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FACULDADE ZACARIAS DE GÓES SARA ARIANE OLIVEIRA LESSA MARICLEIDE SANTOS COSTA SOUZA PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS: ADMISSÃO, ALTA E TRANSFERÊNCIA, PRONTUÁRIO CLÍNICO, REGISTRO DE ENFERMAGEM VALENÇA - BAHIA 2018 SARA ARIANE OLIVEIRA LESSA MARICLEIDE PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS: ADMISSÃO, ALTA E TRANSFERÊNCIA, PRONTUÁRIO CLÍNICO, REGISTRO DE ENFERMAGEM Trabalho apresentado como parte da disciplina Fundamentos de Enfermagem ministrada pela docente Talita Carvalho . VALENÇA- BAHIA 2018 Administração em Enfermagem passa pela aplicação do processo administrativo.Administrar em Enfermagem é: “Administrar é “organizar, observar demandas, primordial, alcançar o cuidado integral, compartilhar maneiras pelas quais prestaremos os cuidados de Enfermagem, ter ciência de sua realidade, planejar corretamente as ações, gerenciar recursos humanos e materiais, gestão eficiente, buscar qualidade, conhecer a estrutura física e funcional, discutir, pesquisar, direcionar ações, viver em comunidade, unir teoria com a prática, trabalhar em equipe, gerenciar recursos financeiros, facilitar o andamento da prática de trabalho e controlar, buscar e alcançar objetivos, e coordenar, promover harmonia, faz parte do processo de trabalho, direciona as ações de educação, buscar inovações, criatividade, liderança, tomada de decisões e saber ouvir, prestar uma melhor assistência, facilitar o andamento de processos e atividades, buscar soluções e agilizar o serviço, divisão de tarefas, oferecer um atendimento de qualidade, organizar o tempo, desenvolver o senso crítico, definir prioridades“. E para concretizar todas estas ações a enfermagem faz uso das 05 funções administrativas.( Coordenação, Planejamento, Controle, Direção, Organização.) Procedimentos Administrativos Admissão É a entrada e permanência do paciente no hospital, por determinado período. Tem por objetivos facilitar a adaptação do paciente ao ambiente hospitalar, proporcionar conforto e segurança.Na unidade de internação o paciente é recebido por um profissional da unidade e encaminhado ao quarto ou enfermaria.Deve ser recebido com gentileza e cordialidade para aliviar suas apreensões e ansiedades. A primeira impressão recebida é fundamental ao paciente e seus familiares, inspirando-lhes confiança no hospital e na equipe que o atenderá. Se recebido atenciosamente, proporcionará sensação de segurança e bem estar, e deste primeiro contato depende em grande parte a colaboração do paciente ao tratamento. Procedimentos: 1. Receber o paciente cordialmente, verificando se as fichas estão completas;2. Acompanhar o paciente ao leito, auxiliando-o a deitar e dando-lhe todo o conforto possível;3. Apresentá-lo aos demais pacientes do seu quarto;4. Orientar o paciente em relação à: localização das instalações sanitárias; horários das refeições; modo de usar a campainha; nome do médico e da enfermeira chefe;5. Explicar o regulamento do hospital quanto à: fumo; horário de repouso; horário de visita;6. Os pertences do paciente devem ser entregues à família no ato da admissão, se não for possível, colocá-los em um saco e grampear, identificando com um impresso próprio e encaminhar para a sala de pertences;7. Preparar o paciente em relação aos exames a que será submetido, a fim de obter sua cooperação; 8. Fornecer roupa do hospital, se a rotina da enfermeira não permitir o uso da própria roupa; 9. Fazer o prontuário do paciente; 10. Verificar temperatura, pressão arterial, pulso e respiração, proceder ao exame físico;11.Anotar no relatório de enfermagem a admissão;12. Anotar no Relatório Geral a admissão e o censo diário. Alta: Alta Hospitalar é o encerramento da assistência prestada ao paciente no hospital. O paciente recebe alta quando seu estado de saúde permitir ou quando está em condições de recuperar-se e continuar o tratamento em casa.A alta do paciente deve ser assinada pelo médico. Procedimentos: 1. Certificar-se da alta no prontuário do paciente, que deve estar assinada pelo médico; 2. Verificar no prontuário as medicações ou outros tratamentos a serem feitos antes da saída do paciente; 3. Informar ao paciente sobre a alta, hora e de como será transportado ; 4. Entregar ao paciente a receita médica e orientá-lo devidamente; 5. Auxiliar o paciente a vestir-se;6. Reunir as roupas e objetos pessoais e colocá-los na mala ou sacola 7. Devolver objetos e medicamentos ao paciente, que foram guardados no hospital; 8. Providenciar cadeira de rodas ou maca para transportar o paciente até o veículo; 9. Transportar o paciente; 10. Preparar a unidade para receber outro paciente Transferência interna do paciente É a transferência do paciente de um setor para o outro, dentro do próprio hospital. Poderá ser transferido quando necessitar de cuidados intensivos, mudança de setor e troca do tipo de acomodação. Procedimentos: 1. Após confirmação da vaga pela chefia, orientar o paciente;2. Checar na prescrição toda a medicação que foi administrada e cuidados prestados;3. Separar medicamentos para encaminhá-los junto com o paciente;4. Proceder as anotações de