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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Câmara de Materiais e Processos Construtivos Disciplina: Materiais de Construção Civil I TINTAS na Construção Civil INTRODUÇÃO A maneira mais comum de se combater a deterioração dos mais diversos tipos de materiais é proteger suas superfícies, através da aplicação de uma película resistente que impeça a ação dos agentes de destruição e corrosão. PELÍCULAS DE PROTEÇÃO TINTAS; VERNIZES; ESMALTES; LACAS. TINTAS É um material que se apresenta na forma líquida e que, quando aplicado, com ou sem diluição sobre uma superfície, deve resultar em filme sólido, contínuo, uniforme e aderente após a secagem e cura. Tem a função de revestir uma dada superfície com a finalidade de tornar o seu aspecto mais agradável e conferir proteção. QUAIS AS FUNÇÕES DA TINTA? • Proteção da base – > durabilidade • corrosão nos metais • lixiviação em argamassas • madeiras... – < permeabilidade • à água • Estética • Higiene (limpeza) • Funções especiais – retardar chama – anti-estática – reflexão da luz (conforto térmico) – anti-bactericida Risco: manifestações patológicas EFICIÊNCIA DA PINTURA • Qualidade da tinta; • Tipo da tinta; • Substrato; • Aplicação. PRINCIPAIS SUBSTRATOS DE APLICAÇÕES DAS TINTAS Alvenaria; Gesso; Concreto; Substratos à base de cimento (argamassa); Metal; Madeira. O SUBSTRATO Os rebocos com grandes imperfeições devem ser regularizados. Todos os substratos devem estar secos. Esperar curar as argamassas por 30 dias. CONSTITUINTES BÁSICOS DAS TINTAS Nem sempre todos esses componentes estão simultaneamente presentes. Ex: verniz (não contém pigmentos). Veículo (resina) Pigmentos Solvente Aditivos VEÍCULO (não volátil) – serve para aglutinar (unir) as partículas de pigmentos e formar o filme. O veículo ou resina ou aglutinador inclui óleos, látex e resinas naturais e sintéticas. Principais funções: propriedades mecanicas (tração e elasticidade) resistência ao intemperismo (raios UV, água, poluentes,etc.); resistência química; aderência. PIGMENTOS – usados para dar cor, cobertura(opacidade), e durabilidade à tinta, por meio do seu poder de reflexão da luz. Podem ser orgânicos ou inorgânicos, coloridos, brancos ou pretos e, geralmente, constituídos por partículas extremamente finas, com dimensões entre 0,1 μm e 5 μm. Orgânico: contém carbono. Inorgânico: contém dióxido de titânio, óxido de zinco, carbonato de cálcio, etc. O comportamento dos pigmentos é função da sua estrutura química, propriedades superficiais, cristalinidade, tamanho e distribuição das partículas. A morfologia, a cor e o teor de pigmentos são ao parâmetros que mais influem no aspecto da pintura, como cor e textura. SOLVENTES (volátil) – são adicionados às tintas para torná-la mais fluida. Dissolve a resina, confere viscosidade adequada, influi na secagem, na espessura e no aspecto estético da pintura. O solvente mais antigo: aguarrás. Outros solventes: gasolina especial e alcatrão de hulha. É conveniente estocar as tintas na forma de misturas de alta viscosidade e diluí-las no momento da aplicação. Vantagem: evitar a sedimentação de pigmentos em camada endurecida. 