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QUINONAS/DERIVADOS ANTRACÊNICOS Farmacognosia I Professora Rachel Oliveira Castilho As quinonas são um grupo de substâncias orgânicas geralmente coloridas e semivoláteis, altamente distribuídas na natureza e pertencentes à classe dos hidrocarbonetos policíclicos aromáticos oxigenados São dicetonas cíclicas substituídas nas posições orto ou para. Os 2 grupos carbonilicos formam um sistema conjugado com pelo menos duas ligações duplas entre os átomos de carbono das carbonilas. CONCEITO 2 As quinonas são um grupo de substâncias orgânicas geralmente coloridas e semivoláteis, altamente distribuídas na natureza e pertencentes à classe dos hidrocarbonetos policíclicos aromáticos oxigenados Podem ser consideradas produtos de oxidação de fenóis CONCEITO 3 CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA As quinonas são classificadas em função do tipo de ciclo no qual o sistema de ligações duplas e cetonas conjugadas está inserido. Benzoquinonas Naftoquinonas Antraquinonas Quinonas terpênicas Quinonas complexas CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA (9,10 – antraquinona) - HISTÓRICO Utilizadas desde a antiguidades por suas atividades biológicas ou como fonte de corantes naturais. Rubia tinctorum L.: utilizadas no antigo Egito, Pérsia e índia como corantes -> alizarina e purpurina Lawsonia inermis L. (Henna): utilizada no antigo Egito para tingimento dos cabelos -> lawsona HISTÓRICO Utilizadas desde a antiguidades por suas atividades biológicas ou como fonte de corantes naturais. Senne: utilizado por árabes no século IX e depois no Renascimento como laxante. Ipê: utilizado pelo índios no Brasil e outros países da América do Sul: . OCORRÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO Cerca de 2000 quinonas já foram isoladas. Angiospermas, Gimnospermas, Líquens, Fungos, Bactérias, Organismos Marinhos (ouriços-do-mar) e Artrópodes (ex. cochonilhas). a) Antraquinonas: Rubiaceae, Fabaceae, Rhamnaceae, Polygonaceae, Liliaceae, Verbenaceae e Asphodelaceae. b) Naftoquinonas: Bignoniaceae, Juglandaceae, Plumbaginaceae, Boraginaceae, Lythraceae, Ebenaceae e Droseraceae. c) Benzoquinonas: Myrsinaceae, Boraginaceae, Iridaceae e Primulaceae. d) Diterpenoquinonas*: Lamiaceae. * 8 BIOSSÍNTESE As quinonas de plantas superiores são biossíntetizadas por diferentes rotas metabólicas Via do acetato, a partir da biossíntese de policétideos (C2) Ex.Antraquinonas A partir do ácido hidroxibenzoico (C6C1) pela via do chiquimato Ex. Naftoquinonas Origem Biosintética mista Ex.Quinonas terpênicas Ubiquinonas BIOSSÍNTESE BIOSSÍNTESE Derivados dos policetideos BIOSSÍNTESE Derivados dos policetídeos Antraquinonas Antrona Crisofanol-antrona emodina-antrona BIOSSÍNTESE Derivados dos policetídeos BIOSSÍNTESE Derivados dos policetideos BIOSSÍNTESE Derivados dos policetideos BIOSSÍNTESE C1 e C8 → -OH C9 e C10 → -CO C3 → -CH3, -OCH3 e - CO2H3 C6 → -OH e -OCH3 CARACTERISTICAS ESTRUTURAIS BIOSSÍNTESE Derivados da via do chiquimato Ácido o-succinil-benzóico BIOSSÍNTESE Derivados de via mista Ubiquinonas PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS Substâncias cristalinas de cor amarela a vermelha, mas podem apresentar outras cores (azul, verde, preto) de acordo com o número de duplas ligações presentes na estrutura. antraquinonas: laranja ou vermelha antronas e antranois: amarelo Naftodiantronas: violeta avermelhado. ↓ contribuição para a cor das plantas. 