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Economia empresarial Ciências Econômicas - Origens Prof. Oliver C. Sampaio Filho ofilho2@fanor.edu.br oliverfilho@hotmail.com Ciências Econômicas - Origens • Nós todos em algum momento de nossas vidas já vivenciamos a Economia, seja na compra de um carro, na compra do arroz-feijão e a carne para o almoço do dia; quando somos levados a substituir a carne de vaca ou frango pelo peixe, em virtude do preço elevado da carne; ou quando decidimos consumir cupuaçu ao invés da banana no período de entressafra dessa. • O que trata a Economia? • A Ciência Econômica se propõe a estudar os homens na sociedade e, a maneira pela qual eles decidem empregar os recursos escassos a fim de produzir diferentes bens e serviços, de modo a distribuí-los às pessoas, para satisfação das suas necessidades, que são ilimitadas. 2 Ciências Econômicas - Origens • Por que estudar economia ? 1. Ajudar a entender o mundo em que vivemos; 2. Tornar-se um participante mais ativo da sociedade; 3. Melhorar compreensão dos potenciais e limites da política econômica. • O que é Economia? • Economia é a ciência social que estuda a produção, distribuição, e consumo de bens e serviços. O termo economia vem do grego para oikos (casa) e nomos (costume ou lei), daí "regras da casa (lar).“ 3 Ciências Econômicas - Origens Outro conceito de Economia Segundo Lionel Robbins em um ensaio de 1932, a economia é: "a ciência que estuda as formas de comportamento humano resultantes da relação existente entre as ilimitadas necessidades a satisfazer e os recursos que, embora escassos, se prestam a usos alternativos." Escassez significa que os recursos disponíveis são insuficientes para satisfazer todas as necessidades e desejos. Estando ausentes a escassez dos recursos e a possibilidade de fazer usos alternativos desses recursos, não haverá problema econômico. 4 Ciências Econômicas - Origens • Divisões: Macro-Economia - Estuda o funcionamento da economia como um todo - Examina como são determinados o nível e o crescimento do produto - Analisa a inflação e o desemprego - Indaga a oferta total da moeda e investiga a razão porque certos países prosperam enquanto outros estagnam Micro-Economia - Estuda o comportamento das indústrias, das empresas e das famílias - Estuda como são fixados os preços (da terra, do trabalho, do capital ou seja dos fatores da produção “Inputs”) - Analisa as forças e fraquezas do mecanismo do mercado 5 Ciências Econômicas - Origens História do pensamento econômico As questões econômicas têm preocupado muitos intelectuais ao longo dos séculos. Na antiga Grécia, Aristóteles e Platão dissertaram sobre os problemas relativos à riqueza, à propriedade e ao comércio. Os árabes medievais também fizeram contribuições para a compreensão da economia. Mais tarde os precursores do oeste da economia, engajaram-se nos debates durante a idade média. Durante a Idade Média, predominaram as ideias da Igreja Católica Apostólica Romana e foi imposto o direito canônico, que condenava a usura (contrato de empréstimo com pagamento de juros) e considerava o comércio uma atividade inferior à agricultura. 6 Ciências Econômicas - Origens História do pensamento econômico A economia moderna foi muito influenciada pela contribuição de Adam Smith. Adam Smith, na sua obra A Riqueza das Nações, estabeleceu alguns dos princípios fundamentais da economia (estudando basicamente dois modos de produção que são o Mercantilismo e a Fisiocracia), que ainda hoje servem de guia aos economistas. Adam Smith foi o primeiro a defender que os interesses privados dos indivíduos produziam benefícios públicos. Porém, diferentemente do atual senso comum, Adam Smith nunca afirmou que o mercado independe do Estado, ideia esta difundida pelos neoliberais. • Mercantilismo • Fisiocracia 7 Ciências Econômicas - Origens Mercantilismo (Séc. XVI – XVIII) Apesar de na Idade Média terem surgido inovações no comércio, como por exemplo o combate à usura, os salários justos, o "justo preço", será no Mercantilismo que brotarão os primeiros princípios econômicos. O mercantilismo é marcado pela desintegração do feudalismo e pela formação dos Estados Nacionais. Além disso, por um processo de expansão dos mercados consumidores e produtores de matéria-prima, pela revolução comercial, pela centralização do comércio como atividade econômica e pelo protecionismo e intervencionismo estatal na economia. 