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Provas piagetianas
Disciplina Testes Psicológicos I
Desenvolvimento das provas piagetianas. 
Piaget desenvolveu uma série de provas, as quais aplicava a crianças de variadas idades, para avaliar seu desempenho cognitivo e em que estágios de evolução cognitiva (pré-operatório, operatório-concreto ou operatório-formal) eles se encontravam, dentro do contextos de suas pesquisas. 
Alguns colaboradores de Piaget viram a possibilidade de relacionar estas provas com mensuração dos estágios de desenvolvimento, como Barbel Inhelder e Vinh Bang. 
Aproximação entre Piaget e expoentes da Psicometria, realizada através de sua colaboradora Barbel Inhelder, na década de 70. 
Psicometria e provas piagetianas
Manuais psicométricos famosos, na década de 70, como o de Anne Anastasi, começam a dedicar capítulos às provas piagetianas, mostrando o esforço dos psicometristas em aproveitar os conhecimentos de Piaget, em termos de elaboração de testes psicológicos. 
Houve vários estudos, no mundo todo, que desenvolveram baterias de testes ou provas, alguns tentando reunir as provas piagetianas com itens de testes de fator g, ou de provas específicas, ou apenas provas piagetianas. 
Correlação entre as provas piagetianas e testes de fator G.
Também foram desenvolvidos estudos de correlação dos resultados obtidos pelas provas piagetianas e outros tipos de estudo, como o teste de matrizes progressivas de Raven, com resultados que mostram a correlação entre estes instrumentos de medida.
A própria Barbel Inhelder desenvolveu um conjunto de provas, para uso dentro da psicologia clínica, que foram posteriormente utilizados por outros psicólogos ou psicopedagogos, como Jorge Visca e Maria Lúcia Weiss, para avaliação cognitiva de crianças e adolescentes. 
Diferença entre as provas piagetianas e teste psicológico.
As provas piagetianas não são testes psicológicos, apesar de poderem ser transformadas em tal. 
No Brasil, não há testes aprovados pelo Conselho Federal de Psicologia que utilizem-se das provas piagetianas, isto é, não foi realizada a normatização de testes psicológicos com utilização destas provas. 
Mesmo assim, as provas piagetianas poderão ser utilizados pelos psicólogos, porém o resultado não é quantificado, mas sim analisado de forma qualitativa. 
Provas de conservação de pequenos conjuntos discretos de elementos.
Prova no qual colocamos uma certa quantidade de elementos (exemplo: cinco moedas, ou cinco círculos de E. V. A.), e pedimos para a criança fazer o mesmo com as moedas ou círculos. 
 O examinador espaça ou aproxima as fichas de sua coleção, sempre mantendo a outra linha que fica mais curta ou comprida: “Tem a mesma coisa, ... o mesmo número de minhas e suas , ou não? Onde tem menos? Como você sabe?” 
Inquérito (perguntas), relacionadas a esta prova?
Contra- argumentação O examinador provocará a criança afirmando o contrário de sua resposta inicial. Para resposta conservativa, diz: “Veja, esta linha está mais comprida, terá mais fichas?” Para a não-conservativa: “Você se lembra, antes as duas fileiras tinham a mesma quantidade. O que você acha agora ? 
Pergunta de quantidade: “Conte as fichas que sobraram com você”, ao mesmo tempo em que esconde as próprias na mão. Responda sem contar. Como você sabe?” 
Outras perguntas
 O examinador espaça ou aproxima as fichas de sua coleção, sempre mantendo a outra linha que fica mais curta ou comprida: “Tem a mesma coisa, ... o mesmo número de minhas e suas , ou não? Onde tem menos? Como você sabe?” 
Contra- argumentação O examinador provocará a criança afirmando o contrário de sua resposta inicial. Para resposta conservativa, diz: “Veja, esta linha está mais comprida, terá mais fichas?” Para a não-conservativa: “Você se lembra, antes as duas fileiras tinham a mesma quantidade. O que você acha agora ? 
Pergunta de quantidade: “Conte as fichas que sobraram com você”, ao mesmo tempo em que esconde as próprias na mão.Responda sem contar. Como você sabe?” 
