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ABORDAGEM PIAGETIANA Professora Maria Vianney ABORDAGEM PIAGETIANA Jean Piaget considera que o bebê nasce com ferramentas básicas para a construção do conhecimento, os invariantes funcionais – adaptação e organização. Admitia uma organização biológica inicial, que inclui um conjunto de reflexos que se transformará pela interação do bebê no mundo. 2 ABORDAGEM PIAGETIANA Segundo Piaget, o desenvolvimento cognitivo é marcado por estádios, cada um desses é caracterizado por uma forma distinta de pensar a respeito do mundo e de compreendê-lo. As idades indicadas são sempre aproximadas, há variações individuais de acordo com habilidades e experiência. 3 ESTÁDIO SENSÓRIO-MOTOR A criança de zero a dois anos está no estádio sensório-motor. A criança representa o mundo pelas ações e baseia seus julgamentos nas sensações e percepções. A ausência da função semiótica é a principal característica deste período. Logo, a inteligência é ativada por meio das percepções e das ações que desenvolvem com os deslocamentos do próprio corpo. É uma inteligência iminentemente prática. 4 Sensório-motor – 6 subestádios 1º subestádio - exercício dos reflexos – 0 a 1 mês. 2ºsubestádio- primeiros hábitos adquiridos ou reações circulares primárias – 1 a 4 meses. 3º subestádio - intencionalidade divisão meio-fim – 4 a 8 meses. 5 4º subestádio hierarquia de esquemas secundários – 8 a 12 meses. 5º subestádio exploração ativa – 12 a 18 meses. 6º subestádio aparecimento da imagem mental/invenção – 18 a 24 meses. Sensório-motor – 6 subestádios 1º subestádio - 0 a 1 mês Os comportamentos globais da criança estão determinados hereditariamente e apresentam-se sob a forma de esquemas reflexos. O bebê relaciona-se com o mundo através dos sentidos e da ação. Os reflexos inatos proporcionam-lhe um repertório mínimo de condutas, mas que é suficiente para sobreviver. A conduta reflexiva é desencadeada quando ocorre uma determinada estimulação. Exemplo: sucção. Este estágio é caracterizado pela repetição dos esquemas motores inatos. O bebê relaciona-se com o mundo através dos sentidos e da ação. Os reflexos inatos proporcionam-lhe um repertório mínimo de condutas, mas que é suficiente para sobreviver. A conduta reflexiva é desencadeada quando ocorre uma determinada estimulação. Exemplo: sucção. Este estágio é caracterizado pela repetição dos esquemas motores inatos. 7 2º subestádio -1 a 4 meses primeiros hábitos adquiridos ou reações circulares primárias Formação das primeiras estruturas/adaptações adquiridas: os hábitos. A aquisição de habilidades depende da repetição de ações prazerosas provocadas de forma casual. As organizações primárias (reações circulares primárias) dizem respeito ao segmento do próprio corpo. Exemplo: quando o bebê faz algo intencional que o agrada/atrai tenta repetir a ação; esbarra a mão na boca e começa a chupar o dedo; o dedo sai da boca e o bebê recomeça tentando reproduzir a ação. 8 3º subestádio – 4 a 8 meses intencionalidade; divisão meio-fim reações circulares secundárias Aparecem as repetições de gestos que casualmente chegaram a produzir uma ação interessante sobre as coisas: as reações circulares secundárias; o movimento é meio para outro ser fim, por exemplo, apertar um bichinho (de borracha com apito) é meio, e o barulho (do apito) é o fim. Neste estágio a criança já interage com o meio, sua estrutura já não é mais só biológica, os novos esquemas são mais ricos e variados e possibilitam uma atividade mais liberada. 9 4º subestádio - 8 a 12 meses hierarquia de esquemas secundários Há a aplicação de meios já conhecidos para resolver situações novas. A criança domina realmente a intencionalidade para resolver cada situação, como puxar, afastar, apertar, bater etc. Aparecimento da intencionalidade; Chorar quando algum estranho se aproxima sem que uma figura bem conhecida e protetora esteja presente. Quando sua fralda é retirada sabe que irá tomar banho. Encontrar um objeto que foi escondido, quando isso é feito diante dela (fenômeno da permanência do objeto) 10 Estrutura do objeto permanente PERMANÊNCIA DO OBJETO Os objetos se tornam permanentes, ou seja, continuam a existir e podem ser recuperados mesmo quando saem de seu campo visual. Por volta do oitavo mês, a criança começa a procurar os objetos quando eles saem de seu campo visual. Ela se diverte com as brincadeiras de esconder e mostrar o rosto sob um lençol, por exemplo. No entanto, se as manobras de ocultação não forem acompanhadas pela criança, ela não procurará o objeto. Isso indica a gradativa consolidação da noção de objeto permanente. 11 5º subestádio - 12 a 18 meses Exploração ativa - Reações Circulares Terciárias A criança faz experiências com os objetos do meio externo e descobre novos meios para resolver certas situações. Ela começa a conhecer o objeto por ele mesmo: o que o objeto faz. Por exemplo, depois de tanto jogar os objetos no chão, percebe que todos caem, rolam, ou seja, a criança generaliza. A criança começa a usar meios novos para atingir seus objetivos e realiza verdadeiros atos de inteligência e de solução de problemas: Aproxima um objeto puxando algo sobre o qual está situado, por exemplo, uma manta ou uma almofada. A conduta do bastão consiste em usar um bastão ou um pau para alcançar um objeto afastado. A criança começa a usar meios novos para atingir seus objetivos e realiza verdadeiros atos de inteligência e de solução de problemas. Aproxima um objeto puxando algo sobre o qual está situado, por exemplo, uma manta ou uma almofada. A conduta do barbante é semelhante e consiste em atrair um objeto puxando o prolongamento do mesmo que pode ser um barbante; A conduta do bastão consiste em usar um bastão ou um pau para alcançar um objeto afastado. 6º subestádio - 18 a 24 meses aparecimento da imagem mental/invenção Aparece a possibilidade da invenção de novos meios por combinação mental ou por combinação de ações. Esse estágio já prevê uma mudança qualitativa na organização da inteligência, que passa de sensória e motora à mental, isto é, representativa e interiorizada, os problemas podem começar a ser resolvidos no plano simbólico e não mais puramente prático A criança começa a visualizar a situação: o pensamento é altamente visual e difícil, a criança percebe que você não vê a mesma coisa que ela. RESUMO... Para Piaget a criança no período de zero a dois anos encontra-se no estádio sensório-motor, representa o mundo pelas ações, baseando seus julgamentos nas sensações e percepções. A partir dos 12 meses, entende relações causais (causa-efeito), envolve-se em jogos construtivos e procura objetos onde os viu pela última vez, o que representa, a construção do objeto permanente. Por volta dos 2 anos, já lança mão de representações mentais e símbolos.
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