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Prévia do material em texto

Materiais de 
Construção Civil
Engº Sérgio Augusto R. A. Affonso 
sergio.affonso@prof.una.br
Apresentação da disciplina
• Ciência dos materiais;
• características dos materiais utilizados na construção civil – cerâmicos, plásticos,
vidros, metais, tintas e materiais betuminosos;
• agregados e aglomerantes;
• argamassas;
• concreto – dosagem empírica e experimental;
• concreto - controle tecnológico e estatístico;
• materiais de construção e o meio ambiente.
Conteúdo programático:
Apresentação da disciplina
• Avaliações:
• Atividade avaliativa 1 (A1 - Laboratório) .............................20 pontos;
• atividade avaliativa 2(A2).....................................................10 pontos;
• PI...........................................................................................10 pontos;
• indicador de desempenho 1 D1.......................................... 20 pontos;
• indicador de desempenho 2 D2.......................................... 20 pontos;
• indicador de desempenho 3 D3.......................................... 20 pontos;
• prova alternativa – 40 pontos, substituindo as duas menores notas obtidas em D1, D2 e D3;
• chamada em todas as aulas;
Apresentação da disciplina
Bibliografia:
• BAUER, L. A. Falcão. Materiais de construcão: volume 1. 5. ed., rev. Rio de Janeiro: LTC, 2000.
• BAUER, L. A. Falcão. Materiais de Construção Volume II, Ed. LTC, 2000.
• FREIRE, Wesley Jorge.; BERALDO, Antonio Ludovico. (Coord.). Tecnologias e materiais 
alternativos de construção. Campinas: UniCamp, 2003.
• ALLEN, Edward; IANO, Joseph. Fundamentos da engenharia de edificações: materiais e 
métodos. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. 
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Disponivel em 
<http://www.abcp.org.br/>
• INSTITUTO BRASILEIRO DO CONCRETO. DISPONIVEL EM <http://www.ibracon.org.br/>
• MELCONIAN, Sarkis. Mecânica técnica e resistência dos materiais. 18.ed. São Paulo: Érica, 
2007.
• NEVILLE, A. M. Tecnologia do concreto. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. 
Apresentação da disciplina
Fontes utilizadas para a produção do material apresentado:
Associação Brasileira de Cimento Portland. Fabricação do cimento. Disponível em <http://www.abcp.org.br/conteudo/ basico-sobre-
cimento/fabricacao/fabricacao>. Acesso em: 26 jul. 2011. 
Associação Brasileira de Cimento Portland. Tipos de cimento. Disponível em < http://www.abcp.org.br/conteudo/ basico-sobre-
cimento/tipos/a-versatilidade-do-cimento-brasileiro>. Acesso em: 28 jul. 2011. 
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5732: Cimento Portland comum. Rio de Janeiro: 1991. 
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5733: Cimento Portland de alta resistência inicial. Rio de Janeiro: 1991. 
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5735: Cimento Portland de alto-forno. Rio de Janeiro: 1991. 
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5736: Cimento Portland pozolânico. Rio de Janeiro: 1991. 
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7215: Cimento Portland – determinação da resistência à compressão. Rio de Janeiro: 
1996. 
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 11578: Cimento Portland composto – especificação. Rio de Janeiro: 1991. 
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12989: Cimento Portland branco - especificação. Rio de Janeiro: 1993. 
HAGEMANN, S.E. Apostila de Materiais de Construção Básicos. Universidade Aberta do Brasil. Instituto Federal Sul-rio-grandense, 
2011/2.
OLIVEIRA. H.M. Aglomerantes. In: BAUER, L.F.A (Org). Materiais de Construção I. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008. p. 11 – 34. 
OLIVEIRA. H.M. Cimento Portland. In: BAUER, L.F.A (Org). Materiais de Construção I. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008. p. 35 – 62. 
PETRUCCI, E. G. R. Materiais de Construção. Porto Alegre: Globo, 1975. 
SILVA, Moema Ribas. Materiais de Construção. São Paulo: PINI, 1985.
