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Genômica e Reprodução 1 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO CURSO: BIOTECNOLOGIA DISCIPLINA: GENÔMICA E PROTEÔMICA PROFESSOR: WESLLEY PAIVA Características das Células-tronco embrionárias: - Células com proliferação prolongada; - Células com capacidade de diferenciação clonal em diferentes linhagens; - Células com capacidade de repopular o tecido de origem danificado quando transplantado; - Somente CT’s(células-tronco) capazes de colonizar a linhagem germinativa de um embrião, são consideradas pluripotentes; INTRODUÇÃO 2 3 CÉLULAS-TRONCO DE ORIGEM EMBRIONÁRIA (CTE) Conceito: Originadas nos primeiros estágios de desenvolvimento que antecedem a implantação do embrião na parede uterina; - Derivam da massa interna do blastocisto e podem ser: 4 Tecido embrionário germinativo Teratomas (Tumores decorrentes da transposição de células da massa interna do blastocisto em sítios ultra uterinos); - São Pluripotentes quando originam células especializadas das 3 camadas embrionárias: Endoderme, Mesoderme, Ectoderme; DESVANTAGENS 5 CÉLULAS-TRONCO DE ORIGEM EMBRIONÁRIA (CTE) Formação de Tumores Rejeição do Sistema Imunológico Problemas ético- religiosos Utilização de diferentes fatores de crescimento, para diferenciar as células no tecido de interesse; - FUTURO: CONSTRUÇÃO DE ORGÃOS!!!! 6 Terapia Celular com CTE Reparo de lesões na espinha Doença de Parkinson Músculo Cardíaco Produção de insulina Células Hematopoiéticas CÉLULAS-TRONCO ADULTAS (CTA) - Desempenham papel importante no reparo e manutenção dos tecidos; - São escassas nos tecidos -> Difícil isolamento; 7 Células-tronco hematopoéticas Células-tronco mesenquimais Células progenitoras adultas multipotentes CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÉTICAS (CTH) Presentes na medula óssea; Responsável pela constante renovação de células sanguíneas linfoides e mielóides; Reconstituição hematopoiética após quimioterapia; Utilização como vetores de terapia gênica experimental Fonte de células dendríticas para ativação de vacinas imunológicas; Processo de Homing (Migram para outros tecidos e se diferenciar em células musculares e neuronais); 8 Alteradas geneticamente para que expressem marcadores -> localizar a célula; - Presentes na medula óssea; - In vitro: Crescem aderidas a frascos de cultura - Contribui pra regeneração de tecidos ósseo, cartilaginoso, adiposo e do estroma; - Tem capacidade de gerar células musculares esqueléticas e neuronais; 9 CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS OU DE ESTROMA (CMT) Não expressam antígenos hematopoiéticos (CD34, CD14, CD45); CÉLULAS PROGENITORAS ADULTAS MULTIPOTENTES (CPAM) Células multipotentes primitivas (Encontrada na medula óssea); Morfologicamente semelhante a CMT, porém com perfil fenotípico diferente; Na presença do fator de crescimento vascular endotelial (VEGF), as CPAM’s se diferenciam em células endoteliais; Ex: CPAM’s transformadas com o gene da β-galactosidase, conferindo a expressão da enzima em diferentes tecidos do corpo do paciente; 10 Técnica de Microarranjo de DNA possibilitou: Diferença de 1% dos genes entre as CPAM’s; Ex: Regulador da produção de β-galactosidase 11 Reguladores de expressão gênica Análise do Transcriptoma de Células-Tronco 12 Identificação de genes Redes regulatórias Responsáveis pela auto- renovação e diferenciação Técnicas utilizadas: - Hibridização subtrativa - SAGE - Microarray Análise do Transcriptoma de Células-Tronco - Hormônios, fatores de crescimento e interleucinas 13 Auto-renovação Apoptose Diferenciação G-CSF; TPO; FL; SCF, IL-3 E IL-6. TGF-α Cardiomiócitos Osteoblastos Condrócitos Neurônios LIF, TGF-β, BMP; Β-glicerol fosfato TGF e BMP Ácido retinóico GENES CONTROLADORES DA AUTO-RENOVAÇÃO CELULAR Variáveis de acordo com o tipo de célula-tronco; Fenótipo pluripotente CTH em medula óssea: Ápice da proliferação (2-4 semanas); Adição de fatores de crescimento (IL-3, IL-6, SCF e GM- CSF) e citocinas = AUMENTO DA EXPANSÃO CELULAR (cerca de 60 vezes ); 14 Associado a fatores de transcrição como o OCT-4 e a telomerase; TELOMEROS E PROLIFERAÇÃO CELULAR Conceito: Telômeros são sequências de DNA (TT GGGG) repetidas em tandem nas extremidades dos cromossomos, protegendo-os da degradação; 15 Ocorre devido as sucessivas replicações do DNA; - Instabilidade genômica - Disfunção celular - Limitação da proliferação - Apoptose TELOMERASE E PROLIFERAÇÃO CELULAR Conceito: Telomerase é uma enzima que sintetiza DNA na região telomérica do cromossomo, evitando seu encurtamento; 16 Células Somáticas (a grande maioria delas) Não apresentam expressão do gene TERT, catalisador da telomerase. Com isso, os