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UNIDADE 4

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Prévia do material em texto

Unidade 04 - Metodologia Científica
WEB AULA 1
Unidade 4 – O Texto1
 
Caro aluno, observe, com atenção, a imagem abaixo, pois ela representa um texto.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Teia
Você deve estar se perguntando o motivo de termos seleciono a imagem acima para representar um texto. Bom, inicialmente, para dialogarmos sobre texto, é interessante ressaltarmos que o texto é um todo de sentido, para a construção desse sentido é necessário uma teia de elementos que asseguram o seu significado. Daí, a justificativa para a imagem selecionada. E quanto à definição do que vem a ser texto? Qual será a origem dessa palavra? Observe que nossa primeira definição de texto fala sobre a origem da palavra. Vejamos:
A palavra texto provém do latim textum, que significa tecido, entrelaçamento. (...) O texto resulta de um trabalho de tecer, de entrelaçar várias partes menores a fim de se obter um todo inter-relacionado. Daí poder  falar em textura ou tessitura de um texto: é a rede de  relações que garantem sua coesão, sua unidade".
INFANTE, Ulisses. Do texto ao texto. Curso prático de leitura e redação. Editora Scipione. São Paulo. 1991, p. 28.
Ocorre, ainda, que temos outras definições muito interessantes que objetivam esclarecer o que vem a ser um texto. Vamos conhecê-las?
"...em um sistema semiótico bem organizado, um signo já é um texto virtual, e, num processo de comunicação, um texto nada mais é que a expansão da virtualidade de um sistema de signo."
ECO, Umberto. Conceito de texto. São Paulo : T.A. Queiroz, 1984. p.4.
É a coerência que faz com que uma seqüência lingüística qualquer seja vista como um texto, porque é a coerência, através de vários fatores, que permite estabelecer relações (sintático-gramaticais, semânticas e pragmáticas) entre os elementos da seqüência (morfemas, palavras, expressões, frases, parágrafos, capítulos, etc), permitindo construí-la e percebê-la, na recepção, como constituindo uma unidade significativa global. Portanto é a coerência que dá textura etextualidade à seqüência lingüística, entendendo-se por textura ou textualidade aquilo que converte uma seqüência lingüística em texto. Assim sendo, podemos dizer que a coerência dá início à textualidade."
KOCH, I.V. & TRAVAGLIA L. C. A coerência textual. São Paulo, Contexto, 1995. p.45.
[1] Eliza Adriana Sheuer Nantes
Um texto não é simplesmente uma seqüência de frases isoladas, mas uma unidade lingüística com propriedades estruturais específicas".
(KOCH, Ingedore G. Villaça. A Coesão Textual. São Paulo: Contexto, 1989. p. 11.
"O texto é um evento comunicativo em que convergem as ações linguísticas,cognitivas e sociais, e não apenas a sequência de palavras que são faladas ou escritas".
BEAUGRANDE, Robert de. New foundations for a science of text and discourse: cognition, communication and freedom of access to knowledge and society. Norwood, New Jersey: Ablex Publishing Corporation, 1997. Cap. 1.
"Texto não é apenas uma unidade lingüística ou uma unidade contida em si mesma, mas um evento (algo que acontece quando é processado); não é um artefato lingüístico pronto que se mede com os critérios da textualidade; é constituído quando está sendo processado; não possui regras de boa formação; é a convergência de 3 ações:lingüísticas, cognitivas e sociais."
MARCUSCHI, L.A. "Lingüística de texto: retrospectiva e prospectiva." Palestra proferida na FALE/UFMG. 28 out. 1998.
"O texto será entendido como uma unidade lingüística concreta (pesceptível pela visão ou audição), que é tomada pelos usuários da língua (falante, escritor/ouvinte, leitor), em uma situação de interação comunicativa específica, como uma unidade de sentido e como preenchendo uma função comunicativa reconhecível e reconhecida, independentemente da sua extensão." TRAVAGLIA, Luiz Carlos.Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. São Paulo: Cortez, 1997.p.67.