100 % volátil; Diminuem a viscosidade do veículo p/ facilitar a aplicação; Dissolvem a resina; Principais propriedades: Solvência: facilidade de dissolver óleos e resinas; Volatilidade: velocidade de evaporação. A espessura da camada película também é importante. ADITIVOS – substâncias que, adicionadas às tintas, proporcionam características às mesmas ou melhorias nas suas propriedades. Existe uma variedade enorme de aditivos usados na indústria de tintas e vernizes. o Reológico • mantém os pigmentos em suspensão, facilitando a aplicação o Dispersantes • auxiliam na produção da tinta, facilitando a diminuição da viscosidade do sistema o Secantes • aceleram a secagem o Biocida (resistência a microrganismos biológicos) • fungicida e bactericidas o Antibolhas • Impedem formação de bolhas Aditivos reológicos: comportamento de fluxo da solução. O principal uso é a prevenção de escorrimento em superfícies verticais. Teste de escorrimento. Veículo resina (não volátil) solvente (volátil) pigmentos aditivos 16 COMPOSIÇÃO DA TINTA • Proporcionamento de matérias-primas para obter propriedades desejadas; • Formulação: envolve elevado número de matérias primas – aproximadamente 15 substâncias diferentes; • Conhecimento da formulação permite prever algumas propriedades, mesmo assim é necessária a realização de ensaios de desempenho. FORMULAÇÃO DAS TINTAS PROCESSO DE FABRICAÇÃO luz luz úmida seca FORMAÇÃO DO FILME • Brilhante – >> resina – < pigmento – pigmento abaixo da superfície • Fosco – < resina – > > pigmento FORMAÇÃO DO FILME Teores de PVC (do inglês “Pigment Volume Content ”) 100* VV V PVC SP P Onde : VP = volume de pigmento + cargas VS = volume de sólidos no veículo (resina + aditivo) FORMAÇÃO DO FILME Semibrilho Fosco MEV – 10.000 vezes : morfologia dos poros, suas dimensões e distribuição na película de pintura. CLASSIFICAÇÃO DAS TINTAS E VERNIZES • A composição conforme o tipo de veículo não volátil (resina), se alquídica ou látex; O uso final, conforme o ambiente onde será aplicada a tinta (interior, exterior, rural, industrial ou marinho); e o tipo de base ( madeira, metal, alvenaria, concreto, azulejo,...); O modo de cura, conforme o mecanismo de formação do filme; O aspecto de acabamento final da pintura, se transparente (verniz) ou pigmento (tinta), ou a textura do acabamento, se fosco, brilhante ou acetinado, ou ainda a cor, se colorida, branca ou metálica. Classificação de acordo com o usuário: CLASSIFICAÇÃO DAS TINTAS E VERNIZES • Base solvente, que são produtos que contêm ou são diluíveis (solúveis) em solventes orgânicos; • Base água, que são produtos diluíveis ou dispersíveis em água. Classificação de acordo com os tecnologistas, pelo composição do produto: • PVA • Acrílica • Esmalte Sintético • Tinta a Óleo • Epóxi • Caiação Os produtos mais utilizados na construção civil CLASSIFICAÇÃO DAS TINTAS • Inorgânicas – base de cal ou cimento – porosas – resist. alcalinidade – chuva ácida? – pouco usadas • Resinas sintéticas ou orgânicas – PVAc – Acrílico • puro • Estireno-Acrílico – Alquídica (Tinta óleo e esmaltes sintéticos) – Epóxi – Poliuretana – Base de borracha sintética (neoprene) – Base de borracha clorada Resinas naturais • Caseína, óleo de linhaça e betuminosas • Não encontrada no mercado • Qualidades – Econômica; – Standard – Premium • Acabamentos – Semibrilho; – Acetinado; – fosco TINTA LÁTEX ACRÍLICO E PVA Comercializadas no mercado com: As de base acrílicas apresentam: maior resistência de aderência, durabilidade, resistência à água e a alcalinidade. As de base PVA são mais porosas e permeáveis O intervalo entre as demãos é de 4 horas e sua vida útil de 5 anos COMPOSIÇÃO DE UMA TINTA LÁTEX Componente Exemplo Proporção (%) Função Resina PVA 30 Formação da película Pigmentos Rutílio Litopônio 25 Fornecer cor e opacidade Carga Talco 5 Distribui pigmentos Aditivos di-n-butilftalatos compostos