Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
12/03/2013 1 Prevenção de lesões no esporte Lesão Extrínseca Intrínseca Características biológicas, individuais e psicossociais Meio ambiente Fatores externos Controle neuromuscular (Lephart, Swanik e Fu in: Prentice, 2002) Objetivo • Integrar as sensações periféricas com relação às cargas sobre as articulações e processar esses sinais em respostas motoras coordenadas. Atividade muscular Protege estruturas articulares das tensões excessivas Fornece mecanismo profilático à reincidência de lesão (Lephart, Swanik e Fu in: Prentice, 2002) “Os mecanorreceptores periféricos das estruturas articulares e tenomusculares fazem a mediação do controle neuromuscular, transmitindo informações sobre o movimento e a posição articular para o indivíduo”. (Lephart, Swanik e Fu in: Prentice, 2002) Estruturas articulares (cápsula, ligamentos, meniscos, lábio) Estabilizar e Orientar as estruturas Esqueléticas. Proporcionar restrição Mecânica aos movimentos Articulares anormais. Papel sensorial, essencial para detectar o movimento e o posicionamento articular (Lephart, Swanik e Fu in: Prentice, 2002) 12/03/2013 2 Controle neuromuscular • Propriocepção: percepção consciente e inconsciente do posicionamento articular. • Cinestesia: Sensação do movimento ou da aceleração articular. • Controle Neuromuscular: resposta eferente (motora) à informação sensorial. – Controle neuromuscular por feed-forward: inclui um planejamento dos movimentos baseado nas informações sensoriais de experiências passadas. Responsáveis pela atividade muscular preparatória. – processo de feedback: regula, de maneira contínua, o controle motor por meio das vias reflexas. Relacionados com a atividade muscular reativa. (Lephart, Swanik e Fu in: Prentice, 2002) PROPRIOCEPÇÃO • Latim: próprio, de alguém ceptive, receber • Responsável por 2 aspectos da sensação da posição do corpo: 1 – estática – proporciona orientação consciente de uma parte do corpo em relação a outra 2 – dinâmica – informa o sistema neuromuscular da quantidade de direção do movimento. “Processo neuromuscular complexo que envolve sensações aferentes e eferentes, permitindo ao corpo manter estabilidade e orientação durante as atividades estáticas e dinâmicas” (Peccin e Pires, 2004). Receptores Articulares 1. Terminações de Ruffini: - cápsula articular superficial - sinalizam os extremos do limite articular - responde ao movimento passivo 2. Corpúsculos de Pacini: - camadas profundas da cápsula articular e coxins adiposos - movimentos articulares rápidos (aceleração e desaceleração) 3. Receptores dos ligamentos: - sinalizam tensão (extremos da amplitude articular) - posição e direção dos movimentos 4. Terminações nervosas livres: inflamação Fisiologia dos receptores articulares • “Funcionam como transdutores da deformação mecânica do tecido para sinais neurais. Um aumento na deformação é codificado por um aumento na descarga aferente ou pelo aumento do número de mecanorreceptores ativados. Os sinais fornecem informações sensoriais sobre as forças internas e externas que estão atuando sobre a articulação”. Classificação: » Mecanorreceptores de adaptação rápida (AR) – cessam a descarga pouco depois do início do estímulo; » Mecanorreceptores de adaptação lenta (AL) – continuam a descarga enquanto o estímulo estiver presente. (Lephart, Swanik e Fu in: Prentice, 2002) Receptores Articulares 1. Terminações de Ruffini (baixo limiar/adaptação lenta – sempre ativo estático e dinâmico) 2. Corpúsculos de Pacini (baixo limiar/adaptação rápida – apenas dinâmico) 3. Receptores dos ligamentos (limiar alto e adaptação lenta) 4. Terminações nervosas livres (não ativo em circunstâncias normais – localizados na cápsular art., periósteo, bolsas gordurosas articulares) 12/03/2013 3 • Receptores de AR fornecem informações cinestésicas conscientes e inconscientes em resposta ao movimento articular ou à aceleração. • Receptores de AL fornecem uma resposta contínua – informações proprioceptivas quanto ao POSICIONAMENTO