E aí, caro aluno, precisa mais? Acreditamos que não.
Então, agora é sua vez! Diante dessas concepções, elabore a sua própria concepção de texto e  a compartilhe acessando o fórum.
Você já percebeu que temos uma concepção de texto no sentido amplo, sendo o texto uma produção das mais diversificadas formas de linguagem. Em outras palavras, temos o texto como qualquer manifestação da capacidade de produção de texto do homem, seja relacionada à música, ao teatro, à pintura, à arquitetura, ao filme, a um poema, dentre outros.
Nessa concepção ampla o ser humano é capaz de produzir sentidos, ser lido, compreendido pelo outro. Para tanto, faz uso da linguagem verbal e da não-verbal.
Na outra concepção, mais restrita, temos somente como texto a linguagem verbal. Para esclarecer essa concepção, retomamos as palavras de Geraldi (1997, p. 101)
"um texto é uma seqüência verbal escrita coerente formando um todo acabado, definitivo e publicado".
SINTETIZANDO:
Diante das explanações acima, podemos afirmar que o
Texto é uma produção verbal (oral ou escrita) dotada de unidade temática - desenvolvimento de um assunto ou tema, com o uso de uma espécie de "fio condutor" - coerência argumentativa - ligação entre as idéias presentes no texto - e coesão interna - ligação entre as palavras. O texto é construído por quem o produz - o seu autor/falante - e por quem o recebe - o seu leitor/ouvinte; por isso, é construído de forma solidária, daí o sentido de interação.
O texto possui suas Propriedades
Então, como você já deve estar notando, um texto não se limita a um amontoado de frases aleatórias, ao contrário, elas se encontram relacionadas entre si.
A COESÃO E A COERÊNCIA
Você já parou para refletir sobre a função da coesão e da coerência em um texto? A função da coerência é, justamente, manter a lógica do texto e a coesão é responsável pela ligação entre as palavras do texto, é uma conexão que ocorre através de elementos formais, que assinalam o vínculo entre os seus componentes.
Observe as frases abaixo:
1. Ana é uma pessoa muito estudiosa, quanto prestar o concurso possivelmente não será aprovada.
2. João vestiu a camisa de torcedor do Brasil, levou a bandeira, torceu durante todo o jogo, quando seu time perdeu voltou feliz para casa.
3. Claudia correu muito, porém estava cansada.
Na frase 1 e 2 o que torna o sentido da frase incoerente? Naturalmente que a opção  escolha de "não" e "feliz", pois vai ao contrário do que está sendo afirmado anteriormente. Na frase 3 o que torna "truncado" o sentido do texto é a escolha do conectivo, elemento de ligação "porém", visto não ser o correto. Vale lembrar que a gramática normativa classifica "porém" como conjunção coordenada sindética adversativa, estamos denominando de "conectivo" devido à  função que exerce na frase, uma ligação de um termo ao outro. Se fosse usado o "por isso" a coesão estaria adequada.
OS ESPAÇOS DE NÃO- SENTIDO
E quanto aos espaços de não-sentido? Você sabia que eles estão presentes no texto? Veja a tirinha abaixo:
Fonte: http://www.turmadamonica.com.br/comics/tirinhas/tira9.htm
Observe que o os dois espaços de não-sentido: na linguagem verbal escrita, é o branco que aparece antes de começar o texto e o branco que ocorre depois do fim do texto; ou seja, antes de iniciar o quadrinho havia um contexto, há o corte e temos o que o autor do quadrinho nos apresenta, mas, depois, há uma seqüência, porém ela não é apresentada ao leitor.
