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Hidráulica PROFESSORA MSC. LORENA FERRARI SECCHIN Roteiro da Aula 12 Exemplo Aula 11; Revisão Geral para Avaliação 1ª Etapa; Resolução da Lista de Exercícios. 2 Exemplo 1 Uma adutora interliga dois reservatórios cuja diferença de nível é de 15,0 m. Esta adutora é composta por dois trechos ligados em série, sendo o primeiro de 1000 m de extensão e diâmetro 400 mm e o outro 800 m de comprimento e 300 mm de diâmetro. Ambos os trechos, com coeficiente de perda de carga da fórmula Universal igual a 0,020. Desconsiderando as perdas de cargas localizadas, pede-se: a. Determinar a vazão escoada; 3 A C Exemplo 1 4 815,0 800,0A C 1000m 400mm 300mm 800m Exemplo 1 B) Calcular a nova vazão se for instalada paralelamente ao trecho 2, uma tubulação com 900 m de comprimento, 250 mm de diâmetro e com o mesmo coeficiente de perda de carga (f = 0,020). 5 Exemplo 1 6 815,0 800,0A C 1000m 400mm 300mm 800m 250mm 900m 7 815,0 800,0A C 1000m 400mm 400mm 1321m Revisão Geral para Avaliação 1ª Etapa Hidráulica – Princípios Básicos 9 Hidráulica É a ciência que estuda a condução da água. Também pode ser definida como o conjunto de técnicas ligadas ao transporte de líquidos em geral ETMOLOGIA Grego Hydros = Água Aulos = Condução Aplicações Hidráulica Agricultura Energia Indústria Saneamento 10 Propriedades dos Fluidos Massa Específica (ou densidade absoluta): É a relação entre a massa da porção do fluido e o seu volume Características: Varia com a pressão e temperatura Unidades de Massa Específica: Sistema INTERNACIONAL: kg/m3 ρágua = 1000kg/m 3 m v 11 Propriedades dos Fluidos Peso Específico ( ): É a relação entre o peso de uma certa porção de fluido e o seu volume. Unidades: Unidade de Peso Específico: Sistema Internacional: N/m3 água = 10000 N/m3 g volume gmassa volume peso 12 Classificação dos escoamentos Classificação de Escoamentos Pressão Reinante Forçado Livre canais Trajetória das Partículas Laminar Turbulento Variação no Tempo Permanentes Transitórios (não-permanentes) 14 Classificação de Escoamentos Direção, módulo e sentido do vetor velocidade Uniforme e uniforme por seção Variado: gradualmente ou bruscamente Nº de coordenadas do campo de velocidade Unidimensional Bidimensional Tridimensional 15 Equação de Bernoulli Considerando um escoamento ideal, ou seja sem perdas e sem equipamentos trocando energia, chegamos à equação de Bernoulli : Todos os termos da Equação da Energia e, por consequência, a de Bernoulli, têm dimensão de comprimento (L). 16 Teorema de Bernoulli “Para um escoamento contínuo e permanente, a carga total de energia em qualquer ponto de uma linha de corrente é igual à carga total em qualquer ponto a jusante da mesma linha de corrente, mais a perda de carga entre os dois pontos.” 17 Equação de Bernoulli Fazendo o balanço de energia entre dois pontos 1 e 2 de um escoamento real , portanto com atrito , temos: Onde ΔH12 indica a perda de energia por atrito, por unidade de peso que é conhecida como perda de carga. 18 Equação de Bernoulli 19 Equação de Bernoulli O diagrama anterior representa a Equação da Energia. PCE representa o plano de carga efetiva: 𝑃 Υ + 𝑣2 2𝑔 + 𝑧 + Δ𝐻12 LCE representa a linha de carga efetiva 𝑃 Υ + 𝑣2 2𝑔 + 𝑧 LPE representa a linha piezométrica efetiva 𝑃/Υ + 𝑧 20 Perda de Carga Contínua ou Distribuída (hf) A Perda de Carga Contínua é ocasionada pela resistência oferecida ao escoamento do fluido ao longo da tubulação. A experiência demonstra que ela é diretamente proporcional ao comprimento da tubulação de diâmetro constante. 21 D e/D rugosidade relativa 22 Perda de Carga Localizada ou Acidental (ha) Perda de Carga Localizada ou Acidental ocorre todas as vezes que houver mudança no módulo da velocidade e/ou direção da velocidade. 