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UNIVERSIDADE CEUMA LABORATÓRIO DE HABILIDADES MÉDICAS PROFº: RICARDO PORTO MONITORA: IASMIN REIS Anamnese Significa trazer de volta à mente todos os fatos relacionados com a doença e o paciente, tendo isso em vista, conclui-se que os objetivos dela são: Estabelecer uma boa relação médico-paciente (através do diálogo) Conhecer os determinantes epidemiológicos do paciente que influenciam seu processo saúde-doença. Fazer uma história clínica, detalhada e de ordem cronológica, sobre a atual saúde do paciente. Conhecer os hábitos de vida, bem como sua condição socioeconômica e cultural. Avaliar o estado de saúde passado e presente do paciente, conhecendo os fatores pessoais, familiares e ambientais que influenciam no seu processo saúde-doença. Elementos componentes da anamnese Identificação É o perfil sociodemográfico do paciente que possibilita a interpretação dos dados individuais e coletivos. Também é importante para a confecção de fichários e arquivos. Nessa etapa consta: Nome Idade Sexo/gênero Cor/etnia (branco, pardo, preto) Estado civil Profissão Local de trabalho Naturalidade Procedência Residência (endereço do paciente) Nome da mãe Nome do responsável, cuidador e/ou acompanhante. Religião Queixa principal (QP) É o motivo da consulta, sintoma ou problema que levou o paciente à buscar assistência médica Nesse quesito deve-se usar as palavras do paciente. História da doença atual (HDA) É um registro cronológico e detalhado do motivo que levou o paciente a procurar assistência médica, desde o seu início até a data atual. Antecedentes pessoais fisiológicos (APF) Inclui os seguintes itens: Gestação e nascimento Desenvolvimento psicomotor e neural Desenvolvimento sexual Puberdade Menarca Sexarca Orientação sexual Antecedentes pessoais patológicos (APP) Nesse ponto, incluem-se: Doenças sofridas pelo paciente Alergias Cirurgias Traumatismo Transfusões sanguíneas História obstétrica Vacinas Medicamentos em uso Antecedentes familiares Busca-se nesse momento fazer um resumo da “carga genética” do paciente, pergunta-se sobre as doenças genéticas mais comuns e sobre o estado de saúde dos familiares mais próximos (avôs, pais e irmãos) e em caso de óbito, a causa e a idade em que ocorreu. Hábitos e estilo de vida Indaga-se sobre: Alimentação Ocupação atual e anteriores Atividades físicas Qual tipo; frequência; duração; tempo que pratica; Hábitos Consumo de tabaco Consumo de bebidas alcoólicas Uso de anabolizantes e anfetaminas Consumo de drogas ilícitas Condições socioeconômicas e sociais É nesse momento, que avalia-se a situação financeira, vínculos afetivos familiares, filiação religiosa e crenças espirituais do paciente, bem como condições de moradia e escolaridade. Sinais vitais Os indicadores das funções vitais são: respiração, pulso, temperatura e pressão arterial. Respiração Nesse ponto são observados a frequência, o caráter, o ritmo e sons respiratórios anormais. Os valores de referencia são: Bebê: 30 a 60 irpm Criança: 20 a 30 irpm Adulto: 12 a 20 irpm As alterações no padrão respiratório são: Apneia: parada respiratória Bradipneia: respiração lenta Taquipneia: respiração acelerada Dispneia: respiração difícil Pulso Nesse ponto são observados a frequência, o ritmo e a amplitude (intensidade com que o sangue bate na parede das artérias) Os valores de referência são: Bebês: 100 a 160 bpm Crianças: 80 a 120 bpm Adultos: 60 a 100 bpm Alterações no padrão cardíaco são: Taquicardia Bradicardia Pode ser alterado por diversos fatores Locais de avaliação: A. radial A. carótida (paciente inconsciente) A. braquial (paciente pediátrico) A. poplítea A. pediosa A. femural (paciente inconsciente) Temperatura Valores de referencia: Axilar: 35,5°C a 37°C Bucal: 36 a 37,4°C Retal: 36 a 37,5°C Pressão arterial Pressão sistólica ou máxima: é a força exercida pelo coração para empurrar o sangue pelas artérias. Pressão diastólica ou mínima: é a força que as artérias oferecem a passagem do sangue. Existem dois métodos para aferição de pressão: Método palpatório Método auscutatório Valore de referencia Diastólica: < 89 Sistólica: < 139 Antropometria Nela inclui-se a medição dos segmentos: Altura (planta-vértice) Pubo-vértice: distância entre a sínfise púbica e o topo da cabeça. Distância pubo-plantar: distância entre a sínfise púbica e a planta dos pés . Envergadura: distância entre as extremidades dos membros superiores (do terceiro quirodáctilo ao outro), estando esses em abdução de 90°. IMC=P/H2 Circunferência abdominal máxima Homens: Até 102 cm Mulheres: Até 88 cm Perímetro cefálico (em crianças) OBS: O ponto médio no adulto é o comprimento pubo-vértice ou pubo-plantar e na criança, ele está na altura da cicatriz umbilical. Além disso, destaca-se o fato de que envergadura=altura.
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