de mercúrio 0,1 a 3 Plastificantes Fungicidas Emulsificante sabões 2 Estabiliza a emulsão Fase líquida água 30 Forma o veículo • Vernizes, esmaltes sintéticos, a óleo; • Reações entre polialcóois e ácidos graxos modificados ou óleos; • Boa flexibilidade • Pouco permeáveis • Usos– Madeira e metais • > preço e durabilidade que acrílica. TINTA À BASE DE RESINA ALQUÍDICA (“RESINA SINTÉTICA”) Secagem lenta (intervalo entre demãos de 10 horas ) e vida útil para acabamentos brilhantes acima de 5 anos e fosco abaixo de 5 anos. TINTAS À BASE DE EPÓXI • Termofixa – Elevada Rmec, à abrasão e agentes químicos • Susceptível à UV: – Não usar em ambiente externo (amarelam e perdem o brlho) • Aplicação – Madeira e concreto (pisos) – local quimicamente agressivo – Revestimento de banheiros – balcões de laboratórios – base resistente – anti-derrapante A secagem depende do agente de cura (endurecedor) TINTA E VERNIZ POLIURETÂNICA • Elevada resistência química e á radiação solar; • Excelente resistência à maresia, à água, à corrosão e à abrasão; • Apresenta menor permeabilidade entre os sistemas de pinturas; • Usos – Aplicações em exteriores; – Proteção de concreto; – Embarcações como tinta de fundo. Tem como desvantagem o custo elevado. TINTAS À BASE DE BORRACHA SINTÉTICA • Policloropleno ou Neoprene: – Fornecidas em solução com solventes aromáticos em cores escuras (preto, verde, cinza); – Necessita catalisador para aplicação; – Resistente a vários tipos de materiais (óleos, ácidos, alcoóis, sais, etc.); – Susceptível à ação dos UV (quebra das cadeias – ligações cruzadas): fica quebradiço. TINTAS À BASE DE BORRACHA SINTÉTICA • Borracha clorada (PARLON): • Obtidas pela modificação das cadeias de borrachas naturais com cloro; • Grande resistência química e impermeabilidade ao vapor de água; • Proteção contra UV pela adição de pigmentos de titânio (TiO2) e ;óxido de cromo verde • Usos: piscinas, ambientes marinhos Aplicação (pelo tipo) Esmalte/óleo Tintas para base ou acabamento em madeiras, metais, tijolos, telhas e cerâmicas não vitrificadas. Látex/acrílico Tintas de alto desempenho à base de água para aplicações variadas. Podem ser usadas em camadas espessas ou finas. Látex/PVA Tintas à base de água e da resina acetato de polivinil, o PVA. Indicadas para paredes externas e internas de alvenaria. Verniz Para acabamento em madeira, concreto aparente, pedra mineira, tijolo e telhas. Pode ser transparente ou colorido. Aplicação (pelo tipo) Impermeabilizante Para acabamento em madeira, concreto aparente, pedra mineira, tijolo e telhas. Pode ser transparente ou colorido. Complemento Produtos de preparação para a pintura. Fundos, massas e líquidos para uniformizar, nivelar e corrigir superfícies. Textura Massas para criar efeitos decorativos - lisos, texturizados, riscados, granulados ou envelhecidos - em relevo Hammerite Esmaltes anticorrosivos e anti-ferrugem para aplicação em superfícies metálicas Outros Corantes para tinta látex PVA e acrílica, removedores de esmaltes e vernizes e diluidores de tintas e vernizes sintéticos Superfície básica Paredes Tetos Tinta acrílica Tinta PVA Madeira Metal Esmaltes Lacas Vernizes SISTEMA DE PINTURA PRINCIPAIS CONSTITUINTES DOS SISTEMAS DE PINTURA FUNDO: é um produto destinado à primeira demão ou mais demãos sobre a superfície de acabamento e funciona como uma ponte entre o substrato e a tinta de acabamento. Serva para uniformizar a absorção de superfícies de alvenarias de argamassa, neste caso, também conhecido como selador. O fundo é chamado de ‘primer” em caso de aplicação sobre superfícies metálicas, neste caso, entram em sua composição pigmentos anticorrosivos. FUNDO PREPARADOR DE PAREDES: tem como característica principal promover a coesão de partículas soltas do substrato, por isso é especialmente recomendada a aplicação sobre superfícies não muito firmes e sem coesão (ex: argamassa pobre, sobre a caiação nas repinturas). MASSA CORRIDA: é um produto pastoso, com elevado teor de cargas, sem finalidade de dar cor, o qual serve para a correção de irregularidades da superfície já selada. Estes produtos devem ser aplicados em camadas muito finas para evitar o aparecimento de fissuras. “TINTA” DE ACABAMENTO: é a parte visível do sistema de pintura. É a que apresenta as propriedades necessárias para o fim a que se destina, inclusive tonalidade. Deve secar, ser lixada e ter o pó eliminado com pano úmido, antes do acabamento; PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES • PAREDES E REBOCOS - MADEIRA • Selador; • Massa corrida. • METAIS • Fundo antióxido de ancoragem (zarcão, cromato de zindo) • Selador; • Massa corrida Principais propriedades requeridas por uma tinta • Estabilidade; • Cobertura; • Rendimento; • Aplicabilidade; • Nivelamento; • Secagem; • Lavabilidade; • Durabilidade. ESTABILIDADE - Capacidade que o produto possui de se manter uniforme em sua aparência e desempenho. COBERTURA - Refere-se não apenas à opacidade do filme, mas também à sua espessura e nivelamento. Deve-se levar em conta o tipo de aplicação (pincel, rolo, etc.). RENDIMENTO - Grau de cobertura, geralmente expresso em m²/litro. O rendimento real varia com o método de aplicação, porosidade do substrato, etc. e com a natureza da tinta. APLICABILIDADE - É a característica que se traduz na facilidade de aplicação. O produto não deve oferecer dificuldade para a sua utilização. NIVELAMENTO - Capacidade de uma tinta de formar um filme uniforme, sem marcas de pincel. Tintas látex de alta qualidade geralmente têm nivelamento superior. SECAGEM - Quando ocorre a formação de película da tinta. Não deve ser tão rápida nem tão pouco lenta. Deve permitir o espalhamento e os repasses uniformes. LAVABILIDADE - A capacidade de uma tinta resistir à limpeza com agentes químicos de uso doméstico. DURABILIDADE - Grau de resistência de uma tinta ou massa aos efeitos destrutivos do ambiente ao qual está exposta, especialmente intempéries. O termo também se refere à resistência à abrasão em tintas para interiores. • NBR 11702 • NBR 12554 • NBR 13245 • NBR 14940 • NBR 14941 • NBR 14942 • NBR 14943 • NBR 14944 • NBR 14945 • NBR 14946 • NBR 15077 • NBR 15078 • NBR 15079 • NBR 15299 • NBR 15301 • NBR 15302 • NBR 15303 • NBR 15304 • NBR 15311 • NBR 15312 • NBR 15313 • NBR 15314 • NBR 15315 • NBR 15348 • NBR 15380 • NBR 15381 • NBR 15382 NORMALIZAÇÃO A ABNT estabelece as características e requisitos mínimos de desempenho das tintas. • Estabilidade de Armazenamento; • Estabilidade à Aeração; • Propriedades de aplicação; • Tempo de Secagem; • Dureza; • Adesividade; • Poder de Cobertura; • Viscosidade; • Dispersão do Pigmento; • Teor do Pigmento; • Peso do Galão; • Resíduo de Peneiração; • Matéria Volátil; • Rendimento; • Espessura da Película; • Brilho; • Flexibilidade; • Resistência às Intempéries; • Resistência à Abrasão; • Resistência à Névoa Salina; • Resistência à luz. ENSAIOS DE TINTAS 44 Ensaio de Poder de cobertura • Quando o fabricante não utiliza a quantidade suficiente de resina na tinta (para economizar custos, por exemplo) a película