Respostas não conservativas
Respostas possíveis: 
Condutas não- conservativas (até aproximadamente 4 ou 5 anos) 
– Nível 1 Nas duas situações a criança pode fazer uma contagem, uma correspondência termo a termo ou global ou qualquer disposição figural. Essas respostas são não – conservativas. Poderá ou não resolver corretamente a questão da quantidade. 
Respostas intermediárias
2. Condutas intermediárias – Nível 2 As coleções (1a e 2a situações) são constituídas por correspondência termo a termo de forma correta. As perguntas do examinador dão margem às seguintes condutas: a. Resposta conservativa para uma situação e não conservativa para outra. b. Vacilações no julgamento durante cada situação: “Tem mais azuis... não, tem mais vermelhas ... não é igual?” Não justifica com argumentos claros e precisos as respostas de conservação. Resolve corretamente a questão da quantidade. 
Respostas conservativas
3. Condutas conservativas (desde aproximadamente 5 anos) – Nível 3 Quando a criança apresenta condutas conservativas, ela deverá justificar com um ou vários argumentos: a. De “identidade”: Tem a mesma coisa, você não tirou nem botou nada.Você só apertou... você só afastou.” b. De “reversibilidade”: “Se você botou as vermelhas do jeito do azul fica igual...se você encolher ou esticar de novo os azuis vai ficar igual de novo.” c. De “compensação”: Você fez mais comprido, mas as fichas estão mais longe umas das outras (ou estão mais perto)”. 
 PROVA Nº 2: QUANTIFICAÇÃO DA INCLUSÃO DE CLASSE 
I- MATERIAL: 10 frutinhas (laranjas) 4 frutinhas (bananas) 
II – DESENVOLVIMENTO: 1. O examinador verifica se a criança conhece o nome das frutas e se conhece o termo genérico “frutas”: “Você conhece o nome de outras frutas? Quais?” 
III- PERGUNTAS: 
-Pergunta 1: “Nesse montinho, há mais laranjas ou mais frutas?” Após a resposta: “Como você sabe? Você pode me Mostrar?” 
-Pergunta 2: “Conheço duas meninas que querem montar cestas. Uma faz uma cesta com as laranjas. Depois ela desmancha e me devolve as laranjas. A outra, faz sua cesta com as frutas. Qual foi a cesta maior?”
Perguntas e avaliação
 -Pergunta 3a. “Se eu dou para você as bananas, o que fica na cesta?”
-Pergunta 3b.“Se eu dou para você as frutas, o que sobra na cesta?”
 -Pergunta 4. “Eu vou fazer uma cesta com todas as bananas e você vai fazer uma cesta com todas as frutas. Quem vai fazer a cesta maior? Como é que você sabe?” 
IV- AVALIAÇÃO: 
1.Ausência de Quantificação inclusiva (até aproximadamente 5-6 anos) – Nível 1: A criança faz sistematicamente a comparação das duas subclasses e reponde então que há mais bananas do que frutas. Costuma errar sobre a subtração de subclasse (perguntas 3a e 3b.) 
Avaliação (continuação)
2.Condutas Intermediárias:
– Nível 2: Observa-se hesitação na resposta à pergunta 1. Às vezes responder: “É a mesma coisa”. Nesse nível as perguntas 3a. e 3b. são respondidas corretamente. 
3.Existência da Quantificação inclusiva (aproximadamente a partir 7-8 anos):
 – Nível 3: A criança responde corretamente a todas às perguntas. 
Nº3 - CONSERVAÇÃO DA QUANTIDADE DE MATÉRIA (Quantidades contínuas) 
I – MATERIAL: 2 bolas de massa plástica de cores diferentes (diâmetro aproximado de 4cm.) 
II – DESENVOLVIMENTO : O examinador pede que a criança faça duas bolas que tenham a mesma quantidade de massa. “Se fossem bolinhos e a gente pudesse comê-los seria preciso que houvesse a mesma quantidade para comer. O que você deve fazer para ficarem iguais? Para uma não ter nem mais nem menos massa que a outra?” 
