a Alencar, chefe de patri-
mônio do mesmo ministério, solicitando-lhe o envio, com 
urgência, de material de expediente para a sua seção, con-
forme lista anexa à mensagem. Machado não acrescentou 
ao e-mail certificação digital nem utilizou o recurso “confir-
mação de leitura”, apesar de disponível. 
Com base na situação hipotética acima e no que dis-
põe o Manual de Redação da Presidência da Repú-
blica, julgue os seguintes itens.
84. Na mensagem eletrônica enviada, para facilitar a orga-
nização documental, Machado deveria ter dado infor-
mações detalhadas acerca do arquivo anexado, e tê-lo 
encaminhado preferencialmente no formato pdf.
85. O e-mail encaminhado por Machado, além de estar 
inadequado quanto ao recurso “confirmação de leitu-
ra”, não pode ser aceito como documento original. 
86. O expediente oficial e-mail apresenta flexibilidade tan-
to na forma quanto na linguagem, o que tornaria ade-
quada à situação em análise a seguinte mensagem: 
“Prezado Alencar, mande rápido, por favor, os materiais 
descritos na lista anexa. 
Cordialmente, 
Machado”.
 � “Passe lá no RH!”. Não são poucas as vezes em 
que os colaboradores de uma empresa recebem essa 
orientação.Não são poucos os chefes que não sabem 
5 como tratar um tema que envolve seus subordinados, 
ou não têm coragem de fazê-lo, e empurram a res-
ponsabilidade para seus colegas da área de recur-
sos humanos. Promover ou comunicar um aumento 
de salário é com o chefe mesmo; resolver conflitos, 
10 comunicar uma demissão, selecionar pessoas, iden-
tificar necessidades de treinamento é “lá com o 
RH”. Em pleno século XXI, ainda existem empre-
sas cujos executivos não sabem quem são os reais 
responsáveis pela gestão de seu capital humano.
9
15 Os responsáveis pela gestão de pessoas em uma 
organização são os gestores, e não a área de RH. 
Gente é o ativo mais importante nas organizações: 
é o propulsor que as move e lhes dá vida. Portanto, 
os aspectos que envolvem a gestão de pessoas 
20 têm de ser tratados como parte de uma política de 
valorização desse ativo, na qual gestores e RH são 
vasos comunicantes, trabalhando em conjunto, cada 
um desempenhando seu papel de forma adequada.
José Luiz Bichuetti. Gestão de pessoas não é com o RH! In:
Harvard Business Review Brasil. (com adaptações).
Acerca dos aspectos estruturais e interpretativos do 
texto acima, julgue os itens a seguir.
87. No trecho “Não são poucos os chefes que não sabem 
como tratar um tema que envolve seus subordinados” 
(l.3-4), há duas orações de natureza restritiva, uma 
referente a “os chefes” e outra a “um tema”.
88. O vocábulo “Portanto” (l. 15) poderia ser substituído 
pela expressão Não obstante, sem prejuízo do sentido 
original do texto.
89. Na linha 17, a expressão “na qual” poderia ser substi-
tuída pela expressão em que, sem prejuízo da corre-
ção gramatical do texto.
90. Não haveria prejuízo para a correção gramatical do 
texto nem alteração de seu sentido original caso o 
período “Os responsáveis (...) de RH” (l. 12-13) fosse 
reescrito da seguinte forma: A responsabilidade pela 
gestão de pessoas em uma organização não cabe aos 
gestores, mas à área de RH.
91. A forma pronominal “lo”, em “fazê-lo” (l. 4), refere-se a 
“tema” (l. 3), e as formas “as” e “lhes” (l. 14) referem-se 
a “organizações” (l. 14).
 �
 � A possibilidade de ter renda permanente, pos-
suir uma vida confortável e não ser escravo do salá-
rio ainda é uma realidade apenas para uma pequena 
parcela da população brasileira. Com maior acesso ao 
5 crédito e aos bens de consumo, a maioria das pes-
soas, mesmo com maior permanência no emprego, 
ainda gasta muito mais do que ganha e, eventual-
mente, contrai dívidas que arruínam qualquer possi-
bilidade de estabilidade financeira. Desde que se tenha 
10 disposição para promover algumas mudanças de com-
portamento, que, inicialmente, podem parecer compli-
cadas, será possível construir um novo cenário e passar
 � definitivamente de devedor para investidor. O pri-
meiro passo é o pagamento das dívidas mais 
15 caras, com juros mais altos, como, por exemplo, 
as dívidas contraídas no cartão de crédito.
 � Pagar as contas do cotidiano no prazo correto 
também colabora para o equilíbrio financeiro. Há 
ainda outros mitos que fazem parte do comportamento 
20 do brasileiro. Entre eles, destacam-se o conceito de 
que, para ser investidor, é preciso ter muito dinheiro 
disponível e a ideia de que os produtos existen-
tes no mercado financeiro são muito complexos.
