Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS Curso de Nutrição Avaliação Nutricional Avaliação Nutricional: Exames Bioquímicos Ms. Bruna Pontin Nutricionista Clínica TESTES LABORATORIAIS Baseados principalmente em análises de sangue e urina Contêm metabólitos, enzimas e nutrientes que refletem as reservas de proteínas, vitaminas e minerais e a condição metabólica do indivíduo 1. PROTEÍNAS PLASMÁTICAS Várias proteínas estão presentes na circulação sanguínea. Entre elas, a albumina, a transferrina, a transtiretina, a proteína carreadora do retinol, a fibronectina e a somatomedina-C. Destas, a albumina é a mais abundante. As proteínas plasmáticas são, geralmente, produzidas pelo fígado e excretadas através dos rins. Elas podem ser utilizadas como marcadores do estado nutricional proteico. Proteínas Séricas: Meia-Vida - Albumina: 14 a 20 dias - Transferrina: 8 a 9 dias - Pré-albumina: 2 a 3 dias - Proteína ligadora do retinol: 12 horas Rosa, 2008 Slide gentilmente cedido por Juliana Paludo Albumina Processos Infecciosos EdemaDesidratação Inflamação Hepatopatias Cuppari, 2005Vitolo, 2008 Slide gentilmente cedido por Juliana Paludo Albumina Intensidade Albumina (g/dL) Depleção leve 3,5 a 2,8 Depleção moderada 2.7 a 2,1 Depleção grave ↓ 2,1 Weffort & Lamonier, 2009 Slide gentilmente cedido por Juliana Paludo Transferrina - Sintetizada no fígado - Transporta ferro do plasma - Mais fidedignas que a albumina - Mais sensível nos casos de desnutrição aguda e no controle de intervenções dietoterápicas Rosa, 2008 Slide gentilmente cedido por Juliana Paludo Transferrina - Sua utilização deve ser restrita em casos de: • Doenças hepáticas • Anemias • Normal: >200 mg/dL Rosa, 2008 Weffort & Lamonier, 2009; Slide gentilmente cedido por Juliana Paludo Pré-Albumina - Também é sintetizada no fígado. ↓ Hepatopatias. - È melhor indicador do que a albumina e , porém é de alto custo e outras situações não relacionadas ao EN influenciam seus níveis (infecção, falência renal e hepática...) - Retorna rapidamente a níveis normais quando a terapia nutricional é adequada - NORMAL: 15,1 a 42 mg/dL Rosa, 2008 Slide gentilmente cedido por Juliana Paludo Proteína Transportadora de Retinol - Transporta vitamina A na forma de retinol. - Meia-vida 10-12h (sensível para detectar DEP) - Metabolizada nos rins. - Naturalmente baixa em: fibrose cística, patologias crônicas do fígado e hipovitaminose A - NORMAL: 3 a 5 mEq/dL Rosa, 2008 Slide gentilmente cedido por Juliana Paludo 2. PROTEÍNAS SOMÁTICAS Aliadas à análise antropométrica, às análises bioquímicas do índice creatinina-altura e da 3-metil-histidina, produtos finais do catabolismo protéico, além do balanço nitrogenado, colaboram na identificação das condições de compartimento muscular do indivíduo. 2.1. ÍNDICE CREATININA-ALTURA A perda de volume muscular é característica importante na desnutrição energético-proteica e sua determinação é valiosa na determinação do estado nutricional. A dosagem de creatinina urinária de 24h correlaciona- se com o músculo esquelético, sendo usada para identificar as condições de massa muscular do organismo. CÁLCULO DO ICA ICA (%) = creatinina urinária de 24h (mg) x 100 creatinina urinária ideal (mg/dia) Referências: 60-80%: depleção moderada < 60%: depleção grave ! !"#$%&'#()*+,(-./%,0()*1"#"*23"4,"56(*7.'#,0,(8"4* ! !"#"$%&'($)*+,-&'.)/0*,-&' ' 123,-"'4$"&*,2,2&567*8$&' ! 946':'-$"&*,2,2&'8$,20$,&';<='>)$&#?'@'ABB'C'-)"D,-,"2*"'3"'-$"&*,2,2&' ' "#!?!$#%!&!'()*(+,-!.(/(! 0#!?!"#%!&!'()*(+,-!1-2(3424! 5!0#%!&!'()*(+,-!6(/(34! ! 7893(+,-!2(!:3(4;<=<=4!>3<=?3<4!)-3!)(@-!<2(4*!ABCD2<4E!(B!F-B(=@! ! 93&3"';"/'&2)#?' 