EPISTEMOLOGIAS DO SUL

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EPISTEMOLOGIAS DO SUL
Beatriz Cavalcante da Silva
No primeiro texto Boaventura faz uma introdução sobre epistemologia, mostrando que toda forma de conhecimento é válida, fazendo também uma reflexão sobre três questões levantadas sobre a dominação de uma única epistemologia, quais eram as consequências dessa descontextualização e quais epistemologias alternativas.
O Texto introduz o livro que reúne vários autores discutindo cinco principais ideias. A primeira sobre epistemologia dominante, diferenciando a diferença cultural e política. A segunda ideia introduz o epistemicídio, extinguindo os conhecimentos locais, diminuindo a diversidade epistemológica. A terceira mostrando a ciência moderna não sendo totalmente um mal ou bem incondicional. A quarta ideia crítica o regime epistemológico, e um surgimento de epistemologias alternativas, e quinta e ultima ideia são alternativas para a epistemologia dominante, uma aceitação e reconhecimento da diversidade epistemologia do mundo. Reunindo ideias para poder discutir e sobre a epistemologia dominante, mostrando várias críticas sobre a epistemologia moderna elaboradas de diferentes lugares e culturas.
No segundo texto ele trabalha com três conceitos chaves a ser discutidos, são eles o pensamento abissal, a epistemologia do sul e ecologia de saberes, no qual eles se relacionam entre si. Para Santos (2010 p.23) “ O PENSAMENTO MODERNO OCIDENTAL é um pensamento abissal. Consiste num sistema de distinções visíveis e invisíveis, sendo que as invisíveis fundamentam as visíveis. ”. Essa divisão pode também se caracteriza como norte do Sul, ou “lado de cá da linha” e “lado de lá da linha”, ou podendo se caracterizar na ciência moderna distinguindo o verdadeiro e falso. A característica desse pensamento abissal é a exclusão, ou no caso a impossibilidade de coexistir no mesmo lado da linha. No campo de conhecimento, o pensamento abissal se consiste na autorização no monopólio que distingue o verdadeiro e o falso ou legal e ilegal, se caracterizando como o lado de lá da linha ou como a zona colonial. O autor passa vários exemplos da divisão da linha abissal global, dividindo dois lados, dois conceitos sempre um lado sendo excluído, seja socialmente ou territorialmente. 
Epistemologia do Sul, o sul é uma metáfora no campo epistêmicos, procura reparar danos causados pelo capitalismo aos países que foram colônias no mundo. A epistemologia do sul é um conjunto de intervenção epistêmicos que valorizam os saberes que resistiram a repressões e investigam uma forma conversa horizontal entre saberes, epistemologias que se consideravam invisíveis por estarem do lado de cá da linha 
O conceito ecologia de saberes passa a ideia da diversidade epistemológica do mundo, são diversas formas de conhecimento além do conhecimento cientifico, com isso não existe somente um conhecimento certo, os saberes são incompletos um pode ser melhor que o outro dependendo do objetivo a ser utilizado. “ Na ecologia de saberes, enquanto epistemologia pós-abissal, a busca de credibilidade para os conhecimentos não-científicos não implica o descrédito do conhecimento científico. ” (Santos, 2010 p.57). A ecologia de saberes traz uma característica pós-abissal de pode conversar com diferentes culturas ocidentais e não ocidentais, e poder fazer um diálogo epistêmicos 
Com isso conclui-se se não há uma ciência certa e única, a abertura para novos conhecimentos e saberes é bem-vinda para a compreensão de determinados assuntos que possam se utilizar dos saberes ou da história oral para expandir poder construir uma ciência, sem ter uma epistemologia dominante.
Referências:
SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula. Introdução. In: ________. Epistemologias do sul. São Paulo: Cortez, 2010, p. 15-27.
SANTOS, Boaventura de Sousa: Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. In: SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula. Epistemologias do sul. São Paulo: Cortez, 2010, p.31-83