LARA, Luiz Alcides Mesquita. Materiais de construção. – Ouro Preto : IFMG, 2013. 214 p. : il.
Introdução aos materiais de construção
• Os materiais de construção são definidos como todo e qualquer material utilizado na
construção de uma edificação, desde a locação e infraestrutura da obra, até a fase de
acabamento, passando desde um simples prego até os mais conhecidos materiais, como
madeira, cimento, vidros, tintas, entre outros. Assim, a expressão “materiais de construção”,
abrange uma gama extensa de materiais.
• Na construção civil temos materiais que são utilizados há muitos anos da mesma forma,
como o concreto, e outros que evoluem constantemente. E a evolução dos materiais de
construção não é um processo recente, pois teve início desde os povos primitivos, que
utilizavam os materiais assim como os encontravam na natureza, sem qualquer
transformação.
Introdução aos materiais de construção
• Com a evolução do homem, surgem necessidades que levam à transformação desses
materiais de uma maneira simplificada, a fim de facilitar seu uso ou de criar novos materiais
a partir deles. Assim, o homem começa a moldar a argila, a cortar a madeira e a lapidar a
pedra. Desta maneira, materiais de construção continuam evoluindo para satisfazer as
necessidades do homem e de forma cada vez mais rápida, com exigências cada vez maiores
quanto a sua qualidade, durabilidade e custo.
• Além disso, existe hoje um cenário sustentável, no qual a produção e o emprego de
materiais de construção devem levar em conta a questão ambiental.
Importante: nenhuma obra é feita sem materiais e a qualidade e durabilidade de uma
construção, dependem diretamente da qualidade e da durabilidade dos materiais que nela
são empregados. Por isso, é necessário que o responsável técnico de uma edificação tenha em
mente a importância de conhecer as propriedades e aplicações mais adequadas para cada
material.
Introdução aos materiais de construção
Na hora de escolher os materiais que irá utilizar, o responsável técnico por uma edificação
deve analisá-los de acordo com pelo menos os seguintes aspectos:
• condições técnicas - O material deve possuir propriedades que o tornem adequado ao uso
que se pretende fazer dele. Entre essas propriedades estão a resistência, a trabalhabilidade,
a durabilidade, a higiene e a segurança;
• condições econômicas - O material deve satisfazer as necessidades de sua aplicação com
um custo reduzido não só de aquisição, mas de aplicação e de manutenção, visto que muitas
obras precisam de serviços de manutenção depois de concluídas e que da manutenção
depende a durabilidade da construção;
• condições estéticas: O material utilizado deve proporcionar uma aparência agradável e
conforto ao ambiente onde for aplicado;
Materiais de construção - classificação
Os materiais de construção podem ser classificados de acordo com diferentes critérios. Entre
os critérios, podemos destacar como principais, a classificação quanto à origem e utilização.
Quanto à origem ou modo de obtenção os materiais de construção podem ser classificados
em:
• naturais: são aqueles encontrados na natureza, prontos para serem utilizados. Em alguns
casos precisam de tratamentos simplificados como uma lavagem ou uma redução de
tamanho para serem utilizados. Como exemplo desse tipo de material, temos a areia, a
pedra e a madeira;
• artificiais: são os materiais obtidos por processos industriais. Como exemplo, pode-se citar
os tijolos, as telhas e o aço;
• combinados: são os materiais obtidos pela combinação entre materiais naturais e artificiais.
concretos e argamassas são exemplos desse tipo de material;
Materiais de construção- classificação
Quanto à função onde forem empregados, os materiais de construção podem ser classificados
em grupos macro, tais como:
• materiais com função estrutural: são aqueles que suportam as cargas e demais esforços
atuantes na estrutura.A madeira, o aço e o concreto são exemplos de materiais utilizados
para esse fim.
• materiais de vedação: são aqueles que não têm função estrutural, servindo para isolar e
fechar os ambientes nos quais são empregados, como os tijolos de vedação e os vidros.
