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RESUMO: TECNOLOGIA
TECNOLOGIA: BUSCANDO UMA DEFINIÇÃO PARA O CONCEITO.
Origem do termo Tecnologia.
A história do homem iniciou-se juntamente com a história das técnicas, com a utilização de objetos que foram transformados em instrumentos diferenciados, evoluindo em complexidade juntamente com o processo de construção das sociedades humanas. 
Colocadas dentro dos contextos socioculturais de cada época, é que podemos compreender melhor a participação ativa do homem e da tecnologia no desenvolvimento e no progresso da sociedade, enriquecendo assim o conceito que temos a respeito do termo tecnologia. 
Tecnologia significa a razão do saber fazer. O estudo da própria atividade do modificar, do transformar, do agir. 
Primeiros Passos.
Nossos antepassados primitivos já utilizavam objetos achados na natureza como instrumentos que lhe garantiam a extensão do corpo, mais sem intenção de modifica-los ou melhorá-los.
Período Paleolítico, também conhecido pela Idade da Pedra, caracterizou-se pela formação do grupo social onde o homem era essencialmente caçador e coletor.
Através do emprego de sua capacidade intelectual primitiva é que foi capaz de estabelecer relações fundamentais que o auxiliaria a modificar o meio empregado uma técnica até então inexistente. O homem surgiu no exato momento em que o pensamento aliou-se à capacidade de transformação. 
O que diferencia o homem do animal é que o primeiro descobriu que não tem somente o seu corpo como instrumento, mas que é capaz de criar extensões inéditas para que seus membros possam agir no meio de maneira cada vez mais eficiente. 
Um dos fatores que marcam o aparecimento de nossos ancestrais primitivos foi o uso das ferramentas e todo seu processo de desenvolvimento, abrangendo a invenção, a concepção e a produção das mesmas. 
Restos de refeições, carvão de ossos, cinzas de lares primitivos são provas de que o homem sobre dominar o fogo desde primórdio do seu surgimento. Como o fogo, o homem foi capaz de cozinhar alimentos, manter-se aquecido e afastar animais ferozes. 
A linguagem, vista como uma das tecnologias intelectual surgiu como uma das primeiras técnicas desenvolvidas para a transmissão de ordens, evoluindo naturalmente para análise do trabalho no espaço, posteriormente descrevendo fatos no tempo, efetivando-se assim como uma memória coletiva primitiva. 
Com a pedra lascada, o fogo e a linguagem, a espécie humana dava um salto muito grande rumo às grandes invenções e as colossais descobertas. 
Concepção Intelectualista da Tecnologia.
Tecnologia é um conhecimento prático, derivado diretamente e exclusivamente do desenvolvimento do conhecimento teórico científico através de processos progressivos e acumulativos, onde teorias cada vez mais amplas substituem as anteriores.
Concepção Utilitarista da Tecnologia. 
Tecnologia é considerada um sinônimo de técnica, ou seja, um processo envolvido em sua elaboração em nada se relaciona com a tecnologia, apenas a sua finalidade e utilização são levados em consideração. A tecnologia deve ser precisa e eficiente e não deve preocupar-se com teorias. A técnica, segundo o sentindo elementar, é um conjunto de conhecimentos eficazes que o homem desenvolveu ao longo dos tempos para melhorar sua maneira prática de viver. 
Concepção da Tecnologia como sinônimo de Ciência.
Compreende a tecnologia como Ciência Natural e Matemática, com as mesmas lógicas e mesmas formas de produção e concepção. 
Concepção Instrumentalista (Artefatual) da Tecnologia.
É o ponto de vista mais arraigado em nosso cotidiano e predominante no senso comum. É o mito da máquina que reina como forma de opinião soberana em nossa sociedade. Entende a tecnologia como sendo simples ferramentas ou artefatos construídos para uma diversidade de tarefas. 
Concepção de Neutralidade da Tecnologia.
Afirma que a tecnologia não é boa e nem má, apenas seu uso pode ser inadequado. 
Concepção do Determinismo Tecnológico.
Considera a tecnologia como autônoma, auto evolutiva, seguindo, de forma natural, sua própria inércia e lógica de evolução desprovida do controle dos seres humanos. Essa ideia teve grande influência na ficção científica. A imagem da tecnologia autônoma e fora do controle humano, desenvolvendo-se segundo lógica própria, aparece associada a uma concepção determinista das relações entre tecnologia e sociedade, o progresso tecnológico segue um caminho fixo e, mesmo que fatores políticos, econômicos ou sociais possam exercer alguma influência, não se pode alterar o poderoso domínio que a tecnologia impõe às transformações sociais. 
Concepção de Universalidade da Tecnologia.
Entende-se como a tecnologia sendo universal. Podemos dizer que os resultados obtidos do desenvolvimento tecnológico são válidos independente do contexto cultura, político, social ou econômico do local onde foi gerado. 
Otimismo e Pessimismo Tecnológico.
Para tecno-catastrofistas, a ameaças de que uma tecnologia autônoma apresenta supõe um final trágico-apocalíptico para os seres humanos. A única alternativa para a tecnologia fora do controle é destruí-la, para a sociedade voltar a ser mais humanizada. Para os tecno-otimistas, os “poderes casuais” da tecnologia têm um significado de poder trazer todas as melhorias possíveis que o meio e o homem necessitam para seu bem estar e sobrevivência. 
Pessimismo Tecnológico
Segundo Martin Heidegger, o progresso tecnológico é a causa de todos os males da humanidade, por contribuir para alagar as desigualdades sociais, graças ao acúmulo discrepante de riquezas e poder. Quem defende esse ponto de vista, afirma que a tendência é piorar, pois o progresso tecnológico será responsável pela extinção de vida na Terra e/ou a destruição do planeta. 
Otimismo Tecnológico 
Francis Bacon proclamava que a ciência se consistiria em conhecer a natureza e aplicar esses conhecimentos para sua dominação com a finalidade de melhorias da vida humana. Mas, com o surgimento do conceito de sustentabilidade, muitos defendem que existem mecanismos capazes de segurar o desenvolvimento sanando problemas ambientais, sociais e materiais sem degradar e sem ameaçar a sobrevivência do planeta. 
