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Artigo Cientifico Fernanda Dutra Setembro 2018 LET1910.docx

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Curso de Análise e Produção de Texto Acadêmico
Professor(a): Clarissa Bastos LET1910
Aluno(a): Fernanda Dutra
Dificuldades de Aprendizagem: Dislexia
Introdução:
Compreender e entender o desenvolvimento de crianças e adolescentes portadores de dislexia dentro do ambiente escolar. Abordar o comprometimento da capacidade dos jovens em ler, entender as palavras manuscritas ou impressas, de escrever e de soletrar palavras, bem como a compreensão de textos e raciocínio.
Entender também, a ação do professor dentro de sala, saber se o mesmo consegue identificar e administrar jovens que possuem a dislexia e quais métodos são utilizados, de forma que esse aluno consiga desenvolver-se e aprender o conteúdo das matérias nas escolas. 
Artigo Científico - “COMO TRABALHAR COM CRIANÇA DISLÉXICA” 
Autoras: Divina Lucia Sousa Gonçalves e Elaine Cristina Navarro
http://livrozilla.com/doc/1275558/como-trabalhar-com-crian%C3%A7a-disl%C3%A9xica 
As autoras buscam abordar como apontar formas de diagnosticá-la e os possíveis tratamentos que poderão ajudar à criança a superar.
Diversos contextos são mostrados e as evoluções até os dias atuais, destacando a importância de um bom acompanhamento e tratamento para obter a evolução.
Infelizmente, crianças com esse distúrbio serão sempre rotuladas e confundidas com preguiçosas ou más disciplinadas, pois é normal que elas expressem frustração, representada pelo mau comportamento dentro ou fora do ambiente escolar
É de extrema importância que o professor saiba sondar dentro do ambiente escolar, para encontrar indícios de dislexia.
Os sintomas do distúrbio são: pronúncia com arritmia, omissão de letras ou sílabas, omissão ou adição de sons;
Leitura silabada e lenta para idade, entonação inadequada, palavras mal agrupadas, cortes;
Dificuldades na interpretação, dificuldades em análise e síntese; dificuldade para resumir;
Confusão de letras, sílabas ou palavras que se parecem graficamente;
Falta de interesse por livros, dificuldades de montar quebra-cabeças;
Dificuldades em apresentar rimas e canções, dificuldade em manusear mapas e dicionários.
O que é a dislexia?
No caso de quem tem dislexia, as partes de trás e do meio do cérebro funcionam menos que o normal, obrigatoriamente fazendo com que a parte da frente funcione mais e até o lado direito, durante a leitura.
Até recentemente a dislexia era uma síndrome pouco conhecida por pais e educadores, pouco diagnosticada pelos fonoaudiólogos, pedagogos e médicos, embora conhecida há mais de um século em outros países.
Como identificar?
A escola precisa poder trabalhar bem com essa síndrome de forma que os professores estejam sempre bem informados.
As escolas em geral e os profissionais que nelas atuam, terão de entender que os alunos são diferentes uns dos outros, aprendem de formas diferentes, cada um no seu tempo e ritmo necessários.
O diagnóstico para que seja feito um tratamento, é realizado por uma equipe multidisciplinar
Quando necessário é feito um encaminhamento ao neurologista ou a outros profissionais, para que se determine se existe ou não outros fatores que comprometem o processo de aprendizagem.
Causas da dislexia:
Comprovado por estudos que é de origem neurobiológicas e genética, ou seja, herança de um pai, avô ou primo com dislexia.
Um diagnóstico correto é necessário averiguar se na família existem pessoas com a síndrome, ou dificuldades de aprendizagem.
Sendo identificado o problema no rendimento escolar, ou isoladamente em casa, a orientação é que seja procurado especialistas da área de psicologia, fonoaudiologia e psicopedagogo.
Os profissionais são responsáveis pela minuciosa investigação, verificando todas as possibilidades. Essa é chamada de Avaliação Multidisciplinar e de Exclusão.
Ajuda familiar:
Dividindo a lição em partes para cansar menos, 
Ler os enunciados ou explicá-los, caso a criança tenha dúvidas, 
Dividir a leitura de livros com a criança: a criança lê uma parte, a mãe (pai ou responsável) outra, 
Procurar livros, sites, revistas que demonstrem através de figuras, desenhos que possam facilitar a compreensão,
Valorizar os acertos da criança e não destacar somente os erros. 
