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AMELOGÊNESE E ESMALTE

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AMELOGÊNESE E ESMALTE 4l6
Relembrando: O germe dentário na fase de sino possui o epitélio externo do órgão do esmalte, retículo estrelado, estrato intermediária, epi interno do órgão do esmalte, alça cervical e bainha de Hertwig (origina a raiz do dente). Na fase avançada de sino, de coroa, ocorre a formação dos tecidos mineralizados: dentina e esmalte. 
Descrição de uma imagem: Observa-se a dentina e o esmalte cheio de “risquinhos”, chamados de prisma do esmalte, que tem como função entender a natureza do dente (ex: dente fraco) através do processo de mineralização (guarda informações).
Esmalte: O esmalte localiza-se na coroa dentária. Em sua maior espessura, distância entre a ponta da cúspide até a junção amelo-dentinária, tem 2mm.
Translucidez do esmalte: É um tecido extremamente cristalino. Quando se coloca a luz no dente ela passa pelo esmalte e se consegue ver a cor da dentina subjacente. Quando a luz encontra uma área com menos mineral é revelado visualmente como uma área branca. Essas lesões brancas podem ter origens e consequências diferentes, não necessariamente cárie.
Amelogênese: Acontece em duas etapas: secreção de uma matriz orgânica (não é colagenosa pois o esmalte não tem origem conjuntiva. A origem do esmalte é epitelial ectodérmica) e maturação (mineralização do tecido). Inicialmente é um tecido 30% mineral com cristais de hidróxi-apatita bem finos, e a medida que o fosfato e cálcio vão sendo depositados naquela matriz vai aumentando os cristais inicialmente depositado. Vai acontecer a medida que no epi interno do órgão do esmalte, as células cilíndricas baixas forem se diferenciando em células cilíndricas mais altas
Ciclo biológico do ameloblasto: Ciclo que varia na sua morfologia. É a mesma célula. Ameloblasto se modifica a medida que a matriz é produzida e mineralizada, a célula vai determinar a formação desse esmalte em uma estrutura muito bem determinada denominada prisma do esmalte. A amelogênese é dividida em etapas: Morfogenética, diferenciação, secretória, maturação e proteção A morfognética vai acontecendo a medida que não houve ainda a produção da matriz, ou seja, a secreção de qualquer matriz do esmalte. Vai influenciar na diferenciação. Fase de sino, células do epitélio interno começam a se diferenciar mas não houve secreção ainda da matriz, denomina-se pré-ameloblasto, existe a inversão de polaridade. Nessa fase se está na morfogenética e na fase de diferenciação
A medida que o ameloblasto termina sua diferenciação, já existe uma camada de dentina e os odontoblastos também estão presentes. Então a secreção da matriz orgânica, terá inicio na ponta da futura cúspide para as regiões cervicais. Ocorre o processo de polarização celular (inversão de polos, mudança de localização dos núcleos nas células) que dará origem aos pré-ameloblastos. Na fase de pré-ameloblasto as células (pares de pré-ameloblastos) multiplicam muito as suas organelas, principalmente o complexo de golgi e retículo endoplasmático granular, porque são responsáveis pela síntese de proteínas. Essa multiplicação é devido a célula se tornar um ameloblasto secretor, produtor de vários componentes daquela matriz. A diferenciação final acontece quando existe a degradação da lâmina basal, faz com que as células da papila se diferenciem em odontoblastos, produção da primeira camada da dentina e termina a diferenciação para a produção dessa matriz orgânica. Então primeiro vem a dentina para depois vir o esmalte. Os ameloblastos possuem prolongamentos no citoplasma, na porção distal, conhecidos como processos de Tomes. Esses processos de Tomes definem a maneira pela qual esse esmalte será formado/depositado, possui uma porção mais reta e uma porção côncava também chamadas de porção secretoras e porção não secretoras. As vesículas dentro dessas células são exocitadas pro meio externo e produzindo esses componentes da matriz, inicialmente mineralizados e vai formando estruturas que chamamos de prismas. O prisma pode ser entendido como um cilindro que percorre toda a extensão do esmalte, desde a sua junção com a dentina até a sua região mais superficial desse esmalte. Esses primas tem direções diferentes assim como os cristais que crescem dentro deles, o esmalte tem 2mm de espessura sendo quebradiço (friável), caso esses prismas e seus cristais possuíssem a mesma direção seria muito mais fácil do esmalte se quebrar. O fato dos primas e cristais terem direções diversas significa que torna esse esmalte um pouco mais resistente. A face secretora/plana do processo de Tomes e a face côncava/não secretora, a partir daqui se produz os prismas, na verdade o ameloblasto muda sua direção (ele tem seus processos de Tomes, produz o prisma, recua, muda de direção, produz outro prisma e assim sucessivamente), isso gera prismas em direção distintas e os cristais vão crescendo igualmente.
Componentes da matriz orgânica: Carboidratos lipídios e água são componentes comum em todas as matrizes o que muda são as proteínas (amelogeninas *principal proteína do esmalte*, enamelina, tufelina, ameloblastina, amelina, bainhalina). Os primas quando formados tinham um espaço entre eles onde permanece um conteúdo orgânico principalmente da bainhalina. As amelogeninas precisam ser retiradas dessa matriz para que haja mineralização. Os cristais de hidróxi-apatita não podem crescer e continuar sendo depositados se houver a presença de amelogeninas. Os cristais em forma de fita é a mineralização inicial, eles na verdade vão aumentar de volume pelo incremento de conteúdo mineral.