O SUJEITO, O TEMPO E O ESPAÇO
Nunca se esqueça, caro professor/aluno em formação, que todo texto está inserido dentro de um contexto, que se encontra inserido dentro de um momento sócio-histórico-cultural. Podemos representar por essa imagem:
Com essa imagem queremos ressaltar que o texto possui um caráter histórico-social, e por isso ao procedermos a leitura notaremos que nele estão explícitas e implícitas ideias de certa época e de determinado lugar da humanidade. Denominamos essa característica do texto, segunto Melo e Pagnan (2001) como dialogicidade. Então, a dialogicidade existente no texto permite que vejamos a visão de mundo que o autor possuie coloca em seu texto. Essa visão de mundo pertence a uma ideologia, que são signos e valores de nossa vida social - as idéias veiculadas pela sociedade e inseridas no texto. Além disso, por ser produto de tempo e espaço, aparecem no texto, também, como marcas de diálogo com outros textos, o que denominamos de intertextualidade.
WEB AULA 2
Unidade 4 – O Texto
 
A intertextualidade
Nos textos encontramos relações que ele constrói com outros textos. A isso denominados de intertextualidade. Então, o que é uma intertextualidade? A intertextualidade são os diálogos com outros textos. No nosso cotidiano usamos, com desenvoltura, textos orais e escrito e estes fazem fazem uma ponte com outros textos, mesmo que não tenhamos consciência disso. Com isso queremos dizer que, segundo Bakhtin (1981), todo texto é um intertexto, então não há uma só voz por trás de um discurso, há várias vozes. E como denominamos, na nossa área, a presença dessas várias vozes, ou seja, dessa pluralidade de vozes num discurso? Denominamos de POLIFONIA.
No tocante à intertextualidade, ela pode aparecer de forma implícita ou explítica. Denominamos de intertextualidade implícita quando não colocamos o autor original em nosso texto; já na explícita, há a referência ao texto e seu autor.
Vejamos alguns exemplos de intertextualidade.
Fonte: http://ftp.lemon.com.br/images/collection/softimages/inpro.jpg
Você reconheceu essa imagem? Naturalmente que sim, pois bem, trata-se de um exemplo de intertextualidade com a qual lidamos diariamente: os sites da internet. Basta que demos um click em cima de link para que "naveguemos" para outros lugares que nos remetem a outras informações, a outros textos.
Se você prestar atenção, verá que são muitos textos que se entrecruzam e muitos autores manifestando seus pontos de vista por meio das diversas vozes sociais. Essas vozes podem aparecer como:
O próprio autor, às vezes usa um discurso explícito, mas também há muitos fatos nas entrelinhas, outros assuntos implícitos, cabendo ao leitor, com seu conhecimento de mundo e sua perspicácia, entender o sentido real.
Ditos populares
Provérbios
Frases feitas
Imagens da mídia
Política - são exemplos os discursos produzidos por enunciadores com seu sentido literal alterado a fim de produzir um 'novo' efeito no leitor.
Vejamos alguns exemplos:
Texto 1
 
Façamos, juntos, uma leitura da imagem acima. Como você pode observar, o Greenpeace, visando sensibilizar o leitor, usa a frase "Você não quer contar esta história para seus filhos, quer?". Note que alguns recursos foram utilizados, com o intuito de persuadir o outro (nós, leitores), tais como o uso do discurso direto, havendo a interpelação direta ao leitor, com o uso da interrogação. Ao vermos o quadrinho nossa memória nos remete a outra história infantil, a imagem é mundialmente conhecida "Chapeuzinho Vermelho", que também é de nosso conhecimento partilhado. Vejamos agora o mesmo texto apresentado de outra forma.
Texto 2
Chapeuzinho Vermelho
Millôr Fernandes
Era uma vez (admitindo-se aqui o tempo como uma realidade palpável, estranho, portanto, à fantasia da história) uma menina, linda e um pouco tola, que se chamava Chapeuzinho Vermelho. (Esses nomes que se usam em substituição do nome próprio chamam-se alcunha ou vulgo). Chapeuzinho Vermelho costumava passear no bosque, colhendo Sinantias, monstruosidade botânica que consiste na soldadura anômala de duas flores vizinhas pelos invólucros ou pelos pecíolos, Mucambés ou Muçambas, planta medicinal da família das Caparidáceas, e brincando aqui e ali com uma Jurueba, da família dos Psitacídeos, que vivem em regiões justafluviais, ou seja, à margem dos rios. Chapeuzinho Vermelho andava, pois, na Floresta, quando lhe aparece um lobo, animal selvagem carnívoro do gênero cão e... (Um parêntesis para os nossos pequenos leitores - o lobo era, presumivelmente, uma figura inexistente criada pelo cérebro superexcitado de Chapeuzinho Vermelho. Tendo que andar na floresta sozinha, - natural seria que, volta e meia, sentindo-se indefesa, tivesse alucinações semelhantes.).