enfermagem no plano assistencial;5. Fazer rol de roupas e pertences do paciente, entregando-os à família ou encaminhando junto ao paciente;6. Proceder o transporte do paciente, com auxílio;7. Levar o prontuário completo, medicamentos e pertences;8. Auxiliar na acomodação do paciente;9. Retornar ao setor levando a maca ou cadeira de rodas;10. Preparar a unidade para receber outro paciente. Prontuário clínico O prontuário clínico nada mais é do que o conjunto de informações a respeito do atendimento de um paciente. Ele existe e é obrigatório tanto na área médica quanto na odontológica. É o documento em que os profissionais devem anotar todas as informações de um tratamento, do início ao final dele. Este conjunto de informações é importante tanto para os profissionais médicos e dentistas como para o próprio paciente, que pode verificar todas as etapas de seu atendimento, desde a primeira consulta. Geralmente, o prontuário é solicitado pelos pacientes para dirimir dúvidas a respeito de decisões dos profissionais quanto aos seus tratamentos. Em uma das definições da palavra prontuário, aparece o “local em que se guardam coisas” – neste caso dados – “que se possa necessitar posteriormente”. Como sabemos o prontuário clínico é de suma importância na mão de médicos e dentistas para verificar em qual passo anda o tratamento de determinado paciente para que haja prosseguimento adequado. No Sistema Único de Saúde (SUS) o prontuário clínico dos pacientes é de imprescindível, já que será de acesso de profissionais de diversas especialidades de toda a rede do Sistema, que ao atender um determinado paciente, terão em mãos todo o seu histórico de saúde. Para atender ambas as partes, profissionais da Medicina e da Odontologia, e os pacientes, o prontuário clínicodeve conter algumas informações essenciais. A seguir vamos verificar o que não pode faltar neste documento: 1. Dados básicos do prontuário clínico Primeiramente, o prontuário clínico deve conter informações básicas a respeito do profissional de saúde e depois de seu paciente. Quanto ao médico ou dentista o seu nome, registro profissional e endereço de onde trabalha. Quanto ao paciente, seu nome, idade, sexo, estado civil, profissão e naturalidade. Informações de contato também podem aparecer. No caso, dos pacientes serem menoresde idade, o documento trará ainda as informações dos responsáveis. 2. Ficha de anamnese do paciente A ficha de anamnese é uma etapa importantíssima na relação médico/dentista e paciente. É através dela que o profissional de saúde percebe a atual situação de seu paciente para determinar o futuro diagnóstico. Histórico de saúde, cirurgias realizadas, alergias, medicamentos e até os hábitos dos pacientes. Tudo o que poderá alterar um possível tratamento indicado é anotada na ficha de anamnese. Em alguns casos, há fichas de anamnese prontas que o próprio paciente pode preencher, que podem ou não completadas pelos profissionais de saúde. Após o preenchimento, os pacientes devem assinar o documento para comprovar a veracidade das informações. Em consultórios odontológicos, a ficha de anamnese geralmente é uma das atribuições do Auxiliar de Saúde Bucal (ASB), enquanto que na Medicina, a responsabilidade é dos próprios médicos. Como verificamos, a ficha é essencial dentro de um prontuário clínico. Informações da saúde bucal do paciente ao iniciar o contato profissional com um dentista, também podem ser adicionadas na ficha. Inclusive com fotos e registros que comprovem a percepção do profissional de saúde. 3. Fotografias, exames e raio X devem estar contidos no prontuário clínico Como citamos, fotografias da cavidade bucal do paciente ao procurar pelo atendimento odontológico pode fazer parte da ficha de anamnese, e, portanto, do prontuário clínico. Da mesma forma, na medida em que as consultas ocorrem e tratamentos vão sendo realizados, outras imagens poderão ser anexadas. Novas fotografias com resultados de tratamentos, ou durante procedimentos, e também os exames e raio x solicitados pelos profissionais de saúde. Todas estas informações são importantes e devem conter no histórico de saúde de um paciente. 4. Plano de tratamento O que o profissional de saúde pretende fazer em relação ao diagnóstico do paciente deve ser um dos itens do prontuário clínico. No caso dos tratamentos serem realizados em clínicas e consultórios particulares, ainda há a necessidade de que os contratos entre o prestador de serviço e consumidor também estejam presentes. 5. Tratamentos a que foi submetido e medicamentos ministrados Os tratamentos propostos, bem como a anuência do paciente quanto a eles deve constar no prontuário clínico. Isto deve deixar claro que o profissional de saúde explicou o diagnóstico e suas possíveis soluções. Apresentando os prós e contras de cada tratamento utilizado. Além disso, as cópias carbonadas dos medicamentos receitados pelos médicos, ou dentistas devem fazer parte do histórico. 