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Fisiologia da gestação

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Ajustes Fisiológicos da 
Gestação 
Curso de Nutrição
Disciplina de Nutrição Materno Infantil
Profas. Tatiana Uchôa Passos e Ana Carolina Montenegro
Características Gerais
• Alterações anatômicas, fisiológicas e
psicológicas que afetam quase todas as
funções orgânicas da gestante
• Mudanças necessárias:
• Regulação do metabolismo materno
• Promoção do crescimento fetal
• Preparação da mãe para o parto e lactação
Períodos de Crescimento Fetal
• BLASTOGÊNESE (período de implantação)
– Da fecundação até a 2ª semana
– Período hiperplásico: origina o EMBRIÃO 
– Essenciais: ácido fólico e B12 (síntese de ácidos 
nucléicos: divisão e crescimento celular)
Períodos de Crescimento Fetal
• EMBRIONÁRIO OU ORGANOGÊNESE 
– Da 2ª semana até o 60º dia da gestação
– Período hiperplásico e hipertrófico: origina o FETO
– Diferenciação celular com formação dos órgãos
– Deficiência nutricional: anomalias congênitas
Períodos de Crescimento Fetal
• EMBRIONÁRIO OU ORGANOGÊNESE 
– ↓RIBOFLAVINA: má formação esquelética
– ↓ PIRIDOXINA E MANGANÊS: comprometimento do
desenvolvimento neuromotor
– ↓ B12, NIACINA e FOLATO: defeitos no SNC
– ↓ VITAMINA A: alteração na diferenciação celular
normal, crescimento e desenvolvimento fetal e dos
tecidos maternos, podendo causar má-formação
• FETAL 
– Do 3º mês até o final da gestação 
– Período hipertrófico
– Peso chega a 3,0-3,5Kg 
Períodos de Crescimento Fetal
Idade 
gestacional
Crescimento Velocidade Peso 
atingido 
pelo feto 
12 semanas Hiperplasia Lenta 300g
13 a 27 
semanas
Hiperplasia 
Hipertrofia 
Acelerada
4º mês: formação das 
células adiposas 
1000g
Acima de 28 
semanas 
Hipertrofia Máxima 
Intenso ganho: a partir 
da 30ª SG. 
3000g
Diferenciação celular de acordo 
com a IDADE GESTACIONAL
Sintomas Clínicos
• 4 semanas após o último período menstrual:
Amenorréia
• 5 semanas:
– Náuseas (+ pela manhã)
– Sono
– Vômitos e anorexia: ↓peso: adaptação materna
ao HCG e potencializada por aspectos psíquicos
– Mamas doloridas e edemaciadas
Sintomas Clínicos
• 6 semanas (2º mês de gestação):
– Aumento do volume uterino: compressão da
bexiga
• Polaciúria (micção frequente em pequena
quantidade)
• 8 semanas:
– Hiperpigmentação da aréola mamária
• Ação estrogênica
• 12 semanas: 
– Útero enche a pelve e é palpável na sínfise 
púbica
– Batimentos cardíacos podem ser auscultados 
• 16 semanas:
– Produção do pré-colostro (estrógeno)
– Aumento visível do volume abdominal 
• 18 a 20 semanas: movimento fetais 
Sintomas Clínicos
Exames de Comprovação
• Hormonal: Identificação do HCG
– URINA OU SANGUE
– Detecção da subunidade ß desse hormônio protéico 
comprova a gestação 
• Ultra-sonografia: 
– Após 4 semanas de amenorréia: detecção do saco 
gestacional na parte superior do útero
– 12 semanas: identificação da placenta
Cálculo da Idade Gestacional
I. Quando a data da última menstruação (DUM) é
conhecida e de certeza:
Calcular a idade gestacional em mulheres com
ciclos menstruais regular:
• Uso do calendário: somar o número de dias do
intervalo entre a DUM e a data da consulta, dividindo
o total por sete (resultado em semanas)
Cálculo da Idade Gestacional
II. Quando a data da última menstruação é
desconhecida, mas se conhece o período do
mês em que ela ocorreu:
– Se o período foi no início, meio ou fim do mês,
considerar como data da última menstruação os
dias 5, 15 e 25, respectivamente.
Cálculo da Idade Gestacional
III. Quando a data e o período da última
menstruação são desconhecidos:
Clinicamente: Medida da altura do fundo do
útero e pelo toque vaginal (clínicos);
Início dos movimentos fetais: 16 a 20 semanas.