• materiais de proteção: são utilizados para proteger e aumentar a durabilidade e a vida útil
da edificação. Nessa categoria podemos citar as tintas e os produtos de impermeabilização.
Materiais de construção- propriedades gerais
Propriedades gerais dos materiais, são as qualidades exteriores que caracterizam e distinguem
os materiais. Um determinado material é conhecido e identificado por suas propriedades e
por seu comportamento perante agentes exteriores. Bauer (2008) define algumas das
principais propriedades dos materiais, dentre as quais podemos distinguir:
• extensão: a propriedade que possuem os corpos de ocupar um lugar no espaço;
• massa: a quantidade de matéria e é constante para o mesmo corpo, esteja onde estiver;
• peso: definido como a força com que a massa é atraída para o centro da terra;
• peso específico: a relação entre seu peso e seu volume.
• densidade: a relação entre sua massa e seu volume.
• porosidade: a propriedade que tem a matéria de não ser contínua, havendo espaços entre
as massas.
Materiais de construção- propriedades gerais
• dureza: definida como a resistência que os corpos opõem ao serem riscados;
• tenacidade: a resistência que o material opõe ao choque ou percurssão;
• maleabilidade ou plasticidade: a capacidade que têm os corpos de se adelgaçarem até
formarem lâminas sem, no entanto, se romperem;
• ductilidade: é a qualidade ou propriedade do que é flexível, elástico, maleável, que se pode
comprimir ou reduzir a fios sem se quebrar;
• durabilidade: a capacidade que os corpos apresentam de permanecerem inalterados com o
tempo;
• desgaste: a perda de qualidades ou de dimensões com o uso contínuo;
• elasticidade: a tendência que os corpos apresentam de retornar à forma primitiva pós a
aplicação de um esforço;
Materiais de construção- propriedades mecânicas
Os materiais de construção estão constantemente submetidos a solicitações como cargas, peso
próprio, ação do vento, entre outros, que chamamos de esforços. Dependendo da forma como os
esforços se aplicam a um corpo, recebe uma denominação. Os principais esforços aos quais os
materiais podem ser submetidos são:
compressão
torção
tração flexão
cisalhamento
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Argila como material de construção
• A argila como material de construção começou a ser utilizada pela sua abundância, pelo
custo reduzido e por ser um material que, na presença de água, pode ser moldado
facilmente, secando e endurecendo na presença de calor. Além disso, o uso dos produtos
cerâmicos produzidos a partir do cozimento das argilas surgiu da necessidade de um
material similar às rochas, nos locais onde havia escassez das mesmas.
• De acordo com Petrucci (1975) os povos assírios e caldeus utilizavam tijolos cerâmicos para
obras monumentais como os Palácios de Khorsabad e Sargão. Já na Pérsia, o tijolo era
utilizado para casas populares e no Egito, apesar de as pirâmides serem construídas com a
utilização pedras, os operários que trabalharam nas suas construções moravam em casas de
tijolos.
• Por outro lado, os romanos levaram seus conhecimentos sobre os produtos cerâmicos a
várias partes do mundo e os árabes deixaram exemplos notáveis de aplicação dos tijolos
como a Mesquita de Córdova, a Giralda em Sevilha e a Alcazaba de Granada.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Argila como material de construção
• Há Estados no Brasil, como o Acre, onde os
tijolos cerâmicos são utilizados em algumas
cidades como material para a pavimentação
de ruas, em função da pouca
disponibilidade de rochas próprias para esse
fim na região.