Sociosistema: Um novo conceito.
Compreende a tecnologia de uma forma alternativa, um novo conceito de relacionar a demanda social, a produção tecnológica com a política e economia. 
Pacey, fala sobre duas definições de tecnologia. A primeira faz referência ao aspecto técnico, incluindo as concepções intelectualista e instrumentalista. Já a segunda incorpora as características já mencionadas, os aspectos organizacionais e os aspectos culturais. Assim, priorizam-se os aspectos organizacionais e culturais sobre os aspectos técnicos. 
A tecnologia não é autônoma, por dois motivos: por um lado não se desenvolve com autonomia em relação a forças e, por outro, não é segregável do sistema que faz parte e sobre o qual atua. 
Diferencias entre ciência e tecnologia.
Ciência: entende o fenômeno natural; descreve o problema; sugere hipótese; seleciona hipóteses; experimenta; encaixa hipóteses/dados; explica o natural; analítica; simplifica o fenômeno; conhecimentos generalizado.
Tecnologia: Determina a necessidade; Descreve a necessidade; Fórmula ideias; seleciona ideias; faz profundo; prova o produto; fabrica o artificial; sintética; aceita a complexidade da necessidade; objeto particular.
Afinal, o que é Tecnologia?
Devemos considerar a tecnologia como um campo sólido de conhecimentos, tem uma estrutura bastante ampla, e apesar de formal, não é uma disciplina como qualquer outra que conhecemos, nem tampouco poder ser estruturada da mesma forma.
A tecnologia é concebida em função de novas demandas e exigências sociais e acaba modificando todo um conjunto de costumes e valores, e por fim, agrega-se à cultura. Apesar de fazer parte dos artefatos e dos produtos que nos cerca, a tecnologia é o conhecimentos que está por trás desses artefatos, não apenas o resultado e o produto, mas a concepção e a criação em si. Podemos dizer que a tecnologia é uma produçãobasicamente humana. 
O desenvolvimento de novas tecnologias sejam elas produtos, artefatos ou sistemas de informação e comunicação, constitui um dos fatores-chave para compreender e explicar todas as transformações que se processam em nossa sociedade. 
A tecnologia não abrange somente os produtos artificiais fabricados pela humanidade, ela engloba também as metodologias, as competências, as capacidades e os conhecimentos necessários para realizar tarefas produtivas, além do próprio uso dos produtos colocados dentro do contexto sociocultural. 
Quando a tecnologia é colocada à disposição da sociedade ou do mercado, passa a ter seu valor determinado pela forma como vai ser adquirida e usada, assim, quem define o valor é a própria sociedade em desenvolvimento. Sendo assim, a tecnologia se torna produto da sociedade que a cria. 
Trabalhar com a tecnologia é algo dinâmico, pois o que hoje é ponta, amanhã passa a ser obsoleto, exigindo novos procedimentos, conceitos e atitudes para inovar.
A tecnologia é um conjunto de saberes inerentes ao desenvolvimento e concepção dos instrumentos criados pelo homem através da história para satisfazer suas necessidades e requerimentos pessoais e coletivos. 
O conhecimento tecnológico é o conhecimento de como fazer, saber fazer e improvisar soluções e não apenas um conhecimento generalizado embasado cientificamente. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Tecnologia possui um aspecto organizacional, que abrange a economia e as atividades industriais, profissionais, além dos usuários e dos consumidores. A tecnologia não é uma mercadoria que se compra e se vende mais de adquire pela educação teórica e prática. Existem tantas tecnologias especificas quantos são os tipos de problemas a serem resolvidos. 
DESVELANDO A INTERNET DAS COISAS
As Eras Midiáticas
Santaella destaca cinco eras tecnológicas e seus dispositivos de mediação:
- os meios de comunicação de massa eletromecânicos;
- os eletroeletrônicos;
- o surgimento de aparelhos, dispositivos e processos de comunicação narrowcasting e pessoais;
- o surgimento dos computadores pessoais ligados a redes teleinformáticas;
- e os dispositivos de comunicação móveis.
Três momentos serão explorados na análise: suportes tecnológicos, programa e conteúdo, com intuito de situar paralelamente o aparecimento gradativo da máquina de Turing, da arquitetura Von Neumann e da Internet.
(PASSO1) As tecnologias eletromecânicas trouxeram os suportes da era da reprodutibilidade técnica. Exemplo desses suportes encontra-se nas linhas de produção dos jornais, nas câmeras fotográficas analógicas, nas filmadoras das primeiras gerações do cinema, telégrafos, telefones analógicos, entre outros. Suportes mecânicos não são programáveis, pois sua alteração implica a alteração de sua estrutura física.
(PASSO2) O passo seguinte nos levou a era da difusão, na qual o rádio e a televisão tornaram-se os principais meios. O gigantismo da difusão foi possibilitado pelas tecnologias de transmissão e baixo custo para o publico, o que acabou desencadeando na ascensão das cultura de massas. Os conteúdos do radio e da televisão deixam de ser fixos, trazendo um conteúdo novo a cada instante.
(PASSO3) Chegamos a tecnologia disponível, controle remoto e as modificações que trouxe para a recepção televisiva, maquinas de Xerox e a possibilidade de quebrar e se apossar de partes da informação impressa, o walkman e a antecipação embrionária das mídias móveis atuais, televisão a cabo e vídeo cassete, tudo isso dando ao receptor a chance de buscar conteúdos de sua escolha. 
(PASSO4) É caracterizado pelo surgimento dos computadores pessoais ligados a redes teleinformáticas. Aos desktops seguiram os Laptops, que se miniaturizaram ainda mais nos i-pads e i-phones, dando início, em um curto espaço, a uma quinta era tecnológica.
(PASSO) Além de permitir a comunicação online, os aparelhos permitem a conexão continua à internet, sem limites de tempo e espaço. 