telômeros vão se encurtando, até que a célula perca a capacidade replicativa. Células tumorais, expressam esse gene em altos níveis; TELOMERASE E PROLIFERAÇÃO CELULAR O comprimento dos telômeros é diminuído em cerca de 7-23 kb ao longo das sucessivas divisões; - Hibridização Fluorescente in situ (FISH) 17 TELOMERASE E PROLIFERAÇÃO CELULAR 18 PROTEÍNA Wnt e PROLIFERAÇÃO CELULAR Conceito: Glicoproteína palmitolada conservada - Envolvimento do desenvolvimento de câncer (controle); - Numerosos processos celulares; - Importante na auto-renovação de CTA; - Estimula a multiplicação de CTH de medula óssea in vitro quando adicionadas de meio de cultura e in vivo; 19 VIA DE SINALIZAÇÃO DA PROTEÍNA Wnt 1- Ligação da proteína Wnt aos seus receptores de membrana (Receptores da família Fzd e receptores LDL); 2- Ativação da proteína Dishevelled; 3- Inibição da ação da GSK-3β (Associada as proteínas APC e AXIN); 20 Fosforila a proteína β-catenina, que é ubiqutinizada e degradada. Ativação da via da Wnt inibe tal processo e ocorre o acúmulo de β-catenina A β-catenina interage com fatores de transcrição da família LEF/TCF, ativando a expressão de genes alvo Notch1 e HoxB4; VIA DE SINALIZAÇÃO DA PROTEÍNA Wnt 21 HORMÔNIOS E SUA IMPORTÂNCIA NA PROLIFERAÇÃO CELULAR TROMBOPOETINA (TPO) - Regulador da hematopoiese; - CTA’s expressam receptores de TPO (c-MPL); - TPO é fundamental para auto-renovação e expansão de CTH; - Perda de c-MPL = QUEDA de 8 vezes na quantidade de CTH circulante; ESTRÓGENO - Aumento de células-tronco neuronais (CTN) de origem embrionária; - Queda na quantidade de estrógeno = Diferencia células-tronco hematopoiéticas em linfócitos e osteoblastos 22 Genômica e Reprodução Assistida Infertilidade -> Problemas Genéticos -> Transmissão pra outras gerações; Genes que contribuem par aa infertilidade são de difícil identificação: - Papel e gravidade das mutações - Papel de herança dessas mutações - Nível de envolvimento de polimorfismos - Interação entre genótipos com o meio ambiente Casal Infértil 23 12 meses de tentativas, sem utilização de métodos anticontraceptivos e não conseguem a gestão Genômica e Reprodução Assistida Anamnese - Entrevista para saber se houve outros casos de infertilidade na família ou outras patologias que podem ser relacionadas; 24 Genômica e Reprodução Assistida Principais exames para investigação de infertilidade - Mulheres: - Dosagens hormonais - Ultrassonografia seriadas - Histerossalpingografia (Permeabilidade das tubas uterinas) - Homens: - Dosagens hormonais - Espermograma - Concentração - Motilidade - Morfologia - Células redondas - Ultrassonografiapélvica 25 Genômica e Reprodução Assistida Tecnologias de Reprodução Assistida (ARTs) Técnicas de Baixa Complexidade x Técnicas de Alta Complexidade Baixa complexidade - Inseminação intra-uterina (IIU) - Baseada na capacidade natural do espermatozoide de fertilizar o óvulo dentro do aparelho reprodutor feminino; - Sêmen é processado e introduzido no útero da paciente em período ovulatório (10-25%); Alta Complexidade - Fertilização in vitro (FIV) - Obtenção de gametas masculinos e femininos e promoção de seu contato físico para que ocorra a fertilização em laboratório; 26 Genômica e Reprodução Assistida Tecnologias de Reprodução Assistida (ARTs) 27 IIU FIV Mutações nas GNTs e em seus receptores GNTs são hormônios heterodímericos constituídos por uma subunidade β especifica, ligada de forma não-covalente a uma subunidade α comum a todos; Atuam mediadas por seus receptores transmembrana, que são acoplados a proteína G e com a transdução do sinal regulada pelos níveis de AMPc intracelular Defeitos no metabolismo do LH em mulheres -> Erros na foliculogênese; 28 - Sintetizado a partir de ATP - Regula a função celular: Enzimas envolvidas no metabolismo energético, divisão e diferenciação celular, transporte de íons Mutações nas GNTs e em seus receptores 29 Doenças relacionadas com a Infertilidade Varicocele - Varizes nas veias do escroto (Provocam dilatação das veias, prejudicando a circulação de sangue, como também provoca o acumulo de substâncias tóxicas); - Altera os valores da Oligozoospermia (contagem de espermatozoides) - 30-40% dos homens inférteis tem a doença diagnosticada; - Causa: Microdeleções no cromossomo Y 30 Doenças relacionadas com a Infertilidade Aplasia Congênita Bilateral dos Vasos Deferentes (CBAVD) - É a falta ou falha de desenvolvimento dos canais deferentes; - É resultado de 36 mutações no gene CFTR - Associada a Fibrose Cística - 98% dos pacientes com Fibrose Cística são inférteis por CBAVD - Fibrose Cística -> Erros genéticos no cromossomo 7 (ocorre mais em brancos); 31
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