formada não cobre adequadamente a superfície pintada. Envelhecimento natural • Envelhecimento acelerado: simulação das condições de uso • Análise da durabilidade: • Câmara de C.UV (envelhecimento acelerado, simulação da radiação solar e umidade) • Câmara de SO2 (atmosferas ácidas/industriais) • Névoa salina (maresia) • Câmara de umidade (atmosferas úmidas) Ensaio de Durabilidade •Avaliação do aspecto após ensaio: • alteração de cor e brilho, calcinação, craqueamento, empolamento Ensaio de Durabilidade: C-UV Ensaio de Grau de empolamento da tinta • Comparação visual do caso real com os padrões estabelecidos em norma, em função da densidade e tamanho dos empolamentosD4 – T4 D3 – T3 D2 – T1 Ensaio de aderência Ensaios de desempenho em obra Tinta líquida • Rendimento prático/cobertura (sobre argamassa, gesso, massa corrida) Sistema substrato/pintura • Porosidade/manchamento • Aderência Ao se abrir uma embalagem pela primeira vez, a tinta deve satisfazer às seguintes condições: • não apresentar excesso de sedimentação, coagulação, empedramento, separação de pigmentos ou formação de pele (nata); • torna-se homogênea mediante agitação manual; • não apresenta odor pútrido e nem expelir vapores tóxicos; • na superfície interna da embalagem não deve haver sinais de corrosão. Existe uma ordem para pintar um ambiente? Pintar um ambiente na ordem correta economizará tempo e dinheiro. • Comece pelo teto (1), paredes (2), portas (3), janelas (4) e finalmente, pinte o rodapé (5). • Se o acabamento final for feito com papel de parede, toda a pintura deve ser terminada primeiro. TÉCNICA DE APLICAÇÃO DA TINTA • Cuidados específicos: – Pistola – Pincel – Rolo Que tipo de rolo devo usar? • Os rolos são ideais para áreas grandes como paredes ou tetos. Existem vários tipos de rolos para pintura, e a escolha apropriada depende do tipo de tinta que você planeja usar: - Rolo de lã pêlo baixo (sintética ou de carneiro) - indicado para tintas PVA E ACRÍLICA. - Rolo de espuma - indicado para esmaltes, tinta óleo e vernizes. - Rolo de espuma rígida ou borracha - indicado para dar efeito em textura. 54 Que tipo de pincel devo usar? • A qualidade do pincel tem um efeito direto na qualidade do acabamento e na facilidade com a qual a tinta é controlada e aplicada. Os pincéis também conhecidos como trinchas podem ser encontrados de vários tamanhos e cores: - Cerdas escuras - indicados para aplicação de tintas a base de solvente como os esmaltes, tintas óleo e vernizes - Cerdas grisalhas - indicado para aplicação de tintas à base de água como as tintas PVA E ACRÍLICA. O tamanho do pincel varia de acordo com a área a ser pintada. 55 Pistola 15 a 25 cm Pistola ERRADO CERTO Pincel Inclinação da trincha repasse passe Rolo Aspecto final Errado Certo PASSE PASSE REPASSE REPASSE Espessura O que faço com a tinta que sobrou? • Se deseja guardar a tinta que sobrou, guarde-a em um lugar coberto, sempre na posição vertical e sem movimentação. Tintas que ficam guardadas por muito tempo podem formar uma película resultante da ação do ar. Para evitar isso, tampe bem a lata. O local não deve ter umidade ou calor excessivo. Em caso de esmalte, tinta óleo e vernizes recomendamos colocar sobre a superfície um pouco de águarraz, isso irá ajudar impedindo o contato direto com o ar da embalagem. É possível conservar materiais de pintura após o uso? • Para aumentar a vida útil dos pincéis e rolos, é essencial limpá-los logo após o uso e depois guardá-los de maneira correta. Para tintas a base solvente - esmaltes, vernizes, tinta