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Auditoria Atuarial Independente e importancia nas seguradoras CERTO (2)

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Auditoria Atuarial Independente nas seguradoras
 Daniele Ferreira Mendes Farias 
 
 
 Resumo: 
A auditoria atuarial independente vem desempenhando um papel importante no ramo de seguros devido à sua expansão, crescimento e competitividade no mercado, o auditor atuarial independente tem por objetivo emitir uma opinião clara e objetiva da situação da empresa sobre as análises de provisões, cálculos atuarias e demais procedimentos adotados pelo atuário
Palavras Chave: risco, auditoria, atuário, Susep.
 
 
	
 Estudante de Ciências Contábeis da Faculdade Dom Bosco de Porto Alegre
1 INTRODUÇÃO
O presente estudo fala sobre a auditoria em seguros, apresentando uma breve história da origem dos seguros no Brasil que surgiu no século XVI, mas foi em 1922 que surge a desregulamentação da atividade de seguros devido a importância de sua modernização, em 1985 a Susep fica responsável em fiscalizar os relatórios enviados pelos auditores independentes, esses relatórios são sobre o trabalho executado pelos atuários sobre os procedimentos técnicos, análise de riscos inerentes, provisões. Já os auditores atuarias são responsáveis de dar uma opinião sobre as demonstrações e provisões e cálculos atuariais no seu relatório.
Procurou-se no presente trabalho mostrar sobre a auditoria atuarial nas seguradoras, por meio de pesquisa bibliográfica sobre a origem dos seguros, conceitos da auditoria e auditoria atuarial, procedimentos técnicos dos auditores, riscos da auditoria e os relatórios dos auditores atuarias independentes.
2 METODOLOGIA DA PESQUISA 
O instrumento de coleta de dados utilizado para a elaboração deste trabalho, foi a pesquisa bibliográfica, realizada em livros, artigos, pelo site da a Superintendência Geral de seguros.
3 BREVE HISTÓRIA DO SEGURO NO BRASIL
No Brasil, os seguros tiveram início no século XVI com o Prade Jose de Anchieta, criador das formas de mutualismo. No século XVIII houve a primeira regulamentação de seguros, com a publicação das Regulações da Casa de Seguro de Lisboa, que vigoraram até a independência do Brasil (Susep 2016). Em 1808 a primeira companhia de seguros passou a operar na Bahia, mediante autorização de Dom João VI.
Em 1860, surgiu as primeiras exigências quando a apresentação das demonstrações contábeis para a autorização de funcionamento. Com base da legislação nacional especifica foi criada em 10 de dezembro de 1901 a Superintendência Geral de seguros, subordinada ao Ministério da Fazenda e responsável por supervisionar todas as companhias de seguros do Brasil.
Através do Decreto-lei n° 73, de 1966, foi instituído o Sistema Nacional de Seguros Privados, criando a Superintendência de Seguros Privados (Susep), com objetivo de fiscalizar a constituição, organizar, funcionamento e fiscalização das entidades supervisionada, em 1985 a Susep assumiu plenamente a função de regulamentadora do mercado de seguros, que antes dividia com o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB).
A constituição Federal de 1988, trouxe pequenos avanços no mercado segurador, mas somente em 1922, em conjunto entre a IRB e a Susep e a Secretaria de Política econômica, lançaram o plano diretor de Seguros, Capitalização e Previdência complementar, destacando-se a importância da desregulamentação do setor e a modernização das atividades das seguradoras, com resultado em 1996 a quebra de monopólio ressegurador do IRB e a liberação de entrada de empresas estrangeiras no Brasil.
As seguradoras são sociedades jurídicas, que necessitam uma análise de cálculos e constituições das reservas técnicas, sendo possível avaliar sua capacidade financeira para honrar seus devidos compromissos, os auditores atuários devem ter acesso aos fatos que possam estar afetando ou vir a afetar os aspectos de solvência, com mais ênfase quando relacionadas à constituição e necessidade de cobertura das provisões técnicas, equilíbrio econômico-financeiro da carteira de planos e outros pontos considerados importantes.