8 Ciências Econômicas - Origens Mercantilismo (Séc. XVI – XVIII) Considera-se que o mercantilismo foi um período que possibilitou a transição de uma economia regional para uma economia nacional. O comércio não mais se limitava às feiras e às transações internas, mas voltava-se para o exterior, buscando o acúmulo de capitais em função da prosperidade do Estado, mesmo que para isso fosse necessário a exploração de outras terras. 9 buscando o acúmulo de capitais Ciências Econômicas - Origens Mercantilismo (Séc. XVI – XVIII) Os mercantilistas, limitando sua análise ao âmbito da circulação de bens, aprofundaram o conhecimento de questões como as da balança comercial, das taxas de câmbio e dos movimentos de dinheiro. 10 Ciências Econômicas - Origens Fisiocracia (Séc. XVIII) A palavra fisiocracia significa governo da natureza. Isto é, de acordo com o pensamento fisiocrático as atividades econômicas não deveriam ser reguladas de modo excessivo e nem guiadas por forças "antinaturais". Deveria-se conceder uma maior liberdade a essas atividades, afinal "uma ordem imposta pela natureza e regida pelas leis naturais" governaria o mercado e tudo se acomodaria como tivesse que ser. Na fisiocracia a base econômica é a produção agrícola, ou seja, um liberalismo agrário, onde a sociedade estava dividida em três classes: produtiva, proprietários de terra e as demais classes. O papel do Estado se limitava a ser o guardião da propriedade e garantidor de liberdade econômica, não deveria intervir no mercado ("laissez-faire, laissez-passer“ - "deixar fazer, deixar passar”), pois existia uma "ordem natural" que regia as atividades econômicas. 11 Ciências Econômicas - Origens Fisiocracia (Séc. XVIII) Com o advento da fisiocracia surgiram duas grandes ideias de alta relevância para o desenvolvimento do pensamento econômico. A primeira diz que há uma ordem natural que rege todas as atividades econômicas, sendo inútil criar leis à organização econômica. A segunda se refere a maior importância da agricultura sobre o comércio e a indústria, ou seja, a terra é a fonte de todas as riquezas que mais tarde farão parte destes dois campos econômicos. O Tableau Économique, de Quesnay, publicado em 1758, é a primeira representação do circuito econômico, da interdependência das atividades econômicas, das relações entre a produção e sua repartição. 12 Ciências Econômicas - Origens Teoria Clássica A base do pensamento da Escola Clássica é o liberalismo econômico, ora defendido pelos fisiocratas. Seu principal expoente é Adam Smith que, ao contestar a regulamentação comercial do sistema mercantilista, acreditava que a concorrência produz como resultado o desenvolvimento econômico, que por sua vez é utilizado por toda a sociedade. A teoria clássica surgiu do estudo dos meios de manter a ordem econômica através do liberalismo e da interpretação das inovações tecnológicas provenientes da Revolução Industrial. É caracterizada pela busca no equilíbrio do mercado(oferta e demanda) via ajuste de preços ("mão invisível"), pela não- intervenção estatal na atividade econômica, prevalecendo a atuação da "ordem natural" e pela satisfação das necessidades humanas através da divisão do trabalho, que por sua vez aloca a força de trabalho em várias linhas de emprego. 13 Ciências Econômicas - Origens Pensamento Marxista A principal reação política e ideológica ao classicismo foi feita pelos socialistas, mais precisamente por Karl Marx e Frederic Engels. Criticavam a "ordem natural" e a "harmonia de interesses", pois há concentração de renda e exploração do trabalho. Marx preconizava a derrubada da ordem capitalista e a inserção do socialismo. Ao afirmar que "o valor da força de trabalho é determinado, como no caso de qualquer outra mercadoria, pelo tempo de trabalho à produção, e consequentemente à reprodução, desse artigo em especial", Marx modificou a análise do valor-trabalho (teoria objetiva do valor). Desenvolveu, também, a teoria da mais-valia (exploração do trabalho), que é a origem do lucro capitalista, de acordo com o pensamento marxista. Analisou as crises econômicas, a distribuição de renda e a acumulação de capital. 