óleo: Após o uso limpar o rolo ou pincel tirando o excesso com jornal, lavando com Coralraz ou Thinner, lave novamente com água e sabão enxaguando em seguida. Para tintas a base de água: Tinta Acrílica e PVA: Após o uso é recomendável lavar os pinceis com agua e sabão. Para garantir a conservação dos seus pincéis, arrume as cerdas com um pente, umedeça-os com óleo vegetal e guarde-os enrolados em papel impermeável. DIRETRIZES PARA A ESPECIFICAÇÃO DE SISTEMAS DE PINTURA Agressividade da atmosfera local; Condições climáticas; Uso a que se destina a edificação; Natureza do substrato; Aspectos de projeto. QUAIS ASPECTOS INFLUENCIAM NA DURABILIDADE DAS TINTAS ? Falhas De projeto Seleção inadequada: Cor. Material: agressividade X resistência da tinta. Detalhes arquitetônicos: maior tempo de permanência da água sobre a superfície,dificuldad e na aplicação. De execução Superfície em condições inadequadas - Úmida: bolhas, fungos, eflorescência - Sem coesão (pulverulência): descolamentos - Contaminada: descolamento e manchas - Com fissuras: descolamento e fungos - Alcalina (base não curada): descoloração e pegajosidade - Superfície lisa e vítrea (vidro, cerâmica e concreto): descolamento por “peeling”. De especificação Incompatibilidade com a base: epóxi sobre argamassa fraca; alquídica sobre argamassa. Ausência de etapa de preparo da base: selador na madeira e cerâmica, fundo preparador em gesso, washprimer em metais. Da tinta PVC elevado - falta coesão; manchas; pulverulência. Baixo teor de cobertura - pouco TiO2. Quais os principais requisitos para um bom desempenho das tintas e da pintura ? • respeitar a idade da base (cura); Tipo de base Tipo de tinta Intervalo mínimo Concreto, alvenaria, argamassas mistas PVA ou ACRÍLICA 30 dias CIMENTO ou CAL 1 semana ESMALTES ou VERNIZES 60 dias EPÓXI ou BORRACHA CLORADA Base seca (avaliar) Argamassas de cal PVA ou ACRÍLICA 60 dias Madeira ESMALTES ou VERNIZES Base seca (avaliar) • Adequação da tinta às solicitações da base (tipo de tinta); • Correto preparo da base; • Qualidade das tintas, fundos, massas e equipamentos; • Adequação dos procedimentos de aplicação. • Durante a Aplicação • Manchas na Superfície • Baixa Cobertura • Baixa Lavabilidade • Diferença de Tonalidade • Problemas na Superfície PATOLOGIA DAS TINTAS - DURANTE A APLICAÇÃO - Diferença de Brilho Pode ocorrer quando aplicamos uma tinta esmalte fosca ou acetinada sem a devida homogeneização, fazendo com que a película de tinta na superfície fique brilhante. Por isso, ao adquirirmos qualquer tipo de tinta devemos homogeneizá-la devidamente com espátula retangular, não utilizando chave de fenda. PATOLOGIA DAS TINTAS Escorrimento Escorrimento da tinta logo após ser aplicada, resultando em cobertura irregular da superfície: Causa: Diluição excessiva e utilização de solventes não especificados, aplicação de uma camada muito espessa ou sob condições de frio ou umidade. Correção: Se a tinta estiver úmida, passe o rolo novamente sobre o local a fim de uniformizar a superfície. Se já estiver seca, lixe a superfície e aplique uma nova demão de tinta. - DURANTE A APLICAÇÃO - Dificuldade de Aplicação A tinta pode se tornar “pesada” à aplicação se não for diluída suficientemente. PATOLOGIA DAS TINTAS - DURANTE A APLICAÇÃO - Falta de Alastramento A tinta não se espalha ao longo da superfície, e apresenta marcas visíveis do rolo ou pincel: Causa: uso do tipo errado de rolo ou ferramenta de baixa qualidade. Correção: lixe a superfície e aplique nova demão de tinta, utilizando