articular (alterações da pressão intra-articular, direção, amplitude, velocidade dos movimentos). (Lephart, Swanik e Fu in: Prentice, 2002) Mecanorreceptores tenomusculares Fuso Muscular • É o órgão sensorial dos músculos • aspecto fusiforme: miniatura da fibra muscular • Localização: - ventre muscular - disposto em paralelo c/ as fibras - distribuídos difusamente nos músculos • Função: - sensíveis a variação no comprimento do músculo - à velocidade da variação do comprimento Resposta: contração reflexa do agonista (reflexo de estiramento). (Lephart, Swanik e Fu in: Prentice, 2002) ESTRUTURA: Fuso Muscular É composto: - FIBRAS INTRAFUSAIS (fibras musc. especializadas) - Região Central: não-contrátil terminações aferentes sensoriais - Região das extremidades: contrátil terminações eferentes motoras Fuso muscular Inervação das fibras intrafusais • Terminações Aferentes - Região central: Ia fibras em cadeia nuclear II fibras em saco nuclear • Terminações Eferentes Motoneurônios gama e beta 12/03/2013 4 Órgão tendinoso de Golgi - OTG • Estrutura: encapsulados e finos • 1mm de comprimento / 0,1 mm diâmetro • Localização: junção entre fibras musculares extrafusais e o tendão • Conectados em séries a um grupo de fibras • Inervação: somente uma conexão aferente ( tipo Ib) Função: informações sobre o grau de tensão muscular gerada com a alteração do comprimento muscular. Respondem tanto pela contração ativa como pelo alongamento passivo OTG RESUMO: • Fuso muscular (comprimento do músculo e velocidade com que varia esse comprimento) - Quando estimulados, produzem uma contração reflexa no músculo agonista. • OTG (detecta a tensão muscular) - Os OTGs tem efeito oposto aos dos fusos musculares ao produzir inibição reflexa (relaxamento) no músculo que está recebendo a carga. • Fornecem ao SNC as informações sobre o estado mecânico muscular Prevenir lesão depende... Prevenção de lesões • Propriocepção – possibilita que o corpo mantenha a estabilidade estática e dinâmica necessária para prevenir lesões. Propriocepção comprometida Recidiva lesões Comprometimento MM,Tendões, lig., cartilagem TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO Elementos essenciais para o restabelecimento do controle neuromuscular e estabilidade funcional • Propriocepção e cinestesia articular; • Estabilização articular dinâmica; • Controle neuromuscular reativo; • Padrões motores funcionais conscientes e inconscientes. (Lephart, Swanik e Fu in: Prentice, 2002) 12/03/2013 5 Características aferentes e eferentes que contribuem para o ajuste e manutenção do controle neuromuscular (Lephart, Swanik e Fu in: Prentice, 2002) Sensibilidade dos receptores periféricos e facilitação das vias aferentes; Rigidez muscular; Índice e magnitude da atividade muscular; Co-ativação da musculatura agonista e antagonista; Ativação muscular reflexa; Ativação discriminatória. Técnicas de reabilitação • Atividades em CCF • Treinamento de equilíbrio • Exercícios excêntricos e de alta repetição e baixa carga • Facilitação reflexa por meio de treinamento reativo• Atividades pliométricas • Treinamento por biofeedback (Lephart, Swanik e Fu in: Prentice, 2002) Reabilitação tradicional Técnicas específicas Adaptações neuromusculares responsáveis pela estabilização dinâmica ESTABILIDADE FUNCIONAL (Lephart, Swanik e Fu in: Prentice, 2002) Elementos para o restabelecimento do controle neuromuscular 1- Propriocepção e cinestesia “Restaurar as propriedades sensoriais das estruturas capsulares e ligamentares lesadas e melhorar a sensibilidade dos aferentes periféricos não envolvidos”. • Estímulo dos receptores articulares pela compressão articular – CCF • Uso de bandagens elásticas ou cinta de neoprene (Lephart, Swanik e Fu in: Prentice, 2002) 2- Estabilização dinâmica “Estímular a co-ativação preparatória do agonista e do antagonista” • Exercícios de equilíbrio e pliométricos (atividade muscular reativa) • CCF – co-ativação muscular e compressão articular. (Lephart, Swanik e Fu in: Prentice, 2002) Elementos para