Ultrassonografia obstétrica
Formação da Placenta
Formação da Placenta
• Implantação do blastocisto:
– 5º ao 8º dia após a ovulação
• Células trofoblásticas (se desenvolvem na superfície
do blastocisto) e do endométrio proliferam-se
rapidamente formando a PLACENTA.
– Órgão esponjoso, oval, peso ao termo entre 450 e 650
gramas, de alta complexidade metabólica
• Partes da placenta:
– Porção fetal que origina o saco coriônico
• Produção de estrogênio e progesterona
– Porção materna originada do endométrio
Formação da Placenta
• Progesterona é secretada pelo corpo lúteo ovariano
durante a segunda metade de cada ciclo menstrual:
– Estimula as células endometriais a acumularem
glicogênio, proteínas e lipídios (células armazenam
nutrientes) passando a ser chamadas de células
decíduas (camada decídua)
– As células trofoblásticas (do blastocisto) invadem a
decídua, digerindo-a e embebendo-a, utilizando
esses nutrientes para seu crescimento, como
garantia.
Placenta
Placenta
Placenta
• Sangue materno e fetal não se misturam 
membrana placentária (camada muito fina)
– Torna-se mais fina ao longo da gestação,
permitindo a passagem de outras
substâncias, a até drogas
• Transporte de substâncias entre o feto e a
mãe: troca de nutrientes, gases e excretas
Hormônios da gestação
– Protéicos: HCG e Lactogênio Placentário Humano
– Esteróides: Progesterona e Estrogênio (colesterol)
• Endocrinologia da Gestação é dividida:
– Fase Ovariana (até 8ª semana - corpo lúteo):
• HCG (secretado pelas células trofoblásticas): secreção
de estrogênio e progesterona pelo corpo lúteo
– Fase Placentária (a partir da 8ª semana)
• Hormônios produzidos pela placenta
Hormônios da gestação (placenta)
• Gonadotrofina Coriônica Humana (HCG)
– Secretado pelas células trofoblásticas
– Sangue: 8 dias após a fecundação / Urina: 15 dias
– Evita a involução do corpo lúteo no final do ciclo sexual
feminino mensal, para manter a secreção de
progesterona e estrogênio
– Inibe a contração espontânea do útero
– Nível máximo: 10ª a 12ª SG.
– Redução: a partir das 15ª SG
Hormônios da Gestação (placenta)
• Progesterona
– Placenta secreta a partir de 6ª SG
– Estimula o desenvolvimento do endométrio
– Diminui a contratilidade do útero gravídico, evitando o aborto
espontâneo
– Estimula o centro respiratório a aumentar a ventilação (para
dissipar maior quantidade de CO2)
– Relaxamento da musculatura uterina e de outros órgãos
Intestino: < MOTILIDADE: > ABSORÇÃO / + CONSTIPAÇÃO
– Hormônio Contra-insulínico
– Efeito natriurético (aumenta a excreção de Na pela urina)
– Facilita anabolismo (depósito de gordura materna)
Hormônios da Gestação (placenta)
• Estrogênio
– Aumento do útero materno e do seu sistema vascular
– Relaxamento dos ligamento pélvicos; aumento da
elasticidade da parede uterina e do canal cervical:
altera o tecido conjuntivo tornando mais elástico
– Aumento das mamas e dos ductos mamários
– Estimula a força contrátil do miocárdio para aumentar
o débito cardíaco
– Aumento da genitália externa feminina na gestante
Hormônios da Gestação (placenta)
• Lactogênio placentário ou
Somatomamotrofina Coriônica Humana
– SECREÇÃO: a partir da 4ª SG. NÍVEL MÁXIMO: após 32ª SG
– Contra-insulínico: reduz a sensibilidade materna a insulina
– Estimula a lipólise materna, fornecendo fonte alternativa de
energia para a mãe
– Promove a deposição de proteína nos tecidos fetais
– Inicia o processo de lactogênese nos alvéolos das glândulas
mamárias
Ação de Hormônios na Gestação
• Glicocorticóides (córtex adrenal)
– Mobilização de AAS dos tecidos maternos para a 
formação de tecidos fetais 
• Aldosterona (córtex adrenal)
– Retenção de sódio e excreção de potássio
– Maior retenção de Na: maior retenção de água: 
mais sede: SISTEMA ATIVADO
• Aumento da capacidade de reter líquido 
• Causaretenção de líquidos, podendo causar HAS. 