67*8$&';-/?' <B5<E' FB5FE' =B5=E' GB5GE' HB5HE' IB5IE' JB5JE' GH0! GIJ"! GG0$! G#K$! $"J! "$0! "#K! KG"! GH"! GI"H! GG$L! GG#I! G##0! $GJ! "IH! KLL! GJ#! GL#"! GIGJ! GGIL! G#IJ! $LI! "L$! KHK! GJI! GLLH! GIH#! GGHJ! G#HJ! $JG! "J0! K0I! GJH! GLJ"! GI0I! GG00! G#0H! $0"! "KI! KKJ! GJ0! GL$#! GI$G! GG$L! G#"$! $$#! "$I! K$L! GJ"! GHIL! GLII! GIII! GGGJ! G#GH! $GL! "GI! G0#! GHJI! GLH$! GIH0! GGLK! G#LJ! $LI! "I$! G0I! GH"G! GLK0! GIKG! GG0#! G#JJ! $J#! "HJ! G0H! GJG#! GH#L! GI$0! GG"L! G#K0! $0$! "0I! G00! GJL0! GHIK! GLG"! GI#L! G#$H! $"0! "KK! G0"! GJ0J! GHJH! GLHL! GII0! GGGJ! G##H! "$L! GK#! GJ$"! GH"J! GLKI! GIJI! GGL$! G#I0! $GI! GKI! G0LI! GJG0! GH#G! GIK"! GG0L! G#HK! $LI! GKH! G000! GJH"! GHL#! GL#J! GG"K! G#0$! $JG! GK0! G0$$! GJK$! GHJ"! GLLG! GIGG! G#$#! $K#! GK"! GKL"! G0GJ! GH$G! GL0G! GIL"! GGGJ! $$I! G"#! GK"G! G0JJ! GJI$! GL$J! GI0$! GGHL! G#GK! G"I! G"G$! G0$#! GJ0G! GHIJ! GI$0! GG0K! G#L"! G"H! G"JJ! GKIH! GJ$I! GHJL! GLII! GG$#! G#J$! G"0! G"$H! GKJ$! G0IJ! GH"L! GLH$! GIGJ! G#"G! G""! G$LI! GK$J! G0J"! GJGL! GLKK! GIH#! GG#L! G$#! G$0"! G"I$! G0"G! GJHI! GH#I! GI0L! GGIL! MNOP7&!Q4*@(3!RS7O!GG!AJE!@T))*UG$"KU!V)T2!Q4<;WX(3C!.'U!OT;3<+,-!-34*Y!(=;(34*!(!)43(=;(34*!=4!)3?;<94!9*Z=<94U!6,-!S4T*-&!V;F(=(TY!)U!I"IYI###U! ! ! !"#$%&'#()*+,(-./%,0()*1"#"*23"4,"56(*7.'#,0,(8"4* ! "#$%&'!()'*+%#%#*,-.+/)*! ! "#$%&'()!*&!+%&,-././,!0%./1%.,!2)%!2&3)!.*&,4!5678*.,9!&6!6:4;&%&3! ! 0$*$'!1'2!*#345! -.+/)*!1&25! 67,68! 97,98! :7,:8! ;7,;8! <7,<8! =7,=8! >7,>8! <=>! ?@?! ?>=! A@=! A>>! B@<! @CA! @=?! <=D! ?AA! ?DD! AA<! A<B! BBB! B<>! @B>! <==! ?C?! ?=<! AC>! AEE! B?D! BD@! @AE! <=B! C<A! ?@C! ?>B! A=C! BCB! BE?! @?B! <=?! C=>! ??<! ?DA! AB?! A<E! B@=! B>>! <@>! CB=! C>E! ?=?! A?A! AED! BA<! B<@! <@D! C?=! CDD! ?B@! ?>E! A=A! B?@! BD?! <@=! <>>E! C=>! ??D! ?<C! AB<! BC?! B=>! <@B! <>DB! CB<! C>D! ?E?! AAC! A<=! B@@! <@?! <>=C! C?E! CDD! ?@B! ACB! AE>! BA>! <B>! <>AE! <>>B! B==! ?AA! ?<@! A=A! B?B! <BD! <<>>! <>E<! CB?! ?CC! ?E@! ABB! A>E! <B=! <<D@! <>@=! CC>! C<C! ?@=! A?E! A<C! <BB! <<=?! <>AB! <><>! CE?! ?A<! ACC! AEE! <B?! <<AE! <>CC! <>ED! C@?! ?C>! ?<A! A=C! <A>! <<CC! <<D=! <>@@! C?>! C<<! ?E@! ABB! <AD! <DD=! <<=A! <>AA! <>>>! CDC! ?@E! A?D! <A=! <D@E! <<A=! <<>D! <>DE! C@<! ?AD! ?>>! <AB! <D?>! <<CC! <<DB! <>=@! CAD! ?C<! ?<A! <A?! <E>=! <DDE! <<=A! <>B@! CC>! C>?! ?EE! <?>! <EE<! <D=?! <<A<! <>?A! <><<! CDA! ?@>! FGHI"J!K,43&%!LM"H!<<!5@9!3:224N<C?AN!O2:*!K,.-PQ&%7!RSN!H:-%.'()!)%,4T!&/-&%,4!&!2,%&/-&%,4!/,!2%1-.$,!$4U/.$,N!V()!M,:4)J!O-;&/&:T!2N!D?DTD>>>N! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! VAMOS TREINAR? Paciente do gênero masculino, 170 cm e 58 anos, apresenta creatinina urinária de 24h de 952 mg (Excreção de creatinina urinária ideal para homem com esta nesta faixa etária e altura = 1252 mg/dia) Responda: 1. Qual é o ICA encontrado? 2. Como esse valor pode ser interpretado? 2.2 BALANÇO NITROGENADO EXCREÇÃO URINÁRIA DE NITROGÊNIO A excreção nitrogenada é a única medida laboratorial que reflete a condição de proteínas somáticas e viscerais. Em pacientes enfermos, a excreção de uréia urinária representa, basicamente, o grau de catabolismo muscular. Portanto, a medida pode ser utilizada como índice da presença e do grau de catabolismo. ✤ BALANÇO NITROGENADO POSITIVO: ingestão de nitrogênio > excreção (na urina, como ureia e amônia + perdas menores na pele, fezes - aproximadamente 4g) ✤ BALANÇO NITROGENADO NEUTRO: ingestão = excreção ✤ BALANÇO NITROGENADO NEGATIVO: ingestão < excreção CÁLCULO DO BALANÇO NITROGENADO N ingerido (ingestão PTN 24h (g) / 6,25) - N ureico urinário 24h (g) + perdas insensíveis (4g) Não deve ser utilizado em pacientes com doenças renais ou que apresentem perdas anormais de N! VAMOS TREINAR? Indivíduo com excreção nitrogenada total de 11,9g de N e ingestão alimentarde proteínas de 54g no dia. Responda: 1. Ele está em balanço nitrogenado positivo, negativo ou neutro? 2. O que isso significa em termos de ingestão alimentar proteica? 