19 PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS Fortes agentes oxidantes! Capacidade de transferir elétrons em ambientes físico-químicos e biológicos. = 20 PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS Se apresentam na formas de agliconas e heterosídeos O ou C glicosilados* *derivados antracênicos: glicose, ramnose e apiose. 21 PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS Se apresentam na formas de agliconas e heterosídeos O ou C glicosilados* *derivados antracênicos: glicose, ramnose e apiose. 22 PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS Estabilidade Antronas: relativamente estáveis, mas na presença de base, são oxidadas a antraquinonas As antraquinonas são os compostos mais estáveis. Em meio alcalino, as quinonas transformam em anions fenolatos. 1,8-dihidroantraquinona Fenolato da 1,8-dihidroantraquinona 23 PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS Os derivados antracênicos presentes em drogas vegetais secas, em geral, apresentam mais oxidados do que na planta fresca. 24 PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS Os derivados antracênicos presentes em drogas vegetais secas, em geral, apresentam mais oxidados do que na planta fresca. 25 EXTRAÇÃO Agliconas Solventes orgânicos (média a baixa polaridade) : acetona, clorofórmio, éter etílico. Métodos : maceração e/ou percolação. Glicosídeos Água quente ou sol. hidroalcoolicas (etanol 50% ou 70%). Métodos: maceração e/ou percolação. Atualmente, é comum a utilização de ultrassom ou micro-ondas! 26 EXTRAÇÃO Cuidados: A utilização de metanol pode levar a formação de artefatos metoxilados Ex. 7-metiljuglona: podem sofrer reações de oxidação ou dimerização pelo contato com gel de sílica e metanol. Extrações para isolamento das formas reduzidas requer cuidados especiais a fim de evitar sua oxidação Extração em condições anaeróbicas: uso de CO2 sólido ou nitrogênio líquido. 27 ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO Cromatografia em coluna Gel de sílica Resinas (sephadex LH-20 ou Amberlite XAD-2) ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO Cromatografia em camada delgada preparativa Cromatografia de contra corrente HSCCC ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO CLAE em escala preparativa IDENTIFICAÇÃO/CARACTERIZAÇÃO A caracterização é feita pela combinação de reações químicas e análises espectroscópicas Ditionito de sódio (redutor) hidroquinonas (incolores) (reversível por contato com ar atmosférico) Solução etanólica de 2,4-dinitrofenil-hidrazina + NH3 (vapor) cor intensa ( laranja, violeta, verde) Craven (cianoacetato de etila + NH4OH (etanol) cor azul para p-benzo ou naftoquinonas 31 IDENTIFICAÇÃO/CARACTERIZAÇÃO A caracterização é feita pela combinação de reações químicas e análises espectroscópicas UV/visivel Quinonas apresentam coloração intensa no visível e no UV O espectro de UV de benzoquinonas é mais característico que o de naftoquinonas e antraquinonas. No IV as carbonilas são responsáveis por bandas intensas e típicas (1630-1700cm-1) Para elucidação estrutural: RMN 1H e 13C, espectros de massas e difração de raio X IDENTIFICAÇÃO/CARACTERIZAÇÃO A caracterização é feita pela combinação de reações químicas e análises espectroscópicas Da Cruz