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Aula Quinonas

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QUINONAS/DERIVADOS ANTRACÊNICOS
Farmacognosia I
Professora Rachel Oliveira Castilho
As quinonas são um grupo de substâncias orgânicas geralmente coloridas e semivoláteis, altamente distribuídas na natureza e pertencentes à classe dos hidrocarbonetos policíclicos aromáticos oxigenados
São dicetonas cíclicas substituídas nas posições orto ou para.
Os 2 grupos carbonilicos formam um sistema
conjugado com pelo menos duas ligações duplas
entre os átomos de carbono das carbonilas. 
CONCEITO
2
As quinonas são um grupo de substâncias orgânicas geralmente coloridas e semivoláteis, altamente distribuídas na natureza e pertencentes à classe dos hidrocarbonetos policíclicos aromáticos oxigenados
Podem ser consideradas produtos de oxidação de fenóis
CONCEITO
3
CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA
As quinonas são classificadas em função do tipo de ciclo no qual o sistema de ligações duplas e cetonas conjugadas está inserido.
Benzoquinonas
Naftoquinonas
Antraquinonas 
Quinonas terpênicas
Quinonas complexas
CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA
(9,10 – antraquinona) - 
HISTÓRICO
Utilizadas desde a antiguidades por suas atividades biológicas ou como fonte de corantes naturais. 
Rubia tinctorum L.: utilizadas no antigo Egito, Pérsia e índia como corantes -> 
alizarina e purpurina 
Lawsonia inermis L. (Henna): utilizada no antigo Egito para tingimento dos cabelos -> lawsona
HISTÓRICO
Utilizadas desde a antiguidades por suas atividades biológicas ou como fonte de corantes naturais. 
Senne: utilizado por árabes no século IX e depois no Renascimento como laxante.
Ipê: utilizado pelo índios no Brasil e outros países da América do Sul: . 
OCORRÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO
Cerca de 2000 quinonas já foram isoladas. 
Angiospermas, Gimnospermas, Líquens, Fungos, Bactérias, Organismos Marinhos (ouriços-do-mar) e Artrópodes (ex. cochonilhas).
a) Antraquinonas: Rubiaceae, Fabaceae, Rhamnaceae, Polygonaceae, Liliaceae, Verbenaceae e Asphodelaceae. 
b) Naftoquinonas: Bignoniaceae, Juglandaceae, Plumbaginaceae, Boraginaceae, Lythraceae, Ebenaceae e Droseraceae.
 c) Benzoquinonas: Myrsinaceae, Boraginaceae, Iridaceae e Primulaceae.
 d) Diterpenoquinonas*: Lamiaceae.
*
8
BIOSSÍNTESE
As quinonas de plantas superiores são biossíntetizadas por diferentes rotas metabólicas
Via do acetato, a partir da biossíntese de policétideos (C2)
Ex.Antraquinonas
A partir do ácido hidroxibenzoico (C6C1) pela via do chiquimato
Ex. Naftoquinonas
Origem Biosintética mista
Ex.Quinonas terpênicas
Ubiquinonas
BIOSSÍNTESE
BIOSSÍNTESE
Derivados dos policetideos
BIOSSÍNTESE
Derivados dos policetídeos
Antraquinonas
Antrona
Crisofanol-antrona
emodina-antrona
BIOSSÍNTESE
Derivados dos policetídeos
BIOSSÍNTESE
Derivados dos policetideos
BIOSSÍNTESE
Derivados dos policetideos
BIOSSÍNTESE
C1 e C8 → -OH
C9 e C10 → -CO
C3 → -CH3, -OCH3 e - CO2H3
C6 → -OH e -OCH3 
CARACTERISTICAS ESTRUTURAIS 
BIOSSÍNTESE
Derivados da via do chiquimato
Ácido o-succinil-benzóico
BIOSSÍNTESE
Derivados de via mista
Ubiquinonas
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
Substâncias cristalinas de cor amarela a vermelha, mas podem apresentar outras cores (azul, verde, preto) de acordo com o número de duplas ligações presentes na estrutura. 
 antraquinonas: laranja ou vermelha
antronas e antranois: amarelo
Naftodiantronas: violeta avermelhado.
↓ contribuição para a cor das plantas. 
19
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
Fortes agentes oxidantes!
Capacidade de transferir elétrons em ambientes físico-químicos e biológicos.
=
20
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
Se apresentam na formas de agliconas e heterosídeos O ou C glicosilados*
 *derivados antracênicos: glicose, ramnose e apiose. 
21
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
Se apresentam na formas de agliconas e heterosídeos O ou C glicosilados*
 *derivados antracênicos: glicose, ramnose e apiose. 
22
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
