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Profa. Angélica Tenório. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA DISCIPLINA: REUMATOFISIOTERAPIA Fibromialgia Síndrome reumática não-articular, caracterizada por dor musculoesquelética difusa e crônica, com presença de pontos dolorosos específicos à palpação (tender points); Está frequentemente associada a co-morbidades, tais como: distúrbios do sono, fadiga, cefaléia crônica, alterações psíquicas e distúrbios intestinais. Epidemiologia É uma das doenças reumáticas mais comuns, depois da AR e da OA; Altos índices de incapacidade; Prevalência de 2% na população em geral, sendo 3,4% nas mulheres e 0,5 % nos homens; Estudo realizado no Brasil: Prevalência de 2,5% na população, sendo a maioria do sexo feminino, das quais 40,8% se encontravam entre 35 e 44 anos de idade. (Marques et al., 2007; Senna et al., 2004). Etiologia e Fisiopatologia Teorias sobre a origem da Fibromialgia: Origem periférica: Alterações no metabolismo musculoesquelético: Fluxo sanguíneo Prejuízo ao metabolismo celular O2 para as fibras musculares DOR Etiologia e Fisiopatologia Origem multicausal: Predisposição genética; Interação entre fatores ambientais (ex: estresse) e sistêmicos (ex: disfunção neuroendócrina), resultando em dor, alterações emocionais e distúrbios do sono; SNC: Alteração no metabolismo de NT relacionados à sensibilidade dolorosa, que levam ao fenômeno de Sensibilização central. [Serotonina ] Inibição da lib. de subst. P pelos neurônios aferentes após estímulos nociceptivos Sensação dolorosa Distúrbios do sono e distúrbios psicológicos •Outros NT podem estar : Ex: Encefalinas; Norepinefrina Disfunção do sistema neuroendócrino Alterções na fáscia muscular e sensibilização central Quadro clínico Sinais e sintomas: * DOR; * Fadiga; * Distúrbios do sono; Manifestações clínicas associadas: Parestesias; Cãibras; Sensação de edema; Sintomas gástricos; Síndrome do cólon irritável; Dismenorréia; Cefaléia crônica; Ansiedade, depressão e irritabilidade; Entre outras. Diagnóstico Critérios diagnósticos do Colégio Americano de Reumatologia (ACR): Dor muscular difusa (+ de 3 meses); Dor à palpação de pelo menos 11 dos 18 tender points específicos. Em 2010, o ACR apresentou novos critérios, consistindo da contagem das áreas corporais dolorosas (Widespread Pain Index – WPI) e gravidade dos sintomas, incluindo fadiga, sono não-reparador e aspectos cognitivos, adicionados à intensidade dos sintomas somáticos (Symptom Severity (SS) scale score – SS scale score). Para ser classificado como portador de FM, o paciente deve apresentar WPI ≥ 7 e SS scale score ≥ 5 ou WPI de 3 a 6 com SS scale score ≥ 9. (WOLFE et.al., 2010) Dor crônica Redução da atividade física Baixo condicionamento físico + Fraqueza muscular Comprometimento funcional Prognóstico Importância do Diagnóstico precoce e do tratamento adequado!! Tratamento Interdisciplinar: Farmacológico; Terapia Cognitivo-Comportamental; Fisioterapia Tratamento farmacológico: Antidepressivos tricíclicos; Inibidores de recaptação de serotonina; Relaxantes musculares (ex: ciclobenzaprina); Análgesicos Avaliação Fisioterapêutica Identificação Anamnese: QP; HDA; Antecedentes pessoais ; Antecedentes familiares. Inquérito sobre a dor: Localização; Frequência; Intensidade; Fatores de alívio e exacerbação; Avaliação Fisioterapêutica Exame