A Escalada do Computador e das Redes
Em 1930, aparecia o teórico da máquina de Turing, na busca por mecanizar o potencial do pensamento humano para o cálculo. O processo de maturação dessa tecnologia foi longe, emergindo primeiro em máquinas pré-programadas, como calculadoras para tomar forma mais definidas, graças ao trabalho de Von Neumann, na década de 1950. Essa nova arquitetura de hardware permitiu a implementação da maquina universal programável, no qual os programas podem ser transmitidos e alterados com a mesma facilidade que se alteram os conteúdos que apresentam.
A tecnologia das redes, responsável pela integração e conexão de maquinas e sistemas computacionais, também advém da era eletromecânica, presente nos telefones e telégrafos, mais com a vida mais restrita nesses dispositivos. 
A hibridização da máquina de Turing ou máquina programável, arquitetura de Von Neumann ou arquitetura de hardwares programáveis e regidos por seus dados e redes com a Internet, tiveram seu ponto central no quarto período midiático proposto por Santella. Esse período é considerado o marco para o nascimento da Internet das Coisas e seus vetores constituintes. 
A Ciência da Computação estuda os modos como um computadores esta funcionando. 
Máquina de Turing surgiu em 1935, em sua iniciativa para resolver “o problema da decisão” formulado por Hilbert, Turing emergiu como uma ideia de máquina abstrata de cálculo universal que tinha em sua base a formulação de uma lei geral simbólica como procedimentos descritivos e sistemáticos para a resolução de problemas matemáticos. Esse procedimento proposto por Turing transformou-se em um avanço no campo teórico da matemática e se tornou a base conceitual de todo campo. Foi necessário criar um conceito formal matemático que modelasse a maneira como o ser humano procede quando faz cálculos, esse procedimento é o algoritmo.
Algoritmo é um processo ordenado por regras, que diz como se deve proceder para resolver um determinado problema. Um algoritmo é uma receita para fazer alguma coisa. 
Alan Turing sugeriu que talvez fosse possível implementar um mecanismo semelhante ao da Inteligência humana numa máquina. 
Computadores eletrônicos são implementações de máquinas de Turing universais: máquinas reais que executam os mesmos procedimentos simples de uma máquina de Turing universal, capaz de simular qualquer máquina de Turing . 
A cada momento um algoritmo controlador comanda a execução do algoritmo especializado necessário. Isso facilitou imensamente a evolução da indústria de computação. Para implementar um novo componente, não é mais necessário a construção de um novo computador, basta acoplar o novo equipamento e disponibilizar o algoritmo necessário para acioná-lo.
A arquitetura em camadas facilitou a implantação de camadas sucessivas de algoritmos cujo produtos são outros algoritmos. O resultado é que hoje em dia há linguagens de programações cujo conjunto de símbolos válidos é semelhantes aos símbolos naturais. O programador não precisa mais conhecer detalhes de eletrônica, basta criar um programa em uma linguagem que é próxima a sua linguagem natural e encarregar outro programa, que existe em outra camada de traduzir esse programa em linguagem “quase-natural”, nos códigos necessários para execução pela máquina. 
A WWW também é formada por diferentes camadas de software e equipamentos. A “internet” é o nome de um dos componentes que permite a comunicação entre computadores. Trata-se do “protocolo entreredes” (“internet protocol”, o IP do TCP/IP), criado no final dos anos 60 sob os auspícios do governo norte-americano para permitir a troca de informações entre computadores.
As comunicações entre computadores são possíveis não só graças a protocolos de comunicação entre máquinas, mas também a componentes como: 
- DNS ou Domain Name Servers (atribuir nomes a endereços numéricos através de servidores de nomes de domínio);
- HTML ou Hypertext Markup Language (linguagem para formatar e ligar diferentes documentos);
- HTTP ou hypertext Markup Language (protocolo para transferência de informações em hipertextos);
- FTP ou File Transfer Protocol (protocolos para transferência de informações não hipertextuais)
- Adições que permitiram que o acesso ubíquo à rede fosse economicamente viável não só para as pessoas, mais também para os objetos. 
As consequências da possibilidade de comunicação ubíqua entre computadores ainda não podem ser avaliadas em sua totalidade. Do ponto de vista estrutural, a comunicação entre máquinas possibilitou a expansão do conhecimento técnico, barateando a criação de tecnologias que hoje são utilizadas para impulsionar o desenvolvimento da Internet das Coisas. 
Coisas Intercomunicantes
Como consequência da fusão entre as indústrias da computação e telecomunicações e a emergência da tecnologias microeletrônicas e wireless, a ciências da computação aliada às interfaces de comunicação fixas ou móveis, esta hoje formando redes de computação ubíqua. 
A computação esta cada vez mais invisível, mas mantendo a capacidade de comunicação entre si. Essas redes tem característica de conectar não apenas humanos a humanos, mas também humanos a objetos e objetos a objetos. 
A Internet das Coisas corresponde à fase atual da internet em que os objetos se relacionam com o objetos humanos e animais os quais passam a serem objetos portadores de dispositivos computacionais capazes de conexão e comunicação. 
A ideia de ubiquidade está presenta na Internet das Coisas. Ubiquidade se refere à noção de algo que está presente em todos os lugares e em todos os momentos, persistente, sempre disponível e atuante. A questão atual da computação ubíqua teve como estopim a convergência explosiva entre computadores e telecomunicações associados à microeletrônica, tecnologias wireless e o desenvolvimentos de interfaces móveis, que se somaram às fixas já existentes. 
Para que os dispositivos e as coisas do dia a dia pudessem ter acesso a bases de dados e estar conectadas em rede e também à Internet, algumas questões precisavam ser resolvidas: uma forma de identificação eficiente em custo. As tags, enquanto elementos que inseridos em objetos cotidianos corporificam uma comunicação ubíqua e estabelecem um senso de ordem, atribuem informações sendo facilmente reconhecíveis e reprodutíveis, e dentro do caráter temporário que apresentam, podem ser reprogramadas a qualquer momento. Outra foi o QRCode, que permite que aparelhos celulares, através de seus algoritmos visuais, escaneiem informação digital impressa em mídias analógicas. 