et al. 2012 IDENTIFICAÇÃO/CARACTERIZAÇÃO Reação de Borntrager - formação de fenolatos positiva para antraquinonas livres Na presença de base: 1,8 di-hidroxi-antraquinonas -> vermelho 1,2-di-hidroxi-antraquinonas - > azul-violeta Antronas e diantronas -> amarelo ( após oxidação desenvolve-se cor vermelha relativa as antraquinonas. Alizarina 34 IDENTIFICAÇÃO/CARACTERIZAÇÃO Reação de Borntrager - formação de fenolatos Glicosídeos devem ser previamente hidrolisados Ácido forte ou Cloreto Férrico Partição com solventes orgânico ( acetona, clorofórmio, éter) 35 CCD Fase estacionaria: sílica Fase móvel: misturas de solventes de média a alta polaridade e água para heterosídeos e de menor polaridade para agliconas Revelação: visível, ultravioleta Apresentam absorção no ultravioleta e visível devido a presença de duplas conjugadas A aplicação de solução básica pode aumentar a fluorescência IDENTIFICAÇÃO 36 CLAE ou CLUE Detecção no UV/Visivel IDENTIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO 37 Métodos que explorem suas propriedades oxidantes Reação de Borntraeger espectrofotômetro Leituras em aproximadamente 500 nm para antraquinonas Solução metanólica de acetato de magnésio (reagente de shibata) absorção a 515 nmQUANTIFICAÇÃO 38 CLAE Detecção no UV/Visivel IDENTIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO 39 PAPEL FISIOLÓGICO Defesa contra insetos e outros patógenos -> Ex. Primina Alelopatia -> plumbagina inibe a germinação de outras plantas. Toxicidade para fungos e cupins: aumenta valor comercial da madeira. Ex. tectoquina [Plastoquinonas (fotossíntese) e ubiquinonas (transporte de elétrons na respiração celular)] a) derivados hidroxi-antracênicos: ação laxante, antiviral, antifúngica. b) naftoquinonas: atividades antifúngica, antibacteriana, antitumoral, antiprotozoaria* c) benzoquinonas: atividades antiprotozóaria* e antileucêmica ATIVIDADES BIOLÓGICAS E FARMACOLÓGICAS Ipê roxo * Leishmania e Trypanosoma cruzi). lapachol 41 Ação laxante: estimulante do peristaltismo ATIVIDADES BIOLÓGICAS E FARMACOLÓGICAS 42 Ação laxante: Estimulação direta da contração da musculatura lisa do intestino. liberação ou aumento da síntese de histamina e outros mediadores. Inibição da reabsorção de água. inibição da bomba de Na+/K+-ATPase. inibição dos canais de Cl-. ATIVIDADES BIOLÓGICAS E FARMACOLÓGICAS 43 Ação laxante: Estimulação direta da contração da musculatura lisa do intestino. liberação ou aumento da síntese de histamina e outros mediadores. ATIVIDADES BIOLÓGICAS E FARMACOLÓGICAS 44 Hidroxilas em C1 e C8 são essenciais para a ação laxante. Antronas e diantronas: formas mais ativas até 10 X mais ativas que as formas oxidadas Os glicosídeos antraquinônicos são mais ativos, porém possuem baixa lipossolubilidade. ATIVIDADES BIOLÓGICAS E FARMACOLÓGICAS 45 Efeitos adversos: Alterações morfológicas no reto e colón (uso crônico): fissuras anais; prolapsos hemorroidais, processos inflamatórios/degenerativos -> redução do peristaltismo e atonia aumento do risco de câncer colorretal; pigmentação marrom no intestino grosso -indicativo de uso crônico ATIVIDADES BIOLÓGICAS E FARMACOLÓGICAS 46 Efeitos adversos: Perda de eletrólitos, especialmente hipocalemia ( K+): redução do tônus intestinal; distúrbios renais; sintomas neuromusculares; distúrbios da formação e condução dos estímulos no miocárdio; Alguns antranóides