6. Etapas seguintes ou término do tratamento Por fim, as etapas seguintes do tratamento, ou o término dele devem estar no prontuário clínico. Como verificamos o prontuário clínico é um verdadeiro histórico da saúde de cada paciente. Por isso frisamos que ele é um documento importante tanto para os profissionais de saúde quanto para o próprio paciente, já que oferece segurança quanto aos procedimentos adotados. Vale destacar que hoje o prontuário clínico dos pacientes já passou pelo chamado processo de digitalização, o que acabou facilitando a vida dos profissionais de saúde, que não se „perdem‟ em meio a tantos documentos. Registro de enfermagem Os registros de enfermagem são essenciais para o processo do cuidar. Além de possibilitar uma comunicação segura entre os profissionais de enfermagem e a equipe de saúde, servem ainda a inúmeras finalidades relacionadas ao ensino, pesquisa, esclarecimento de processos éticos e judiciais, bem como para a avaliação da qualidade da assistência prestada, entre outros. O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), sempre atento ao cumprimento das disposições contidas na Lei n. 5.905, de 12 de julho de 1973, na Lei n. 7.498/86 e no Decreto n. 94.406/87, que regulamentam o exercício da enfermagem profissional no Brasil A Resolução Cofen 358/2009, que dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de enfermagem e dá outras providências. O artigo 6°, da referida Resolução, diz que: Art.6° “A execução do processo de enfermagem deve ser registrada formalmente”. A Resolução Cofen 311/ 2007, que aprovou a reformulação do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem-CEPE, incluiu mais seis novos artigos sobre Anotações de Enfermagem (dentre os três já existentes), dentre os quais nos cabe especificar: artigos 25, 35, 41, 42, 54, 68, 71 e 72. Em destaque os artigos 41, 68, 71 e 54, quais sejam: Art.41. Prestar informações, escritas e verbais, completas e fidedignas necessárias para assegurar a continuidade da assistência. Art.68. Registrar no prontuário e em outros documentos próprios da Enfermagem informações referentes ao processo de cuidar da pessoa (grifo meu). Art. 71. Incentivar e criar condições para registrar as informações inerentes e indispensáveis ao processo de cuidar. O Capítulo I, Seção III, Das Relações com as Organizações da Categoria, Responsabilidades e Deveres, artigo 54, do CEPE, prevê que é dever do profissional de enfermagem: Art. 54. Apor o número e categoria de inscrição no Conselho Regional de Enfermagem em assinatura, quando no exercício profissional. Portanto, nas anotações de enfermagem, seja na evolução, na prescrição, em relatórios ou qualquer documento utilizado quando no exercício profissional, constitui responsabilidade e dever do profissional, apor o número e a categoria de inscrição, conjuntamente a sua assinatura. O uso do carimbo é facultativo, porém, por ser material de baixo custo e cujo uso traz benefício ao profissional, por racionalizar a finalização da anotação de enfermagem, seu uso é indicado. O Decreto 94.406 /87 que regulamenta a Lei do Exercício dos Profissionais de Enfermagem-LEPE prevê as Anotações de Enfermagem nos Artigos 11, Inciso II e 14, Inciso II. A Resolução Cofen 191/ 96, dispõe sobre a forma de anotação e o uso do número de inscrição ou da autorização, pelo pessoal de enfermagem, no entanto, a Resolução Cofen 372/ 2010 estabeleceu novos parâmetros sobre o uso do número de inscrição e siglas das categorias profissionais de Enfermagem. Em seu artigo 4°consta: Enfermeiros-ENF; Técnicos de Enfermagem-TEC; Auxiliares de Enfermagem-AUX; Parteira-PAR, os quais deverão ser apostos após o número de inscrição, nas anotações de enfermagem. Recentemente foi aprovada e homologada a Resolução Cofen 429/ 2012, que dispõe sobre o registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos próprios da Enfermagem, independente do meio de suporte- Tradicional ou Eletrônico. O artigo 1°, assevera que: Art.1° É responsabilidade e dever dos profissionais de enfermagem registrar, no prontuário do paciente e em outros documentos próprios da área, seja em meio de suporte tradicional (papel) ou eletrônico, as informações inerentes ao processo de cuidar e ao gerenciamento de processos de trabalho, necessários para assegurar a continuidade e a qualidade da assistência. Portanto, diante da ampla legislação sobre o registro e anotações das atividades de enfermagem, ocorrências e intercorrências, os referidos registros se fazem necessários em qualquer área da assistência de enfermagem. Atentando-se para o fato de que os registros dos atendimentos e/ou cuidados de enfermagem, devem ser realizados no prontuário, folha de evolução ou folha de atendimento do paciente e que as ocorrências e intercorrênciasreferentes a equipe, devem ser registrados no livro de relatório de enfermagem, acessível e privativo da equipe de enfermagem. Referencias BRASIL. COFEN Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. Resolução COFEN 311/2007, de 08 de fevereiro de 2007. Disponível em: http://site.portalcofen.gov.br/node/4345. Acessado em: 07 de abril de 2011. BRASIL. COFEN Lei 7498/86, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem e dá outras providências. Disponível em: http://site.portalcofen.gov.br/node/4161. Acessado em: 07 de abril de 2011.
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