23 Perda de Carga Total É a soma das perdas de carga localizadas e distribuídas: ℎ𝑇 = ℎ𝑎 + ℎf 24 Perda de Carga Unitária No escoamento uniforme, a razão entre a perda de carga contínua e o comprimento do conduto representa o gradiente ou a inclinação da linha de carga e é denominado por perda de carga unitária (J): 𝐽 = ℎ𝑓 𝐿 A unidade da Perda de Carga Unitária é m/m. 25 Fórmulas para Cálculo da Perda de Carga Contínua Fórmula Racional ou Universal ou de Darcy-Weisbach; Fórmula de Hazen-Willians; Fórmula de Flamant; Fórmula de Fair-Whipple-Hisiao; Fórmula para Tubos de PVC. 26 Fórmula Racional ou Universal ou de Darcy-Weisbach É válida para qualquer fluido escoando tanto no regime laminar ou turbulento: ℎ𝑓 = 𝑓. 𝐿. 𝑉2 𝐷. 2𝑔 Onde: hf = Perda de carga na tubulação, em m; D = diâmetro da canalização, m; f = coeficiente que depende do estado de conservação das paredes , e pode ser determinado pelo diagrama de Moody. g = aceleração da gravidade, em m.s-2; V = Velocidade de escoamento, em m.s-1 L = comprimento da tubulação 27 28 Fórmulas para Cálculo do Fator de Atrito Para escoamento laminar (Re < 2000), Hagen-Poiseuille chegou à seguinte fórmula: 𝑓 = 64 𝑅𝑒 29 Fórmulas para Cálculo do Fator de Atrito Para os escoamento turbulento, utiliza-se a fórmula de Colebrook-White: 𝒇 = 𝟎, 𝟐𝟓 𝐥𝐨𝐠 ൗ𝜺 𝑫 𝟑, 𝟕 + 𝟓, 𝟕𝟒 𝑹𝒆𝟎,𝟗 𝟐 30 Fórmula de Hazen-Willians ℎ𝑓 = 10,643 𝑄1,85 𝐶1,85 . 𝐷4,87 . 𝐿 Onde: hf = Perda de carga na tubulação; D = diâmetro da canalização; C = Coeficiente que depende da natureza das paredes; Q = Vazão. 31 Coeficiente da Fórmula de Hazen-Willians 32 TIPO DE CONDUTO C Aço galvanizado 125 Aço soldado 130 Alumínio 140 – 145 Concreto com bom acabamento 130 Concreto com acabamento comum 120 Ferro fundido 130 Plástico 140 – 145 PVC 145 - 150 Perda de Carga Localizada De modo geral, todas as perdas de carga localizadas podem ser expressas sob a forma: ℎ𝑎 = 𝐾. 𝓋2 2g K – coeficiente adimensional em função do tipo e diâmetro da peça especial v – velocidade média de referência (m/s) g – aceleração gravitacional (m/s2) 33 Perda de Carga Localizada 34 Método do comprimento equivalente ou virtual Considera-se que as peças e conexões podem ser substituídas (no cálculo) por comprimentos virtuais de tubulação que resultem na mesma perda de carga. Ou seja, a conexão é substituída por um comprimento de tubo, de mesmo diâmetro, no qual a perda de carga linear é igual a perda de carga localizada 35 Comprimentos Equivalentes Tipo Quantidade Comprimento (m) Lequ (m) Trecho reto Horizontal --- 5,0 5,0 Trecho Reto Vertical --- 5,5 5,5 Válvula de Pé 1 28,6 28,6 Válvula Gaveta 1 1,0 1,0 Vávula Retenção (pesada) 1 16,0 16,0 Cotovelo 90° 2 1,6 3,2 Comprimento Equivalente Total (m) 59,3 36 Comprimentos Equivalentes 37 Comprimentos Equivalentes 38 Aço galvanizado ou ferro fundido (m) 39 PVC rígido ou cobre (m) 40 Condutos Equivalentes Um conduto é equivalente a outro (s) quando transporta a mesma vazão sob a mesma perda de carga. 41 Condutos em Série Quando uma tubulação é formada por trechos de características distintas, colocadosna mesma linha e ligados pelas extremidades, de tal maneira a conduzir a mesma vazão, é considerada constituída por condutos em série. 42 ℎ𝑓 = ℎ1+ℎ2+ℎ3 𝑓. 𝐿 𝐷5 = 𝑓1. 𝐿1 𝐷1 5 + 𝑓2. 𝐿2 𝐷2 5 + 𝑓3. 𝐿3 𝐷3 5 𝐿 𝐶1,85 . 𝐷4,87 = 𝐿1 𝐶1 1,85. 𝐷1 4,87 + 𝐿2 𝐶2 1,85. 𝐷2 4,87 + 𝐿3 𝐶3 1,85. 𝐷3 4,87 Condutos em Paralelo Os condutos em paralelo são aqueles cujas extremidades de montante estão reunidas num mesmo ponto, o mesmo acontecendo com as extremidades de jusante, em outro ponto. Assim, a vazão é dividida entre as tubulações e depois reunida novamente. 43 𝑄 = 𝑄1+𝑄2+𝑄3 𝐷5 𝑓.𝐿 = 𝐷1 5 𝑓1.𝐿1 + 𝐷2 5 𝑓2.𝐿2 + 𝐷3 5 𝑓3.𝐿3 𝐶. 𝐷2,63 𝐿0,54 = 𝐶1. 𝐷1 2,63 𝐿1 0,54 + 𝐶2. 𝐷2 2,63 𝐿2 0,54+𝐶3. 𝐷3 2,63 𝐿3 0,54 Exercícios da Lista 44 Roteiro da Aula 13 Lista de Exercícios. 45 Exercícios da Lista 46 Exercícios da Lista Além dos exercícios resolvidos em sala, seguem alguns interessantes para a prova: 1, 2, 6, 10, 12, 19, 20, 26. 47 48 49 50 51 52 Obrigada pela atenção! Até semana que vem! 53
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