rolo de lã de pêlo baixo ou ferramenta adequada. PATOLOGIA DAS TINTAS Formação de Espuma em Madeira Ocorre quando a pintura é feita em superfície demasiadamente úmida. Por isso deve-se certificar que ela esteja devidamente seca antes da pintura. Pode ocorrer devido ao excesso de diluição dado à tinta ou tipo de ferramenta utilizada. - DURANTE A APLICAÇÃO - PATOLOGIA DAS TINTAS - MANCHAS NA SUPERFÍCIE - Devido a absorção da superfície: Causa: Aplicação de massa corrida ou acrílica para correção de imperfeições, deixando a superfície porosa. Correção: Sobre os locais onde houver correção de massa corrida ou acrílica, aplicar uma demão de tinta com trincha e aguardar a secagem de 4 horas. Logo depois, aplicar uma demão de tinta com rolo de lã de pêlo baixo. Devido ao rolo em tintas acrílicas/PVA: Causa: Estas manchas ocorrem devido a utilização de rolo de pêlo alto, que não espalha corretamenteo produto sobre a superfície. Correção: Utilização de rolo de lã de pêlo baixo. PATOLOGIA DAS TINTAS - MANCHAS NA SUPERFÍCIE - Pigmentos não dispersos: Causa: Falta de homogeneização devido ao uso de ferramenta inadequada ou por pouco tempo de agitação. Correção: Homogeneização com espátula retangular. O tempo deve ser o suficiente para uma completa mistura da tinta. Desbotamento da cor: Causa: Cores muito intensas ou saturadas de corante, diluição excessiva ou número insuficiente de demãos podem provocar o desgaste natural do produto devido ao tempo de exposição às intempéries. Correção: Refazer a aplicação com 2 ou 3 demãos, respeitando a diluição e instruções de aplicação expressas nas embalagens. PATOLOGIA DAS TINTAS - BAIXA COBERTURA - Por excesso de diluição: Causa: Uma das causas mais comuns é a diluição excessiva. Correção: Não diluir em excesso. Sempre respeitar as informações e aplicar o produto de acordo com as instruções contidas na embalagem. Devido à cor do fundo: Causa: Tonalidade de fundo muito forte. Correção: Aplicação prévia de tinta branca ou um número maior de demãos. Número insuficiente de demãos: Causa: Algumas tonalidades e produtos exigem um número maior de demãos. Se for aplicada uma quantidade de demãos insuficiente ocorrerá a baixa cobertura. Correção: Aplicar mais demãos. PATOLOGIA DAS TINTAS Devido a homogeneização: Causa: Utilização de instrumento cilíndrico para homogeneização ou pouca homogeneização. Correção: Homogeneizar a tinta com espátula retangular até o produto alcançar uma boa consistência. Aplicar uma demão geral. Devido ao tipo de superfície: Causa: Superfícies muito absorventes (reboco novo, massa corrida, gesso). Correção: Se o produto já foi aplicado, serão necessárias mais demãos. Se ainda não foi aplicado, aplicar previamente o fundo indicado na embalagem. Em cores amareladas, avermelhadas e com pigmentos magenta: Causa: Cores preparadas com concentrados a base de pigmentos orgânicos (amarelo, vermelho e magenta) necessitam de um número maior de demãos. Correção: Aplicação prévia de tinta branca ou número maior de demãos, ou misturar a cor branca com a desejada para a primeira demão. - BAIXA COBERTURA - PATOLOGIA DAS TINTAS - BAIXA LAVABILIDADE - Devido à diluição: Causa: Se a diluição utilizada no produto for além da especificada na embalagem, a película formada pela tinta se torna frágil. Correção: Diluir conforme indicado na embalagem. Número insuficiente de demãos ou curto intervalo entre demãos: Causa:Se o número de demãos não for suficiente, ou se o intervalo entre elas for muito curto, a película torna-se fraca, saindo com