14 Ciências Econômicas - Origens Teoria Neoclássica A partir de 1870, o pensamento econômico passava por um período de incertezas diante de teorias contrastantes (marxista, clássica e fisiocrata). Esse período conturbado só teve fim com o advento da Teoria Neoclássica, em que se modificaram os métodos de estudo econômicos. Através destes buscou-se a racionalização e otimização dos recursos escassos. Conforme a Teoria Neoclássica, o homem saberia racionalizar e, portanto, equilibraria seus ganhos e seus gastos. É nela que se dá a consolidação do pensamento liberal. Doutrinava um sistema econômico competitivo tendendo automaticamente para o equilíbrio, a um nível pleno de emprego dos fatores de produção. A principal preocupação dos neoclássicos era o funcionamento de mercado e como se chegar ao pleno emprego dos fatores de produção, baseada no pensamento liberal. 15 Ciências Econômicas - Origens Revolução Keynesiana Quando a doutrina clássica não se mostrava suficiente diante de novos fatos econômicos, surgiu o economista John Maynard Keynes que, com suas obras, promoveu uma revolução na doutrina econômica, opondo-se, principalmente, ao marxismo e ao classicismo. Substituindo os estudos clássicos por uma nova maneira da raciocinar na economia, além de fazer uma análise econômica que restabelecesse contato com a realidade. 16 Ciências Econômicas - Origens Revolução Keynesiana John Maynard Keynes, defensor da economia neoclássica até a década de 1930, analisou a Grande Depressão em sua obra The General Theory of Employment, Interest and Money (1936), em que formulou as bases da teoria que, mais tarde, seria chamada de keynesiana ou keynesianismo. Seus objetivos eram de, principalmente, explicar as flutuações econômicas ou flutuações de mercado e o desemprego generalizado, ou seja, o estudo do desemprego em uma economia de mercado, sua causa e sua cura. 17 Ciências Econômicas - Origens Objeto da Economia O problema econômico por excelência é a escassez. Surgiu porque as necessidades humanas são virtualmente ilimitadas, e os recursos econômicos, limitados, incluindo também os bens. Esse não é problema tecnológico, e sim de disparidade entre os desejos humanos e os meios disponíveis para satisfazê-los. A escassez é um conceito relativo, pois existe desejo de adquirir uma quantidade de bens e serviços maior que a disponibilidade. 18 Ciências Econômicas - Origens Para refletir Fonte: internet (autor desconhecido) Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que ele nunca reprovou um só aluno antes, mas tinha, uma vez, reprovado uma classe inteira. Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e 'justo'. O professor então disse, "Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas." Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam 'justas'. Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém seria reprovado. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia um "A"... 19 Ciências Econômicas - Origens Para refletir Fonte: internet (autor desconhecido) Depois que a média das primeiras provas foram tiradas, todos receberam "B". Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado. Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. Como um resultado, a segunda média das provas foi "D". Ninguém gostou. Depois da terceira prova, a média geral foi um "F". 20 Ciências Econômicas - Origens Para refletir Fonte: internet (autor desconhecido) As notas não voltaram a patamares mais altos mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram o ano... Para sua total surpresa. O professor explicou que o experimento socialista tinha falhado porque ele foi baseado no menor esforço possível da parte de seus participantes. 21 Ciências Econômicas - Origens Para refletir Fonte: internet (autor desconhecido) Preguiça e mágoas foi seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual o experimento tinha começado. "Quando a recompensa é grande", ele disse, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem seu consentimento para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável." "É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade.” 22 Ciências Econômicas - Origens Para refletir Fonte: internet (autor desconhecido) Cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber. O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém. Quando metade da população entende a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. “É impossível multiplicar riqueza dividindo-a.” 23
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