• Com o surgimento do concreto, a função do
tijolo como material estrutural foi
parcialmente esquecida, sendo o material
utilizado principalmente com a função de
vedação. Apesar disso, os produtos
cerâmicos continuam sendo muito utilizados
na construção civil pela sua razoável
resistência.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Argila como material de construção
A argila é um material composto principalmente por compostos de silicatos e alumina hidratados. Os
materiais argilosos se diferenciam entre si pelas diferentes proporções de sílica, alumina e água em
sua composição, além da estrutura molecular diferenciada. De acordo com a estrutura do material, as
argilas podem ser classificadas em: estrutura laminar e estrutura foliácela. As argilas de estrutura
laminar têm seus minerais arranjados em lâminas e são as argilas utilizadas na fabricação dos
produtos cerâmicos. Entre as argilas que tem estrutura laminar e que tem importância como material
de construção, podemos destacar:
• Caolinita: são as argilas consideradas mais puras. Utilizadas na fabricação de porcelanas, materiais
refratários e em cerâmicas sanitárias;
• Montmorilonita: Por ser um material muito absorvente é pouco utilizada sozinha. É aplicada em
misturas às caolinitas para corrigir a plasticidade;
• Micáceas: utilizadas na fabricação de tijolos.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Argila como material de construção
Quanto ao seu emprego, as argilas são classificadas em:
• Fusíveis: são aquelas que se deformam a temperaturas menores de 1200ºC. Utilizadas na
fabricação de tijolos e telhas, grés, cimento, materiais sanitários.
• Infusíveis: resistentes a temperaturas elevadas. Utilizadas para a fabricação de porcelanas.
• Refratárias: não deformam a temperaturas da ordem de 1500°C e possuem baixa
condutibilidade térmica, sendo utilizadas para aplicações onde o material deva resistir ao
calor, como na construção e revestimentos de fornos.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Argila como material de construção
Conforme Silva (1985) e Petrucci (1975), as argilas apresentam algumas características que explicam o
seu comportamento como material de construção. Entre as principais pode- se destacar :
• Plasticidade: um material possui plasticidade quando se deforma sob a ação de uma força e mantém essa
deformação após cessada a força que a originou. A plasticidade das argilas é função da quantidade de água
presente no material. De acordo com Silva (1985), quanto mais água, até certo ponto, maior a plasticidade
da argila e a partir desse ponto, se for adicionada mais água, a argila se torna um líquido viscoso. Quanto
mais pura a argila, mais plástica é a sua mistura com água e quanto maior a temperatura, menor a
plasticidade, porque a quantidade de água é reduzida.
• Ação do calor: nas argilas, a ação do calor pode ocasionar variação na densidade, porosidade, dureza,
resistência, plasticidade, textura, condutibilidade térmica, desidratação e formação de novos compostos.
As argilas cauliníticas perdem pouca água em temperaturas inferiores a 400°C, mas acima desta
temperatura perdem água de constituição (água combinada quimicamente), modificando sua estrutura. As
argilas em que predomina a montmorilonita perdem quase toda a água a 150°C e as micáceas a 100ºC,
sendo que ambas começam a perder água de constituição a partir de 400°C.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Argila como material de construção
• Retração e dilatação: De acordo com Silva (1985) a caolinita se dilata de modo regular, perdendo
água de amassamento de 0°C a 500°C e contrai-se em temperaturas de 500°C a 1.100°C. As argilas
micáceas dilatam-se progressivamente até 870°C, contraindo-se em seguida.
• Porosidade: é a relação entre o volume de poros e o volume total de material. Quanto maior a
porosidade maior a absorção de água e menor a massa específica, a condutibilidade térmica, a
resistência mecânica e a resistência à abrasão.Quanto maior a comunicação entre os poros, maior é a
permeabilidade, ou seja, a facilidade de líquidos e gases de circularem pelo material. A porosidade das
argilas depende dos seus constituintes, da forma, tamanho e posição das partículas (argilas de grãos
grossos são mais permeáveis que as de grãos finos) e dos processos de fabricação.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Argila como material de construção
• Composição e Impurezas: alguns constituintes presentes nas argilas podem melhorar suas
propriedades, enquanto alguns podem ocasionar defeitos aos produtos. Compostos de sílica e de
aluminio fazem parte da constituição principal das argilas. A sílica pode estar presente de maneira livre
ou combinada. Quando livre, segundo Silva (1985) aumenta a brancura do produto cozido, diminui a
plasticidade, reduz a retração, diminui a resistência à tração e à variação de temperatura e causa
variações na refratariedade. Os compostos de alumínio diminuem o ponto de fusão e a plasticidade e
aumentam a resistência, a densidade e a impenetrabilidade do produto cozido. Compostos alcalinos e
de ferro diminuem a plasticidade e a refratariedade, sendo que o último dá cor vermelha ao material.