Alguns breves textos:
Conhecendo a dislexia e a importância da equipe interdisciplinar no processo de diagnóstico
Por Sther Soares Lopes da Silva / Fonoaudióloga. Formada pelas Faculdades Unidas do Norte de Minas - FUNORTE/MG
 http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862009000300014
"A dislexia consiste em alterações resultantes de limitações sensoriais discretas ou de anomalias na organização dinâmica dos circuitos cerebrais responsáveis pela coordenação viso-áudio-motora. Os indivíduos acometidos são portadores de diferenças de aprendizagem específicas, não se tratando, portanto, de uma doença e sim de um modo diferente de pensar, não uma incapacidade."
DISLEXIA: DIFICULDADES DE LEITURA E ESCRITA – Monografia feita por Maria da Flores Brito Simões Patriota / Universidade Estadual da Paraíba – 2014.
http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/6107/1/PDF%20-%20Maria%20das%20Dores%20Brito%20Sim%C3%B5es%20Patriota.pdf
“Dislexia não é doença, é um distúrbio que afeta uma grande parte da população, são pessoas inteligente, mas que precisam de um tempo maior em relação aos não disléxicos. São pessoas criativas, com uma percepção emocional avantajada, muitas vezes confundidos como hiperativos e desatentos, por não terem motivação em concentrar-se em algo que não conseguem reconhecer seu significado” (OLIVEIRA,2009, P.34).
Entrevista feita a um jovem de 19 anos em 2014 pelo jornal EXTRA: ( http://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2014/11/estudante-supera-dificuldades-da-dislexia-e-presta-enem-para-medicina.html )
Vítor Santos estuda 13 horas por dia para entrar em medicina 
(FONTE: JORNAL EXTRA) - 03/11/2014
(Publicação completa da entrevista, com comentários do jovem que possui dislexia, em destaque, os comentários de Vítor)
“Se a escolha do curso de medicina para o vestibular e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) assusta os candidatos pelas horas de estudo e preparo antes das provas, para quem se descobre disléxico o caminho pode ser ainda mais tortuoso. Mesmo assim, o jovem Vitor Rossi Santos, de 19 anos, resolveu superar todas as dificuldades colocadas pela dislexia e se tornar um médico. "Toda a minha família trabalha na área da saúde e eu vi que aquilo lá é para mim. É o que eu quero mesmo, e desde pequeno é assim. Quando perguntavam para mim, eu já respondia que queria ser médico", diz.
Para isso, Vitor sabe que terá que enfrentar cada linha que tiver que ler ou escrever neste sábado (8) e domingo (9), quando prestará o Enem em Mogi das Cruzes (SP), cidade onde mora. Além disso, a maratona neste fim de ano inclui mais 10 vestibulares de faculdades particulares, ou seja, mais horas de provas, mais leitura e escrita.
Dislexia
Enunciados grandes, textos compridos e a temida redação assustam ainda mais Vitor por causa da dislexia. Segundo a psicóloga e psicopedagoga Fátima Cavenaghi, quem tem o distúrbio tem dificuldade com a leitura e a escrita. "Dislexia é um distúrbio de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração. Pesquisas realizadas em vários países mostram que cerca de 10% a 15% da população mundial é disléxica", explica.
Vitor foi diagnosticado aos 7 anos, quando descobriu que havia repetido na escola. "Foi quando eu repeti de ano. Eu estava na primeira série e tinha uns 7 anos mais ou menos. Repeti e aí minha mãe foi querer saber o que aconteceu. Ela via que eu estudava, então ela percebeu que tinha algo errado. Foi aí que a gente começou a ir atrás para descobrir o que era", se lembra.
De acordo com a psicopedagoga Fátima, o diagnóstico na infância é fundamental para o aprendizado da pessoa. "Se o disléxico não for submetido a uma intervenção especializada, ele pode se permanecer analfabeto ou semianalfabeto, sendo excluído de profissões e vocações que necessitem de uma preparação acadêmica",explica.
"Quando eu era menor mesmo, quando a dislexia de fato era grande, eu sofria demais", se lembra Vitor. "A dislexia vai perdendo seu nível, ela não se mantém constante. Por isso quando eu fiz o teste de dislexia, ela era grande. Mas agora ela caiu para leve. E hoje em dia eu ainda tenho um problema com a parte de leitura e tudo mais, mas bem menos que antes", ressalta.
Vitor, no entanto, ainda teme as questões do Enem relacionadas ao português. 
"Eu tenho muita dificuldade em português principalmente, né? Desde pequeno eu sempre evitei essa matéria. Eu estudava horas com uma professora e no dia seguinte tirava nota baixa. Então era um desânimo absurdo com português e na hora que fui querer aprender, vi que era uma disciplina que eu não tinha nem base", explica.
De acordo com a psicopedagoga, é comum o disléxico ficar frustrado na escola. "O jovem disléxico muitas vezes traz um sentimento construído socialmente de 'não leitor ou não escritor'. O pensamento que geralmente ocorre nessa situação é 'não gosto de escrever, não quero aprender'", diz.
