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Padrões do sono

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Tutorial 05- Módulo 202 
Sono	
	O sono é definido como o estado de inconsciência do qual a pessoa pode ser despertada por estímulo sensorial ou por outro estímulo.Eles são classificados em 2 tipos de sono que se alternam um do outro
Sono de ondas lentas, no qual as ondas cerebrais têm grande amplitude e baixa frequência
 Sono com movimentos rápidos dos olhos(sono REM), no qual os olhos realizam movimentos rápidos, apesar de a pessoa ainda estar dormindo.
	A maior parte do sono é de ondas lentas, o sono profundo e restaurador que a pessoa experimenta nas primeiras horas de sono. O sono REM, geralmente, recorre a cada 90 minutos. Esse tipo de sono não é restaurador e está em geral associado a sonhos vividos.
Sono de Ondas Lentas = um encéfalo ocioso em um corpo móvel.
	Esse sono é excepcionalmente relaxante e está associado a diminuição do tônus vascular periférico e muitas outras funções vegetativas do corpo. A diferença entre os sonhos dessa fase e da fase REM é que, neste ultimo, são associados a maior atividade muscular corporal, e os sonhos de ondas lentas usualmente não são lembrados, pois não ocorre a consolidação dos sonhos na memória.
Sono REM (Sono Paradoxal, Sono Dessincronizado) = um encéfalo ativo e alucinando em um corpo paralizado.
	Os episódios de sono REM duram cerca de 5- 30 minutos, e a parecem em média a cada 90 minutos. À medida que a pessoa vai ficando mais descansada, com o passar da noite, a duração dos episódios de sono REM aumenta.
	Características do sono REM:
É a forma ativa do sono, geralmente associada a sonhos e a movimentos musculares corporais ativos.
É mais difícil o individuo por estímulos sensoriais ser despertado do que durante o sono de ondas lentas, mas geralmente o despertar espontâneo ocorre nessa fase.
O tônus muscular está excessivamente reduzido, indicando forte inibição das áreas de controle da medula espinal
As FC e FR ficam irregulares, caracterizando os sonhos.
Apesar da inibição extrema dos músculos periféricos, movimentos musculares irregulares podem ocorrer, além do movimento rápido dos olhos.
O encéfalo fica muito ativo no sono REM e o EEG mostra padrão de ondas semelhante ao que ocorre durante o estado de vigília (sono paradoxal)
	Em resumo, o sono REM é o tipo de sono em que o encéfalo está bem ativo, entretanto, a atividade cerebral não está canalizada para a direção apropriada.
Teorias Básicas do Sono
	Antes: Teoria passiva do sono- acreditava-se que o sistema ativador reticular simplesmente se fatigava durante o dia de vigília, tornando-se em consequência inativo.
	Hoje: O sono é causado por processo inibitório ativo- Centros localizados abaixo da região médio- pontina do tronco cerebral parecem ser necessários para causar sono pela inibição de outras partes do encéfalo.
	Além disso, outros centros neuronais, substâncias neuro-humorais e alguns mecanismos ser a causa do sono
Os núcleos da rafe- situados na metade inferior da ponte e no bulbo- Suas fibras se dirigem a formação reticular do tronco cerebral , em direção ao tálamo, hipotálamo, a maioria das áreas do sistema límbico, neocórtex, além da medula espinal, terminando nos cornos posteriores, inibindo sinais sensoriais. Muitas dessas fibras dos neurônios da rafe liberam Serotonina, substância teoricamente associada á produção de sono.
Núcleos do trato solitário- localiza-se na terminação do bulbo e na ponte projetando os sinais provenientes das informações viscerais que chegam pelo nervo vago e glossofaríngeo, também está associado ao sono.
Estimulação de diversas regiões do diencéfalo, incluído a parte rostral do hipotálamo, principalmente a parte supraquiasmática e área ocasional dos núcleos talâmicos de projeção difusa.
Outras substâncias transmissoras possivelmente relacionadas ao sono seriam: o peptídeo muramil e um nonapeptídeo, uma vez que a vigília prolongada causa o acúmulo progressivo desses e de outros fatores de sono no tronco cerebral ou no líquido cefalorraquidiano, capaz de induzir o sono.