3. PERFIL LIPÍDICO E ESTADO NUTRICIONAL ✓ Níveis ↓ de CT (<160mg/dL) estão associados a desnutrição ✓ Em portadores de DRC em diálise: ↑ mortalidade ✓ Em idosos, pode representar FR para ruptura da pele ✓ Também pode indicar má absorção e doença hepática grave ✓ TG: maior reserva energética do organismo ✓ Níveis ↓ estão relacionados à ingestão alimentar insuficiente ✓ Além da desnutr ição, s índromes de má absorção, hipertireoidismo e AIDS também podem estar associados a níveis plasmáticos menores DISLIPIDEMIA: PRINCIPAL FATOR DE RISCO PARA A DAC PERFIL LIPÍDICO E DAC ↑ LDL ↓ HDL↑ TG ↑ CT PERFIL LIPÍDICO E DAC ↑ LDL ↓ HDL↑ TG ↑ CT O BOM E O MAU COLESTEROL: POR QUÊ? METABOLISMO DA PARTÍCULA DE LDL Transporte dos lipídios de origem hepática VLDL → IDL → LDL •Lipoproteína menor : 50% colesterol ester ificado / 20% proteína / 20% fosfolipídeos / 10% TG; •Distribui colesterol aos tecidos periféricos •Colesterol contido na LDL: forma mais aterogênica do colesterol sérico; •Remoção feita pelo fígado (75%) e tecidos extra-hepáticos. METABOLISMO DA PARTÍCULA DE HDL Transporte dos lipídios provenientes dos tecidos extra-hepáticos para o fígado (transporte reverso do colesterol) Formadas no fígado, intestino e circulação (forma imatura) Torna-se madura interagindo com QM e VLDL METABOLISMO DA PARTÍCULA DE HDL Transporte dos lipídios provenientes dos tecidos extra-hepáticos para o fígado (transporte reverso do colesterol) Formadas no fígado, intestino e circulação (forma imatura) Torna-se madura interagindo com QM e VLDL V Diretriz Brasileira De DislipiDemias e preVenção Da aterosclerose, 2013. Valores de Referência para Adultos > 20 anos Anemias: Causa Dentre os vários elementos essenciais... • Ferro • Folatos • Vitamina B12 ...são os mais significativos para a manutenção da eritropoiese normal. A carência destes desencadeiam os quadros anêmicos, associados a múltiplos fatores, de maior incidência na população. 1. Anemia Ferropriva A anemia ferropriva ocorre quando as reservas de ferro do organismo tornam-se insuficientes para manter a eritropoiese e, conseqüentemente, a concentração normal de Hb no sangue. É considerada um problema de Saúde Pública no Brasil e no mundo, devido a ↑ prevalência. É a principal anemia. Causas da Anemia Ferropriva Harrison Medicina Interna. 17ª ed. McGraw Hill, 2008. Quantidade de Eritrócitos Quantidade normal de glóbulos vermelhos Quantidade de glóbulos vermelhos indicativa de anemia O que Acontece na Anemia... Como se desenvolve a anemia por deficiência de Fe A anemia por carência de Fe normalmente manifesta-se de forma gradual, por etapas. Os sintomas aparecem nas fases mais avançadas. à Fase 1: perda de Fe > Fe ingerido, desgastando as reservas. Os valores de ferritina do sangue (proteína que armazena Fe) ↓ progressivamente. à Fase 2: como as reservas de Fe esgotadas não cumprem com as necessidades dos g lóbulos vermelhos em desenvolvimento, ↓ produção de glóbulos vermelhos. à Fase 3: a anemia começa a desenvolver-se. No início, os glóbulos vermelhos parecem normais, mas o seu número é ↓. Hb e Ht ↓. à Fase 4: a medula óssea tenta compensar a falta de Fe ↑ a divisão celular e produzindo glóbulos vermelhos muito pequenos (microcíticos), típicos da anemia por déficit de Fe. à Fase 5: à medida que a deficiência de Fe e a anemia se intensificam, pioram os sintomas da anemia. Como se desenvolve a anemia por deficiência de Fe Exames Laboratoriais Hematócrito Num volume determinado de sangue, o volume total de glóbulos vermelhos é conhecido como hematócrito. Quando há anemia, o hematócrito encontra-se diminuído por causa da falta de glóbulos vermelhos. Valores de Referência Homens: 40- 54% Mulheres: 38-47% Exames Laboratoriais § No hemograma, observar série vermelha (hemácias, Hb, Ht, VCM, HCM, CHCM, RDW) §Hemoglobina: proteína dos glóbulos vermelhos que contém Fe e que o carrega para todas as partes do corpo (H: 13,5-18 g/dL; M: 12-16 g/dL) § Ferro sérico: equilíbrio entre a entrada e saída do íon na circulação (absorção x estoque) (H: 65-175 mcg/dL; M: 50-170 mcg/ dL) § Ferritina: reflete a reserva corporal total de Fe (H: 36-262 mcg/L; M: 24-155 mcg/L) Valores de Referência (em vermelho) Exames Laboratoriais § Capacidade total de ligação do Fe: transferrina é a proteína que carrega