Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS Atividade Acadêmica: Avaliação Nutricional Professora: Ms.Bruna Pontin Avaliação Nutricional: Antropometria e Composição Corporal Parte 2: Dobras Cutâneas Um aviso, antes de começar... Esta aula contém slides de propriedade intelectual da nutricionista Ana Harb! DOBRAS CUTÂNEAS ü Estimam a quantidade de tecido adiposo corporal total (gordura de armazenamento + gordura subcutânea) ü Pode ser indicativo de reservas corporais de energia e estado nutricional atual ü Usado para estimar o % de GC total baseado na soma das medidas ü Supõe-se que a espessura da dobra reflita proporção constante da GC total Como Medir? Como Medir? Como Medir? Como Medir? Como Medir? Como Medir? Dobras Cutâneas Dobras Cutâneas Dobras Cutâneas: Algumas Considerações... Dobras Cutâneas: Algumas Considerações... Orientações Gerais para a Aferição das Dobras Cutâneas - Identificar e marcar todos os locais a serem medidos - Segurar firmemente a dobra entre o polegar e o indicador da mão E a 1cm do ponto marcado - Posicionar o plicômetro exatamente no local marcado - Manter a dobra entre os dedos até o término da aferição - Fazer a leitura até 4 segundos após a pressão ter sido aplicada - Medir a dobra no mínimo 2 vezes em cada local; se os valores diferirem em + de 10%, realizar medições adicionais - Calcular a média aritmética dos resultados obtidos ATENÇÃO! Medição após exercícios não é recomendada! O deslocamento de fluidos corporais em direção a pele, em consequência da adaptação ao exercício, tende a aumentar a espessura da dobra cutânea. Onde Medir? Dobra Cutânea Biciptal É medida no sentido do eixo longitudinal do braço, na sua face anterior, no ponto de maior circunferência aparente do ventre muscular do bíceps. Usada em fórmulas de predição de gordura corporal total Onde Medir? Dobra Cutânea Triciptal É medida na face posterior do braço, paralelamente ao eixo longitudinal, no ponto que compreende a metade da distância entre a borda súpero- lateral do acrômio e o olécrano. É a medida mais rotineiramente usada na prática clínica e a mais usada para monitoramento do estado nutricional. Como avaliar adequação? Onde Medir? Dobra Cutânea Torácica É uma medida oblíqua em relação ao eixo longitudinal, na metade da distância entre a linha axilar anterior e o mamilo, para homens, e a um terço da linha axilar anterior, para mulheres. Apresenta alta correlação com a densidade corporal e faz parte de alguams equações de predição de gordura corporal total. Onde Medir? Dobra Cutânea Subescapular A medida é executada obliquamente em relação ao eixo longitudinal, seguindo a orientação dos arcos costais, sendo localizada a dois centímetros abaixo do ângulo inferior da escápula. Prediz gordura corporal total quando usada em combinação com outras dobras. Onde Medir? Dobra Cutânea Subescapular Ângulo inferior da escápula Onde Medir? Dobra Cutânea Axilar Média É localizada no ponto de intersecção entre a linha axilar média e uma linha imaginária transversal na altura do apêndice xifóide do esterno. A medida é realizada obliquamente ao eixo longitudinal, com o braço do avaliado deslocado para trás, a fim de facilitar a obtenção da medida. Onde Medir? Dobra Cutânea Supra-ilíaca É obtida obliquamente em relação ao eixo longitudinal, na metade da distância entre o último arco costal e a crista ilíaca, sobre a linha axilar medial. É necessário que o avaliado afaste o braço para trás para permitir a execução da medida. Onde Medir? Dobra Cutânea Abdominal É medida aproximadamente a dois centímetros à direita da cicatriz umbilical, paralelamente ao eixo longitudinal. Durante emagrecimento, ocorre redução significativa desta dobra, sendo, portanto, recommendável a sua utilização para acompanhamento em tratamentos de emagrecimento. Onde Medir? Dobra Cutânea da