Ação de Hormônios na Gestação
• Insulina 
– A gestante tem resposta insulínica normal no início da
gestação, mas com o avanço da gestação, uma quantidade
maior de insulina é necessária para transportar a mesma
quantidade de glicose:
– Período Hiperinsulinêmico : < sensibilidade a insulina –
presença de hormônios contra regulatórios: progesterona,
cortisol, prolactina e hormônio lactogênio placentário
• Em jejum: níveis glicêmicos mais baixos na mãe.
• Pós prandial: níveis glicêmicos mais elevados na mãe.
• Ao final da gestação: insulina menos eficiente em até 60%.
Modificações no Organismo Materno
Taxa Metabólica Basal
• 15 a 20% a partir do 3º mês devido a demanda 
> de oxigênio 
> produção hormonal
Modificações no Organismo Materno
Metabolismo Protéico
• Fornece 20% das calorias para o feto
• Insulina estimula síntese tecidual fetal e materna
• < AAS na circulação materna: redução das
proteínas plasmáticas da mãe (albumina) por
diluição: pode favorecer a ocorrência de EDEMA
Modificações no Organismo Materno
Metabolismo dos Carboidratos
• Último trimestre: 50-70% das calorias para o feto: GLICOSE
• Consumo de glicose pelo feto: Redução da glicemia
materna
• Gestante: < sensibilidade materna a insulina: < utilização
de glicose periférica
• Insulina tem < eficácia devido a presença dos hormônios
contra-regulatórios
• Feto produz sua insulina a partir da 14ª SG
Modificações no Organismo Materno
Metabolismo dos Lipídios 
• Fornece 30% das calorias para o feto
• Devido a transferência de glicose para o feto, os AG
tornam-se uma importante fonte de energia para a
mãe
– No final da gestação existe um maior acúmulo de
gordura em forma de TAG
• Objetivo: conservar glicose para feto e para o tecido
nervoso materno
Modificações no Organismo Materno
Sistema Circulatório
• Volume Plasmático:
– Aumento de 50% (da 6ª até 34ª semana)
• PICO: 30ª até 34ª SG
• Volume globular (conteúdo de hemoglobina e eritrócitos):
– Aumento de 20% a partir do 6º mês. 
• PICO: PARTO 
– Desproporcionalmente: < taxas de hematócrito e 
hemoglobina: 
• ANEMIA FISIOLÓGICA
Modificações no Organismo Materno 
Sistema Circulatório
• Aumento de 30 a 50% do débito cardíaco (10ª a
12ª SG):
↑ perfusão e irrigação dos tecidos
Melhor desempenho dos órgãos
• PA: cai no início (vasodilatação periférica) e
retorna aos níveis normais no 3º Trimestre
Modificações no Organismo Materno 
Equilíbrio Hidroeletrolítico
• Acréscimo total de água no organismo: 7,5 litros
• 1,7 litros deve estar nos tecidos:
– O sódio (Na) é essencial para manter esse volume
– .... Mas a progesterona tem efeito NATRIURÉTICO e a
filtração glomerular está 50% maior:
• O sistema RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA é
ativado:
–Renina estimula a secreção de ALDOSTERONA
aumentando a reabsorção de Na
Modificações no Organismo Materno 
Sistema Urinário
• > Produção de Urina: em consequência da >
ingestão de líquidos e > carga de solutos
• Aumento da filtração glomerular em 50% (2º mês)
• Aumento na reabsorção de Na
• Diluição maior da albumina: aumenta a velocidade
da passagem do sangue pelos rins.