Fe no sangue. Este teste mede quanta transferrina no sangue não está carregando Fe. Na anemia ferropriva, os níveis de transferrina e de capacidade total de ligação do Fe estão ↑. Isso indica baixo nível de Fe disponível para produzir glóbulos vermelhos (H e M: 250-425 mcg/dL) § Saturação da Transferrina (%): Fe sérico / capacidade total de ligação do Fe. A combinação de ↓ Fe sérico + ↑ capacidade total de ligação do Fe = ↓ saturação de Fe à pouco Fe está disponível para sintetizar glóbulos vermelhos (H: 20-50%; M: 15-50%) Valores de Referência (em vermelho) 2. Anemia por Deficiência de Folato • O folato é uma vitamina hidrossolúvel do complexo B (B9), presente naturalmente em alguns alimentos. O ácido fólico é a forma sintética do folato, encontrada nos suplementos e adicionada aos alimentos fortificados. • Necessário para a maturação dos glóbulos vermelhos no sangue • Uma das deficiências vitamínicas mais comuns Causas de Anemia por Deficiência de Folato - Déficit de ingestão Desnutrição, idosos, alcoolismo - Déficit de absorção Doenças intestinais inflamatórias - Antagonistas da absorção ACO, álcool, anticonvulsivantes, metformina, metotrexato... - Aumento da utilização Gravidez, lactação, estirão do crescimento, neoplasias, dermatites... Anemia por Deficiência de Folato: Sinais e Sintomas ü Os sintomas iniciais da deficiência de folato não são específicos e podem incluir cansaço, irritabilidade e perda de apetite. ü A deficiência grave leva quase sempre, num curto espaço de tempo, a uma anemia megaloblástica, doença na qual a medula óssea produz glóbulos vermelhos gigantes e imaturos. ü Na deficiência aguda pode haver perda de apetite, dor abdominal, náuseas e diarréia, úlceras dolorosas na boca e na faringe; podem ocorrer alterações de pele e perda de cabelo. ü Os sintomas comuns de uma deficiência crônica são o cansaço e a perda de energia e de vontade. Pode ocorrer uma sensação de boca e língua doridas. Anemia por Deficiência de Folato: Sinais e Sintomas ü A deficiência durante a gravidez pode resultar em parto prematuro e/ou malformação do feto. ü Nas crianças, o crescimento pode ser retardado e a puberdade atrasada. ü A deficiência de folato tem também sido associada com problemas neurológicos, tais como demência e depressão. ü Evidências apontam que a deficiência de folato ↑ os níveis de homocisteína, um marcador de risco CV. Anemia por Deficiência de Folato Harrison Medicina Interna. 17ª ed. McGraw Hill, 2008. Spina Bífida 80-90% dos casos de Spina bífida apresentam Hidrocefalia Anemia por Deficiência de Folato: Diagnóstico Harrison Medicina Interna. 17ª ed. McGraw Hill, 2008. ü Sinais e sintomas clínicos ü Exames laboratoriais - Dosagem de folato - Homocisteína -Morfologia celular: anisocitose à macrocitose 3. Anemia por Deficiência de Vitamina B12 § A anemia por deficiência de B12 (anemia perniciosa) é uma anemia megaloblástica produzida pela absorçãoinadequada dessa vitamina. § Esta vitamina normalmente é absorvida no íleo. Para que seja absorvida, deve combinar-se com o fator intrínseco, uma proteína produzida no estômago, que depois transporta a vitamina até ao íleo e a ajuda a atravessar a sua parede e a passar para o sangue. Sem o factor intrínseco, a B12 permanece no intestino e é excretada na matéria fecal. § Na anemia perniciosa, o estômago não produz o factor intrínseco, a B12 não é absorvida e origina-se a anemia mesmo quando se ingerem grandes quantidades desta vitamina com os alimentos. Anemia por Deficiência de Vitamina B12 Vitamina B12 proveniente da dieta O HCl separa a B12 da proteína a qual ela está ligada no alimento. As células parietais do estômago produzem o FI O complexo B12-FI viaja ao longo do intestino Intestino Grosso Intestino Delgado No íleo, realiza-se a absorção do complexo Causas de Anemia por Deficiência de Vitamina B12 - Déficit de ingestão vegan restrito - Déficit de absorção Gastrectomia Gastrite auto-imune Insuficiência pancreática