Em segundo lugar o sensoriamento precisou evoluir. Com isso, a base de dados poderia ser abastecida com detecção do estado físico dos objetos e de seu ambiente real. Isso permitiu aumentar a autonomia e o alcance do processamento das redes ao adicionar capacidade de processamento aos seus pontos extremos. Em terceiro, os avanços em miniaturização e a nanotecnologia estão levando a um cenário onde coisas cada vez menores têm capacidade de se conectar e interagir longe de nossos olhos. A inteligência computacional está em franca expansão. Trata-se de uma racionalidade computacional que opera em nosso dia a dia. Uma expansão que cada vez menos percebemos visualmente e que cada vez mais se incorpora aos nossos hábitos. 
ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA, ENSINO POR INVESTIGAÇÃO E ARGUMENTAÇÃO.
Em linhas gerais, podemos afirmar que a Alfabetização Científica tem se configurado no objetivo principal do ensino das ciências nas perspectivas de contato com o estudante com os saberes provenientes de estudos da área e as relações e os condicionantes que afetam a construção de conhecimento científico em uma larga visão histórica e cultural. 
O que ensinar em Aulas de Ciências?
A influencia das ciências em nossa sociedade não é unidirecional. São, portanto, ciência e sociedade, transformadas e transformadoras. 
Ensinar ciências implica dar atenção a seus produtos e a seus processos. Oportunizar o contato como um corpo de conhecimentos que integra uma maneira de construir entendimento sobre o mundo, os fenômenos naturais e os impactos destes em nossas vidas. Não apenas reconhecer os termos e os conceitos canônicos das ciências de modo a poder aplicá-los em situações atuais, pois o componente da obsolescência interage a própria ciência e o modo como dela e de seus conhecimentos nos apropriamos. Conhecer ciências tem um alto grau de comprometimento com a percepção de que o mundo esta em constate modificação, sendo importante e necessária a permanente busca por construir entendimentos acerca de novas formas de conceber os fenômenos naturais e os impactos que estes têm sobre nossa vida. 
A Sala de Aula de Ciências
Além das salas de aulas, laboratórios costumam estar vinculados às práticas das aulas de ciências. Infelizmente a realidade que encontramos hoje nas escolas brasileiras deixa claro que esse espaço tem recebido cada vez menos atenção, implicando não apenas o escasso suporte para que seja utilizado, devido à falta de manutenção e de reposição de itens centrais, como também a falta de condições para o planejamento e organização hábeis, acarretando em casos frequentes de adaptação desse espaço para outra atividades. 
A Escola como Espaço de Encontro de Culturas
A função atribuída à escola é de oferecer cultura para aqueles que se encontra em seu espaço. Espera-se que a cultura erudita seja apresentada aos estudantes, mas não podemos deixar de lado que a escola, como espaço físico que congrega pessoas de diferentes experiências, realidades e perspectivas sociais e culturais distintas, também congrega diferentes culturas, além de, ela mesma, possuir características que definem suas própria cultura. 
Na escola, normas são definidas, por exemplo, por diretrizes curriculares, pelo projeto político pedagógico da escola, pelo regime escolar, pelo contato do professor com suas turmas, podendo ser legitimadas por essas mesmas pessoas ou pelas diretrizes. Práticas escolares podem ser encontradas, por exemplo, nas atividades de sala de aula realizadas por professor e alunos, conversas entre professores sobre planejamento e atividades em momentos informais, como intervalos, brincadeiras e jogos escolares. 
Cabe aos alunos o papel de aprendizes e o professor o papel de instruir. Técnicas, métodos, atividades, práticas são todos realizados na expectativa de que a instrução possa gerar aprendizagem e ao mesmo tempo, buscam avaliar os resultados obtidos pela interação realizada. 
Ciência como Cultura
Perceber-se que o trabalho científico não é algo feito isoladamente, um ato advindo de cabeças de pessoas iluminadas. Proposições são construídas como forma de apoiar e de sintetizar fatos e evidências em análise, assim como fatos e evidências podem ser construídos para sustentar preposições. 
A partir dessas ideias aceca do trabalho científico, podemos conceber a cultura cientifica como o conjunto de ações e de comportamentos envolvidos na atividade de investigação e divulgação de um novo conhecimento sobre o mundo natural. É possível afirmar que lógica e objetividade costuma ser as bases que fundamentam a construção e a proposição dos conhecimentos cientifico. A construção e o teste de hipóteses, a busca por evidências e justificativas também perpassam as ações do fazer cientifico, e a divulgação das ideias pauta-se, muitas vezes, na tentativa de convencimento do que se propõe. Reconhecendo as ideias sobre cultura escolar e sobre culturas cientifica, entendemos que a escola deve perseguir a meta deconcretização do conhecimento e atitudes relacionadas às ciências da natureza, não apenas como uma disciplina escolar, mas como área do conhecimento da humanidade. 
Algumas Ideias sobre Alfabetização Científica
Os preceitos e os objetivos para o Ensino de Ciência registram a clara intenção de formação capaz de prover condições para que temas e situações envolvendo as ciências sejam analisadas à luz dos conhecimentos científicos. Pode-se afirmar que a Alfabetização Científica revela-se como a capacidade construída para a análise e a avaliação de situações que permitam ou culminem com a tomada de decisões e o posicionamento. 
A Alfabetização Científica é vista como processo contínuo. Ela não se encerra no tempo e não se encerra em si mesma, deve estar sempre em construção, englobando novos conhecimentos pela análise e em decorrências de novas situações. 
Ainda que os três eixos estruturantes possam não se fazer presentes em todas as aulas, é necessário que eles sejam equitativamente considerados ao longo do desenvolvimento. 
São os três eixos:
- a compreensão básica de termos e conceitos científicos – possibilitar o entendimento conceitual;
- a compreensão da natureza da ciência e dos fatores que influenciam sua prática – ilustrar as diferentes influências no momento de proposição de um novo conhecimento;
- o entendimento das reações entre ciência, tecnologia, sociedade e ambiente, permitindo uma visão mais completa e atualizadas da ciências – complexidade existente na relação que envolve o homem e a natureza. 
