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59. Faça-a rir raramente. 60. Aponte suas virtudes quando se manifestarem. 61. Alterne severidade com doçura. 62. Alterne silêncio com falas breves que a estimulem e acalmem. 63. Beije-a subitamente na boca. 64. Diga-lhe de vez em quando que a ama (mas não sempre). 65. Não se deixe possuir por sentimento de inferioridade com relação a outros homens. 66. Concorde com sua tendências comportamentais errôneas e estimule-as, empurrando-a na direção das mesmas11. Por exemplo: quando ela quiser sair com um decote exagerado, diga que o decote ainda está fechado e que deveria abrir mais; quando ela usar uma saia muito curta, diga que está comprida e que deveria ser mais curta. Vá com ela até o limite extremo para descobrir que tipo de mulher você realmente tem ao lado. Se ela se recusar e voltar atrás, é adequada a um compromisso mais sério. 11 Por tan to , jama is t en te repr imí - la . Qua lquer t en ta t iva de pro ib i r ou repr imi r o compor tamento femin ino ofe rece mot ivos imed ia tos pa ra e f ic ien tes p rotes tos v i t imi s tas . Você se rá t achado de c rue l , d i tador , op ressor e tc . Não dê mot ivos , apenas devolva conseqüênc ias . Tenha como meta pessoal a adap tação absolu ta à rea l idade . 33 5. Sobre o desejo1 da mulher O desejo feminino é algo muito controverso e desconcertante. Muita confusão reina a respeito. Estas se devem, principalmente, à oposição entre o que é consciente e inconsciente. Tal oposição leva as mulheres a dizerem o oposto do que sentem e do que são2. Não se pode descobrir os fatores que as enfeitiçam e submetem por meio de perguntas, entrevistas etc. porque seremos enganados. Saiba que quase tudo o que ouvimos as espertinhas dizerem a respeito do que buscam em uma relação é mentira e, além disso, costuma ser exatamente o contrário do que realmente desejam. Vou agora expor o que elas tentam esconder e jamais admitem3. A sexualidade humana é semelhante à dos cavalos, zebras e jumentos selvagens. As fêmeas espontaneamente se dirigem ao território de um garanhão, que se instala próximo às melhores fontes de alimento e água (recursos materiais), e oferecem-lhe seu sexo à vontade. Os demais machos, secundários, são obrigados a errarem em bandos compostos apenas por indivíduos do sexo masculino, ficando sem se acasalar por anos a fio, até que consigam substituir algum garanhão que esteja velho. As fêmeas não rivalizam entre si e aceitam a infidelidade do garanhão com naturalidade (como acontece com as fãs de qualquer artista famoso, mafioso, bilionário ou político). O garanhão pode se relacionar com qualquer égua de seu harém sem o menor problema enquanto for capaz de manter feras e machos secundários assediadores afastados. Em outras palavras: os homens considerados "machos alfa" agem como os garanhões selvagens e as mulheres que os perseguem agem como suas fêmeas4. Por outro lado, os 1 Es te capí tu lo se re fe re a dese jos inconsc ien tes mas que se fazem sent i r penosamente na consciênc ia do homem por seus e fe i tos concre tos . Mais uma vez , não devemos genera l iza r . As conclusões aqui descr i tas se l imi tam a uma pe rspec t iva a mai s da rea l idade a se r cons iderada . Devo lembrar ao le i to r que o inconscien te , em ambos os sexos , é a fon te de onde bro tam os pesade los do in fe rno e os sonhos maravi lhosos do céu. 2 O p rópr io Freud confessou sua impotência perante es te problema. 3 Ent re t an to , es ta ocul tação nem sempre é consc iente . Pa rece -me que na ma ior ia das vezes a p rópr ia mulhe r as nega para s i mesma . 4 A comparação com out ros mamífe ros parece-me inevi tável . Podemos ident i f ica r semelhança em compor tamen tos de gênero en t re os vár ios mamí fe ros , pa r t i cu la rmente ent re os pr ima tas e o 34 homens excluídos do critério seletivo das mulheres são como os cavalos rejeitados que jamais se acasalam. Algo muito semelhante acontece entre leões, entre os gorilas e outros animais. Por ser o complemento e o pólo contrário do homem, a mulher tem uma estrutura psíquica inversa. Queremos o máximo de sexo e tentamos transar enquanto nos restarem forças, até o último momento. Para nós, o sexo vem em primeiro lugar e o amor em segundo. Para elas, o contrário ocorre: o amor vem em primeiro lugar. Mas entenda-se bem: na maioria das vezes, não querem dar amor, querem apenas recebê-lo dando em troca somente o mínimo necessário para nos manterem presos pelo desejo, pelo sentimento e pela paixão. Possuem um desejo duplo. Desejam a servidão dos fracos e a proteção dos fortes. Querem dominar os débeis e carentes para explorá-los como maridos criadores de sua prole ao mesmo tempo em que sonham obter a afeição dos insensíveis que possuem haréns e se destacam na hierarquia dos machos. Os fracos, quando aprisionados, recebem sexo, carinho e amor em quantidades mínimas, apenas o suficiente para serem mantidos presos. Elas não nos amam em simples retribuição automática ao nosso amor, ou seja, simplesmente por as amarmos ou desejarmos. Desejam nossas características atraentes e não nossa pessoa em si. Isto se explica pelo fato de que suas necessidades estão muito além do acasalamento: necessitam criar e proteger a prole. Logo, não sentem falta dos machos em si mas apenas de suas atitudes em contextos utilitários. Nós, ao contrário, as amamos em si mesmas, isto é, de forma direta pois nossa meta existencial é acasalar. Queremos transmitir nossos genes contra os genes de outros. As amamos em corpo, de forma direta. Somos amados indiretamente, em termos homem. O mesmo compor tamento aqui descr i to ent re os eqüinos é a t r ibu ído por DOBZHANSKY (1968) aos homin ídeos ances t ra i s do home m. Dobzhansky ac rescenta a inda que , nesses casos , os machos -be ta f i cam à margem do grupo, à espe ra do momento em que possam a taca r o macho- a l fa e des t roná - lo . Uma h ipótese mui to próx ima foi defendida por Freud (1913/1974) . 35 de função e utilidade. Nossa falta não é sentida fora de um contexto util itarista. A meta existencial masculina é acasalar, fecundar e garantir a transmissão da herança genética contra machos rivais. A meta existencial feminina é a criação da prole, a qual passa diretamente pela formação da família. Para nós o sexo é fim e para elas é meio pois o fim é a criação dos filhotes. Em outras palavras: o amor feminino é destinado aos filhos e não aos machos. Nietzsche afirma que a meta das mulheres é a gravidez: "Na mulher tudo é um enigma e tudo tem uma só solução: chama-se gravidez . Para a mulher o homem não passa de um meio. O fim é sempre o fi lho. Mas o que é a mulher para o homem? O homem verdadeiramente homem quer duas coisas: per igo e jogo. Por i sso quer a mulher que é o br inquedo mais per igoso. O homem deve ser educado para a guerra e a mulher para o prazer do guerre iro. Todo o res to é loucura. O guerre iro não gosta de frutos doces demais . Por isso ama a mulher . A mulher mais doce é sempre amarga." (NIETZSCHE, 1884-1885/1985) Querem o melhor macho do bando, o melhor reprodutor e protetor: o vencedor, o rico, o famoso, o destacado em relação aos outros machos. Nesse aspecto, não diferem das macacas, eqüinas selvagens