Chapeuzinho Vermelho foi detida pelo lobo que lhe disse: (Outro parêntesis; os animais jamais falaram. Fica explicado aqui que isso é um recurso de fantasia do autor e que o Lobo encarna os sentimentos cruéis do Homem. Esse princípio animista é ascentralíssimo e está em todo o folclore universal.) Disse o Lobo: "Onde vais, linda menina?" Respondeu Chapeuzinho Vermelho: "Vou levar estes doces à minha avozinha que está doente. Atravessarei dunas, montes, cabos, istmos e outros acidentes geográficos e deverei chegar lá às treze e trinta e cinco, ou seja, a uma hora e trinta e cinco minutos da tarde".
Ouvindo isso o Lobo saiu correndo, estimulado por desejos reprimidos (Freud: "Psychopathology Of Everiday Life", The Modern Library Inc. N.Y.). Chegando na casa da avozinha ele engoliu-a de uma vez - o que, segundo o conceito materialista de Marx indica uma intenção crítica do autor, estando oculta aí a idéia do capitalismo devorando o proletariado - e ficou esperando, deitado na cama, fantasiado com a roupa da avó.
Passaram-se quinze minutos (diagrama explicando o funcionamento do relógio e seu processo evolutivo através da História). Chapeuzinho Vermelho chegou e não percebeu que o lobo não era sua avó, porque sofria de astigmatismo convergente, que é uma perturbação visual oriunda da curvatura da córnea. Nem percebeu que a voz não era a da avó, porque sofria de Otite, inflamação do ouvido, nem reconheceu nas suas palavras, palavras cheias de má-fé masculina, porque afinal, eis o que ela era mesmo: esquizofrênica, débil mental e paranóica pequenas doenças que dão no cérebro, parte-súpero-anterior do encéfalo. (A tentativa muito comum da mulher ignorar a transformação do Homem é profusamente estudada por Kinsey em "Sexual Behavior in the Human Female". W. B. Saunders Company, Publishers.) Mas, para salvação de Chapeuzinho Vermelho, apareceram os lenhadores, mataram cuidadosamente o Lobo, depois de verificar a localização da avó através da Roentgenfotografia. E Chapeuzinho Vermelho viveu tranqüila 57 anos, que é a média da vida humana segundo Maltus, Thomas Robert, economista inglês nascido em 1766, em Rookew, pequena propriedade de seu pai, que foi grande amigo de Rousseau.
                                  Extraído do livro "Lições de Um Ignorante", José Álvaro Editor - Rio de Janeiro, 1967, pág.31
Fonte: http://www.releituras.com/millor_chapeuzinho.asp
AGORA É SUA VEZ!
Acesse o endereço abaixo e veja outra versão dessa história.
http://ilzeni.lf.sites.uol.com.br/chapeuzinho_vermelho.html
Você observou que narração interessante? Notou a forma que o narrador dialoga com o leitor? Observe no final do primeiro quadro o corte "E foi assim...." e inicia o outro quadro "Ou quase" , retomando o diálogo com o leitor. É justamente dessa trama que estamos falando, da teia discursiva que envolve o texto. E quanto a questão da intertextualidade? Ela se manifesta, justamente, nesse diálogo que o autor faz de um texto com o outro, é a dialogicidade que nos fala Bakthin.
Você sabia que na literatura, e até mesmo nas artes, a intertextualidade se faz presente? Com isso queremos dizer que a intertextualidade está presente também em outras áreas, como na pintura, veja as várias versões da famosa pintura de Leonardo da Vinci, Mona Lisa:
Mona Lisa, Leonardo da Vinci. Óleo sobre tela, 1503.