Transformação: 
1ª Transformação: Transforma-se uma das bolas (a do examinador) em uma salsicha. “Será que agora tem a mesma quantidade de massa na bola e na salsicha ou tem mais na bola ou mais na salsicha. Como você sabe? Você pode me explicar? Você pode me mostrar isso?” 
Contra – argumentação: O examinador provocará uma reação da criança afirmado sempre o contrário de sua resposta inicial. Parareposta conservativa diz: “Veja a salsicha é mais comprida que a bola, terá mais massa?” Para a não – conservativa: “Você se lembra, antes as 2 bolas tinham a mesma quantidade. O que você acha agora?” 
Retorno empírico: Antes do examinador refazer a bola inicial, pergunta à criança: “Se dessa salsicha eu refaço a bola (o bolinho), será que vai ter a mesma quantidade (a mesma coisa para comer) ou não?” Se a criança não resolver esse problema de “retorno empírico”, faz-se essa volta e, se for necessário, iguala-se novamente as bolas até que ela as julgue com quantidades iguais. 
Outras transformações
2ª Transformação: Transforma – se a mesma bola (do examinador) em uma bola achatada (minipizza, panqueca) e procede-se como na 1ª transformação quanto à contra argumentação, terminando sempre pela questão do retorno empírico. 
3ª Transformação :Fragmenta-se a bola inicial em 10 pedacinhos e procede- se como nas outras transformações. 
Procedimentos avaliativos
III – PROCEDIMENTOS AVALIATIVOS: 
Condutas não -conservativas (até aproximadamente 5-6 anos) 
- Nível 1: Em cada transformação uma das duas quantidades é julgada maior: “Tem mais na salsicha porque é mais comprida. Ou tem mais na bola porque é mais alta”. Face às contra argumentações do examinador, a criança ou mantém o seu julgamento ou a troca embora a quantidade seja maior. O retorno empírico pode ser resolvido corretamente ou não. 
Condutas intermediárias
2. Condutas Intermediárias:
- Nível 2: Os julgamentos das crianças oscilam entre conservação e não- conservação aparecendo de diferentes maneiras: a) Por uma mesma transformação, a criança julga alternadamente as quantidades como iguais e diferentes. b) Por diversas transformações os julgamentos se alternam ora de conservação ora de nãoconservação. c) A contra- argumentação do examinador provoca vacilação e alternância de julgamentos. As justificativas de conservação são poucas e incompletas. O problema do “retorno empírico é resolvido corretamente. 
Condutas conservativas
3. Condutas conservativas (aproximadamente a partir de 7 anos) 
– Nível 3: Em todas as transformações as quantidades são sempre julgadas iguais. A criança já é capaz de dar um ou vários argumentos: “de identidade”: “É a mesma coisa”; compensação”: “Aqui a panqueca é maior, mas é mais fina que a bola, então, é a mesma coisa” . A criança mantém o julgamento de conservação apesar do contra – argumentação do examinador. 
PROVA Nº4 - SERIAÇÃO DE BASTONETES
I – MATERIAL :1 série de 10 bastonetes graduados de 16 a 10 cm. com a diferença de um para outro de 0.6; 1 anteparo. (utilizar a placa emborrachada da prova de intersecção, com o verso voltado para o examinando) 
II – DESENVOLVIMENTO:
 1 O examinador dá à criança os 10 bastonetes em desordem para que tome conhecimento do material. 
2.a. Seriação a descoberto : “Você vai fazer uma escadinha com todos esses pauzinhos, colocando-os em ordem do menor para o maior”. Se a criança não conseguir, o examinador pode, eventualmente, fazer a demonstração de uma série inicial com 3 pauzinhos. É importante registrar a ordem em que a criança escolhe cada pauzinho e como faz cada escolha e a configuração final. Anotar o processo de realização. 
Seriação oculta
2.b. Verificação da exclusão : Se o sujeito acertar a seriação a descoberto, o examinador pode pedir que feche os olhos e, ao abri-los, descubra o local, a posição, em que estava o bastonete retirado pelo examinador da “escadinha” feita pelo sujeito. 
