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salvador.fisico@gmail.com 
PÓS-GRADUAÇÃO 2017 
Curso de Especialização 
Engenharia de Segurança do 
Trabalho 
 
salvador.fisico@gmail.com 
EFEITOS BIOLÓGICOS DAS 
RADIAÇÕES IONIZANTES 
Salvador Mangini Filho 
Físico 
Curso de Especialização 
Engenharia de Segurança do Trabalho 
 
 
 
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HISTÓRICO 
 Posteriormente descobriu-se que a irradiação do tecido 
germinativo de plantas e animais resultava em efeitos nos 
descendentes. 
 
 Por outro lado, os benefícios do uso da radiação no diagnóstico e 
tratamento médico (cura de tumores) também foram 
precocemente detectados. 
 
 Ficou claro que deve-se estudar os efeitos biológicos 
das radiações ionizantes a fim de proteger o homem e 
outras espécies de seus efeitos prejudiciais, 
maximizando os benefícios de seu uso. 
Algumas das observações iniciais 
foram danos na pele nas mãos de 
médicos radiologistas e queda de 
cabelo de pacientes irradiados 
 
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 EFEITOS RADIOBIOLÓGICOS 
(CARATERÍSTICAS) 
 *ESPECIFICIDADE 
 
 *TEMPO DE LATÊNCIA 
 
 *REVERSIBILIDADE 
 
 *TRANSMISSIBILIDADE 
 
 *DOSE LIMIAR 
 
 *RADIOSENSIBILIDADE 
 
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A exposição a 
radiação afeta o 
centro da vida: 
a célula 
Cromossomas 
 
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LESÕES NO DNA 
As aberrações cromossômicas surgem 
principalmente quando moléculas são 
quebradas e se religam erroneamente. 
 
Neste caso, a perda da integridade 
física do DNA impede sua 
reprodução, o que corresponde à 
morte celular (morte reprodutiva). 
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Consequências Após a Exposição da Célula 
Mutação do DNA 
Célula Sobrevive 
porém mutada 
Câncer? 
Célula Enferma 
Mutação 
reparada 
Célula Inviável 
Célula Viável 
 
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Efeito 
Direto 
Efeito 
Indireto 
Morte 
Celular 
Dano 
Primário 
Célula 
Modificada 
Dano ao 
Órgão 
Célula 
Somática 
Célula 
Germinativa 
Efeito 
Hereditário 
Câncer 
Leucemia 
Morte do 
Organismo 
 
 
 
 
 
 
 
Reparo 
Efeitos 
Determinísticos 
Efeitos 
Estocásticos 
EFEITOS BIOLÓGICOS 
 
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 Efeitos Biológicos 
Determinísticos 
 
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EFEITOS DETERMINÍSTICOS 
 
Os efeitos determinísticos das 
radiações ionizantes são aqueles 
resultantes da alteração da função 
normal de um órgão ou tecido, em 
conseqüência da morte ou alteração 
funcional de um grande número de 
células, não compensado pela 
proliferação de células viáveis. 
 
 
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EFEITOS DETERMINÍSTICOS 
 Órgãos sensíveis: 
– medula óssea 
– leucopenia e diminuição da resistência às 
infecções 
– deficiência plaquetária (hemorragia) 
– diminuição de glóbulos vermelhos (anemia) 
– sistema digestivo 
– náusea 
– vômitos 
– olhos 
– catarata 
– sistema reprodutivo 
– esterilidade 
 
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EFEITOS DETERMINÍSTICOS 
 Apresentam um limiar de dose. 
– O efeito é clinicamente observável apenas quando a dose 
da radiação é acima deste limiar. 
 
 A gravidade aumenta (probabilidade de ocorrência) aumenta 
rapidamente com doses crescentes, acima do limiar, até que 
100% das pessoas expostas apresentem os efeitos. 
 