Ciclagem Entre o Sono e a Vigília
	Quando o centro do sono não está ativado, os núcleos mesencefálico e reticular pontino superior ativador são liberados de sua inibição, o que permite que os núcleos reticulares ativadores fiquem espontaneamente ativos. Isso, por sua vez, excita tanto o córtex cerebral, como o sistema nervoso periférico e ambos mandam inúmeros sinais de feedback positivo de volta para o mesmo núcleo reticular ativador para ativa-lo ainda mais. Consequentemente, após o início do estado de vigília, ele tem tendência natural de se manter por siso, devido a essa atividade de feedback positivo.
	Então, após o cérebro permanecer ativo por muitas horas, mesmo os neurônios do sistema ativador presumivelmente ficam fadigados. Consequentemente, o ciclo de feedback positivo entre o núcleo reticular mesencefálico e o córtex desaparece e os efeitos promotores do sono, dos centros de sono, tomam conta, levando à transição rápida da vigília de volta para o sono.
Funções Fisiológicas do Sono 
	O sono causa 2 tipos principais de efeitos fisiológicos, primeiro os efeitos no próprio sistema nervoso e segundo, efeitos em outros sistemas funcionais do corpo. A vigília prolongada esta em geral associada ao funcionamento anormal do processo do pensamento e, algumas vezes, pode causar atividades comportamentais anormais. O sono restaura, de muitas formas, tanto níveis normais de atividade cerebral, como o “balanço” normal entre as diferentes funções do SNC.
	Várias funções foram postuladas ao sono, como: maturação neural, facilitação do aprendizado e da memória, cognição, conservação de energia metabólica. 
Ondas cerebrais
	O caráter das ondas é dependente do grau de atividade nas respectivas partes do córtex cerebral, e as ondas mudam significativamente entre os estados de sono, vigília e coma.
	Em pessoas saudáveis, a maioria das ondas no EEC pode ser classificada em ondas alfa, beta, teta e delta.
Ondas alta estão presentes em pessoas acordadas e no estado de calma e atividade cerebral em repouso. Durante o sono profundo, as ondas alfa desaparecem.
Ondas beta: Quando a atenção da pessoa vigil é direcionada para algum tipo de atividade mental específica, as ondas alfa são substituídas por ondas beta assincrônicas, de alta frequência, mas baixa voltagem.
Ondas teta: ocorrem durante o estresse emocional em alguns adultos, particularmente durante desapontamentos e frustrações, e também em muitos distúrbios, em geral, degenerativos cerebrais
Ondas delta: Ocorrem durante o sono profundo, sendo a união de todas as ondas do EEG.
Mudanças no EEG nos Diferentes Estágios de Vigília e Sono.
	Habitualmente, quando um adulto saudável torna-se sonolento e começa a dormir, ele entra primeiramente no estágio 1 do sono não-REM. 
	O estágio 1 é o sono de transição, quando os ritmos alfa do EEG da vigília relaxada vão se tornando menos regulares e desaparecendo, e os olhos fazem lentos movimentos de rotação; trata-se de um estágio passageiro, geralmente durando somente uns poucos minutos. É também o estágio de sono mais leve, significando que podemos ser facilmente acordados durante essa fase. 
	O estágio 2 é um pouco mais profundo e pode durar 5 a 15 minutos. Suas características incluem a oscilação ocasional do EEG de 8 a 14 Hz, o chamado fuso do sono, o qual, sabe-se, é gerado por um marca-passo talâmico. Além disso, observa-se uma onda aguda de alta amplitude, chamada de complexo K, e os movimentos dos olhos quase cessam. 
	Na seqüência, segue o estágio 3, e o EEG inicia ritmos delta lentos, de grande amplitude. Os movimentos dos olhos e do corpo estão usualmente ausentes, embora haja exceções. 
	O estágio 4 é o estágio de sono mais profundo, com ritmos do EEG de grande amplitude, de 2 Hz ou menos. Durante o primeiro ciclo de sono, o estágio 4 pode persistir por 20 a 40 minutos. 
	Então o sono começa a se tornar mais leve novamente, ascende até o estágio 2 durante 10 a 15 minutos e entra, repentinamente, em um breve período de sono REM, comseus ritmos beta no EEG rápidos e movimentos nítidos e freqüentes dos olhos. 
	À medida que a noite progride, ocorrem uma redução geral na duração do sono não-REM, particularmente dos estágios 3 e 4, e um aumento dos períodos REM. 
	Metade do sono REM de uma noite ocorre durante o seu último terço, e os ciclos REM mais longos podem durar de 30 a 50 minutos.

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