4 CONCEITOS DA AUDITORIA
Na estimologia a palavra auditoria origina-se do Latim audire (ouvir) e foi utilizada pelos ingleses (auditing) que significa conjunto de procedimentos técnicos para revisão. A auditoria é um exame cauteloso e sistemático das atividades desenvolvidas em determinada empresa ou departamento, de modo para averiguar se estão de acordo com o planejado e conformidade as demonstrações. 
Para Attie (1998, p. 25): “A auditoria é uma especialização contábil voltada a testar e eficiência e eficácia do controle patrimonial implantado com o objetivo de expressar uma opinião sobre determinado dado”.
Segundo Lopes de Sá (2007, p.25), a auditoria pode ser conceituada como: 
5 [...] uma tecnologia contábil aplicada ao sistemático exame dos registros,
demonstrações e de quaisquer informes ou elementos de consideração contábil,
visando a apresentar opiniões, conclusões, críticas e orientações sobre situações
ou fenômenos patrimoniais da riqueza aziendal, pública ou privada,
quer ocorridos, quer por ocorrer ou prospectados e diagnosticados.
Segundos os autores a auditoria, é um exame com intuito de analisar a veracidade dos dados e procedimentos auditados, com o objetivo de emitir uma segunda opinião, além de ajudar com sugestões de melhorias, tendo como finalidade garantir a confiabilidade das informações sobre a realidade atual da empresa.
5 AUDITORIA ATUARIAL
A Superintendência de Seguros Privados (Susep) dispôs na resolução 311, sobre as a prestação de auditoria atuarial nas sociedades seguradoras, se tornando obrigatória a partir de 2015. A auditoria atuarial se tornou essencial devido a necessidade de uma segunda opinião sobre as premissas utilizadas pelo atuário que efetua os cálculos das provisões técnicas e reservas matemáticas, com objetivo de identificar possíveis divergências, e além de transparência na avalição da companhia. A auditoria atuarial é realizada na periodicidade mínima prevista na legislação especifica, onde o atuário deve buscar evidências e provas suficientes e pertinentes para fundamentar seu relatório, tendo por abrangência mínima as análises das provisões técnicas, valores redutores das necessidades de cobertura das provisões, limite de retenção, capital mínimo requerido e operações de resseguro e retrocessão.
A auditoria atuarial nas seguradoras são necessárias uma vez que precisam de uma análise de cálculos e constituições das reservas técnicas, sendo possível avaliar sua capacidade financeira para honrar seus devidos compromissos, os auditores atuários devem ter acesso aos fatos que possam estar afetando ou vir a afetar os aspectos de solvência, com mais ênfase quando relacionadas à constituição e necessidade de cobertura das provisões técnicas, equilíbrio econômico-financeiro da carteira de planos e outros pontos considerados importantes.
5.1 PROCEDIMENTOS TÉCNICOS DA AUDITORIA
Para o auditor ter plena certeza eu seu relatório técnico deve aplicar procedimentos necessários para atestar a adequação dos dados analisados. Para Attie (1998, p. 131), menciona que “os procedimentos de auditoria são as investigações técnicas que, tomadas em conjunto, permitem a formação fundamentada da opinião do auditor sobre as demonstrações financeiras ou sobre o trabalho realizado”.
O auditor atuarial tem por procedimentos técnicos a aplicação de provas, testes e amostragem dependendo da complexidade do volume de operações. Os procedimentos técnicos básicos compreendem;
Em testes de observância que são feitos os exames de registro dos documentos, acompanhamento da execução, conferência da exatidão dos cálculos. Os testes Substantivos servem para atestar a consistência dos dados utilizados, e os compromissos existentes em certa data, servem para atestar a eficiência operacional dos controles.
Andrade (1988, p. 13) explica que os testes de observância “são amostras retiradas deuma população, com a finalidade de determinar, até que ponto os procedimentos, ao serem implantados, observam as especificações do sistema”. 
Santi (1988, p. 88), testes de observância constituem-se no “conjunto de procedimentos de auditoria destinados a confirmar se as funções críticas de controle interno, das quais o auditor dependerá nas fases subsequentes da auditoria, estão sendo efetivamente executadas”.