 O limiar é diferente entre diferentes indivíduos. Isso ocorre 
devido a diferença de sensibilidade entre os indivíduos. 
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Síndrome aguda da Radiação 
 De acordo com as doses recebidas no corpo inteiro 
podemos distinguir as diferentes formas da Síndrome 
Aguda da Radiação 
 
 
 
 
 
 Síndrome da medula óssea hematopoiética D>2 Sv 
 30-60 dias de vida após a exposição 
  Síndrome do trato Gastrointestinal D> 6 Sv 
 10-20 dias de vida após a exposição 
 
 Síndrome do Sistema Nervoso Central 
 ou Neurovascular cerebral D> 10 Sv 
 1-5 dias de vida após a exposição 
 
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Reação da pele irradiada 
(Acidente da Argentina) 
 
 
 
 
 
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Acidente de Goiânia 
 Reação da pele irradiada 
 
 
 
 
 
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Acidente de Goiânia 
 Reação da pele irradiada 
 
 
 
 
 
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Acidente 
de Goiânia 
 
 Reação 
da pele 
irradiada 
 
 
 
 
 
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BOLHA 
DERMATITE 
CRÔNICA 
FIBROSE 
ERITEMA ESCAMAÇÃO SECA 
Determinísticos 
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HIPERPIGMENTAÇÃO QUERATOSE 
NECROSE 
ULCERAÇÃO 
 
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Efeitos Biológicos 
Estocásticos 
 
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Conseqüências a 
saúde devido o 
acidente de 
Chernobyl 
 
•1800 crianças 
diagnosticadas com câncer 
de tireóide (1998) 
EFEITOS ESTOCÁSTICOS 
 
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CÂNCER 
 ESTOCÁSTICOS 
 
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EFEITOS ESTOCÁSTICOS 
 
 O dano ao DNA de uma única célula pode gerar uma 
célula transformada que mantém preservada a 
capacidade de reprodução. Há uma probabilidade 
(pequena) de que esta célula desenvolva uma condição 
maligna (câncer). 
 Geralmente tumores se originam de uma única célula. 
 Os efeitos estocásticos das radiações ionizantes por não 
apresentam limiar de dose. Assim, um só evento pode ser 
suficiente. 
 Qualquer dose de radiação, mesmo muito pequena, pode 
resultar em efeito estocástico. 
 
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Efeitos Estocásticos 
(somáticos / tardios) 
 Provocados por doses baixas com tempo de 
exposição longo ou 
 
 Indivíduos que sobreviveram a uma dose 
aguda 
 
Caracteriza-se por apresentar um tempo 
de latência muito longo 
 
Obs: São verificados estatisticamente 
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EFEITOS ESTOCÁSTICOS 
 O organismo possui mecanismos de defesa muito 
eficientes contra a evolução de células transformadas. A 
maioria das transformações neoplásicas não progride 
para um câncer. 
 
 Quando estes mecanismos falham, após um período de 
latência geralmente longo, a condição maligna aparece. 
Para leucemias, a latência média é de 5 a 7 anos, e para 
tumores sólidos, cerca de 20 anos. Assim, geralmente 
são efeitos tardios. 
 
 São cumulativos. Quanto maior a dose, maior a 
probabilidade de ocorrência. 
 
 
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Alguma Pergunta? 
 
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Cansaram? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SISTEMA DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA 
 É possível evitar os efeitos determinísticos das radiações 
ionizantes, uma vez que existe um limiar de dose, 
 
 Entretanto, os efeitos estocásticos não podem ser 
completamente evitados. 
 
 O escopo básico da proteção radiológica é prevenir a 
ocorrência de efeitos determinísticos, mantendo as 
doses abaixo do limiar relevante, e assegurar todos os 
passos necessários para reduzir a indução de efeitos 
estocásticos. 
 
 O objetivo primário da proteção radiológica é fornecer um 
padrão apropriado de proteção para o homem sem limitar os 
benefícios criados pela aplicação das radiações ionizantes. 
 
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Princípios Básicos 
Os princípios de radioproteção e segurança 
em que a norma está baseada são aqueles 
estabelecidos pela ICRP (International 
Commission on RadiologicalProtection) 
• A prática deve ser justificada 
 
 Nenhuma prática deve ser 
autorizada a menos que produza 
suficiente benefício para o indivíduo 
exposto ou para a sociedade. 
 
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• As exposições a radiação devem ser mantidas 
Tão A 
Baixas L 
Quanto A 
Razoavelmente R 
Exeqüível A 
 
• Onde for praticável, obter por meio de controle 
de engenharia 
ALARA - As Low As Reasonably Achievable 
PRINCIPIO DA OTIMIZAÇÃO DA 
RADIOPROTEÇÃO 
•A proteção e a segurança deve ser otimizada 
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Limitação de dose 
• As doses individuais causadas por 
todas as práticas relevantes não 
devem exceder limites de dose 
especificados. 
 