apresentam potencial mutagênico. Diarreia (doses altas), dor abdominal e cólica(...) ATIVIDADES BIOLÓGICAS E FARMACOLÓGICAS 47 Farmacocinética Sofrem metabolização de fase II por conjugação com ácido glicurônico e sulfato e são excretados por via renal principalmente (urina avermelhada). Podem ser excretados na bile, saliva e leite. O efeito dos antranoides aparece em torno de 6-12 horas após a Administração. ATIVIDADES BIOLÓGICAS E FARMACOLÓGICAS 48 Orientação gerais: Não recomenda-se o uso por período superior a 1-2 semanas sem orientação medica. Contraindicações: gravidez, lactação, crianças, oclusão intestinal. Interações medicamentosas: cardiotônicos, contraceptivos orais (↓ absorção). ATIVIDADES BIOLÓGICAS E FARMACOLÓGICAS 49 Dose: ATIVIDADES BIOLÓGICAS E FARMACOLÓGICAS A dose diária não deve exceder 20-30 mg de antranoides Planta Antranóides integrais (%) Dose diária (g) Ruibarbo 2-3 1 Folhas de sene 2-3 1 Frutos de sene 3-6 0,5-1 Casca de frângula 6-9 0,5 Cáscara > 8 0,5 Aloe 20-40 0,1 50 EMPREGO FARMACÊUTICO Corantes Pigmentos naturais de alimentos Indicadores de pH Matéria prima para síntese de fármacos/outras substâncias Ex. Aloe Emodina -> antraciclinas Diacereína: derivado diacetilada da reina foi aprovado no Brasil para artrite. Extratos utilizados pelo efeito laxante Ruibarbo, sene e cáscara-sagrada. Chás para emagrecimento! SENE Senna alexandrina Mill. Familia: Fabaceae SENE Parte usada: folíolos (3% -aloe-emodina com maior atividade) e frutos (5%) Sinonimia botanica: Cassia angustifolia Vahl, C. senna L. e C. acutifolia Delile (Sene de alexandria ou sene-egípcia) Nativo norte da África, Egito e Sudão Uso tradicional Laxante 53 SENE Constituição química: Derivados hidroxi-antracenicos diantronas-8,8’-diglicosideos: senosideos A-F, principalmente A e B. 54 SENE Constituição química: Derivados hidroxi-antracênicos antraquinonas: aloe-emodina, reina e respectivos glicosideos. Outros constituintes: mucilagens, flavonoides, resinas, ácidos orgânicos e fitosteróis. 55 SENE Doseamento: A droga vegetal não contém menos que 2,5 % de glicosídeos calculados em senosídeo B (European Pharmacopeia, 2002). Já o extrato seco titulado de sene contém no mínimo 5,5 % e no máximo 8,0 % de heterosídeos calculados em senosídeos B (Farmacopeia Portuguesa, 2002). 56 SENE Incluído na lista de registro simplificado (IN 2/2014) 57 SENE Cáscara Sagrada Nome científico: Rhamnus purshianus DC Sinonímia científica: Frangula purshiana DC Família: Rhamnaceae Parte usada: Casca dos caules Pequeno arbusto Distribuição: Região do pacífico da América do Norte Cáscara Sagrada Uso terapêuticos Em doses baixas é colagogo e laxante Em doses altas é purgante Importante: As casca do caule dessecadas devem ser aquecidas a 100o C por 1 a 2 horas ou estocadas no mínimo por 1 ano antes da utilização, para a oxidação de antronas que podem causar vômito, espasmos e diarreia nos usuários. Gênero: Rhamnus Outras atividades farmacológicas Rhamnus formosana apresenta atividade anti-inflamatória (WEI et al.,2001) Rhamnus nakaharai utilizado na medicina popular de Taiwan para o tratamento de constipação, inflamação tumor e asma ( KO et al.2003) Rhamnus triquerta apresenta atividade anti-inflamatória e antiúlcera (GOEL et al., 1991) Rhamnus lycioides apresenta ação anti-hipertensiva (Terencio et al.,1991) Cáscara Sagrada Substâncias