Os procedimentos de revisão analítica são feitos testes de consistência, recálculos, revisões de metodologias, com objetivo de atestar o grau de confiabilidade dos resultados alcançáveis.
O auditor deve avaliar as variações que não usuais durante a aplicação da revisão analítica para atestar a veracidade dos cálculos de possíveis riscos financeiros a empresa.
Conforme Santi (1988, p. 129) correspondem “a uma modalidade de testes substantivos de elementos econômico-financeiros, executados por meio de análise e comparação do relacionamento entre eles”.
5.2 AUDITORIA EM SEGUROS
Nas empresas de seguros são realizados cálculos atuarias, onde o atuário é responsável pelas análises e as adequações sobre as provisões técnicas e outros parâmetros de solvência, levando em consideração as particularidades dos produtos da seguradora. Já a auditoria atuarial independente é responsável por manter um relatório sobre as análises da consistência sobre as provisões técnicas e demais aspectos atuarias desenvolvidos pelos atuários.
O atuário responsável técnico tem por responsabilidade calcular as provisões técnicas, as notas técnicas atuarias, dando manifestação para a Susep sobre fraudes, irregularidades, riscos de insolvência etc.
O auditor atuarial independente tem por responsabilidade analisar as metodologias e premissas adotadas nos cálculos das provisões, avaliar a consistência das informações utilizadas nos cálculos atuarias e demais informações das demonstrações financeiras enviadas a Susep, avaliar a solvência da sociedade, operações de resseguro, impacto das ressalvas no relatório, e analisar limites da aceitação de risco, premissas e procedimentos utilizados no cálculo do capital mínimo requerido, valores redutores da necessidade de cobertura, emitir o parecer atuarial conclusivo a adequação das provisões, ativos, resseguro ou retrocessão, e reporte a Susep sobre irregularidades, fraudes, riscos de insolvência ou descontinuidade, e o não cumprimento das normas legais ou regulamentadores referentes as seguradoras.
6 RELATÓRIO DA AUDITORIA
O relatório de auditoria é o instrumento pelo qual o auditor expressa sua opinião, em obediência às normas de auditoria; após a realização de todo o trabalho de campo, reunindo provas e evidências sobre as demonstrações financeiras, é que o auditor determina seu entendimento sobre a representatividade e o conjunto do mesmo (ATTIE, 1998, p.67).
O relatório de auditoria atuarial independente deve conter a análise conclusiva sobre as provisões técnicas, carteiras ou planos deficitários, valores redutores da necessidade de cobertura das provisões técnicas, capital mínima requerida.
Os resultados dos relatórios da auditoria atuarial independente deverão estar de forma clara e suficiente, podem ser: sem ressalva, com ressalva, adverso e com abstenção de opinião.
A opinião sem ressalva, quando o auditor atuário não tem dúvidas das informações declaradas que foram objeto da auditoria.
 Relatório com ressalva apresenta discordância em relação ao trabalho, assim deverá ser informado sua opinião claramente sobre o motivo que levou para tal ressalva, esse relatório deve obedecer ao modelo com a utilização das expressões “exceto por”, “ exceto quanto” ou “com exceção de” se referindo a sua opinião do motivo da ressalva.
Relatório adverso é identificado informações errôneas ou incompletas em ampla grandeza que não permite um parecer com ressalva para não prejudicar os recursos da empresa.
Relatório com abstenção de opinião quando o atuário não conseguir uma opinião sólida sobre os documentos verificados deverá ser emitido esse parecer tirando qualquer responsabilidade do atuário independente.
Modelo
Relatório dos auditores atuariais independentes
Destinatário
Escopo da Auditoria
Examinamos as provisões técnicas e os ativos de resseguro e retrocessão registrados nas demonstrações financeiras e os demonstrativos do capital mínimo, dos valores redutores da necessidade de cobertura das provisões técnicas, da análise de solvência e dos limites de retenção da (Sociedade), em 31 de dezembro de 20XX, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração, em conformidade com os princípios atuariais divulgados pelo Instituto Brasileiro de Atuária – IBA e com as normas da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP. 