Estabilidade
Antronas: relativamente estáveis, mas na presença de base, são oxidadas a antraquinonas
As antraquinonas são os compostos mais estáveis.
Em meio alcalino, as quinonas transformam em anions fenolatos.
1,8-dihidroantraquinona
Fenolato da 1,8-dihidroantraquinona
23
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
Os derivados antracênicos presentes em drogas vegetais secas, em geral, apresentam mais oxidados do que na planta fresca. 
24
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
Os derivados antracênicos presentes em drogas vegetais secas, em geral, apresentam mais oxidados do que na planta fresca. 
25
EXTRAÇÃO
Agliconas
Solventes orgânicos (média a baixa polaridade) : acetona, clorofórmio, éter etílico. 
Métodos : maceração e/ou percolação.
Glicosídeos
Água quente ou sol. hidroalcoolicas (etanol 50% ou 70%).
Métodos: maceração e/ou percolação.
Atualmente, é comum a utilização de ultrassom ou micro-ondas!
26
EXTRAÇÃO
Cuidados: 
A utilização de metanol pode levar a formação de artefatos metoxilados
Ex. 7-metiljuglona: podem sofrer reações de oxidação ou dimerização pelo contato com gel de sílica e metanol.
Extrações para isolamento das formas reduzidas requer cuidados especiais a fim de evitar sua oxidação
Extração em condições anaeróbicas: uso de CO2 sólido ou nitrogênio líquido.
27
ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO
Cromatografia em coluna
Gel de sílica
Resinas (sephadex LH-20 ou Amberlite XAD-2)
ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO
Cromatografia em camada delgada preparativa
Cromatografia de contra corrente
HSCCC 
ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO
CLAE em escala preparativa
IDENTIFICAÇÃO/CARACTERIZAÇÃO
A caracterização é feita pela combinação de reações químicas e análises espectroscópicas
Ditionito de sódio (redutor)  hidroquinonas (incolores) (reversível por contato com ar atmosférico)
Solução etanólica de 2,4-dinitrofenil-hidrazina + NH3 (vapor) cor intensa
 ( laranja, violeta, verde)
Craven (cianoacetato de etila + NH4OH (etanol)  
cor azul para p-benzo ou naftoquinonas
31
IDENTIFICAÇÃO/CARACTERIZAÇÃO
A caracterização é feita pela combinação de reações químicas e análises espectroscópicas
UV/visivel 
Quinonas apresentam coloração intensa no visível e no UV
O espectro de UV de benzoquinonas é mais característico que o de naftoquinonas e antraquinonas.
 No IV as carbonilas são responsáveis por bandas intensas e típicas (1630-1700cm-1)
 Para elucidação estrutural: RMN 1H e 13C, espectros de massas e difração de raio X
IDENTIFICAÇÃO/CARACTERIZAÇÃO
A caracterização é feita pela combinação de reações químicas e análises espectroscópicas
Da Cruz et al. 2012
IDENTIFICAÇÃO/CARACTERIZAÇÃO
Reação de Borntrager - formação de fenolatos
positiva para antraquinonas livres
	Na presença de base:
 1,8 di-hidroxi-antraquinonas -> vermelho
1,2-di-hidroxi-antraquinonas - > azul-violeta
Antronas e diantronas -> amarelo ( após oxidação desenvolve-se cor vermelha relativa as antraquinonas. 
Alizarina
34
IDENTIFICAÇÃO/CARACTERIZAÇÃO
Reação de Borntrager - formação de fenolatos
Glicosídeos devem ser previamente hidrolisados
Ácido forte ou Cloreto Férrico 
Partição com solventes orgânico ( acetona, clorofórmio, éter)
35
CCD
Fase estacionaria: sílica
Fase móvel: misturas de solventes de média a alta polaridade e água para heterosídeos e de menor polaridade para agliconas
Revelação: visível, ultravioleta
Apresentam absorção no ultravioleta e visível devido a presença de duplas conjugadas
A aplicação de solução básica pode aumentar a fluorescência
IDENTIFICAÇÃO
36
CLAE ou CLUE
Detecção no UV/Visivel
IDENTIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO
37
Métodos que explorem suas propriedades oxidantes
 Reação de Borntraeger  espectrofotômetro
Leituras em aproximadamente  500 nm para antraquinonas
 Solução metanólica de acetato de magnésio
 (reagente de shibata)  absorção a  515 nmQUANTIFICAÇÃO
38
CLAE 
Detecção no UV/Visivel
IDENTIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO
39
PAPEL FISIOLÓGICO
Defesa contra insetos e outros patógenos -> Ex. Primina