ativas R1 R2 R3 Cascarosídeos OH Gli H A OH H Gli B H Gli H C H H Gli D R1 R2 R3 H Gli H Aloína A H H Gli Aloína B Ram H Gli Aloinosídeo A Ram Gli H Aloinosídeo B Contém pelo menos 8% de antranoides integrais, dos quais 2/3 são cascarosídeos 80-90% de C-heterosídeos 10-20% de O-glicosídeos (emodina, aloé-emodina e crisofanol) Cáscara Sagrada Forma de Utilização Preparações na forma de extratos secos e líquidos são usadas, como componentes em produtos farmacêuticos Não é adequado para chás devido ao seu odor desagradável Cáscara Sagrada Algumas especialidades farmacêuticas Eparema: associação de extratos de Cáscara-sagrada, boldo e ruibarbo Apresentação: solução, drágea e flaconetes Enterotonus infantil: associação de salicilato de fisostigmina, sulfato de atropina, extrato fluido de R. purshianus Apresentação: frasco conta-gotas Licor de cacau Vermífugo: Associação de piperazina e Cáscara-sagrada Apresentação: frasco Chofranina: Associação de Cáscara-sagrada e alcachofra Apresentação: flaconetes, comprimidos e solução Cápsulas de Cáscara-sagrada Apresentação: 200, 90 e 80mg Frângula Frângula (Amieiro-preto e Sanguinheiro) Nome científico: Rhamnus frangula L. Família: Rhamnaceae Parte usada: Casca dos caules Pequeno arbusto ou árvore decídua Distribuição: Largamente disseminado na Europa e no oeste da Ásia Frângula A casca contém 6-9% de glicosídeos de antraquinonas Possuem principalmente O-glicosídeos de antronas e diantronas, têm por isso ação mais suave Frangulina Glicofrangulina Bucktorn Nome científico: Rhamnus cathartica L. Família: Rhamnaceae Parte usada: Casca dos caules Hábito: arbustivo Seus frutos são utilizados na medicina veterinária e como corantes Bucktorn Substâncias ativas: Emodina, aloe-emodina, crisofanol, glicosídeos da reína, frangula-emodina, rhamnicosídeo e alaterina CrisofanolRuibarbo Nome científico: Rheum palmatum L., Rheum tanguticum e Rheum officinale L. Família: Polygonaceae Distribuição: Ásia (China e Tibete) Parte usada: rizomas O ruibarbo verdadeiro cresce em altitudes elevadas (seis anos) Rheum officinale Ruibarbo -Utilizado há séculos na China para constipação, para calores, problemas renais, gástricos, desinteria, homeostase sanguínea, ajuda na circulação -Tem valor medicinal e como alimento São produzidos na China e exportados com vários nomes comerciais Rheum officinale Ruibarbo Constituíntes: antraquinonas e seus heterosídeos (2,5%), diantronas, estilbenos, antocianidinas, flavonoides (2-3%), Polifenóis (5-10%), óleos essenciais, ácidos orgânicos (ác. oxálico), cromenos, cromanona, chromona, heterosídeos e vitaminas. Substâncias ativas Rheum palmatum R1 R2 H CH3 Crisofanol OH CH3 Emodina OCH3 OH Fisciona H COOH Reína Ruibarbo oficial: 3 a 12% de antracênicos 60 a 80% - glicosídeos de frângula –emodina, reina, aloé-emodina, crisofanol e fisciona Ruibarbo Falsificação com o uso de outras espécies Rheum rhaponticum L. (ruibarbo rapôntico) Teores menores de antracênicos -Identificação por CCD: raponticosídeo Heterosídeo não antraquinônico (estilbeno) forte fluorescência azul Aglicona : rapontigenina Ausência: reina e aloé-emodina European Pharmacopoeia is designed to detect the falsification of Rheum palmatum L. and Rheum officinale L. by other species such as Rheum undulatum L. and Rheum rhaponticum L Rheum rhaponticum Babosa ou Aloés Nome científico: Aloe barbadensis