Mauro Calil. Deixe de ser devedor. Internet:<www.exame.com>
(com adaptações).
Julgue os itens subsequentes, referentes às ideias e 
aos aspectos linguísticos do texto acima.
92. Seriam mantidas a coerência textual e a correção gra-
matical se o período “Desde que (...) para investidor” 
(l. 9-13) fosse reescrito da seguinte forma: A menos 
que se tenha disposição para promover algumas mu-
danças de comportamento, que, inicialmente, podem 
parecer complicadas, não será possível construir um 
novo cenário e passar definitivamente de devedor para 
investidor.
93. A forma verbal “Há” (l. 16) poderia ser substituída por 
Existe sem que houvesse prejuízo para a correção 
gramatical do período.
94. Uma das ideias defendidas pelo texto é a de que qual-
quer cidadão pode vir a tornar-se um investidor.
 � Saiu finalmente a conta da contribuição da nova 
classe média brasileira — aquela que, na última dé-
cada, ascendeu ao mercado de consumo, como uma 
avalanche de quase 110 milhões de cidadãos. Uma 
5 pesquisa do Serasa Experian mostrou que o pelotão 
formado por essa turma, que se convencionou chamar 
de classe C, estaria no grupo das 20 maiores nações 
no consumo mundial, caso fosse classificado como 
um país. Juntos, os milhares de neocompradores 
10 movimentam quase R$ 1,2 trilhão ao ano. Isso é mais 
do que consome a população inteira de uma Holanda 
ou uma Suíça, para ficar em exemplos do primeiro 
mundo. Não por menos, tal massa de compradores se 
converteu na locomotiva da economia brasileira e em 
15 alvo preferido das empresas. Com mais crédito e pro-
gramas sociais, em especial o Bolsa Família, os emer-
gentes daqui saíram às lojas e estão gradativamente se 
tornando mais e mais criteriosos em suas aquisições.
Carlos José Marques. A classe C é G20.Internet: <www.istoedinheiro.
com.br> (com adaptações).
No que se refere aos aspectos linguísticos e às ideias 
do texto acima, julgue os próximos itens.
95. O vocábulo “aquela” (l. 2) refere-se à expressão “nova 
classe média brasileira” (l. 1-2).
96. Na linha 13, o pronome “se” poderia ser deslocado 
para imediatamente após a forma verbal “converteu”, 
escrevendo-se converteu-se, sem prejuízo da corre-
ção gramatical do texto.
10
97. O emprego do sinal indicativo de crase em “às lojas” 
(l. 17) é facultativo, de modo que sua supressão não 
prejudicaria a correção gramatical do período.
98. O vocábulo “finalmente” (l. 1) poderia ser corretamente 
empregado entre vírgulas.
Com base nos preceitos do Manual de Redação da 
Presidência da República, julgue os itens a seguir.
99. No âmbito da administração pública, arquiva-se, se ne-
cessário, a cópia xérox do fax, meio de comunicação 
utilizado para transmissão de mensagens urgentes e 
para o envio de documentos que não possam ser en-
caminhados por meio eletrônico.
100. A mensagem e o ofício possuem praticamente a mes-
ma estrutura, mas suas finalidades são diferentes: a 
mensagem é usada para comunicação entre autorida-
des de mesma hierarquia, sendo dispensada a assina-
tura do seu signatário; o ofício é utilizado para comu-
nicação com o público, sendo obrigatória a assinatura 
do seu signatário.
101. Em comunicações entre chefes de poder, empregam-
-se o vocativo Excelentíssimo Senhor, seguido do 
respectivo cargo, e o fecho Atenciosamente.
G A B A R I T O
57. E
58. E
59. C
60. C
61. C
62. C
63. C
64. E
65. C
66. C
67. C
68. E
69. E
70. C
71. C
72. E
73. E
74. C
75. E
76. C
77. C
78. E
79. E
80. C
81. E
82. E
83. C
84. E
85. C
86. E
87. C
88. E
89. C
90. E
91. E
92. C
93. E
94. C
95. C
96. C
97. E
98. C
99. C
100. E
101. E
1. E
2. C
3. E
4. E
5. C
6. C
7. E
8. E
9. C
10. C
11. E
12. E
13. C
14. E
15. E
16. C
17. E
18. C
19. C
20. C
21. C
22. E
23. E
24. E
25. C
26. E
27. E
28. C
29. C
30. E
31. C
32. C
33. C
34. C
35. C
36. E
37. E
38. E
39. C
40. E
41. E
42. E
43. C
44. E
45. C
46. E
47. C
48. E
49. C
50. C
51. E
52. E
53. C
54. E
55. C
56. E

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