Alelopatia -> plumbagina inibe a germinação de outras plantas. 
Toxicidade para fungos e cupins: aumenta valor comercial da madeira. Ex. tectoquina
[Plastoquinonas (fotossíntese) e ubiquinonas (transporte de elétrons na respiração celular)]
a) derivados hidroxi-antracênicos: ação laxante, antiviral, antifúngica.
b) naftoquinonas: atividades antifúngica, antibacteriana, antitumoral, antiprotozoaria*
c) benzoquinonas: atividades antiprotozóaria* e antileucêmica
ATIVIDADES BIOLÓGICAS E FARMACOLÓGICAS
Ipê roxo
* Leishmania e Trypanosoma cruzi).
lapachol
41
Ação laxante: estimulante do peristaltismo
ATIVIDADES BIOLÓGICAS E FARMACOLÓGICAS
42
Ação laxante:
Estimulação direta da contração da musculatura lisa do intestino.
liberação ou aumento da síntese de histamina e outros mediadores.
Inibição da reabsorção de água.
inibição da bomba de Na+/K+-ATPase.
inibição dos canais de Cl-.
ATIVIDADES BIOLÓGICAS E FARMACOLÓGICAS
43
Ação laxante:
Estimulação direta da 
contração da musculatura 
lisa do intestino.
liberação ou aumento da 
síntese de histamina e 
outros mediadores.
ATIVIDADES BIOLÓGICAS E FARMACOLÓGICAS
44
Hidroxilas em C1 e C8 são essenciais para a ação laxante.
Antronas e diantronas: formas mais ativas 
até 10 X mais ativas que as formas oxidadas
Os glicosídeos antraquinônicos são mais ativos, porém possuem baixa lipossolubilidade.
ATIVIDADES BIOLÓGICAS E FARMACOLÓGICAS
45
Efeitos adversos:
Alterações morfológicas no reto e colón (uso crônico):
fissuras anais;
prolapsos hemorroidais,
 processos inflamatórios/degenerativos -> redução do peristaltismo e atonia
aumento do risco de câncer colorretal;
pigmentação marrom no intestino grosso -indicativo de uso crônico
ATIVIDADES BIOLÓGICAS E FARMACOLÓGICAS
46
Efeitos adversos:
Perda de eletrólitos, especialmente hipocalemia ( K+):
redução do tônus intestinal;
distúrbios renais;
sintomas neuromusculares;
distúrbios da formação e condução dos estímulos no miocárdio;
Alguns antranóides apresentam potencial mutagênico.
Diarreia (doses altas), dor abdominal e cólica(...)
ATIVIDADES BIOLÓGICAS E FARMACOLÓGICAS
47
Farmacocinética
Sofrem metabolização de fase II por conjugação com ácido glicurônico e sulfato e são excretados por via renal principalmente (urina avermelhada). Podem ser excretados na bile, saliva e leite. 
O efeito dos antranoides aparece em torno de 6-12 horas após a Administração. 
ATIVIDADES BIOLÓGICAS E FARMACOLÓGICAS
48
Orientação gerais:
Não recomenda-se o uso por período superior a 1-2 semanas sem orientação medica.
Contraindicações: gravidez, lactação, crianças, oclusão intestinal.
 Interações medicamentosas: cardiotônicos, contraceptivos orais (↓ absorção).
ATIVIDADES BIOLÓGICAS E FARMACOLÓGICAS
49
Dose:
ATIVIDADES BIOLÓGICAS E FARMACOLÓGICAS
A dose diária não deve exceder 20-30 mg de antranoides
Planta		Antranóides integrais (%)		Dose diária (g)
Ruibarbo		2-3			 		1
Folhas de sene		2-3			 	 1
Frutos de sene		3-6			 		 0,5-1
Casca de frângula	6-9			 		 0,5
Cáscara		> 8			 		 0,5
Aloe	 	 20-40			 		 0,1
50
EMPREGO FARMACÊUTICO
Corantes
Pigmentos naturais de alimentos 
Indicadores de pH
Matéria prima para síntese de fármacos/outras substâncias
Ex. Aloe Emodina -> antraciclinas
Diacereína: derivado diacetilada da reina foi 
aprovado no Brasil para artrite.
Extratos utilizados pelo efeito laxante
Ruibarbo, sene e cáscara-sagrada. 
Chás para emagrecimento!
SENE
Senna alexandrina Mill. 
Familia:
Fabaceae
SENE
Parte usada: folíolos (3% -aloe-emodina com maior atividade) e frutos (5%)
Sinonimia botanica: Cassia angustifolia Vahl, C. senna L. e C. acutifolia Delile
(Sene de alexandria ou sene-egípcia)
Nativo norte da África, Egito e Sudão
Uso tradicional
Laxante
53
SENE
Constituição química:
Derivados hidroxi-antracenicos
diantronas-8,8’-diglicosideos: senosideos A-F, principalmente A e B.
54
SENE
Constituição química:
Derivados hidroxi-antracênicos
antraquinonas: aloe-emodina, reina e respectivos glicosideos. 
Outros constituintes: mucilagens, flavonoides, resinas, ácidos orgânicos e fitosteróis.
55
SENE
Doseamento:
A droga vegetal não contém menos que 2,5 % de glicosídeos calculados
em senosídeo B (European Pharmacopeia, 2002).
 