Mona Lisa, de Marcel Duchamp, 1919.
Mona Lisa, Fernando Botero, 1978.
Mona Lisa, propaganda publicitária.
Vocês viram que interessante? Como já enfatizamos, todo texto, seja ele literário ou não, é oriundo de outro, seja direta ou indiretamente. Qualquer texto que se refere a assuntos abordados em outros textos são exemplos de intertextualização. A intertextualidade é, então, esse diálogo que se estabelece entre os textos e nós, na qualidade de professores em formação podemos apontar esse caminho para o aluno. Então, é só colocar em prática!
Síntese
Nessa web aula iniciamos discutindo o processode comunicação, estudamos os elementos desse processo e, sobretudo, a importância da interação para que o outro possa compreender nossas enunciações. Dialogamos, ainda, sobre as concepções de linguagem, pois somos professores em constante formação e é necessário que tenhamos clareza sobre a importância da concepção interacionista para que nossa prática pedagógica contemple a teoria abordada.
Ao versarmos sobre texto, ressaltamos a relevância do mesmo ser lido considerando alguns fatores, como o contexto no qual ele está inserido, o momento sócio-histórico-cultural que o mesmo foi produzido, pois esses elementos influenciam na produção de sentidos do texto
Outro enfoque dado diz respeito às relações intertextuais, ou seja, o diálogo que o texto faz com outros textos, bem como admitimos a presença da polifonia, isto é, em nossas enunciações estão presentes outras vozes o que comprova que o discurso não é neutro, tampouco somos seus autores, no sentido literal,  pois em nosso discurso ressoam outras vozes, ditas em outro tempo e espaço, lembrando que apesar de não ser uma enunciação inédita, pois alguém já enunciou antes, por um lado é única, pois nunca um enunciado será dito no mesmo momento, no mesmo tempo e no mesmo espaço, mesmo quando enunciado pela mesma pessoa o contexto será outro, e isso deve ser observado.
Assista o video para responder as questões da avaliação.
 
 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BAKHTIN, Mikhail. Problemas da poética de Dostoiévski. Rio de Janeiro: Forense, 1981.
BEAUGRANDE, Robert de. New foundations for a science of text and discourse: cognition, communication and freedom of access to knowledge and society. Norwood, New Jersey: Ablex Publishing Corporation, 1997. Cap. 1, p.23.
CARDOSO, S. H. B.  Discurso e ensino. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.
ECO, Umberto. Conceito de texto. São Paulo : T.A. Queiroz, 1984. p.4.
FERNANDES, Millôr. Millôr Fernandes: literatura comentada. São Paulo: Abril Educação, 1980.
FERNANDES, Millôr. Lições de Um Ignorante.  José Álvaro Editor - Rio de Janeiro, 1967, pág.3.Fonte: http://www.releituras.com/millor_chapeuzinho.asp
GERALDI, João Wanderley. Portos de passagem. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
INFANTE, Ulisses. Do texto ao texto. Curso prático de leitura e redação. Editora Scipione. São Paulo. 1991, p. 28.
_________. Curso de gramática aplicada aos textos. São Paulo: Scipione, 2001.
KOCH, I.V. & TRAVAGLIA L. C. A coerência textual. São Paulo, Contexto, 1995. p.45.
KOCH, Ingedore G. Villaça. A Coesão Textual. São Paulo: Contexto, 1989. p. 11.
MARCUSCHI, L.A. "Lingüística de texto: retrospectiva e prospectiva." Palestra proferida na FALE/UFMG. 28 out. 1998.
MATÊNCIO, M. L. M.  Leitura, produção de textos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 1994.
MELO, Luiz Roberto Dias; PAGNAN, Celso Leopoldo. Prática de texto: leitura e redação. 3. ed. São Paulo: W3, 2001.
SUASSUNA, L.  Ensino de língua portuguesa - uma abordagem pragmática. Campinas: Papirus, 1995.
TRAVAGLIA, Luiz Carlos.Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. São Paulo: Cortez, 1997.p.67.

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