Fase secretora: O processo de Tomes comanda a orientação do esmalte em formação só que a primeira camada do esmalte depositada ainda não tem o processo de Tomes, esmalte aprismático. Assim como a camada mais superficial, a medida que o esmalte vai sendo formado, lá em cima, o processo de Tomes regride e a última camada também é aprismática. Ou seja, a primeira e a última não tem prismas. 
Descrição da imagem: mostra a junção da dentina e do esmalte. Esmalte com riscos que são os cilindros correspondente ao prisma dentro dos quais os cristais também crescem em direções diferentes. A união de dentina com o esmalte chama-se junção amelodentinária
Fase final da secreção: Quando a matriz tiver toda formada, desde a dentina até a sua superfície, o processo de Tomes se retrai o que gera o esmalte aprismático. Muitas vezes no processo de lesão de cárie, o inicio da lesão é tão superficial que muita gente não se da conta do inicio da lesãoO que acontece depois de toda a espessura da matriz do esmalte ter sido formada ? Os processos de Tomes desaparecem, maioria dos ameloblastos entram em apoptose os que restam diminuem de altura e de volume, para isso as organelas precisam ser degradadas. O que acontece no momento do ameloblasto de maturação? A porção distal das células são diferentes, células de borda lisa e células de borda em escova, isso tem uma influencia muito grande no processo de mineralização porque a matriz desse esmalte contem proteínas que precisam ser removidas para que o fosfato e o cálcio cheguem la. A célula de borda estriada faz a remoção do conteúdo, já a de borda lisa promove o incremento do mineral, as células tem junções entre si em locais diferentes. Essa mudança de borda lisa para borda estriada acontece cerca de 3 vezes ao dia, a cada 8 horas as células vão mudando o seu formato, desfazem as suas junções (alto custo energético), removem o conteúdo orgânico, mudam as junções celulares e entra o mineral. Se unem formando os cristais de hidróxi-apatita, são liberados cerca de 8 prótons o que acidifica o meio, para que a acidificação não solubilize o mineral tem -se o mecanismo em que o pH que ao ser alterado cai á 6.8 e quando isso ocorre, as junções das células mudam de locais, células mudam a sua borda e os tampões do nosso corpo, adentram aquela superfície e recuperam o pH. A superfície do esmalte não se mineraliza mais do que as porções mais profundas por esse desfazer das junções celulares e pela mudança de morfologia permitindo que o ions adentrem nessa matriz do esmalte.
Como o conteúdo orgânico é retirado ? A mais conhecida das enzimas que faz esse papel é de uma classe chamada metaloproteinase (MMP20/enamelisina). É a principal enzima que atua sobre as amelogeninas. A kalicreína (KLK4) atua sobre as outras proteínas que não são as amelogeninas, retirando elas do processo. Ameloblasto de borda estriada que faz esse processo de retirar. Um estudo de 2005 mostra a amelogenina como uma molécula extremamente hidrofóbica. Ao se juntar pelas suas porções hidrofóbicas conseguem formar nano-esfera, moléculas ficam grandes e podem ser visualizadas na ME. As porções hidrofílicas que impedem o incremento do cálcio e do fosfato. Uma vez que toda estrutura do esmalte esteja formada e mineralizada, passa para a fase de proteção. Os ameloblastos protetores é o que sobrou dos ameloblastos, passam a ser células bem mais baixas e cobrem o esmalte evitando que ele sofra alguma reabsorção ou que ocorra depósito de cemento sobre o esmalte.
O que aconteceu com o epitélio protetor do esmalte? Foi deslocado para a lateral e passa a compor o epitélio juncional (fica agarrado no dente)
Estrutura do esmalte: Quase 100% mineral Translúcido Extremamente permeável Depois da sua formação não se tem mais ameloblasto, “Não é possível a reparação do tecido” Os prismas tem padrão perpendicular ao da dentina e atravessam o esmalte em toda sua espessura. (Lembrar que existem 2 momentos aprismáticos) Linhas de Retzius ou incrementais (característica principal da prova prática), são as linhas de crescimento de padrão do esmalte, denotam o momento em que o ameloblasto mudou de direção. Quando a criança nasce (momento traumático) é traumático pra célula e gera uma parada na produção do esmalte, isso gera uma linha mais acentuada, linha neonatal. Na face vestibular do dente se tem o restante das linhas de Retzius denominadas pericmácios, são facilmente removidas As bandas de Hunter-Scheger são fenômenos ópticos. Quando se faz uma lâmina observa-se áreas alternadas claras e escuras. Acreditava-se que essas áreas eram hipomineralizadas porém é só um fenômeno óptivo causado pela passagem de luz que mostra prismas em planos diferentes. Professor Line fez um trabalho que descobriu a impressão dental que é igual a impressão digital, diferente para cada um de nós. Muito usado na odontolofia forense. O esmalte nodoso é o entrecruzamento de prisma, nem sempre é visualizável na lâmina. As células da dentina são os odontoblastos que possuem prolongamentos. Alguns desses prolongamentos ficam presos no esmalte, são denominados fuso do esmalte/adamantino. Está muito próximo da junção amelo-dentinária Os tufos percorrem o esmalte por cerca de 1/3. É uma área hipomineralizada, onde existe a proteína tufelina. A lamela também é uma área hipomineral, caracteriza-se como uma fissura que percorre toda extensão do esmalte
Considerações clínicas: Defeitos na produção da matriz do esmalte – Geram hipoplasias, um dente mal formado. A hipomineralização são defeitos durante a fase de maturação. Fluorose é um excesso do uso de flúor. Medicamentos podem afetar o esmalte. Na fase de secreção alterações acontecem por traumatismo

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