Doença/ressecção ileal Anemia por Deficiência de B12: Sinais e Sintomas ü Constipação ü Perda de peso ü Confusão mental ü Demência ü Depressão ü ↓ memória ü Danos importantes ao SN Anemia por Deficiência de B12: Diagnóstico ü Sinais e sintomas clínicos ü Exames laboratoriais - Dosagem de B12 Valores de Referência Normal: > 300 ng/L Limítrofe: até 300 ng/L Deficiente: < 190 ng/L Diretrizes SBD 2013-2014. ADA Position Statement 2014. Standards of Medical Care in Diabetes. GLICEMIA DE JEJUM 9 2013-2014 Diretrizes SBD INTRODUÇÃO A evolução para o diabetes mellitus tipo 2 (DM2) ocorre ao longo de um período de tempo variável, passando por estágios intermediários que rece- bem a denominação de glicemia de jejum alterada e tolerância à glicose di- minuída. Tais estágios seriam decor- rentes de uma combinação de resis- tência à ação insulínica e disfunção de célula beta. No diabetes mellitus tipo 1 (DM1), o início geralmente é abrupto, com sintomas indicando de maneira contundente a presença da enfer- midade.1,2 O critério diagnóstico foi modifica- do, em 1997, pela American Diabetes Association (ADA), posteriormente aceito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Sociedade Brasilei- ra de Diabetes (SBD).1,2 As modificações foram realizadas com a finalidade de prevenir de manei- ra eficaz as complicações micro e ma- crovasculares do DM.3-5 Atualmente são três os critérios aceitos para o diagnóstico de DM com utilização da glicemia (Quadro 1): Sintomas de poliúria, polidipsia e ?? perda ponderal acrescidos de gli- cemia casual > 200 mg/d?. Com- preende-se por glicemia casual aquela realizada a qualquer hora do dia, independentemente do horário das refeições (A).1,2 Glicemia de jejum ≥ 126 mg/d?? ? (7 mmol/?). Em caso de pequenas Métodos e critérios para o diagnóstico do diabetes mellitus QUADRO 1 Valores de glicose plasmática (em mg/d?) para diagnóstico de diabetes mellitus e seus estágios pré-clínicos CATEGORIA JEJUM* 2 H APÓS 75 G DE GLICOSE CASUAL** Glicemia normal < 100 < 140 Tolerância à glicose diminuída > 100 a < 126 ≥ 140 a < 200 Diabetes mellitus ≥ 126 ≥ 200 ≥ 200 (com sintomas clássicos)*** *O jejum é de"nido como a falta de ingestão calórica por no mínimo 8 horas; **Glicemia plasmática casual é aquela realizada a qualquer hora do dia, sem se observar o intervalo desde a última refeição; ***Os sintomas clássicos de DM incluem poliúria, polidipsia e perda não explicada de peso. Nota: O diagnóstico de DM deve sempre ser con"rmado pela repetição do teste em outro dia, a me- nos que haja hiperglicemia inequívoca com descompensação metabólica aguda ou sintomas óbvios de DM. elevações da glicemia, o diagnósti- co deve ser confirmado pela repe- tição do teste em outro dia (A).1,2 Glicemia de 2 horas pós-sobrecar-?? ga de 75 g de glicose > 200 mg/d? (A).1,2 O teste de tolerância à glicose deve ser efetuado com os cuidados preconi- zados pela OMS, com coleta para dife- renciação de glicemia em jejum e 120 minutos após a ingestão de glicose. É reconhecido um grupo interme- diário de indivíduos nos quais os níveis de glicemia não preenchem os critérios para o diagnóstico de DM. São, entre- tanto, muito elevados para serem con- siderados normais.7 Nesses casos foram consideradas as categorias de glicemia de jejum alterada e tolerância à glicose diminuída, cujos critérios são apresen- tados a seguir. GLICEMIA DE JEJUM ALTERADA Glicemia de jejum > 100 mg/d?? ? e < 126 mg/d?. Esse critério ainda não foi oficializado pela OMS, po- rém já existe uma recomendação da Federação Internacional de Dia- betes (IDF) acatando o ponto de corte para 100 mg/d?. Tolerância à glicose diminuída. ?? Ocorre quando, após uma sobre- carga de 75 g de glicose, o valor de glicemia de 2 horas situa-se entre 140 e 199 mg/d? (B).2-6 O método preferencial para deter- minação da glicemia é sua aferição no plasma. O sangue deve ser coletado em um tubo com fluoreto de sódio, centrifugado, com separação do plas- ma, que