• Diminuição nos níveis séricos de creatinina e uréia
Modificações no Organismo Materno 
Sistema Urinário
• Fluxo de urina retardado (pressão das veias
ovarianas nos ureteres pelo útero)  infecções
urinárias
• Pode ocorrer glicosúria fisiológica:
– Aumento em 50% da filtração de glicose
Modificações no Organismo Materno 
Sistema Respiratório
• Expansão uterina: < movimentação do diafragma: 
↑ frequência respiratória
Maior frequência com menor profundidade 
• ↑ 50% da ventilação pulmonar devido há um 
aumento na demanda de oxigênio (10 a 20%)
– Progesterona aumenta a sensibilidade materna ao gás 
carbônico 
Modificações no Organismo Materno 
Sistema Digestivo
• 1º trimestre: 
– Náuseas, enjôos e vômitos matinais: perda de peso
– Aumento dos “desejos” 
• Gengivas edemaciadas, hiperêmicas, sangram com 
facilidade (HCG / PROGESTERONA / ESTROGÊNIO)
Modificações no Organismo Materno 
Sistema Digestivo
• ↓ Secreção gástrica de ácidos: < incidência de úlceras
• Ptialismo ou Sialorréia: produção excessiva de saliva
– Estimulo do trigêmeo / vago / ingestão de amido
• Hipotonia do TGI (PROGESTERONA): 
– > tempo de esvaziamento gástrico: 
• > absorção 
• > incidência de náuseas, pirose, RGE e constipação 
Modificações no Organismo Materno 
Sistema Digestivo
– Consensual: 
• Ocorrência de mudanças do olfato, paladar e preferências 
alimentares
– Paladar alterado: 
• Diminuição da sensibilidade ao sal: aumento do consumo
– Olfato alterado: 
• Aumento da capacidade olfativa: desejos, enjôos, vômitos
• Aumentos da capacidade de sentir o “amargo”: 
–Proteção contra possíveis intoxicações
Modificações no Organismo Materno 
Modificações Posturais
• Modificações posturais
– Lordose da lombar: alteração do centro de gravidade
da gestante, pois com a expansão do volume uterino,
a postura adotada, lembra a de alguém carregando
um objeto pesado, com isso para manter o equilíbrio
a gestante empina o ventre e surge a lordose da
coluna lombar.
– “Andar de pata”
Modificações no Organismo Materno 
Modificações Psicológicas
FATORES HORMONAIS:
• Progesterona: efeito depressivo sobre o SNC, 
causando um efeito introspectivo
• Catecolaminas: papel regulado das emoções
– Alterações de humor / irritabilidade 
• Corticosteróides: variações emocionais
– Depressão / euforia / paranóia
Modificações no Organismo Materno 
Modificações Psicológicas
FATORES SOCIOCULTURAIS:
• Conflitos internos: status de mulher e de mãe
– Hiperêmese
– Bulimia
– Ganho de peso excessivo ou insuficiente
– Ansiedade
• Conflito com o companheiro
“Gravidez como evento social e familiar”
Fatores de Risco Gestacionais
• Idade
• Paridade 
• Peso e altura 
• Tabagismo 
• Ingestão de Álcool 
• Anemia 
• Desnutrição 
• Obesidade 
• HAS 
• Diabetes 
Gestação na Adolescência 
• Prevalência: 19,3% (2012)
• Imaturidade biológica da adolescente + fatores
ambientais desfavoráveis como anemia, BP,
deficiências nutricionais, tabagismo, escolaridade e
instabilidade emocional e familiar
– Prematuridade
– BPN
– Anemia
– DHEG
– Complicações no parto
Gestante com mais de 35 anos
• Natimortos 
• Baixo peso
• Prematuridade 
• Aborto espontâneo no 1º trimestre
• DHEG
• DM 
– > 40 ANOS: anomalias genéticas (Down)
Amenizar fatores de risco modificáveis!!!! 
Gestante com Baixo Peso ou 
Ganho insuficiente 
• Menor expansão do volume plasmático
– Menor fluxo útero placentário
• Menor transporte de oxigênio e nutrientes para o feto:
–Menor peso e tamanho da placenta:
»BPN 
»RCIU
»Prejuízo no desenvolvimento neurológico 
»Deficiência imunológica 
»Sequelas no crescimento pós natal 
Excesso de Peso ou Obesidade ou 
Ganho Excessivo de Peso 
• Excesso de glicose: excesso de insulina:
lipogênese fetal: bebê obeso (maior
mortalidade) – Macrossomia fetal
• Maior risco obstétrico durante o parto
• Maior risco para HAS e DM
• Mais citocinas inflamatórias: programação
fetal da obesidade
Outros fatores ... 
• Tabagismo: 
– Afeta crescimento fetal (RCIU): aumenta
prematuridade e mortalidade perinatal
– Efeito do CO e nicotina: < perfusão placentária: ação
vasoconstritora, redução do transporte de O2 em 10%
– Menor ingestão de nutrientes
• Álcool: 
– Má formações fetais que afetam olhos, nariz, coração
e SNC + RETARDO DE CRESCIMENTO E FETAL
• SÍNDROME ALCOÓLICA FETAL
Referência da Aula
• ACCIOLY,E.; SAUNDERS, C.; LACERDA, E.M.A. Nutrição em
obstetrícia e pediatria. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2009.