Indicadores de Alfabetização Científica trata-se de habilidades vinculadas à construção de entendimento sobre temas das ciências que podem estar em processo em sala de aula e evidenciam o papel ativo dos estudantes na busca pelo entendimento dos temas curriculares da ciências. 
Esses indicadores referem-se
- ao trabalho com as informações e com os dados disponíveis, ou seja, por meio da organização da seriação e da classificação de informações;
- ao levantamento e ao teste de hipóteses construídas que são realizados pelos estudantes;
- ao estabelecimentos de explicações sobre fenômenos em estudo, buscando justificativas para torná-las mais robustas e estabelecendo previsões delas advindas;
- e ao uso de raciocino lógico e raciocínio proporcional durante a investigação e a comunicação de ideias em situações de ensino aprendizagem.
O Ensino por Investigação como Abordagem Didática.
Tem como objetivo levar os estudantes a realizarem investigações e de desenvolver entre os estudantes um entendimento sobre o que seja a investigação científica.
O próprio entendimento acerca do fazer científico vem sendo modificado. Assim como a própria construção do conhecimento em ciências, a investigação em sala de aula deve oferecer condições para que os estudantes resolvam problemas e busquem relações causais entre variáveis para explicar o fenômeno em observação. Deve possibilitar a mudança conceitual, o desenvolvimento de ideias que possam culminar em leis e teorias, bem como a construção de modelos.
Caracteriza-se por ser uma forma de trabalho que o professor utiliza na intenção de fazer com que a turma se engaje com as discussões e, ao mesmo tempo em que travam contato com fenômenos naturais pela busca de resoluções de um problemas, exercitam práticas e raciocínios de comparação, análise e avaliação bastante utilizadas na prática científica.
Argumentação no Ensino de Ciências.
Uma das possíveis formas de definir a argumentação sustenta-se na ideia da defesa de pontos de vista ou de alternativas de ação. A argumentação permitiria evidenciar as perspectivas de construção de entendimento de processos, ideias, conceitos e posições.
A argumentação configura-se como uma forma de comunicar conhecimentos e ideias. Pode-se afirmar que a linguagem científica é, por natureza, uma linguagem argumentativa. 
Investigação e Argumentação: Pontos Culturais das Ciências e de seu Ensino. 
A atividade investigativa do cientista é ampla e complexa. Não se manifesta privilegiadamente por meio de uma estratégia, podendo estar associada a teste empíricos, experimentos de pensamento, análise e avaliação de dados e toda uma gama extensa de modos congregados. A argumentação científica, de modo semelhante, também, pode se manifestar em distintas formas e em distintos momentos da produção e proposição de um conhecimento. 
Em sala de aula a investigação e a argumentação não são idênticas à prática realizada por aquele que faz ciências, mas, quando utilizadas com finalidade didática, podem permitir o desenvolvimento de entendimento sobre o que sejam as ciências, ao mesmo tempo em que são meios pelos quais conceitos, noções e modelos científicos são discutidos com os estudantes.
Pode-se falar em uma Cultura Híbrida na Aula de Ciências?
A ideia de hibridismo é apresentada como a mestiçagem de práticas que circundam ações em uma dada cultura podendo haver incorporação de práticas de uma cultura para concretização de afazeres em outra. Desse modo, seria possível conceber a integração e a compreensão de aspectos culturais de modo menos estranho e mais reconfortante pela identificação de similaridades. Ele é desse modo, o responsável para explicitar o problema, que incita a investigação, e tornar possível a dialética que caracteriza a argumentação. 
APRENDIZAGEM MEDIADA PELA TECNOLOGIA
A tecnologia transforma o comportamento pessoal e social de todo o grupo. Chegamos ao momento tecnológico atual, da Sociedade da Informação ou Sociedade Digital.
As tecnologias existentes em cada época, disponíveis para utilização por determinado grupo social, transformaram radicalmente as suas formas de organização social.
Para Levy, nas sociedade em que predomina a transmissão oral e escrita, a aprendizagem é baseada na reprodução e repetição. 
Nas sociedades sem escritas, as crianças aprendem os conhecimentos disponíveis ajudando os adultos nas tarefas diárias. Aprendizagens se dão também nos encontros e festas em que rememoradas às histórias e lendas que fazem parte da memória local. 
A invenção da imprensa e a produção sistemática de livros apresentam-se como uma nova revolução no processo de aquisição de conhecimento, sem extinguir as formas de transmissão oriundas da oralidade. Possibilita o surgimento de tempos e espaços indefinidos de aprender.
Na atualidade, as tecnologias digitais oferecem novos desafios. As novas possibilidades de acesso à informação, interação e de comunicação proporcionadas pelos computadores dão origem a novas formas de aprendizagem. 
Os novos e múltiplos produtos criados a partir dos usos diferenciados das tecnologias de última geração têm suas especificidades. Eles se diferenciam em seus usos e nas formas de apropriação pedagógica, nem sempre facilitando as aprendizagens. Muitas vezes o mau uso dos suportes tecnológicos pelo professor põe a perder todo o trabalho pedagógico e a própria credibilidade do uso das tecnologias em atividade educacionais. Os educadores precisam compreender as especificidades desses equipamentos e suas melhores formas de utilização em projetos educacionais. Saber utilizar adequadamente essas tecnologias para fins educacionais é uma nova exigências da sociedade atual em relação ao desempenho dos educadores. 
É preciso saber aliar os objetivos de ensino com os suportes tecnológicos. Se o objetivo é utilizar meios tecnológicos que auxiliem apenas na veiculação de informações, em um sentindo único, para uma grande massa de pessoas, ou mesmo para um pequeno grupo de alunos, que estejam reunidos presencialmente em um mesmo espaço físico, os recursos da televisão, cinema ou vídeos podem ser utilizados obedecendo às especificidades. Quando a proposta de ensino envolve um mínimo de interação e exige a personalização dos caminhos de aprendizagem, os recursos recorrentes do uso do computadores e da Internet dão novas características para o desenvolvimento de aprendizagens.