facilidade na limpeza. Correção: Aplicação de uma demão geral respeitando o intervalo e diluição indicados na embalagem. PATOLOGIA DAS TINTAS 77 - DIFERENÇA DE TONALIDADE - Devido ao tamanho do ambiente: Causa: Se o ambiente a ser pintado for pequeno e pouco iluminado, pode ocorrer o escurecimento da tonalidade devido à falta de iluminação. Correção: Se não for possível aumentar a iluminação do ambiente, será necessário clarear a tinta com utilização de branco. Devido à iluminação do ambiente: Causa: A iluminação utilizada pode influenciar na tonalidade final do produto. Algumas lâmpadas são amareladas (dicróicas, alógenas, incandescentes), outras apresentam cores opacas (vapor metálico) e ainda há lâmpadas que podem tornar o ambiente avermelhado (mercúrio). Correção: Não há inconveniente com o produto, portanto a solução é a troca das lâmpadas ou mesmo da tonalidade utilizada. PATOLOGIA DAS TINTAS Em continuações de pintura: Causa: Devido a tinta de fundo já estar seca ou curada. Correção: Não é indicado fazer retoques ou continuações sobre tintas já secas ou curadas. Será necessária a aplicação de uma demão geral. Falta de homogeneização: Causa: Isto ocorre devido à homogeneização incorreta do material através da utilização de ferramentas cilíndricas. Correção: Homogeneizar o produto com espátula retangular, antes e constantemente durante a pintura. Não aplicar o material muito tempo após a homogeneização. Se o produto já foi aplicado e apresentou manchas, será necessário aplicar uma demão geral. - DIFERENÇA DE TONALIDADE - PATOLOGIA DAS TINTAS Devido à absorção: Causa: Paredes com absorção diferente podem causar esta diferença de tonalidade. Correção: Aplicação de uma demão geral para nivelar as tonalidades. Produto ainda úmido: Causa: Comparar a cor com o produto ainda em processo de secagem. Correção: Aguardar a secagem do material por no mínimo 24 horas para que se realize o comparativo. - DIFERENÇA DE TONALIDADE - PATOLOGIA DAS TINTAS • Bolhas na alvenaria - PROBLEMAS NA SUPERFÍCIE - • Calcinação – deterioração da superfície PATOLOGIA DAS TINTAS PAREDE CHEIA DE BOLHAS • Massa corrida PVA em fachadas • Repintura sobre pintura – má qualidade (absorve água) – desagregada PATOLOGIA DAS TINTAS - PROBLEMAS NA SUPERFÍCIE - • Crateras • Desagregamento Causa: Ocorrem quando na diluição se emprega solventes não apropriados, por contaminação da tinta, do material de pintura ou das superfícies por graxas, lubrificantes ou água etc. Correção: Correção: Remover toda a película de tinta e aplicar o sistema de pintura. PATOLOGIA DAS TINTAS 83 - PROBLEMAS NA SUPERFÍCIE - • Descascamento • Eflorescência PATOLOGIA DAS TINTAS 84 DESCOLAMENTO • Falta de aderência – base frágil (sem coesão) – base contaminada – caiação – gesso com pulverulência – ausência de promotor de adesão Descolamento: ausência de promotor de adesão PATOLOGIA DAS TINTAS - PROBLEMAS NA SUPERFÍCIE - • Enrugamento • Fissuras PATOLOGIA DAS TINTAS PELE DE JACARÉ • Tinta Pouco diluída • Contaminação superficial • Incompatibilidade com solvente PATOLOGIA DAS TINTAS PATOLOGIA DAS TINTAS - PROBLEMAS NA SUPERFÍCIE - • Manchas amareladas em paredes e tetos • Manchas causadas por pingos de chuva SAPONIFICAÇÃO • Ataque alcalino à pintura – reação com ácido graxo da resina • Causas: – base não curada (tinta látex) – base muito úmida – resina alquídica • Descoloração, superfície pegajosa PATOLOGIA DAS TINTAS Fungos em edifícios Fungos Presença de fissuras Fissura Fungos
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