Superação
Mesmo com as dificuldades, Vitor prestou o Enem e alguns vestibulares em 2013 e ficou feliz com o resultado. "Tomara que daqui a alguns dias, no Enem, eu me supere mais uma vez, como aconteceu na redação do ano passado", diz confiante. "Na redação do ano passado do Enem eu fiz 760 pontos, algo que me deixou orgulhoso e deixou meus pais também orgulhosos de mim". Vitor conta que com essa nota conseguiria entrar em geografia em uma faculdade federal do Rio de Janeiro. "Mas não adianta, né? Eu quero medicina. E mesmo se eu conseguir algum outro curso esse ano, também não vou. Vou estudar mais um ano para medicina", afirma.
O jovem diz que não esquece o caminho que trilhou. "Eu acho assim, eu lutei muito para conseguir. Não é fácil, principalmente quando você é pequeno e não vê resultados nas provas da escola. Você estuda acima do normal e sua nota não é tão boa quanto a das outras pessoas. Só que eu tive muitos apoios e agora estou tendo resultados, né?", diz feliz. Segundo ele, a redação no Enem não foi o único motivo de orgulho da família. "Em uma faculdade no ano passado eu quase consegui entrar para medicina. Foi por pouco, acho que se eu acertasse mais um teste, talvez eu conseguisse entrar também".
Enem
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep), as pessoas que têm o distúrbio podem pedir uma hora a mais em cada dia de prova, auxílio ledor e auxílio transcritor. O Ministério da Educação (MEC) não tem dados quanto ao número de disléxicos inscritos para o Enem 2014, no entanto, afirmou que cerca de 5,7 mil pessoas pediram o auxílio ledor - mas neste número também estão inclusos outros distúrbios e deficiências.
Vitor preferiu pedir apenas a hora a mais para fazer as provas. "Eu consegui uma horinha a mais nos dois dias para fazer a prova. Nos outros vestibulares que me inscrevi também pedi. Isso é extremamente legal, né? Esse reconhecimento e tudo. Porque uma hora a mais simplesmente ajuda demais", diz. "Eles ofereceram os auxílios ledor e transcritor, mas eu não quis. Prefiro fazer sozinho mesmo por eu já ter treinado assim desde pequeno. É que essa política de poder ler com alguém do lado é muito recente, então eu sempre tive que treinar sozinho", explica.
O estudante conta que tem medo do modelo de prova do Enem. "O Enem é uma prova que eu tenho que te tentar me controlar emocionalmente, porque é uma prova que querendo ou não me assusta muito. Eu acho o Enem difícil para mim por causa da interpretação de texto e da redação. Mas tomara que eu me supere", diz. Apesar de achar que a prova é difícil, Vitor promete se dedicar ao máximo." Eu prestarei o Enem e eu prestarei para medicina. Entrarei com tudo nessa prova e eu acho que posso ter capacidade para conseguir. Por eu ter superado tantas coisas, dá para eu superar mais essa”.
Estudo
Vitor reconhece que ainda tem uma grande estrada pela frente e, para alcançar seu objetivo que é entrar em um curso de medicina, estuda 13 horas por dia de segunda a sexta. "A rotina de estudo é pesada, tenho aula do cursinho todo dia e na parte da tarde faço aulas de redação", diz. "Estou há um ano no cursinho pré-vestibular. Os meus estudos começam às 7h no cursinho e terminam em média umas 20h. De sábado vou das 7h às 13h. Só tento tirar o domingo para descansar", explica.
Para conseguir estudar medicina, o jovem abriu mão da academia, do futebol e da balada com os amigos. "Se você quer medicina tem que ser o mais perfeito possível. Qualquer coisa que te atrapalhe vai ter uma consequência na sua nota final", diz. Vitor tem medo de ficar muitos anos nos cursinhos preparatórios. "Tem gente que tenta por muitos anos e isso dá um desespero, né? Às vezes eu penso, será que eu vou ficar tentando e tentando. Mas os resultados do ano passado mostram que estou no caminho certo", conclui.”
Argumentações finais:
Concluo que com as pesquisas que fiz e os textos que li, com um tema da minha área acadêmica, que me atrai bastante profissionalmente dizendo, apesar de eu não dar aulas formalmente ainda, pude ter diversos pontos de vista, tanto o da família, do professores e alunos. 
Também conclui que é possível sim tratar a dislexia de forma eficaz, no qual o aluno possa ser o maior beneficiado na situação. Tudo também depende da mente aberta dos pais, da escola e dos médicos responsáveis. Dislexia é algo sério e merece sempre uma atenção maior de todos.

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