deverá ser congelado para posterior utilização. Caso não se dispo- Diretrizes SBD-01.indd 9 20/9/2013 10:11:55 ADA inclui HbA1C ≥ 6,5% como critério diagnóstico! GLICEMIA CAPILAR Mostra nível glicêmico do momento = SALDO ATUAL ❋ 3 ou mais vezes/dia nos pacientes em tratamento com múltiplas doses de insulina ou em uso de bomba de infusão ❋ Em pacientes que fazem tratamento insulínico menos frequente ou terapia não- insulínica, a glicemia capilar pode ser útil como um guia para o manejo adequado A1C Mostra média de nível glicêmico PREGRESSO dos últimos 2-4 meses = SALDO MÉDIO ❋ Realizar pelo menos 2 vezes ao ano em pacientes os quais atingem os objetivos do tratamento (e naqueles com controle glicêmico estável) (E) ❋ Realizar a cada 3 meses em pacientes os quais NÃO atingem os objetivos do tratamento vigente (E) ?? ????????????????????????????????????????????????? ?????????????????????????????????????????????????? ???????????????????????????????????????????????????????????????????? ????????????????????????????????????????????????????????????????????? ????????????????????????????????????????????????????????????? ??????????????????????????????????????????????????????????????????? ?????????????????????????????????????????????????????????????? ???? ????????????????????????????????????????????????????????????????????? ????????????????????????? ??? ????????????????? ?????????????????????????????????????????????? ???????????????????????????????????????????????????????????????? ???????????????????????????????????????????????????????????????? ?????????????????????????????????????????????????????????????? ?????????????????????? ???????????????????????? ????????????????????????? ??????????????????????? ??????????????????????????????????????????????????????????????????? ??????????????????????????????????????????????????????????????????? ?????????????????????????????????????????????????????????????????? ?????????????????????????????????????????? ???????????????????????????????? ? ?????????????????????????????? ?????????????????????????????????????????????????????????????????? ????????????????????????????????????????????????????????????????? ???????????? ?????????????????????????????????????????? ???????????? ??????????????????????????????????????????????????????????????????? 1 mês antes 2 meses antes 3 meses antes 4 meses antes Adaptada de referência 11. Data da coleta de sangue para o teste de A1C 50% 25% 25% Impacto das glicemias mais recentes vs. as mais antigas sobre os níveisde A1C Translating the A1C Assay into Estimated Average Glucose Values years and older using intensive insulin therapy and CGM experienced a 0.5% re- duction in A1C (from ;7.6–7.1%) com- pared with usual intensive insulin therapy with SMBG (56). Sensor use in children, teens, and adults to age 24 years did not result in significant A1C lowering, and there was no significant difference in hypoglyce- mia in any group. Importantly, the greatest predictor of A1C lowering in this study for all age-groups was frequency of sensor use, which was lower in younger age-groups. In a smaller RCT of 129 adults and children with baseline A1C,7.0%, outcomes com- bining A1C and hypoglycemia favored the group utilizing CGM, suggesting that CGM is also beneficial for individuals with type 1 diabetes who have already achieved excel- lent control (57). A recent RCT of 120 children and adults with type 1 diabetes with baseline A1C ,7.5% showed that real-time CGM was associated with reduced time spent in hypoglycemia and a small but significant decrease in A1C compared with blinded CGM (58). A trial comparing CGM plus insulin pump to SMBG plus multiple in- jections of insulin in adults and children with type 1 diabetes showed significantly greater improvements in A1C with “sen- sor augmented pump” therapy (59,60), but this trial did not isolate the effect of CGM itself. Although CGM is an evolving technology, these data suggest that, in ap- propriately