Aprender na Sociedade Digital.
Essas aprendizagens vão além das capacidades e habilidades adquiridaspor meio de memorização e reprodução do que lhes é transmitido e ensinado, vão além dos procedimentos de compreensão, aplicação e análise existentes nos processos de ensino das sociedades escritas. O ensino mediado pelas NTICs se caracteriza pelo envolvimentos de todos esses procedimentos em um processe de síntese e o surgimentos de novos estilos e raciocínio além do estímulo ao uso de novas percepções e sensibilidades. 
Ambientes Virtuais de Aprendizagem
As características de interatividade existentes nesses espaços garante a interação permanente entre os seus usuários. A hipertextualidade facilita a propagação de atitudes de cooperação entre os seus participantes, para fins de aprendizagem. A conectividade garante o acesso rápido à informação e à comunicação interpessoal, em qualquer tempo e lugar, sustentando o desenvolvimento de projetos em colaboração e a coordenação das atividades. 
Essas três características – interatividade, hipertextualidade e conectividade – já garante o diferencial apresentado pelos ambientes virtuais para a aprendizagem individual. Essas características possibilitam trocas permanentes dos participantes de uma disciplina virtual com diferenciados espaços de informação: sejam pessoas ou websites, CD-ROM, disquetes.
Por meio das formas síncronas e assíncronas de comunicação, as pessoas definem seus próprios caminhos de acesso às informações desejadas. 
O ensino colaborativo prevê a interdependência do grupo e preocupa-se mais do que com o domínio de conteúdos, em melhorar a competências dos alunos para trabalharem em equipes.
O desenvolvimento de competências pessoais e grupais valorizam socialmente como: participação coletiva, autonomia e interdependência, flexibilidade, o desafio de lidar com pensamentos divergentes, a superação em conjunto de problema postos, a vivência de diferenciados estilos de coordenação, a avaliação permanente e a análise dos processos e dos procedimentos utilizados individual e coletivamente para alcançar os resultados. 
Aprendizagens que se apresentam como construções criativas, fluidas, mutáveis, que contribuem para que as pessoas e a sociedade possam vivenciar pensamentos, comportamentos e ações criativas e inovadoras, que as encaminhem para novas ações socialmente válidos no atual estágio do desenvolvimento da humanidade.
 
TECNOLOGIAS: INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO E CIDADANIA.
Informação na (pós) modernidade. 
 Tecnologia escrita desempenhou um papel fundamental e foi à primeira tecnologia utilizada. Possibilitou o desenvolvimento das ciências através da disseminação de teorias, pensamentos e experiências realizadas por diversos autores.
As tecnologias da informação e comunicação (TICs) apresenta uma gama de possibilidades para tratar a informação, desde seu processo de produção, uso e armazenamento até a sua disseminação, possibilitando novas formas de comunicação e com isso reeditando as noções de tempo, espaço, sociabilidade, educação, conhecimento, metodologias de trabalho e pesquisas. 
Falta de senso é um dos principais indicativos da pós-modernidade.
Período moderno foi marcado pela organização do saber e pela busca incessante de verdade e razões universais, o pós-modernismo veio relativizar a verdade e pôr em cheque as garantias de interpretação da natureza e cultura que eram vistas como irrevogáveis.
A sociedade presente, nomeada de sociedade da informação, pode ser definida ou interpretada sob pontos de vistas distintos, embora haja notadamente uma predileção pelo viés otimista liderado por muitos autores e principalmente pela própria sociedade. 
Castells afirma que as tecnologias estão promovendo uma revolução social, inaugurando uma era de produção e de poder que tem como principal característica a convergência de riquezas em conhecimentos. 
Para Serra, a sociedade de informação deve ser interpretada como uma realidade possível de ser construída e discutida por todos os cidadãos, afastando a concepção de que a ciência e tecnologia devem compor uma área totalmente excluída da política e restrita do racionalismo dos cientistas. 
A sociedade da informação tem como ícone o uso das tecnologias, e estas representam uma das maiores discrepâncias de opiniões encontradas entre pesquisadores, profissionais da comunicação e informação, educadores e a sociedade em geral. As tecnologias não são definidas somente a partir do uso que dela se faz, mas, ao se tornar objeto presente no cotidiano das sociedades, ela é passível de ser apropriada e revertida para outros fins que podem ser contrários àqueles previstos no seu processo de criação e desenvolvimento.
O paradoxo das teorias sobre TICs
As diferentes leituras teóricas que tratam as tecnologias delineiam um panorama dicotômico sobre as mesmas: uma parte anuncia as ameaças trazidas pelos objetos tecnológicos, enquanto a outra advoga a solução de muitos problemas da sociedade a partir da aplicação e o uso de recursos técnicos. 
Uma das pesquisas de caráter determinante afirma que as tecnologias possuem características que alteram o ambiente social, sendo entendidas com agentes que modificam elementos presente na sociedade. 
Weissberg reforça a teoria da eficácia cultural unilateral, em que as visões de mundo e as relações sociais sofrem transformações originadas pelas tecnologias. 
Para muitos autores, as tecnologias possuem autonomia, são exteriores à sociedade e cultura, agem sob forças independentes e possuem sistemas de controle e regulação. 
Neil Postman afirma que a própria tecnologia é definida a partir dos elementos que a constituem. Ele também credita às tecnologias a responsabilidade por interferências negativas que se voltam contra a humanidade. 
Segundo Quéau, o real está sendo ameaçado pelo virtual. Ele acredita que o consumo excessivo de universos virtuais acarretaria uma espécie de “ópio do povo”, sendo a realidade substituída por ela. 
Autores que são considerados otimistas acríticos, afirmam que a tecnologia representa um avanço social e resolução dos problemas de toda ordem.
Para Levy, ciberespaço significa possibilidade de recuperar, organizar e compartilhar os saberes dispersos, e logo o define como o principal meio para uma “Gestão” da inteligência coletiva. 
