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COISA A noção vulgar de coisa vale tanto para ilustrar o que existe no mundo das ideias como para designar a realidade sensível. Na linguagem jurídica, Coisa (res) é o objeto de relações jurídicas que tenha valor econômico, tais como: patentes de invenção, obras de arte, direitos autorais. *O corpo celeste não é considerado como coisa para o Direito. Coisas em comércio (in commercio) As que poderiam ser adquiridas por particulares. Coisas fora de comércio (extra commercium) As que não podiam ser objeto de relações jurídicas devido sua natureza física ou destinação jurídica, como: a) coisas sagradas (divini iuris) - as dedicadas ao culto religioso como os templos, (sacrae) coisas santas (sanctae) [sob proteção dos deuses - portas e muros da cidade] e coisas religiosas, (religiosae) que eram os túmulos. b) coisas profanas (humani iuris) - coisas indispensáveis à vida coletiva ou a ela úteis como o ar a água o mar e as praias. c) coisas públicas (publicae) - eram as estradas e o Fórum. Coisas em patrimônio (in patrimonio) Que se situam efetivamente no patrimônio de alguém. Coisas fora de patrimônio (extra patrimonium) Não encontradas no patrimônio de ninguém mas que poderiam ser apropriadas, podendo ser coisas sem dono (nullius) e coisas dos inimigos de Roma (hostium). COISAS QUE PODERIAM ESTAR EM COMÉRCIO E EM PATRIMÔNIO: Coisas Corpóreas: as palpáveis, que existem corporeamente. No que tange a coisas Incorpóreas, acrescentamos os direitos. Coisas Incorpóreas: somente existem intelectualmente. Res Mancipi: para se lhes transferir requeriam a prática da mancipatio. Ex.: terrenos, animais de tiro e carga, escravos. O restante de coisas eram tranferidas pela traditio. Res Nec Mancipi: tranferidas pela entrega chamada traditio. Coisas Imóveis (immobiles): O terreno e o que estivesse ligado definitivamente a ele. Coisas Móveis (mobiles): As transportáveis e semoventes. Coisas Fungíveis: Facilmente substituíveis por outras de mesmo gênero qualidade e quantidade. Ex.: arroz, metal. *A individualidade de cada componente da coisa Fungível não possui relevância jurídica. Coisas Infungíveis: Devido às suas características individuais, impede que sejam substituídas por outras de mesmo gênero. Ex.: um quadro ou uma estátua. Coisas Consumíveis: Que se exaurem com seu uso normal privando quem as usou de utilizá-las novamente. Ex.: alimentos e bebidas. Há ainda uma categoria intermediária das coisas inconsumíveis que perdem lentamente o seu valor pelo uso repetido. Ex.: um vestido, um carro. Coisas Inconsumíveis: Coisas suscetíveis de utilização constante sem que sejam destruídas e que mesmo assim, conservam sua utilidade econômica-social. Ex.: um quadro, uma estátua. Coisas Divisíveis: Que podem ser repartidas sem perder seu valor proporcional ao todo. Ex.: um TEXTO "Objetos de Direito" quarta-feira, 13 de agosto de 2014 15:56 Página 1 de DIR.ROM.HIST.DIR Coisas Divisíveis: Que podem ser repartidas sem perder seu valor proporcional ao todo. Ex.: um terreno. Coisas Indivisíveis: Aquelas cujo valor sócio-econômico se reduz ou se perde com a divisão. Ex.: estátua, carro. Coisas Simples: Representam uma unidade orgânica natural ou artificial. Ex.: um bloco, um escravo. Coisas Compostas: Formadas de união artificial de várias coisas simples. Ex.: um edifício ou um carro. Coisas Coletivas ou Universais: Aglomerado de coisas simples que só juridicamente estão ligadas entre si. Ex.: um rebanho e uma biblioteca, em que as ovelhas e os livros possuem destinação jurídica comum. Coisas Acessórias: Uma coisa principal absorve uma outra coisa considerada Acessória. Ex.: uma construção e plantações feitas em um terreno. Pertenças (instrumenta): Que conservam certa autonomia, mas sua destinação jurídica está ligada à coisa principal. Ex.: instrumentos de trabalho para o cultivo da terra, que embora ligados a ela, conservam certa independência. As rendas obtidas com a locação ou o arrendamento destas coisas são também consideradas Frutos. O parto da escrava não era considerado Fruto pelos romanos! Frutos: Coisa produzida natural e periodicamente por outra. Fruto pendente: não tem individualidade própria, portanto segue a sorte da coisa principal. Fruto destacado: passa a ter individualidade própria e portanto ser objeto de relações jurídicas separadamente da coisa produtora. Podem ser: a) COLHIDOS (percepti), b) A SEREM COLHIDOS (percipiendi), c) JÁ CONSUMIDOS (consumpti) e d) EXTANTES - frutos colhidos existentes no patrimônio de alguém aguardando consumo. Benfeitorias: Gastos com as coisas Acessórias ou Pertenças, para melhorar e aumentar a utilidade desta. Podem ser a) Necessárias - para garantir a existência e subsistência da coisa principal; Ex.: telhado novo. b) Úteis - que aumentam a utilidade da coisa principal mas que podem subsistir sem elas; Ex.: pintura nova no prédio. E c) Voluptuárias - de mero luxo; Ex.: uma piscina. Página 2 de DIR.ROM.HIST.DIR
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