selected patients who are mo- tivated to wear it most of the time, it may offer benefit. CGM may be particularly useful in those with hypoglycemia un- awareness and/or frequent episodes of hy- poglycemia, and studies in this area are ongoing. CGM forms the underpinning for the development of pumps that sus- pend insulin delivery when hypoglycemia is developing as well as for the burgeoning work on “artificial pancreas” systems. b. A1C Recommendations c Perform the A1C test at least two times a year in patients who are meeting treat- ment goals (and who have stable glyce- mic control). (E) c Perform the A1C test quarterly in pa- tients whose therapy has changed or who are not meeting glycemic goals. (E) c Use of point-of-care (POC) testing for A1C provides the opportunity for more timely treatment changes. (E) Because A1C is thought to reflect average glycemia over several months (55), and has strong predictive value for diabetes complications (61,62), A1C test- ing should be performed routinely in all patients with diabetes, at initial assessment and then as part of continuing care. Mea- surement approximately every 3 months determines whether a patient’s glycemic targets have been reached and maintained. For any individual patient, the frequency of A1C testing should be dependent on the clinical situation, the treatment regimen used, and the judgment of the clinician. Some patients with stable glycemia well within target may do well with testing only twice per year, while unstable or highly intensively managed patients (e.g., pregnant type 1 women) may be tested more frequently than every 3 months. The availability of the A1C result at the time that the patient is seen (POC testing) has been reported in small studies to result in increased intensification of therapy and improvement in glycemic control (63,64). However, two recent sys- tematic reviews and meta-analyses found no significant difference in A1C between POC and laboratory A1C usage (65,66). The A1C test is subject to certain limitations. Conditions that affect eryth- rocyte turnover (hemolysis, blood loss) and hemoglobin variants must be consid- ered, particularly when the A1C result does not correlate with the patient’s clinical situation (55). In addition, A1C does not provide ameasure of glycemic variability or hypoglycemia. For patients prone to glyce- mic variability (especially type 1 patients, or type 2 patients with severe insulin de- ficiency), glycemic control is best judgedby the combination of results of SMBG testing and the A1C. The A1C may also serve as a check on the accuracy of the patient’smeter (or the patient’s reported SMBG results) and the adequacy of the SMBG testing schedule. Table 8 contains the correlation be- tween A1C levels andmeanplasma glucose levels based on data from the international A1C-Derived Average Glucose (ADAG) tri- al utilizing frequent SMBG and CGM in 507 adults (83% Caucasian) with type 1, type 2, and no diabetes (67). ADA and the American Association of Clinical Chemists have determined that the correlation (r 5 0.92) is strong enough to justify reporting both an A1C result and an estimated aver- age glucose (eAG) result when a clinician orders the A1C test. The table in pre-2009 versions of the “Standards of Medical Care in Diabetes” describing the correlation be- tween A1C and mean glucose was derived from relatively sparse data (one 7-point profile over 1 day per A1C reading) in the primarily Caucasian type 1 participants in the DCCT (68). Clinicians should note that the numbers in the table are now different, as they are based on ;2,800 readings per A1C in the ADAG trial. In the ADAG study, there were no sig- nificant differences among racial and ethnic groups in the regression lines between A1C and mean glucose, although there was a trend toward a difference between African/ African American and Caucasian partici- pants. A small study comparing A1C to CGM data in type 