2.c. Seriação oculta atrás do anteparo: Se o sujeito acertou a seriação pode- se fazer também de outra forma: “Agora sou eu que vou fazer a escadinha atrás dessa placa (anteparo) ; você vai me dando os pauzinhos um a um, e eu vou colocando aqui, na ordem fazendo a escada. Registra-se a maneira de escolher e a ordem que ele deu ao examinador. 
Procedimentos avaliativos: 
III – PROCEDIMENTOS AVALIATIVOS :
Ausência de Seriação - (aproximadamente 3-5 anos) Nível 1 – O sujeito fracassa nas suas tentativas de ordenar. - ausência de séries (3-4 anos) a criança não entende a proposta e coloca os bastões em qualquer ordem, justapondo – os; - esboço de séries (4-5 anos) a criança faz tentativas diversas; pares (grandes e pequenos), série de 3 ou 4 bastões , mas não coordena as diferentes série entre si, ou não consegue intercalar os outros; - faz uma escada sem considerar o tamanho dos bastões, mas só arrumação da parte superior imitando uma escadinha . 
Conduta intermediária
b. Conduta Intermediária (aproximadamente 5-6 anos) – Nível 2 – Em que o sujeito vai por ensaio e erro compondo a série; compara cada bastão com todos os demais até achar o que serve. É uma seriação intuitiva por regulações sucessivas. 
c. Êxito Obtido por Método Operatório (aproximadamente 6-7- anos) – Nível 3 – O sujeito com facilidade antecipa a escada fazendo metodicamente a sua construção, colocando primeiro os bastões menores e a seguir, em graduação, até o final. Neste nível faz a descoberta, atrás do anteparo, exclui bastões e constrói espontaneamente a linha de base. 
PROVA Nº5 CONSERVAÇÃO DO PESO COM BALANÇA 
I –MATERIAL: 2 bolas de massa plástica de cores diferentes( as mesmas utilizadas na prova de conservação de quantidade de massa). 1 balança com 2 pratos. 
II – DESENVOLVIMENTO: O examinador verifica se a criança conhece as relações de peso indicadas pela balança, usando objetos diversos(pedra, apontador, bolas de massa, etc). O examinador pede que a criança faça duas bolas que tenham o mesmo peso, para isso usando a balança. 
Transformação 
1a) Transformação: O examinador transforma uma das bolas em salsicha e finge que iria pesá-las, falando: “Você pensa que a salsicha pesa a mesma coisa que a bola ou será que uma pesa mais que a outra? Como é que você sabe?” 
Contra- argumentação: O examinador provocará uma reação da criança, afirmando sempre o contrário de sua resposta. Falará como nas provas anteriores. 
Retorno empírico: O examinador procederá como nas provas anteriores 
Outras transformações
2a)Transformação: Transforma –se a mesma bola em uma minipizza e procede -se como na 1a transformação quanto à contra – argumentação e ao “retorno empírico”. 
3a)Transformação: Fragmenta-se a mesma bola em 8 a 10 pedaços e procede-se como nas outras transformações, realizando também a contra – argumentação e o “retorno empírico”. 
Procedimentos avaliativos
III – PROCEDIMENTOS AVALIATIVOS: 1. Condutas não- conservativas (até aproximadamente 6-7 anos) – Nível 1 Em cada uma das transformações um dos pesos é julgado mais pesado que o outro. As condutas não conservativas das crianças são semelhante às das provas anteriores nos julgamentos, nas contra argumentações e no “retorno empírico.” 
2. Condutas Intermediárias – Nível 2 Os julgamentos das crianças vacilam entre conservação e não- conservação aparecendo de diferentes maneiras, com condutas semelhantes às provas anteriores de conservação. 
3. Condutas Conservativas (aproximadamente a partir de 8 anos) Em todas as transformações os pesos são julgados iguais. A criança é capaz de dar um ou vários argumentos (identidade, reversibilidade e compensação) mantendo o seu julgamento apesar das contra- argumentações.

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