– Capítulo 4
• VITOLO, M.R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio de
Janeiro: Ed. Rubio, 2014. 628p.
• BARBOSA, J. M., NEVES, C. M. A. F.; ARAÚJO, L .L., SILVA, E. M.
C. Guia ambulatorial de nutrição materno-infantil. Rio de
Janeiro: Medbook, 2013.
• GUYTON, A. C. Tratado de Fisiologia Médica.Rio de Janeiro:
Elsevier, 2006.
– Capítulo 82
• CARREIRO, D. M e CORREA, M. M. Mães saudáveis têm filhos
saudáveis. São Paulo: Ed. Referência, 2010.
Orientações Nutricionais nas 
Queixas Mais Comuns da 
Gestação
Curso de Nutrição
Disciplina de Nutrição Materno Infantil
Profas. Tatiana Uchôa Passos e Ana Carolina Montenegro
Orientação Nutricional
 Gestante com ANEMIA
Orientar o consumo diário de alimentos ricos em ferro
Carnes em geral e vísceras (fígado, coração, moela)
Orientar consumo de fontes vegetais:
Feijão, lentilha, grão-de-bico, soja, folhas verde-
escuras (brócolis, couve, rúcula), grãos integrais,
nozes e castanhas
Orientar consumo, logo após as refeições, de suco de
fruta natural ou a própria fruta que seja fonte de
vitamina C
Acerola, laranja, caju, limão, abacaxi, goiaba, etc
Evitar os alimentos que inibem a absorção de ferro:
chás, café, leite e derivados, refrigerantes e chocolate
Orientação Nutricional
 Gestante com CEGUEIRA NOTURNA
GESTACIONAL
 Recomendar o consumo de 1 bife pequeno de
fígado 1x/semana no almoço ou jantar
 Estimular os alimentos fontes de vitamina A: leite
integral, ovos, folhosos verde escuros e
alaranjados e de alimentos fortificados.
Orientação Nutricional
 Prescrição de Suplementos Nutricionais
 Ferro e folato:
 Prevenção da instalação de baixos níveis de
hemoglobina no parto e no puerpério
 Folato peri-concepcional:
 Efeito protetor contra DTN
 Deve ser usado rotineiramente pelo menos 2
meses antes e nos 2 primeiros meses da
gestação
Orientação Nutricional
 Prescrição de Suplementos Nutricionais
 Cálcio:
 Parece* ser benéfico em mulheres que apresentam :
 Alto risco de desenvolver DHEG
 Baixa ingestão de cálcio.
*Novas investigações para definição da dose.
 Proteínas:
 Evidências insuficientes
 (?) Suplementação balanceada: melhora o
crescimento fetal e redução dos riscos de morte fetal
e neonatal
Condutas nas queixas mais comuns
 Náuseas, vômitos e tonturas: estrógeno 
 Geralmente entre a 6ª e 20ª semana
 Alimentação fracionada (7 a 8x/dia – redução do volume)
 Evitar frituras e gorduras (alimentação branda)
 Evitar alimentos com cheiros fortes (podem causar
desconforto). Descobrir alimentos e cheiros!!!!!
 Evitar líquidos durante as refeições
 Evitar deitar-se após as refeições
 Ingerir alimentos sólidos e ricos em carboidratos pela manhã
(biscoito cream cracker, torradas, geléias)
 Mastigar Gengibre, chupar gelo picado e alimentos gelados
(efeito antiemético)
Condutas nas queixas mais comuns
 Pirose (azia): progesterona
Causa: pressão do útero sobre o estômago
 Alimentação fracionada (6 a 8 refeições)
 Comer devagar e aumentar freqüência da mastigação
 Evitar alimentos que causam desconforto
 Evitar deitar-se após as refeições
 Elevar cabeceira da cama
 Evitar café, chá preto, mates, doces, alimentos
gordurosos, picantes.
 CUIDADO: Restrição de frutas ácidas: pode
comprometer o aporte de vitaminas.
 Alguns casos: prescrição de antiácidos
Condutas nas queixas mais comuns
 Sensação de plenitude 
Comum: gestação gemelar e no último trimestre 
(compressão causada pelo útero) 
Reduzir volume e aumentar fracionamento
Preferência pela consistência pastosa 
Evitar deitar-se após as refeições
Condutas nas queixas mais comuns
 Fraquezas e desmaios:
 Oriente a gestante para que não faça mudanças
bruscas de posição e evite a inatividade;
 Indique dieta fracionada, de forma que a gestante evite
jejum prolongado e grandes intervalos entre as refeições;
 Explique à gestante que sentar com a cabeça abaixada
ou deitar em decúbito lateral, respirando profunda e
pausadamente, melhora a sensação.
