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Resumo Direito Civil Aula 01 Pessoa natural e pessoa juridica Cristiano Cassetari1

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Exame de Ordem 
Damásio Educacional 
Curso: Intensivo Semanal| Disciplina: Direito Civil 
Aula: 01|Data: 29.05.2018 
 
 MATERIAL DE APOIO 
EXAME DE ORDEM 
ANOTAÇÃO DE AULA 
EMENTA DA AULA 
PESSOA NATURAL E PESSOA JURÍDICA 
1. Conceito 
2. Personalidade 
3. DIREITOS DA PERSONALIDADE 
4. Características 
5. Tutela Jurisdicional 
6. Capacidade Civil 
7. Incapacidade 
8. Pessoa Jurídica 
9. Desconsideração da personalidade da Pessoa Jurídica 
 
 
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Professor Cristiano Cassetari 
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PESSOA NATURAL E PESSOA JURÍDICA 
1. Conceito de Pessoa Natural 
É o ser humano considerado como sujeito de direitos e deveres, para ser pessoa de direitos e deveres tem que ser 
pessoa natural ou jurídica. 
2. Personalidade 
Personalidade é a aquisição de direitos e deveres que segundo o artigo 2º começa com a vida. 
Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a 
concepção, os direitos do nascituro. 
Existe ainda uma proteção ao nascituro que têm direitos e deveres desde a sua concepção. 
Personalidade Plena = Personalidade formal (concepção)+ personalidade material (nascimento com vida) 
Personalidade material = aquisição de direito material 
Personalidade formal = aquisição dos direitos da personalidade 
 
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3. DIREITOS DA PERSONALIDADE 
 Ler do artigo 11 ao 21 do Código Civil 
São direitos de proteção da integridade da pessoa humana: direito a vida; ao corpo vivo; ao corpo 
morto (por isso existe o crime de vilipêndio ao cadáver); nome; imagem; honra entre outros. 
A proteção da personalidade se estende a pessoa jurídica no que couber segundo o artigo 52 do Código Civil 
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. 
 
4. Características 
Os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis. 
Ex: Para entrar no reality show BBB, os participantes precisam assinar um documento onde diz que a 
emissora não se responsabiliza por danos causados a imagem da pessoa. Essa cláusula não é válida. Os direitos são 
intransmissíveis e irrenunciáveis SALVO, previsão contrária em lei. 
 
5. Tutela Jurisdicional 
A tutela cautela é usada para hipótese de ameaça, tem natureza preventiva, com a finalidade de impedir a 
lesão. 
Se a lesão já ocorreu é o caso de Ação de Indenização, passível de ser cobrada por um prejuízo. Qualquer 
dano pode aparecer, mas o que aparece com mais facilidade é o Dano Moral que decorre da violação do 
direito da personalidade. O prazo é prescricional de três anos. Ambas as ações podem ser propostas pela 
própria vítima tanto a cautelar quanto a indenizatória. 
Inclusive no caso da morte da pessoa segundo o artigo 12 do Código Civil 
 Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e 
danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. 
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o 
cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau. 
 
A morte extingue a personalidade, mas o morto conta ainda com a proteção de alguns direitos da 
personalidade. 
Art. 6o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos 
casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. 
Os chamados legitimados indiretos, são pessoas que entram com a ação em nome próprio, diante do 
sofrimento causado pela violação de algum direito, a doutrina chama de “dano em ricochete”, bate na 
 
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vítima e ricocheteia em terceiros, eu são pessoas que tem parentesco ou vínculo de família com o morto, 
descendentes, ascendentes e colaterais até 4º grau. 
O artigo 13 do Código Civil traz a proteção ao corpo vivo, vejamos: 
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar 
diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. 
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei 
especial. 
 
Ou seja, é proibida a venda de órgão de pessoa viva com o intuito de obter lucro, bem como qualquer forma de 
diminuição da integridade física, e qualquer forma que possa contrariar os bons costumes. 
O artigo 14 do Código Civil traz a proteção ao corpo morto, vejamos: 
 
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em 
parte, para depois da morte. 
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo. 
A pessoa decide se sim ou não. 
 
Os artigos 16, 17, 18, 19 tratam do direito ao nome. 
 
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome. 
 
No casamento ambos podem adotar o sobrenome do outro, em dissolução a decisão de ficar com o nome é de 
quem adotou. 
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a 
exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória. 
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial. 
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome. 
Ex: artista; escritor; 
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, 
a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma 
pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a 
honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. 
Esse dispositivo foi mitigado após decisão do STF na ADI 4815, agora não se aplica mais no caso de biografias. 
Não há a necessidade de pedir autorização para o biografado, porém há a obrigação de indenizar caso haja 
divulgação de palavras que não coadunem com a realidade. 
Lembrar que: o nascituro tem direitos desde a concepção a personalidade formal. 
 
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Ex: possível venda da ultrassom das gêmeas da Ivete Sangalo, tendo seu direito assegurado como proteção 
da dignidade da pessoa humana. 
Os alimentos gravídicos é para assegurar o nascimento com vida da criança, no processo a titular da ação é 
a mãe, e ao ocorrer o nascimento om vida, a pensão é convertida automaticamente para a criança.

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