Compostos cálcicos desprendem calor e aumentam de volume, podendo ocasionar rompimento da
peça.
A fim de eliminar ou reduzir as impurezas, a argila pode passar por processos de purificação. Esses
processos podem ser de natureza física como uma lavagem ou peneiramento e de natureza química,
que envolvem modificação na temperatura, combinação entre alguns compostos e inibição da
atividade de outros.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Argila como material de construção
De acordo com a ABC - Associação Brasileira de Cerâmica, os processos de fabricação dos diversos
produtos cerâmicos seguem uma sequência semelhante:
• preparação da matéria-prima e da massa;
• formação das peças;
• tratamento térmico;
• acabamento.
Grande parte das matérias-primas utilizadas na indústria cerâmica tradicional é de origem natural. Os
produtos são extraídos das jazidas, desagregados e separados de acordo com a granulometria.
Quando houver impurezas que possam prejudicar o uso do material, o mesmo passa por um processo
de purificação.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Argila como material de construção
• preparação da matéria-prima e da massa: os
materiais cerâmicos geralmente são fabricados
a partir da composição de duas ou mais
matérias-primas, além de aditivos e água ou
outro meio. Nesta etapa se faz a mistura entre
matérias-primas e aditivos nas proporções
adequadas. Grande parte das matérias-primas
utilizadas na indústria cerâmica tradicional é de
origem natural. Os produtos são extraídos das
jazidas, desagregados e separados de acordo com a
granulometria. Quando houver impurezas que
possam prejudicar o uso do material, o mesmo
passa por um processo de purificação.
A matéria-prima é britada, moída e peneirada. No misturador é
acrescentada a água e aditivos se necessário, e essa massa
úmida segue para um silo, onde fica em descanso por, no
mínimo, 72 horas.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Argila como material de construção
• formação das peças: O formato das peças de cerâmica pode ser obtido por
diferentes processos, porém, os mais comuns são a prensagem e a extrusão. Na
prensagem se utilizam preferencialmente massas granuladas e com baixo de teor de
umidade. A massa é colocada num molde, que é em seguida fechado e o formato da
peça é conformado por meio de pressão sobre a massa. Já na extrusão a massa é
colocada numa extrusora, onde é compactada e forçada por um pistão ou eixo
helicoidal, através de bocal com determinado formato. Como resultado obtém-se
uma coluna extrudada, com seção transversal, que tem o formato e dimensões
desejados. Em seguida, essa coluna é cortada, obtendo-se, desse modo, peças como
tijolos vazados, blocos, tubos e outros produtos de formato regular.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Argila como material de construção
Após o descanso, a massa vai para a extrusora. A máquina forma o bloco em um grande filete, que é cortado nos tamanhos corretos.
Máquina extrusora
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Argila como material de construção
Máquina para prensagem hidráulica de telhas de argila Telha de argila prensada
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Argila como material de construção
tratamento térmico:
Depois de definido o formato, as
peças são submetidas a processos
de secagem para retirada da água
que ainda está presente no
material. Essa perda de água deve
ser conduzida de forma gradual
para evitar tensões e defeitos nas
peças, e é feita em secadores
apropriados em temperaturas
que variam entre 50 º C e 150 º C.
Secagem em temperaturas que
variam entre 50 ºC e 150 ºC.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Argila como material de construção
tratamento térmico:
A próxima etapa é a
queima, um tratamento
térmico a temperaturas
elevadas que para a
maioria dos produtos
situa-se entre 800 ºC a
1700 ºC. É na etapa de
queima que o produto
adquire suas propriedades
finais, por isso, deve ser
um processo controlado.