Ciberespaço, interconexão dos computadores do planeta, tornando-se a principal infraestrutura de produção, transação e gerenciamento econômico.
TICs, conhecimento e cidadania.
É possível encontrar alternativas para a uma concepção que conceba a tecnologia a partir de múltiplos vínculos e relações com a cultura. Dizer que uma resulta ou é proveniente de um efeito da outra é acreditar que existem domínios puros e estanque, e, ao mesmo tempo, é uma negação das possibilidades de intervenção e de desvio de ambas as partes.
As contínuas e abundantes relações que existem entre tecnologia e cultura não ocorrem em maneira linear.
As interações, as intermediações, as trocas entre humanos e artifício são constante e permeadas por particularidades.
Percebe-se que a ligação entre TICs, informação e conhecimentos envolve outro fatores, que nos afastam de duas visões deterministas: as TICs como a concretização da ameaça e a substituição do real pelo virtual. As TICs como o passaporte para o conhecimento e inserção social, através da disseminação livre de toda a informação e tecnologia disponível.
A informação é transformada em conhecimentos quando debatida e compartilhada, pois a partir da interação entre os sujeitos é que os mesmo se tornam aptos para intervir no processo de produção, organização e disseminação da informação, passando do status de meros consumidores para produtores e até mesmo gerenciadores. 
O problema da manipulação de informações é uma das práticas mais utilizadas no exercício do poder na contemporaneidade, quadro que é agravo através do excesso de informações cada vez mais disponíveis atualmente. 
Na tentativa de simplificar essa operação, ocorre outro problema: a seleção da informação é, quer se queria ou não, tendenciosa, até porque não há como prescindirdas diferentes formas de restrição do seu acesso ou manipulação do seu conteúdo. 
A uma grande diferencia entre a ignorância que é mantida pela falta de conhecimento e a ignorância construída com base em um “conhecimento truncado”. Na primeira, o conhecimentos é negado, na segunda o conhecimento é destorcido ou comprometido. 
O acesso à tecnologia e à informação são apenas fases iniciais. Ao se deparar com um excesso de informações, seus utilizadores precisarão de outras competências e habilidade que transcendem a simples leitura e escrita, gerando assim uma demanda de educação especifica chamada de information literary.
Information Literary é definido por verificar que a competência para o uso da informação requer dos indivíduos a habilidade de localizar, avaliar e usar efetivamente a informação dentro de um contexto especifico.
As discussões em torno das TICs, da educação para a informação e da cidadania estão imersas em um contexto mais amplo, que é o da inclusão social.
As TICs possuem uma natureza inalterável pré-determinada a trazer benefícios ilimitados ou danos irremediáveis. Desconsiderasse as interconexões entre cultura e tecnologia, reforça-se a preponderância da ciência sobre a natureza. 
A sociedade da informação é instável e híbrida, e não pode ser vista como um fim em si mesma. A disponibilidade de informação, em suas múltiplas formas e fontes apresentam-se em um crescimento vertiginoso. 
A participação politica, o exercícios da cidadania, a construção do conhecimento e a melhoria na qualidade de vida das pessoas e do desenvolvimento de uma consciências coletiva voltada para o progresso social, estão relacionadas ao acesso à informação. 
A educação para a informação torna-se assim, uma premissa fundamenta para que as apostas nas tecnologias não desempenhem um papel maior do que a busca pelo conhecimento, pelo desenvolvimento coletivo dos saberes e pelo despertar da consciência cidadã.
TENDÊNCIAS DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E SUAS RELAÇÕES COM A CTS.
O ensino só pode ser considerado de qualidade se oportunizar uma efetiva construção do conhecimento pelos indivíduos envolvidos no processo e não apenas uma acumulação de informações repassadas no ambiente escolar. É indispensável que se proporcione uma alfabetização contínua, capaz de habilitar o aluno a compreender a realidade em que esta inserido. 
Segundo Skovsmose, um enfoque crítico reflexivo da matemática precisa interligar o ensino ao ato de investigar ou indagar a vida em sociedade.
Com base nessas exposições, destaca-se um dos temas importantes do conhecimento matemático o qual enfatiza os diálogos e reflexões críticas em torno da ciência e da tecnologia, em seus aspectos sociais. O conhecimento matemático possibilita analisar as informações científicas e tecnológicas disseminadas como verdade para a sociedade. 
O objetivo é compreender a contribuição das tendências pedagógicas da Educação Matemática para a Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) e verificar quais tendências mais são ressaltadas e quais contribuem para a alfabetização e o letramento científico dos alunos. 
Segundo Praia e Cachapuz “enquanto o conhecimento científico tem como objetivo compreender o mundo, o conhecimento tecnológico objetivo a satisfação das necessidades humanas, o fazer, a ação, a transformação, a prática”.
A relação da Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) e a Educação Matemática.
Existe um grande distanciamento entre a realidade vivida pelos alunos e os conteúdos existentes nos currículos escolares. Essa distância é provocada pelos grandes avanços da globalização a que a humanidade está enfrentando nos últimos anos devido ao surgimento de novas tecnologias que há pouco tempo não existiam. 
Para Silva, o professor continua sendo o detentor do conhecimento e o aluno nesse processo é considerado o sujeito passivo, carente de pensamento crítico e criativo, sendo julgado incapaz de raciocinar ou lidar com seu próprio conhecimento, mesmo com intervenção do professor. O autor ainda enfatiza que a escola oferece um ensino pautado num modelo de educação “bancária”, visando à formação de alunos passivos, prontos para receberem o que o professor determinar, tanto o conteúdo quanto ao modelo a ser seguido. 
Essa metodologia de ensino não consegue responder as demandas do mundo atual, necessitando de novas metodologias no ensino da matemática, as quais levem a compreender os avanços da ciência e da tecnologia.
A ruptura da forma tradicional do ensino de Matemática se iniciou nos anos de 1980, de lá para cá, tem tentado modificar a maneira de ensinar a matemática, potencializando o processo do ensino-aprendizagem de forma que o aluno tenha condições diárias de consumo e vida tornando-se cada vez mais uma pessoa consciente dos problemas da sociedade e que esse aprendizado matemático seja importante mesmo às pequenas decisões tomadas no cotidiano. 