O auditor deve emitir seu relatório de acordo com o exame das demonstrações auditados através de procedimentos técnicos de avaliação, e conforme sua opinião emitir o seu relatório de acordo com as normas de auditoria.
A Susep disponibiliza um modelo de relatório para os auditores atuarias conforme abaixo;
7 RISCOS DA AUDITORIA
De acordo com a Norma Brasileira de Contabilidade - NBC T 11, de 21.01.1997, do Conselho Federal de Contabilidade, no item 11.2.3.1, “risco de auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis significativamente incorretas”.
No item 11.2.3.3 para determinar o risco da auditoria, o auditor deve avaliar ambiente de controle da entidade, onde compreende: a função e envolvimentos os administradores na entidade, a estrutura e métodos da administração, politicas da empresa e segregações de funções, fixação de normas para conciliação de contas, demonstrações e demais informações adicionais, acesso ao sistema de informações, sistema de aprovação e registros de transações, comparações e de analises de resultados financeiros de dados históricos ou projetados.
Devido a emissão do relatório da auditoria ser realizado por amostras, os conteúdos analisados existem riscos de não refletir a realidade, sendo assim o auditor pode vir a emitir uma opinião inadequada referente as demonstrações examinadas. Os riscos consistem em risco inerente, controle e detecção. 
De Acordo com Perez Junior (1998, p.39), “risco inerente – é a percepção da possibilidade de ocorrência de erros ou irregularidades relevantes mesmo antes de se conhecer e avaliar a eficácia do sistema de controles da empresa”. Correspondem a possibilidade de ocorrência de erros e irregularidades, normalmente relacionadas com a atividade operacional da entidade. 
 Perez Junior (1998, p. 39), “risco de controle – é o risco de não haver um bom sistema de controles internos que previna ou detecte em tempo hábil erros ou irregularidades relevantes”. É o risco de uma distorção que pode ocorrer em uma classe de transação, saldo ou divulgação que possa ser relevante, ao qual não foi detectada pelos controles internos da entidade.
Para Perez Junior (1998, p. 39), “risco de detecção – como nosso exame é efetuado em base de testes, é o risco de não descobrirmos eventuais erros ou irregularidades relevantes”. Esse risco está relacionado ao auditor, quando o mesmo não detecta alguma distorção relevante, ou por ter executado procedimentos incorretos na execução do trabalho.
Considerações Finais
As empresas de Seguros devido ao seu crescimento e competitividade no mercado, surgiu a necessidade de uma revisão e uma segunda opinião sobre seus procedimentos, o auditor atuarial independente tem por objetivo transmitir a confiabilidade de sua opinião sobre os procedimentos adotados pelas seguradoras.
Nesse estudo procurou-se mostrar a importâncias da auditoria independente atuarial nas revisões dos trabalhos técnicos efetuados por atuários nas seguradoras, se faz necessário devido ao crescimento da atividade de seguros.
Fontes bibliográficas
https://atuarial.wordpress.com/2013/05/20/o-que-e-auditoria-atuarial/
https://auditoriaatuarial.com.br/
http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/t11.htmSilney de Souza-São Paulo: Saraiva,2002.
Silney de Souza-São Paulo: Saraiva,2007.
Susep.gov.br
Atuários.org.br
Base legal: capitulo II do título III da resolução CNSP nº 321 de 2015
Base legal: capitulo IV do título III da circular Susep nº 517 de 2015 art. 244.
Setat.com.br
Procedimentos de auditoria aplicadas pelas empresas de auditoria independente de Santa Catarina, em entidades do terceiro setor -Paulo Roberto da Cunha, Roberto Carlos Klann, Silene Rengel, Jorge Eduardo Scarpin, Santa catarina.
SANTI, Paulo Adolpho. Introdução à auditoria. São Paulo: Atlas, 1988.
Uma abordagem sobre os riscos de auditoria na emissão do parecer - Raphael Vinicius Weigert Camargo (G-UEM) Rita de Cássia Correa Pepinelli (G-UEM) Reinaldo Rodrigues Camacho (UEM)
Princípios Fundamentais e Normas Brasileira de Contabilidade- Auditoria e Perícia- Conselho Federal de Contabilidade

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