Condutas nas queixas mais comuns
 Sialorréia (salivação excessiva)
 Comum no início
 Deglutir a saliva
 Aumentar líquidos (frutas com mais água) .
 Picamalácia
 Ingestão de substâncias não-alimentares: terra, sabão,
tijolo, barro, gelo*, cal de parede e cinza de cigarro.
 Etiologia: desconhecida
 Hipóteses: alívio de náuseas e vômitos e suprimento de
cálcio e ferro (presentes na maioria dessas substâncias)
Condutas nas queixas mais comuns
 Dor abdominal, cólicas, flatulência e obstipação 
intestinal
Certificar-se de que não sejam contrações uterinas;
Se a gestante apresentar flacidez da parede abdominal, sugerir
exercícios apropriados;
Se houver flatulência (gases) e/ou obstipação intestinal:
 Orientar alimentação rica em fibras: consumo de frutas laxativas
e com bagaço, verduras cruas e cereais integrais;
 Recomendar caminhadas (movimentação e regularização do
hábito intestinal);
 Evitar falar durante as refeições
 Aumentar a ingestão de líquidos e evite alimentos de alta
fermentação
Quando necessário: supositórios de glicerina
Condutas nas queixas mais comuns
 Dor abdominal, cólicas, flatulência e obstipação 
intestinal
Aveia em flocos ou Farelo de aveia ou trigo:
Iniciar com 1 colher de chá / dia
Evoluir até 2 colheres de sopa / dia
Pode-se recomendar alimentos industrializados ricos
em fibras + líquidos / nos lanches
IDEAL: Observar tolerância dos flatulentos: alho,
batata-doce, brócolis, cebola, couve, couve-flor,
ervilha, feijão, milho, ovo, rabanete, repolho.
Condutas nas queixas mais comuns
 Hemorróidas 
• Alimentação rica em fibras, a fim de evitar a
obstipação intestinal.
Supositórios de glicerina
• Utilizar papel higiênico macio e fazer higiene
perianal com água e sabão neutro, após a
evacuação;
• Banhos de vapor ou compressas mornas.
Atenção: dor ou sangramento anal persistente.
Condutas nas queixas mais comuns
 Sangramento nas gengivas: 
• Recomende a escovação (escova de dentes macia)
após as refeições
• Oriente a realização de massagem na gengiva;
• Recomende o uso de fio dental;
• Atendimento odontológico
Condutas nas queixas mais comuns
 Câimbras e inchaço
• Massagem no músculo contraído e dolorido com
aplicação de calor;
• Evitar o excesso de exercícios;
• Realizar alongamentos antes e após o início de
exercícios ou caminhadas longas;
Alimentos fontes de magnésio (maior causa é a
carência desse nutriente): farelo de trigo, castanhas,
amêndoas, pistache, nozes, soja, acelga.
Recomendações Adicionais
 Cafeína x Gestação 
 Efeitos maléficos: 10 a 14 xícaras de café/dia
 > 600mg/dia
 Consumo recomendado: 1 a 4 xícaras pequenas/dia
 Consumo < 300mg de cafeína: não teria riscos
 Estudo de revisão (2017): 100 a 150 mg/dia
 Chás / refrigerantes a base de cola / chocolate
 240 ml de café coado = 76 a 106 mg de cafeína
 355 ml de refrigerante = 40 mg de cafeína
 237 ml de chá verde = 45 mg de cafeína
 30g de chocolate = 7 mg de cafeína
Recomendações Adicionais
 Chás x Gestação 
 Secretaria de Saúde do RJ (2002):
 Portaria que contraindica uso de chás na gestação: erva-
doce, espinheira-santa, erva-cidreira, camomila e boldo
 Efeito emenagoco (provoca mentruação) durante a
gestação de animais
 *: Camomila, cavalinha, espinheira-santa, folhas de
maracujá, sene.
 Estudos com extratos das plantas: Doses muito acima do
habitualmente consumido
Conduta: inquérito dietético com frequênciae quantidade
de consumo, principalmente no 1º trimestre.
Sugestão: Leitura do Memento Fitoterápico (ANVISA/2016)*

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