Já o extrato seco titulado de sene contém no mínimo 5,5 % e no máximo 8,0 % de heterosídeos calculados em senosídeos B (Farmacopeia Portuguesa, 2002).
56
SENE
Incluído na lista de registro simplificado (IN 2/2014)
57
SENE
Cáscara Sagrada
Nome científico: Rhamnus purshianus DC
Sinonímia científica: Frangula purshiana DC
Família: Rhamnaceae
Parte usada: Casca dos caules
Pequeno arbusto
Distribuição: Região do pacífico da América do Norte
Cáscara Sagrada
Uso terapêuticos
 Em doses baixas é colagogo e laxante
Em doses altas é purgante
Importante: As casca do caule dessecadas devem ser aquecidas a 100o C 
por 1 a 2 horas ou estocadas no mínimo por 1 ano antes da utilização, 
para a oxidação de antronas que podem causar vômito, espasmos e 
diarreia nos usuários.
Gênero: Rhamnus
Outras atividades farmacológicas
 Rhamnus formosana apresenta atividade anti-inflamatória (WEI et al.,2001)
 Rhamnus nakaharai utilizado na medicina popular de Taiwan para o
 tratamento de constipação, inflamação tumor e asma ( KO et al.2003)
 Rhamnus triquerta apresenta atividade anti-inflamatória e antiúlcera 
(GOEL et al., 1991)
 Rhamnus lycioides apresenta ação anti-hipertensiva (Terencio et al.,1991)
Cáscara Sagrada
Substâncias ativas
R1 R2 R3 Cascarosídeos
OH Gli H A
OH H Gli B
H Gli H C
H H Gli D
R1 R2 R3 
H Gli H Aloína A
H H Gli Aloína B
Ram H Gli Aloinosídeo A
Ram Gli H Aloinosídeo B
Contém pelo menos 8% de antranoides integrais, dos quais 2/3 são cascarosídeos
80-90% de C-heterosídeos
10-20% de O-glicosídeos (emodina, aloé-emodina e crisofanol)
Cáscara Sagrada
Forma de Utilização
Preparações na forma de extratos secos e líquidos são usadas, 
como componentes em produtos farmacêuticos
Não é adequado para chás devido ao seu odor desagradável 
Cáscara Sagrada
Algumas especialidades farmacêuticas
Eparema: associação de extratos de Cáscara-sagrada, boldo e ruibarbo
Apresentação: solução, drágea e flaconetes
Enterotonus infantil: associação de salicilato de fisostigmina, sulfato de 
atropina, extrato fluido de R. purshianus
Apresentação: frasco conta-gotas
Licor de cacau Vermífugo: Associação de piperazina e Cáscara-sagrada
Apresentação: frasco
Chofranina: Associação de Cáscara-sagrada e alcachofra
Apresentação: flaconetes, comprimidos e solução
Cápsulas de Cáscara-sagrada
Apresentação: 200, 90 e 80mg
Frângula
Frângula (Amieiro-preto e 
Sanguinheiro)
Nome científico: Rhamnus frangula L.
Família: Rhamnaceae
Parte usada: Casca dos caules
Pequeno arbusto ou árvore decídua
Distribuição: Largamente disseminado na Europa
e no oeste da Ásia
Frângula
A casca contém 6-9% de glicosídeos de antraquinonas
Possuem principalmente O-glicosídeos de antronas e diantronas, 
têm por isso ação mais suave
Frangulina 
Glicofrangulina 
Bucktorn
Nome científico: Rhamnus cathartica L. 
Família: Rhamnaceae
Parte usada: Casca dos caules
Hábito: arbustivo
Seus frutos são utilizados na medicina veterinária 
e como corantes
Bucktorn
Substâncias ativas: Emodina, 
aloe-emodina, crisofanol, 
glicosídeos da reína, frangula-emodina, 
rhamnicosídeo e alaterina
CrisofanolRuibarbo
Nome científico: Rheum palmatum L.,
 Rheum tanguticum e Rheum officinale L.
Família: Polygonaceae
Distribuição: Ásia (China e Tibete)
Parte usada: rizomas
O ruibarbo verdadeiro cresce em altitudes elevadas (seis anos)
Rheum officinale
Ruibarbo
-Utilizado há séculos na China para constipação, para calores, 
problemas renais, gástricos, desinteria, homeostase sanguínea, 
ajuda na circulação
-Tem valor medicinal e como alimento
 São produzidos na China e exportados com vários nomes comerciais
Rheum officinale
Ruibarbo
 Constituíntes: antraquinonas e seus heterosídeos (2,5%), 
diantronas, estilbenos, antocianidinas, flavonoides (2-3%), 