Coxa É medida paralelamente ao eixo longitudinal, sobre o músculo reto femural a um terço da distância do ligamento inguinal e a borda superior da patela, segundo proposta por Guedes (1985) e na metade desta distância segundo Pollock & Wilmore (1993). Para facilitar o pinçamento desta dobra o avaliado deverá deslocar o membro inferior direito à frente, com uma semi-flexão do joelho, e manter o peso do corpo no MIE. Onde Medir? Onde Medir? Dobra Cutânea Panturrilha Medial Para a execução desta medida, o avaliado deve estar sentado, com a articulação do joelho em flexão de 90 graus, o tornozelo em posição anatômica e o pé sem apoio. A dobra é pinçada no ponto de maior perímetro da perna, com o polegar da mão esquerda apoiado na borda medial da tíbia. Espessura do Músculo Adutor do Polegar: Método Confiável para Avaliação Nutricional? Espessura do Músculo Adutor do Polegar: Como Medir? Com o indivíduo sentado, mão dominante repousando sobre o joelho homolateral, cotovelo em ângulo de aproximadamente noventa graus sobre o membro inferior, foi utilizado o paquímetro de Lange exercendo uma pressão contínua de 10g/ mm2 para pinçar o músculo adutor no vértice de um ângulo imaginário formado pela extensão do polegar e o dedo indicador. A média de três aferições foi considerada como a medida da espessura do músculo adutor. Parâmetros: Homens saudáveis: 12,5 ± 2,8 mm (mediana de 12 mm) Mulheres saudáveis: 10,5 ± 2,3 mm (mediana de 10 mm) Espessura do Músculo Adutor do Polegar: Método Confiável para Avaliação Nutricional? Resultados: Correlação significativa (p<0,01) da espessura do músculo adutor do polegar com todas as outras técnicas antropométricas de avaliação nutricional. Conclusão: a espessura do músculo adutor do polegar é um método de fácil execução, baixo custo, confiável e transmite segurança na avaliação do estado nutricional, podendo ser usado na prática clínica em pacientes cirúrgicos. Cálculos para Avaliação da Composição Corporal Equações de Predição de Gordura Corporal Muitos estudos foram feitos com o intuito de estimar a quantidade de GC por equações de predição que utilizam as DC. Por meio dessas equações, calcula-se a densidade corporal e essa densidade é usada nas equações para o cálculo do % GC . Assim, as equações de predição são fórmulas matemáticas para estimar o % GC. Equações de Predição de Gordura Corporal Diferentes Autores Diferentes Populações Diferentes Equações Diferentes Resultados Equações de Predição de Gordura Corporal 1. DURNIN & WOMERSLEY (1974) - Abordagem generalizada (para grandes amostras heterogêneas em idade, composição corporal e aptidão física; idade é variável independente - Estima densidade corporal de homens e mulheres em diferentes faixas etárias a partir do logaritmo das dobras cutâneas (BI, TRI, SE, SI) - Facilitador: tabelas que permitem conhecimento direto do % GC sem o uso de fórmulas, a partir do somatório das DC - Na população brasileira, pode resultar em erros, pois estas equações foram descritas para populações de diferentes nacionalidades. Equações de Predição de Gordura Corporal TABELAS DURNIN & WOMERSLEY (1974) Ver capítulo do livro Avaliação Nutricional: Aspectos Clínicos e Laboratoriais. Antonio Claudio Duarte. SP: Atheneu, 2007. Tabela 6.17 (páginas 53-54) Equações de Predição de Gordura Corporal 2. JACKSON & POLLOCK(1978;1980) - Abordagem generalizada - Estima densidade corporal de homens e mulheres em diferentes faixas etárias a partir do logaritmo das dobras cutâneas (TX, ABD e CX em homens e TR, CX e SI em mulheres) - Facilitador: tabelas que consideram o somatório de 3 ou 7 dobras para estimar o % GC OU cálculo online - População: mulheres entre 18-55 anos e homens entre 18-61 anos Equações de Predição de Gordura Corporal TABELAS JACKSON & POLLOCK (1978;1980) Ver capítulo do livro Avaliação Nutricional: Aspectos Clínicos e Laboratoriais. Antonio Claudio Duarte. SP: Atheneu, 2007. Tabelas 6.18 e 6.19 (páginas 55-57) Tabela 6.20 Classificação do EN (página 58) Equações de Predição de Gordura Corporal 3. FAULKNER (1968) - Investigações sobre composição corporal no Brasil iniciaram na década de 70 e a maior parte das publicações usada a equação de Faulkner - 4 DC (TR, SE, SI, ABD) - Cálculo direto, com fórmula simples - Uso indiscriminado para ambos os gêneros; Guedes (1986) avaliou que o uso da equação poderia deturpar o resultado em 37% para as mulheres e 23% para os homens - População: nadadores, triatletas ou jogadores de polo aquático entre 18-25 anos. Equações de Predição de Gordura Corporal CÁLCULOS FAULKNER (1968) melhança em outros estudos feitos por Wilmore e Behnke (1970); Wright e Wilmore (1974); e também Katch y McArdle (1991). A medida da circunferência carece, além da divulgação técnica, da verifi cação de sua aplicabilidade no contexto da população brasileira frequentadora de academias de ginástica, clubes de fi tness e ambientes similares. Explica-se: devido à grande reper- cussão das metodologias tradicionais (dobra cutânea, bioimpe- dância e pesagem hidrostática), pouca atenção é prestada ao conhecimento científi co desta nova metodologia, fato este que corrobora a necessidade de sua investigação. Objetivos do Estudo Este estudo verifi ca a metodologia da circunferência proposta por cientistas de reconhecida competência, tentando estudar princí- pios de indicação, ou não, do método de Dotson y Davis (1991) para a predição do percentual de gordura corporal (%GC) na população brasileira. Pretende-se estabelecer a correlação entre o %GC cálculo deste percentual - e um protocolo que emprega medidas de circunferência (Dotson e Davis). Relevância do Estudo Através do acompanhamento regular das modifi caçõess ocorridas no %GC, o indivíduo garante a qualidade de vida, evitando a instalação de doenças hipocinéticas e coronarianas, aumentando, desta sorte, a expectativa de uma vida saudável. METODOLOGIA Mostra A amostra do presente estudo foi constituída por indiví- duos teoricamente saudáveis, ou seja, aqueles que não apresentaram oo relataram, mesmo quando questionados, nenhuma característica de doenças de qualquer natureza. Quadro 1 - Equações utilizadas para o cálculo do percentual de gordura corporal através da medida das circunferências Autores Equações Circunferências utilizadas % G ideal PARA HOMENS: PARA HOMENS: Dotson & Davis (1991) %GC = + [85,20969. Log (AB-Pç)]- [69,73016 . Log (estatura/pol)] + 37,26673 (r= 0.90) [S.E.=3,52%) pescoço (NK) e abdome (AB) (pol) HOMENS: 12 – 20% PARA MULHERES: PARA MULHERES: %GC = + [161,27327. Log (AB+GL)]- [100,81032 . Log (estatura/pol)] – 69,55016 (r= 0.90) [S.E.= 3,64%) pescoço (NK); abdome (AB) e glúteo (GL) (pol) MULHERES: 16 – 30% %GC= percentual de gordura corporal Quadro 2 - Equações utilizadas para o cálculo do percentual de gordura corporal através da medida das dobras cutâneas Autores Equações Dobras cutâneas utilizadas % G ideal PARA HOMENS E MULHERES FAULKNER citado em RIZZO (1997) %GC=å 4 dobras x 0.153 + 5.783 tríceps (TR) subscapular(SB); suprailiaca(SI); abdome (AB). HOMENS 11% MULHERES 15% PARA HOMENS: POLLOCK & WILMORE (1993) HOMENS ADULTOS= 1,1093800 – 0,0008267 (X3) + 0,00000016 (X3)2 – 0,0002574 (age) (r=0.91) (Dc S.E. = 0,008) (BFP S.E. = 3,4) X3= soma das dobras: Peito (PT) Abdominal (AB) e coxa (CX) HOMENS 16% MULHERES ADULTAS PARA MULHERES: Dc = 1,10994921 – 0,0009929 (X2) + 0,00000023 (X3)2 – 0,0001392 (idade) (r=0.84) (Dc S.E. = 0,009) (%GC S.E. = 3,9) SIRI: %GC = [(4,95 / Dc) – 4,5] x 100 X2 = soma das dobras: Triciptal (TR), Suprailiaca (SI), Coxa (CX) MULHERES 23% HOMENS PARA HOMENS: Dc = 1,17136 – 0,0676) x log (TR + SI + AB) (erro padrão = 0,894) Triceps (TR); suprailíaca (SI); Abdomen (AB). HOMENS: 15% MULHERES PARA MULHERES: GUEDES (1989) Dc = 1,16650 – 0,07063 x log (SB + SI + TG) (erro padrão = 0,853) SIRI: %GC = [(4,95 / Dc) – 4,5] x 100 Subscapular (SB); suprailíaca (SI) and coxa (CX) MULHERES 25% %GC percentual de gordura corporal Dc. densidade corporal. Dados estimados por Novaes e Furtado em análise do somatotipo em alunos candidates ao vestibular da UGF, 1985.mimeo. Fit Perf J, Rio de Janeiro, 2, 1, 43, jan/fev 2003 43 Equações de Predição de Gordura Corporal 4. GUEDES (1985) - Primeiro pesquisador brasileiro a desenvolver e validar equações nacionais para estimativa da densidade corporal - Estudo com universitários gaúchos da UFSM (equação específica) - Estima densidade corporal de homens e mulheres em diferentes faixas etárias a partir do logaritmo das DC - Facilitador: duas tabelas para conversão imediata dos valores da somatória de 3 DC em valores % de GC (homens: TR, SI, ABD e mulheres: SE, SI e CX) OU cálculo online - População: brasileiros de ambos os sexos entre 18-30 anos Equações de Predição de Gordura Corporal 5. PETROSKI (1995) - Durante os estudos em Santa Maria (UFSM), Petroski desenvolveu equações generalizadas para a estimativa da densidade corporal para homens e mulheres, sendo equações de 9, 7, 6, 4, 3 e 2 dobras para homens e 9, 7, 5, 4 e 3 dobras para mulheres. - Segundo Petroski, equações generalizadas minimizam erros de predição que ocorrem nos extremos de distribuição de densidade. Assim, uma equação pode ser usada em muitas populações sem perder a acuracidade. - Facilitador: duas tabelas para conversão imediata dos valores da somatória de 4 DC em valores % de GC - População: homens entre 18-56 anos e mulheres entre 18-51 anos Equações de Predição de Gordura Corporal CÁLCULOS PETROSKI (1995) Equações de Predição de Gordura Corporal Equações de Predição de Gordura Corporal CÁLCULOS PETROSKI (1995) Quando são utilizadas equações de estimativa de densidade corporal é necessário converter o resultado em porcentagem de gordura, o que pode ser feito utilizando-se a fórmula proposta por Siri (1956): % GC Total = 4,95 - 4,50 x 100 densidade Continuação Continuação Facilidades que o Mundo Virtual Nos Proporciona... http://www.cdof.com.br/protocolos1.htm - Protocolos para testes de avaliação antropométrica - Testes eletrônicos para o cálculo do % GC: • Pollock 3 e 7 dobras • Guedes 3 dobras Alguns Padrões de % GC Alguns Padrões de % GC Alguns Padrões de % GC Aposti la de Avaliação Nutricional 12 ! "#!$%&'($)$%!*+,-+,).! /0#!'+1)!$)'!$+2,)'!*345&%)'!6117!'32%'*)-3.),8!4+,9*(*)8!'3-,):(.;)*)!%!-)&43,,(.<) ! /=#!($)$%!6)&+'7! >+&4%#!?@ABCDEF8!0GGHI! ! J+,$3,)!*+,-+,).!6K7!L!KJ!L!M6N8GHO"7!:!N8HP!Q!0RR! >+&4%#!DFBF8!0GS0I! ! *7!KJT!L!608=!Q!FUT7!:!60R8V!Q!'%Q+7!W!6R8=X!Q!($$7!:!H8N! ! JT#!Y+,$3,)!*+,-+,).! FUT#!;&$(*%!$%!1)'')!*+,-+,).!6ZYO1=7! D%Q+#![%1(&(&+!L!R\!1)'*3.(&+!L!0! F$$#!($)$%!6)&+'7! >+&4%#!"@]B@^_@BJ!%4!).I8!0GGRI! ! $7!KJT!L!6R8HS`!Q!TT7!W!6R80R0!Q!($$7!:!X08V! ! JT#!Y+,$3,)!*+,-+,).! TT#!*(,*3&[%,a&*()!$)!*(&43,)!6*17! F$$#!($)$%!6)&+'7! >+&4%#!b@c^!%4!).I8!0GGSI! ! %7!KJT!L!SN8H:!VNV!Q!60OFUT7!W!6R8R`G!Q!($$7!:!60S8N!Q!07!W!6R8RH!Q!0!Q!($$7!W!6XG!Q!0!Q!60OFUT7! ! JT#!Y+,$3,)!*+,-+,).! FUT#!;&$(*%!$%!1)'')!*+,-+,).!6ZYO1=7! F$$#!($)$%!6)&+'7! >+&4%#!JcbbcJd@B!%4!).I8!=RRRI! ! !"#$%"&'()&T.)''([(*)ef+!$+!,('*+!$%!1+,2($)$%'!'%Y3&$+!+!-%,*%&43).!$%!Y+,$3,)!*+,-+,).I ! !"#$$%&%'#()*+ ,*-./-#+'*-0*-#"+123+ 4*565+ 7/"86-+ B('*+'!$%!$+%&e)'!)''+*()$)'! ч�ϱ! ч�ϴ! c2)(Q+!$)!1g$()! S!:0N! G!:!==! Ug$()! 0H! =X! c*(1)!$)!1g$()! 0S!:!=N! =N!:!X0! B('*+'!$%!$+%&e)'!)''+*()$)'! ш�Ϯϱ! ш�ϯϮ! >+&4%#!bCdUc^8!0GG=I! ! + & & & & Classificação do risco de morbidades segundo o % GC Leitura Obrigatória Capítulo 6: Avaliação da Composição Corporal em Adultos + Texto (artigo) disponibilizado no ambiente virtual
Compartilhar