físico: Postura; Palpação dos tender points; Algometria* Flexibilidade; Força: TMM de grupos musculares relacionados às queixas do paciente; Havendo queixas articulares: Avaliar artic. envolvidas. Avaliação Fisioterapêutica Escalas e Questionários avaliativos: QIF- Questionário de Impacto da FM; Escalas de Dor (EVA); Mapa corporal de dor; Questinário de Dor “McGill-Melzack” 1-Capacidade Funcional 2-sentiu-se bem 3- Faltas ao trabalho 4- Capacidade de trabalhar 5-Dor 6-Fadiga 7-Sono 8-Rigidez 9-Ansiedade 10-Depressão SCORE GLOBAL: Soma de cada sub-item > SCORE > Impacto da FM Dimensões da dor: - Sensorial - Afetiva - Avaiativa - Mista Escore global: Índice de Avaiação da dor Outros aspectos que podem ser avaliados através de questionários específicos: Sono: Inventário do sono; Ansiedade: Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE); Depressão : Escala de depressão de Beck; Fadiga: Escala de Fadiga de Chalder; Avaliação Fisioterapêutica Tratamento Fisioterapêutico Objetivo geral: Deve ser definido de acordo com a queixa funcional. Objetivos específicos - exemplos: Controlar a dor; Reduzir a fadiga; Promover relaxamento muscular; Preservar ou melhorar a função neuromuscular; Manter ou melhorar a capacidade funcional; Orientar o paciente para o auto-cuidado. Será apresentado um caso clínico. Elabore: - Diagnóstico cinesiológico funcional com interpretação da avaliação - Objetivos - Condutas de tratamento CINESIOTERAPIA Exercícios aeróbicos Principal benefício: Lib. de Serotonina e Norepinefrina * Cuidado: Utilizar modalidades de baixo impacto Recursos fisioterapêuticos (Marques et al., 2007; Santos et al., 2009; Valim et al., 2006) Exercícios de Alongamento Recursos fisioterapêuticos (Marques et. al., 2007 ; Valim et al., 2006) Recursos fisioterapêuticos Exercícios de Fortalecimento * Cuidados: Iniciar com pequena resistência, aumentando-a progressivamente; Poucas repetições; Minimizar contrações excêntricas. (Marques et al., 2007; Santos et al., 2009; Valim et al., 2006) Exercícios de Propriocepção * Trabalhar conscientização corporal Recursos fisioterapêuticos HIDROTERAPIA Recursos fisioterapêuticos (Nogueira e Cardoso, 2007) RECURSOS TERAPÊUTICOS MANUAIS: Massoterapia Recursos fisioterapêuticos Pompage / Lib. Miofascial Recursos fisioterapêuticos ELETROTERAPIA E TERMOFOTOTERAPIA Recursos fisioterapêuticos ACUPUNTURA Recursos fisioterapêuticos EDUCAÇÃO DO PACIENTE: Orientação de exercícios domiciliares; Auto-massagem; Técnicas de relaxamento; Orientações posturais. Recursos fisioterapêuticos Referências Nogueira, R. M. P.; Cardoso, J. R. Revisão sistemática sobre a efetividade da fisioterapia aquática no tratamento da fibromialgia. Anais do Congresso Brasileiro de Hidroterapia; 2007. Disponível em: http://www.congressodehidroterapia.com/artigos/artigo10.pdf. Heymann, R. E. et al. Consenso brasileiro do tratamento da fibromialgia. Rev Bras Reumatol 2010;50(1):56-66. Marques, A. P. et al. Fibromialgia e Fisioterapia – Avaliação e tratamento. São Paulo: Manole, 2007. Valim, V. Benefícios dos Exercícios Físicos na Fibromialgia. Rev Bras Reumatol, v. 46, n. 1, p. 49-55, jan/fev, 2006. Santos, L. C. et al. Síndrome de Fibromialgia:fisiopatologia, instrumentos de avaliação e efeitos do exercício. Motriz, Rio Claro, v.15 n.2 p.436-448, abr./jun. 2009.
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