Depois do fracasso da matemática moderna, na década de 70, segundo Ferreira, entre os educadores matemáticos surgiram diversas correntes educacionais, voltadas para a melhoria do ensino da matemática, que tinha como característica comum: a unificação de um mesmo currículo e contra a forma de impor e apresentar a matemática, sendo um conhecimento universal e marcado por divulgar verdade e valores absolutos, e no currículo não havia espaço na matemática para a valorização do conhecimento do cotidiano do aluno, proveniente do seu meio social.
A partir da década de 80, começaram a encontrar metodologias alternativas para o ensino-aprendizagem da Matemática, o surgimento da etnomatemática e da modelagem. 
Tendências da educação matemática que mais se aproxima ao da proposta de ensino voltado para CTS, segundo Pinheiro é a Modelagem Matemática e a História da Matemática, que poderiam contribuir na condução do trabalho pedagógico voltado á resolução de problemas. Existem várias propostas metodológicas pautadas nas tendências da Educação Matemática para o ensino consistente de matemática, enfatizando o grande desafio da educação matemática, tanto para alunos quanto para professores: o de promover a aprendizagem pautada na compreensão dos fatores sociais, dos avanços da tecnologia e no desenvolvimento da Ciência.
Tendências da Educação Matemática para o contexto do séc. XXI:
- Resolução de problemas é uma proposta que visa a construção de conceitos matemáticos através de situações que estimulam a sua curiosidade matemática. Através de suas experiências com problemas de natureza diferentes, o aluno interpreta o fenômeno matemático e procura explica-lo dentro da sua concepção. Nesse processo o aluno cria a hipótese e conjecturas que o levam á investigação a partir de uma determinada situação-problemas. Nessa concepção a matemática desempenha um papel importante na formação básica do cidadão brasileiro.
- A História mostra que a construção do pensamento matemática teve como base a necessidade de aplicações e de resoluções de problemas nas atividades da vida cotidiana. A resolução de problemas continua a desempenhar um papel importante, pois estimula os alunos a resolver um problema, estes desenvolvem um conjunto de habilidades e estratégias de análise, simulação, tentativas, erros e acertos e de ação. Que serão necessárias nas diversas faces e situações da vida. 
- O ensino da Matemática por meio de resolução de problema pode ajudar no processo da alfabetização e do letramento científico dos indivíduos, contudo na cultura em que vivemos hoje é difícil imaginar uma sociedade cientificamente alfabetizada com capacidade para enfrentar os problemas sociais e científicos.
- A alfabetização e o letramento científico são elementos importantes para as pessoas, com possibilidade de ser observadoras críticas, autônomas, com capacidade de refletir e identificar a solução encontrada, conferir o resultado através de outros caminhos, efetuar uma revisão critica do trabalho realizado com intuito de conferir o resultado e o raciocínio utilizado, isto é, examinar se a solução obtida está correta, seexiste outra maneira de resolver o problema. 
Contudo, antes de solucionar problemas, devem-se examinar alguns meios dos quais se desenvolve o repertório de problemas no discente.
Segundo ao PCN, alguns problemas que permitem a aplicação das habilidades tecnologias e ajudam os alunos a adquirir habilidades de traduzir as situações-problemas em equações matemáticas, mas raramente oferecem a possibilidade de encontrar maneiras diferentes de chegar à resolução possível. 
Várias propostas apresentam resolver ou amenizar os problemas, tais como desenvolver projetos adequados aos interesses dos alunos, da comunidade escolar ou da sociedade; utilizar novas tecnologias de comunicação e informação; organizar trabalhos interdisciplinares e coletivos. 
A resolução de problemas deve proporcionar a construção de conceitos e a descoberta, levar a formular e resolver problemas com o intuito não só de trabalhar atividades em si, mais principalmente como conteúdo de ensino-aprendizagem.
A modelagem matemática é uma perspectiva, uma alternativa de ensino aprendizagem possibilitando estudar um problema, uma situação não matemática, elaborado por meio dos dados do problema, busca-se um modelo matemática para a solução do mesmo, ou seja, procura transformar problemas da realidade em problemas matemáticos. 
A modelagem matemática é uma estratégia de ensino, uma metodologia que se torna parte do processo pedagógico que valoriza o saber cotidiano do aluno, faz uma ponte para o saber escolar e passa a ser vista como uma estratégia de ação e um instrumento que o homem possui para lidar com o mundo matemático. 
História da Matemática tem servido como motivação para o desenvolvimento de diversos conceitos matemáticos. Esta linha de trabalho parte do princípio e que o estudo a construção histórica do conhecimento matemático leva a uma maior compreensão da evolução do conceito, enfatizando as dificuldades inerentes ao conceito trabalho. 
No uso das tecnologias acredita-se que a metodologia de trabalho dessa natureza tem o poder de dar ao aluno a autoconfiança na sua capacidade de criar e fazer matemática. Com essa abordagem, a matemática deixa de ser um corpo de conhecimentos prontos e simplesmente transmitidos aos alunos e passa a ser algo que o aluno faz parte integrante do processo da construção do seu conceito. 
O mais interessante é que todas essas propostas se completam. 
Skovsmose assinala três tipos de conhecimento matemático que comportam a constituição dos indivíduos. 
- o primeiro se refere ao conhecimento matemático, ou seja, ao conhecimento que relaciona as aprendizagens das habilidades e das ferramentas matemáticas que são ensinadas aos alunos;
- o segundo diz respeito ao conhecimento tecnológico, que a matemática, é apresentada como superfície para compreensão das tecnológicas e ferramenta para construção dessas, através de modelos matemáticos;
- o terceiro conhecimento, chamado de conhecimento reflexivo, se relaciona justamente como matemática enquanto ciência e ferramenta de desenvolvimento tecnológico.
A ciência, a tecnologia e a proposta da Educação Matemática devem estar a serviço da sociedade, no intuito de resolver ou de melhorar as condições de vida da humanidade.

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