Polifenóis (5-10%), óleos essenciais, ácidos orgânicos (ác. oxálico), 
cromenos, cromanona, chromona, heterosídeos e vitaminas.
Substâncias ativas
Rheum palmatum
R1 R2 
H CH3 Crisofanol
OH CH3 Emodina
OCH3 OH Fisciona
H COOH Reína 
Ruibarbo oficial: 3 a 12% de antracênicos
60 a 80% - glicosídeos de frângula –emodina, reina, 
aloé-emodina, crisofanol e fisciona
Ruibarbo
 Falsificação com o uso de outras espécies
Rheum rhaponticum L. (ruibarbo rapôntico)
Teores menores de antracênicos
-Identificação por CCD: raponticosídeo 
Heterosídeo não antraquinônico (estilbeno)
forte fluorescência azul
Aglicona : rapontigenina
Ausência: reina e aloé-emodina
European Pharmacopoeia is designed to detect the falsification of Rheum palmatum L. and Rheum officinale L. by other species such as Rheum undulatum L. and Rheum rhaponticum L
Rheum rhaponticum
Babosa ou Aloés
Nome científico: Aloe barbadensis Miller, 
Aloe ferox Miller e seus híbridos 
com A. africana Mill e A. spicata Baker.
Planta perene e suculenta
Família: Liliaceae
Distribuição:Climas secos e quentes
Parte usada: Látex dessecado das folhas
Babosa ou Aloés
Há 3500 a.C., um antigo papiro descreve 
as valiosas propriedades medicinais de Aloe
Dioscorides utilizava Aloe para o tratamento
 de problemas na pele
Na África do Sul existem 130 espécies,
das quais algumas se atribuem poderes 
místicos. São utilizadas como tonificante,
para eczema e como vermífugo.
São utilizadas externa e internamente para o tratamento de feridas profundas, 
para inflamação, como purgante e laxante e auxiliar da digestão .
Aloe barbadensis
Babosa ou Aloés
Propriedades farmacológicas
Atividade antifúngica
Atividade citotóxica
Atividade anti-inflamatória
Atividade angiogênica
Cicatrizante em feridas e queimaduras
Imunomodulador
Hipoglicêmico
Gastroprotetor
Babosa ou Aloés
Composição química:
-Antraquinonas: aloe-emodina, ácido aloético, aloina, antranol, barbaloina, isobarbaloina, emodina. 
-Sacarídeos: celulose, glicose, mannose, aldopentose, acemannana, glicomannana, glicomannana acetilada, galactogalacturana, licogalactomannana, galactoglicoarabinomannana
-Vitaminas: B1, B2, B6, C, -caroteno, colina, ácido fólico, tocopherol
-Enzimas: amilase, carboxypeptidase, catalase, cyclooxidase, lipase, oxidase
-Substâncias de baixo peso molecular: ácido aracdônico, colesterol,
giberelina, ligninas, ácido salicílico, sitosterol e outros esteróides, triglicerídos
e ácido úrico
Babosa ou Aloés
R1 R2 R3 
H Gli H Aloína A
H H Gli Aloína B
Ram H Gli Aloinosídeo A
Ram Gli H Aloinosídeo B
Atividade farmacológica das substâncias de Aloe
- Glicoproteínas: efeito cicatrizante por estimular a proliferação celular, antialérgico
- Polissacarídeos: cicatrizante, anti-inflamatório, anticancer, imunomodulação,
Antimicrobiano.
- Aloesina responsável por proliferação celular e inibição da síntese de melanina.
- Antraquinonas: purgante, anti-inflamatório, antiprotozoário, atividade antioxidante,
proliferação celular na cicatrização, anticancer, antibacteriana, genotóxica e
mutagênica (aloe-emodina e emodina)
Babosa ou Aloés
Azebre: Incisando a superfície das folhas das diversas espécies de aloés, 
obtém-se um suco viscoso de cor amarela e sabor amargo, que se 
concentra ao calor do sol, ou por ebulição.
Contêm: de 40% a 80% de resina, e até 20% de aloína e glicósideo antraquinónicos
 Gel ou sumo de aloés: Obtém-se da polpa das suas folhas carnudas.
Sumo pegajoso, quase transparente e de sabor insípido. 
Contêm: mistura complexa de mais de 20 substâncias, como 
polissacáridos, glicósidos, enzimas e minerais. 
-O gel de aloés não tem propriedades laxantes.
Bibliografia
EUROPEAN PHARMACOPOEIA.4 ed. Strasboug:CouncilofEurope,2002.
 