 
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Limitação das doses individuais 
 A exposição de indivíduos resultante da combinação de 
todas as práticas relevantes deve estar sujeita a limites 
de dose ou, no caso de exposições individuais, sujeita a 
algum controle de risco. 
 
 Incidem sobre o indivíduo; 
 
 Não se aplicam as exposições médicas; 
 
 O limite de dose não pode ser visto como uma 
demarcação entre “segurança” e “perigo”. 
 
 
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EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS 
- a dose efetiva média anual não deve 
exceder 20 mSv em qualquer período de 5 
anos consecutivos, não podendo exceder 
50 mSv em nenhum ano. 
- a dose equivalente anual não deve 
exceder 500 mSv para extremidades e 20 
mSv para o cristalino. 
Norma CNEN-NN-3.01 
Março de 2014 
Resolução 164/14 
Diretrizes Básicas de Proteção Radiológicas 
 
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Limite de Dose Ocupacional 
 
 
 
Fonte de Radiação 
Dose de Corpo Inteiro não deve exceder 
 20 mSv em qualquer período de 5 anos consecutivos 
não podendo exceder 50 mSv em nenhum ano 
 
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Limite para as Extremidades 
Não pode exceder a 
500 mSv/ano 
 
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Cristalino dos Olhos 
A dose não deve exceder a 20 mSv/ano 
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INDIVÍDUOS DO PÚBLICO 
a) uma dose efetiva de 1 mSv por ano; 
 
b) em circunstâncias especiais, uma dose 
efetiva de até 5 mSv em um único ano 
contanto que a dose média em cinco 
anos sucessivos não exceda de 1 mSv 
por ano; 
 
c) uma dose equivalente para o cristalino 
dos olhos de 15 mSv e na pele e 
extremidades uma dose equivalente de 
50 mSv por ano. 
 
 
 
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Para mulheres grávidas 
 
 
A dose não deve exceder a 
1 mSv no feto 
 
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INDIVÍDUOS DO PÚBLICO 
Para as mulheres grávidas devem ser observados os seguintes 
requisitos adicionais, de modo a proteger o embrião ou feto: 
 
a) A gravidez deve ser notificada ao titular do 
serviço tão logo seja constatada; 
 
b) Para mulheres grávidas ocupacionalmente expostas, 
suas tarefas devem ser controladas de maneira que seja 
improvável que, a partir da notificação da gravidez, o feto 
receba dose efetiva superior a 1 mSv durante o resto do 
período de gestação. 
 
É proibida a exposição ocupacional de menores 
de 18 anos na área de indústria. 
 
 
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Fontes de Radiação 
Qualquer material ou dispositivo que 
emita radiação ionizante 
RADIOPROTEÇÃO 
 
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Fontes de Radiação 
Fontes Seladas 
Fontes Não Seladas 
 
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Fontes Seladas 
 São aquelas cujo material radioativo 
está enclausurado dentro de um 
invólucro inviolável, portanto esse 
material não será liberado no meio 
ambiente 
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Fontes Seladas 
 
 
 
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Fontes Não Seladas 
 São aquelas em que existe a 
possibilidade de vazamento de material 
radioativo para o meio ambiente. 
Em geral essas fontes estão na forma de 
pó, líquida e gasosa 
 
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Fontes Não Seladas 
 
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Modos de Exposição à radiação 
Irradiação externa 
Irradiação interna 
 
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Modos de Exposição à radiação 
 
 Externamente 
Fontes Seladas 
e 
Fontes Não 
Seladas 
 
 
 
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Modos de Exposição à radiação 
 
 
 
 
 
 
 Internamente Fontes Não Seladas 
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Serviço de Radioproteção 
 Exerce o controle radiológico das instalações radioativas 
e nucleares, dos IOE – Indivíduos Ocupacionalmente 
Expostos e dos indivíduos do público 
Objetivo 
Manter um padrão adequado de 
proteção 
 
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Serviço de Radioproteção 
 Compete a este grupo apoiar 
todas as tarefas que envolvam o 
uso e manipulação de fontes de 
radiação ionizante, segundo os 
procedimentos operacionais e de 
radioproteção das instalações 
 
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Controle Radiológico do 
IOE – Indivíduo Ocupacionalmente 
Exposto 
Este controle é realizado por meio da 
monitoração individual 
(interna e externa) 
e avaliação de dose 
 
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Controle Radiológico dos IOE’s 
 
 
Dosimetria Externa 
 
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Controle Radiológico dos IOE’s 
In Vivo 
In Vitro 
Dosimetria Interna

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