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1. Princípios de Preparo Geral

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Princípios de Preparo
Para a confecção de peças protéticas eficientes, é necessário que se leve em conta certos princípios, que regem a adequação mecânica e biológica na prótese. Desse modo, o sucesso desse procedimento, dependerá da longevidade desta peça, dá saúde pulpar e periodontal mantidas e da satisfação do paciente. Assim, temos:
Princípios mecânicos
Retenção
A retenção de uma prótese é dada pela resistência ao movimento, seja ele gengivo-axial ou gengivo-oclusal, frente a uma força de tração, lembrando que estas forças são resultantes dos ciclos mastigatórios.
Assim, o clínico vale-se de certos princípios que garantam a estabilidade da prótese, tornando o preparo retentivo suficiente para reter a peça, mas também com características expulsivas que permitam a adaptação da prótese e o escoamento do cimento (a falta de escoamento lava ao desajuste oclusal e cervical).
A principal área de retenção encontrada é a área de retenção friccional, dada pela superfície externa do dente e interna da prótese. É uma região no terço cervical, determinada pela primeira inclinação do preparo, de 2 a 5º. Este quase paralelismo confere ao preparo a retenção suficiente. A expulsividade necessária é dada no terço médio e oclusal, onde é encontrada a segunda inclinação, de 5 a 10º. É uma inclinação que além de promover certa conicidade, procura devolver a morfologia anatômica de cada dente.
Os fatores de retenção podem estar relacionados também com as dimensões da coroa clínica. Assim, coroas clínicas curtas, cuja área de retenção friccional é curta, muitas vezes necessitam de manobras de retenção, como aumento de coroa clínica ou a confecção de sulcos e canaletas (determinam um passo único de inserção). Ao contrário das coroas longas, que pela extensa área de retenção, necessitam de uma maior convergência oclusal. Desse modo, temos que quanto maior a área do dente, melhor é a retenção.
A retenção pode ser influenciada também pela textura do preparo. Uma superfície mais rugosa produz maior retenção. Entretanto, uma superfície mais lisa facilita o processo de moldagem.
Resistência e estabilidade
Refere-se a capacidade de resistir aos movimentos de rotação frente a forças obliquas. Ressalta-se que quando a prótese é submetida a movimentos de rotação, tende a submeter o cimento a forças de cisalhamento, as quais favorecem a desintegração dos agentes cimentantes. As paredes do preparo, tangenciadas pela força de deslocamento, funcionam como uma área de resistência ao deslocamento.
Vários são os fatores que estão relacionados com a resistência:
Magnitude e direção da força
Área do dente (quando a largura é maior q a altura, há mais chances de rotação, pela formação de um eixo maior)
Integridade do dente preparado
Rigidez estrutural
O preparo deve ser confeccionado de acordo com o material a ser utilizado. Desse modo, cada material exigirá uma quantidade determinada de desgaste, a qual deve ser suficiente para promover a resistência do composto escolhido.
Integridade Marginal
Permite que haja uma correta adaptação na interface dente/prótese. Talvez um dos fatores mais importantes, pois quando bem atendida, previne ocorrência de cáries recorrentes e o desenvolvimento de doenças periodontais. Lembrando que nunca a prótese deve oferecer sobrecontornos e nem invadir o espaço biológico.
Princípios Biológicos 
Preservação do órgão pulpar
As coroas totais são mais propensas a causar danos pulpares, uma vez que á uma extensão maior de exposição dos túbulos dentinários. Desse modo, deve haver o equilíbrio da quantidade de desgaste, evitando injúrias pulpares (excessivo) ou sobrecontornos e baixa resistência (insuficiente).
A preservação do órgão pulpar permite que a prótese e o remanescente dentário possuam resiliência (pela hidratação do fluido dentino pulpar) suficiente para suportar as cargas mastigatórias.
Preservação da saúde periodontal
A peça protética deve permitir uma adaptação marginal tal que não danifique o tecido periodontal e permita uma fácil higienização. Este é o caso de preparos supra-gengivais. Sua desvantagem é o requisito estético.  Adaptações subgengivais também são preferíveis frente a casos especiais, como: fraturas e cáries com extensão subgengival, aumento da retenção em dentes com coroa clínica curta, casos de grande exigência estética, pacientes de alto risco á cárie e outros. Este último fator deve-se ao fato de que a região sulcular, pela presença constante do fluido gengival, é uma região praticamente imune ao desenvolvimento da cárie.
Estética
Além dos fatores inerentes a peça protética, como cor, forma, contorno anatômico, a estética é favorecida também quando o paciente apresenta uma saúde periodontal satisfatória.

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