Farmacopeia Brasileira ,4 ed., Editora Atheneu Ltda, São Paulo.
 
FARMACOPEIA PORTUGUESA VII.Lisboa: INFARMED,2002, 1318p.
 
FRANZ, G. The senna drug and its chemistry. Pharmacology, v.1,n.2-6,supp. 47,p.2-6,1993.
 
GARCIA, M.T.C.; RUBIO.L.R.; ALIAGA, J.V. Monografias farmacêuticas. Espanha,1998.1085 p.
 
GIAVINA-BIANCHI, G.P.F.; CASTRO, F.F.; MACHADO, M.L.; DUARTE, A.J. Occupational respiratory allergic disease induced by Passiflora alata and Rhamnus purshiana. American academy of AllergyAsthma & Immunology, n. 79, v.5, p.449-454,1997.
 
GOEL, R.K.; GUPTA, G.; RAM, S.N.; PANDEY, V.B. Antiulcerogenic and anti-inflamatory effectsof emodin,isolated from Ramnus triquera wall. Indian Journal Experimental Biology, n.29, v.3, p. 230-2,1991.
 
GOODMAN, L.S.; GILMAN, A. As bases farmacológicas da terapêutica. 10ed. Rio de Janeiro: McGraw Hill Interamericana, 2003,1647 p.
 
HEINRICH, M., BARNES, J., WILLIAMSON, E. M. Fundamentals of Pharmacognosy and Phytotherapy. University of London, 2004
 
Bibliografia
KO, W.C.; CHEN, M.C.; WANG.S.H.; LAI, Y.H.; CHEN, J.H.; LIN,C.N. 3-O-methylquercetin more selectively inhibits phosphodiesterase subtype 3. Planta Medica, n. 69, v. 4, p.310-315, 2003. 
TERENCIO, M.C.; SANZ, M.J.; PAYA, M. Antihypertensive action of a procyanidin glycoside from Rhamnus lycioides. Journal of Ethnopharmacology, n.31, v. 1, p. 109-14, 1991.
TESKE, M. Herbarium Conpêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot., 2001, 315 p.
 
WEI, B.L.; LU, C.M.;WANG, J.P.; LIN, C.N. In vitro anti-inflamatory effects of quercetin-3-O-methyl ether and other constituents from Rhamnus species. Planta Medica, n.67, v.8, p.745-7, 2001.
 
YUNES, R.A.; CALIXTO, J.B. Plantas Medicianis sob a ótica da química medicinal moderna. Chapecó: argos, 2001, 523 p.
 
Zhang, H.-X., Liu, M.-C. Separation procedures for the pharmacologically active components of rhubarb. Journal of Chromatography B, v.812, p. 175–18, 2004  
Obrigada

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