O forno túnel é um forno cerâmico contínuo constituído de um corpo fixo único, com comprimento variável de 50
a 120 m, e com duas paredes laterais (altura de 2 a 3 m) e um teto reto ou com abóbada interna. Em sua parte
interna, o túnel é percorrido por vagonetas de produtos a serem sinterizados. O forno pode ser dividido em 3
zonas – preaquecimento, queima e resfriamento. O produto cru entra pela extremidade da zona de
preaquecimento e deixa o forno na saída oposta, na zona de resfriamento.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Argila como material de construção
acabamento:
Após a queima, alguns produtos passam por um
processo de acabamento, polimento, corte, entre
outros, para melhorar algumas de suas
características. Produtos como louça sanitária,
louça de mesa, isoladores elétricos e materiais de
revestimento recebem uma camada fina e
contínua de um material denominado de esmalte
ou vidrado, que após a queima adquire o aspecto
vítreo. Essa camada vítrea contribui para os
aspectos estéticos, higiênicos e melhoria de
algumas propriedades como a mecânica e a
elétrica.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Blocos e tijolos cerâmicos: Os blocos ou tijolos cerâmicos podem ser divididos em
basicamente dois tipos: maciços ou vazados.
Tijolos maciços: devem possuir a forma de um paralelepípedo-retângulo, sendo suas
dimensões nominais as recomendadas, conforme a NBR 8041. Normalmente são fabricados
por processos de prensagem, secados e queimados a fim de adquirir as propriedades
compatíveis com seu uso.
Dimensões nominais (cm)
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Blocos e tijolos cerâmicos
Tijolos maciços
Segundo a NBR 7170, os tijolos comuns são classificados em A, B e C, conforme a sua
resistência à compressão:
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Blocos e tijolos cerâmicos
Blocos cerâmicos vazados : Normalmente são
moldados por extrusão e possuem furos ao longo
do seu comprimento, que podem ser prismáticos ou
cilíndricos. São classificados num primeiro
momento como blocos de vedação ou estruturais. O
bloco de vedação é utilizado para fechamento de
vãos e a única carga que suporta é seu peso próprio.
São utilizados em paredes internas e externas dos
mais diferentes tipos de edificações. Quanto ao
número de furos podem possuir quatro, seis, oito
ou nove furos. Os blocos estruturais, são projetados
para suportar carga além do seu peso próprio.
Exemplo de bloco cerâmico 
de vedação
Exemplo de bloco cerâmico estrutural
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Blocos e tijolos cerâmicos
Blocos cerâmicos de vedaçãoBlocos cerâmicos de 
vedação com furos na 
horizontal 
Blocos cerâmicos de
vedação com furos
na vertical
Os blocos cerâmicos utilizados na
execução das alvenarias de vedação, com
ou sem revestimentos, devem atender à
norma NBR 15270-1, a qual, além de
definir termos, fixa os requisitos
dimensionais, físicos e mecânicos
exigíveis no recebimento. Consideram-se
dois tipos de blocos quanto ao
direcionamento de seus furos
prismáticos, conforme ilustrado nas
figuras ao lado
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Blocos e tijolos cerâmicos
Blocos cerâmicos de vedação :
Para avaliação da conformidade dos blocos, além de uma inspeção geral (onde se verifica a
correta identificação dos blocos, incluindo a marca do fabricante em cada peça, e as
características visuais dos blocos), deve ser realizada inspeção por ensaios para determinação
de suas características geométricas (valores das dimensões das faces, espessura das nervuras
que formam os septos e das paredes externas do bloco, esquadro e planeza das faces), de sua
caracterização física (índice de absorção de água) e sua caracterização mecânica (resistência à
compressão). Para tanto, deve-se observar os lotes de fornecimento com no máximo 100.000
blocos ou fração, de acordo com critérios de amostragens, critérios de aceitação e rejeição.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Blocos e tijolos cerâmicos
Blocos cerâmicos de vedação
O bloco cerâmico de vedação deve trazer, obrigatoriamente, gravado em uma das suas faces
externas, a identificação do fabricante e do bloco, em baixo relevo ou reentrância, com
caracteres de no mínimo 5 mm de altura, sem que prejudique o seu uso. Nessa inscrição deve
constar no mínimo o seguinte:
a) identificação da empresa;
b) dimensões de fabricação em centímetros, na seqüência largura (L), altura (H) e
comprimento (C), na forma (L x H x C), podendo ser suprimida a inscrição da unidade de
medida em centímetros.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Blocos e tijolos cerâmicos
Blocos cerâmicos vedação
As características geométricas do bloco
cerâmico de vedação são as seguintes:
a) medidas das faces – dimensões efetivas;
b) espessura dos septos e paredes externas
dos blocos;
c) desvio em relação ao esquadro (D);
d) planeza das faces (F);
e) área bruta (Ab).