1 children found a highly statistically significant correlation between A1C and mean blood glucose, although the correlation (r 5 0.7) was sig- nificantly lower than in theADAG trial (69). Whether there are significant differences in how A1C relates to average glucose in chil- dren or in African American patients is an area for further study. For the time being, the question has not led to different recom- mendations about testing A1C or to differ- ent interpretations of the clinical meaning of given levels of A1C in those populations. For patients in whom A1C/eAG and measured blood glucose appear discrep- ant, clinicians should consider the possi- bilities of hemoglobinopathy or altered red cell turnover, and the options of more frequent and/or different timing of SMBG or use of CGM.Other measures of chronic glycemia such as fructosamine are avail- able, but their linkage to average glucose and their prognostic significance are not as clear as for A1C. 2. Glycemic goals in adults Recommendations c Lowering A1C to below or around 7% has been shown to reducemicrovascular Table 8dCorrelation of A1C with average glucose A1C (%) Mean plasma glucose mg/dL mmol/L 6 126 7.0 7 154 8.6 8 183 10.2 9 212 11.8 10 240 13.4 11 269 14.9 12 298 16.5 These estimates are based on ADAG data of ;2,700 glucose measurements over 3 months per A1C mea- surement in 507 adults with type 1, type 2, and no diabetes. The correlation between A1C and average glucose was 0.92 (ref. 67). A calculator for converting A1C results into eAG, in either mg/dL or mmol/L, is available at http://professional.diabetes.org/eAG. S18 DIABETES CARE, VOLUME 35, SUPPLEMENT 1, JANUARY 2012 care.diabetesjournals.org Position Statement A1C ?? ??????????????????????????????????????????????????????????? ?????? ?????????????????????? ???????????????????????????????????????????????????????????????????????? ???????????????????????????????????????????????????????????????????? ?????????????????????????????????????????????????????????????????????? ??????????????????????????????????????????????????????????????????????? ??????????????????????????????????????????????????????????????????????? ??????????????????????????????????????????????????????????????????????? ?????????????????????????????????????? ?????????????????????????????????? ?????????????????????????????????? ????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????? ??????????????????????????????????????????????????????????????????? ???????????????????????????????????????????????????????????????? ????????????????????????????????????? ?????????????????????????????????????????????????????????????????????? ??????????????????????????????????????????????????????????????????????? ??????????????????????????????????????????????????????????????????? ??????????? ??? ????? ????????????????????????????????????? ????? ???? ???????????????????????????????????????????????????????????????? ?????????????????????????? ???????????????????? ???????????????????? ?????????????????????? ????????????????????????? 13 12 11 10 9 8 7 6 5 0 2 4 Semanas N ív el d e A 1c ( % ) 6 8 10 12 Taxa de redução de A1C em pacientes bem controlados com tratamento adequado Lembrar que os níveis de A1C não retornam ao normal imediatamente após a normalização dos níveis de glicose sanguínea... METAS LABORATORIAIS Diretrizes SBD 2013-2014. CONCLUSÕES - Marcadores laboratoriais do EN: medidas objetivas que podem sofrer influência de múltiplos fatores (idade, gênero, etnia, estado fisiológico, gestação, lactação, medicamentos...) - Na prática, sempre associar vários indicadores do EN (um único parâmetro não caracteriza o EN do indivíduo): exames bioquímicos + exame físico + história dietética + antropometria... - Interpretação dos exames laboratoriais: individualizada, considerando cada condição clínica e sua repercussão no EN do paciente. Leitura Obrigatória! Capítulo 8: Avaliação Bioquímica do Estado Nutricional
Compartilhar