Miller, Aloe ferox Miller e seus híbridos com A. africana Mill e A. spicata Baker. Planta perene e suculenta Família: Liliaceae Distribuição:Climas secos e quentes Parte usada: Látex dessecado das folhas Babosa ou Aloés Há 3500 a.C., um antigo papiro descreve as valiosas propriedades medicinais de Aloe Dioscorides utilizava Aloe para o tratamento de problemas na pele Na África do Sul existem 130 espécies, das quais algumas se atribuem poderes místicos. São utilizadas como tonificante, para eczema e como vermífugo. São utilizadas externa e internamente para o tratamento de feridas profundas, para inflamação, como purgante e laxante e auxiliar da digestão . Aloe barbadensis Babosa ou Aloés Propriedades farmacológicas Atividade antifúngica Atividade citotóxica Atividade anti-inflamatória Atividade angiogênica Cicatrizante em feridas e queimaduras Imunomodulador Hipoglicêmico Gastroprotetor Babosa ou Aloés Composição química: -Antraquinonas: aloe-emodina, ácido aloético, aloina, antranol, barbaloina, isobarbaloina, emodina. -Sacarídeos: celulose, glicose, mannose, aldopentose, acemannana, glicomannana, glicomannana acetilada, galactogalacturana, licogalactomannana, galactoglicoarabinomannana -Vitaminas: B1, B2, B6, C, -caroteno, colina, ácido fólico, tocopherol -Enzimas: amilase, carboxypeptidase, catalase, cyclooxidase, lipase, oxidase -Substâncias de baixo peso molecular: ácido aracdônico, colesterol, giberelina, ligninas, ácido salicílico, sitosterol e outros esteróides, triglicerídos e ácido úrico Babosa ou Aloés R1 R2 R3 H Gli H Aloína A H H Gli Aloína B Ram H Gli Aloinosídeo A Ram Gli H Aloinosídeo B Atividade farmacológica das substâncias de Aloe - Glicoproteínas: efeito cicatrizante por estimular a proliferação celular, antialérgico - Polissacarídeos: cicatrizante, anti-inflamatório, anticancer, imunomodulação, Antimicrobiano. - Aloesina responsável por proliferação celular e inibição da síntese de melanina. - Antraquinonas: purgante, anti-inflamatório, antiprotozoário, atividade antioxidante, proliferação celular na cicatrização, anticancer, antibacteriana, genotóxica e mutagênica (aloe-emodina e emodina) Babosa ou Aloés Azebre: Incisando a superfície das folhas das diversas espécies de aloés, obtém-se um suco viscoso de cor amarela e sabor amargo, que se concentra ao calor do sol, ou por ebulição. Contêm: de 40% a 80% de resina, e até 20% de aloína e glicósideo antraquinónicos Gel ou sumo de aloés: Obtém-se da polpa das suas folhas carnudas. Sumo pegajoso, quase transparente e de sabor insípido. Contêm: mistura complexa de mais de 20 substâncias, como polissacáridos, glicósidos, enzimas e minerais. -O gel de aloés não tem propriedades laxantes. Bibliografia EUROPEAN PHARMACOPOEIA.4 ed. Strasboug:CouncilofEurope,2002. Farmacopeia Brasileira ,4 ed., Editora Atheneu Ltda, São Paulo. FARMACOPEIA PORTUGUESA VII.Lisboa: INFARMED,2002, 1318p. FRANZ, G. The senna drug and its chemistry. Pharmacology, v.1,n.2-6,supp. 47,p.2-6,1993. GARCIA, M.T.C.; RUBIO.L.R.; ALIAGA, J.V. Monografias farmacêuticas. Espanha,1998.1085 p. GIAVINA-BIANCHI, G.P.F.; CASTRO, F.F.; MACHADO, M.L.; DUARTE, A.J. Occupational respiratory allergic disease induced by Passiflora alata and Rhamnus purshiana. American academy of AllergyAsthma & Immunology, n. 79, v.5, p.449-454,1997. 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