o restabelecimento do controle neuromuscular 3- Controle neuromuscular reativo “Gerar perturbações articulares inesperadas, estimulando a estabilização reflexa”. exercícios de equilíbrio e pliométricos (Lephart, Swanik e Fu in: Prentice, 2002) Elementos para o restabelecimento do controle neuromuscular 12/03/2013 6 4- Atividades funcionais • Restauração da estabilidade funcional e dos padrões de movimento específicos para o esporte. • Avaliação do atleta através de testes funcionais • Incluem todos os recursos disponíveis para estimular os aferentes periféricos, a co- ativação muscular o controle motor reflexo e pré programado. (Lephart, Swanik e Fu in: Prentice, 2002) Elementos para o restabelecimento do controle neuromuscular Tabela 6.1 Elementos, técnicas de reabilitação e as características aferentes/eferentes necessários para a restauração da propriocepção e do controle neuromuscular • TABELA RESUMO CONTROLE NEUROMUSCULAR.docx Técnicas para extremidades inferiores Treinamento proprioceptivo Treinamento proprioceptivo 12/03/2013 7 Balancer – plataforma instável de alto grau de dificuldade. Nível 4 e 5 da EAD Slide board – treino de velocidade e controle lateral (esquiadores, tenistas, jogadores de basquete...) níveis 4 e 5 da EAD Atos – progressão do Slide board. Nível 6. 12/03/2013 8 Técnicas para extremidades superiores 12/03/2013 9 Deslocamento frontal e lateral com resistência elástica. 12/03/2013 10 Propriocepção da coluna vertebral Treinamento de movimentos da pelve cm estabilização de tronco Ponte com apoio de tronco na bola suiça Ponte com apoio bipodal Ponte com apoio unipodal Estabilização dinâmica com coluna apoiada em superfície instável Estabilização dinâmica com coluna apoiada em superfície instável durante movimento de membros 12/03/2013 11 Estabilização dinâmica – desenvolvimento da percepção do corpo com uso da bola a – região sacral. B – região lombar A B Estimulação sensorial exteroceptiva para alinhamento do tronco AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO Márcia Regina da Silva Avaliação subjetiva AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO ESTÁTICO • Teste de Romberg – falta de sensibilidade e objetividade • Avaliação do apoio unipodal (olhos abertos e olhos fechados) • Teste Tandem Romberg (Guskiewicz, 2002) Avaliação subjetiva AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO SEMIDINÂMICO E DINÂMICO • Testes funcionais de alcance • Testes de agilidade cronometrados – teste da figura 8, teste carioca, hop tests • Teste de Bass para o Equilíbrio dinâmico • T-Band Kicks • Marcha cronometrada na trave de equilíbrio – olhos abertos e olhos fechados (Guskiewicz, 2002) Avaliação objetiva Sistemas estáticos • Chattecx Balance System • EquiTest • Plataforma de força • Pro Balance Master • Smart Balance Master Sistemas dinâmicos (Além dos acima citados) • Biodex Stability System • EquiTest com EMG • Kinesthetic Ability Trainer (KAT) (Guskiewicz, 2002) 12/03/2013 12 Balance master EquiTest Chattecx Balance System Balance master com placa de força Kat 12/03/2013 13 Técnica de estabilização de 4 apoios 12/03/2013 14 Técnica de estabilização de 3 apoios com resistência manual multidirecional Estabilização escapular unilateral 12/03/2013 15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • Cohen, M; Abdalla, R.J. Lesões nos esportes: diagnóstico, prevenção e tratamento. 1 ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2003 • Prentice, W. Técnicas de Reabilitação em Medicina Esportiva. São Paulo: Manole, 2002 (Capítulos 06 e 07). • Souza, A. Propriocepção. 1ª ed. Rio de janeiro: Medsi, 2004. Referências bibliográficas • Guskiewicz, KM. In: Prentice, W. Técnicas de Reabilitação em Medicina Esportiva. São Paulo: Manole, 2002. • Voightt, M; Tippett, M. In: Prentice, W. Técnicas de Reabilitação em Medicina Esportiva. São Paulo: Manole, 2002. • Tyler, TF; Cuoco, A. in: Andrews, JR; Harrelson, GL; Wilk, KE. Reabilitação física do atleta. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
Compartilhar