As características físicas dos blocos cerâmicos de
vedação são as seguintes:
a) massa seca (ms);
b) índice de absorção d’água (AA).
A característica mecânica dos blocos cerâmicos de 
vedação é a resistência à compressão individual (fb). 
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Blocos e tijolos cerâmicos
Blocos cerâmicos vedação
Planeza das faces - Representação
esquemática de desvio côncavo.
Planeza das faces - Representação
esquemática de desvio convexo. 
Planeza das faces ou flecha (F) deve ser de no máximo 3 mm.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Blocos e tijolos cerâmicos
Blocos cerâmicos vedação
Figura 4 — Desvio em relação ao esquadro - deve ser no máximo 3 mm.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Blocos e tijolos cerâmicos
Blocos cerâmicos vedação
Tolerâncias dimensionais relacionadas à dimensão efetiva. Tolerâncias dimensionais relacionadas à média das
dimensões efetivas.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Blocos e tijolos cerâmicos
Blocos cerâmicos vedação
Ainda:
• A espessura dos septos dos blocos cerâmicos de vedação deve ser no mínimo 6 mm e a das paredes externas
no mínimo 7 mm. Caso o bloco apresente ranhuras, a medição deve ser feita no interior destas.
• O índice de absorção d´água não deve ser inferior a 8% nem superior a 22%.
• A resistência à compressão dos blocos cerâmicos de vedação, calculada na área bruta, deve atender aos
valores mínimos indicados no quadro.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Blocos e tijolos cerâmicos
Blocos cerâmicos de vedação
Dimensões de fabricação, conforme NBR 15270-1
continua
As dimensões de fabricação (largura
- L, altura - H e comprimento - C)
devem ser correspondentes a
múltiplos e submúltiplos do módulo
dimensional M = 10 cm menos 1
cm, conforme dimensões
padronizadas indicadas no quadro.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Blocos e tijolos cerâmicos
Blocos cerâmicos de vedação
Dimensões de fabricação, conforme NBR 15270-1( continuação)
Elementos vedantes
Alvenaria de blocos cerâmicos
Os blocos cerâmicos são comercializados
em diversas medidas, sendo encontrados
normalmente em larguras de 9, 11,5, 14,
19 ou 24 cm, alturas normalmente de 14
ou 19 cm e comprimentos de 19, 24, 29 ou
39 cm. Uma mesma medida pode ter
quantidade de furos diferentes. Os blocos
cerâmicos proporcionam maior conforto
térmico e são mais leves e fáceis de
manusear do que os blocos de concreto,
porém, quebram mais facilmente, o que
gera mais perdas, e consomem mais
argamassa. Os tijolos de qualidade têm
aparência homogênea, arestas vivas e
superfície lisa. Ainda, não devem
apresentar tricas ou buracos.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Blocos e tijolos cerâmicos
Blocos cerâmicos de vedação :
Além dos blocos e meios-blocos
existem outros tipos de componentes
cerâmicos complementares que
integram as alvenarias de vedação,
com funções específicas como a
canaleta U, que permite a construção
de cintas de amarração, vergas e
contravergas, a canaleta J, os blocos
de amarração, os compensadores e
outros que podem ser especificados
em projetos, desde que atendam aos
requisitos de desempenho exigidos.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Blocos e tijolos cerâmicos
Blocos cerâmicos de vedação - Resumo
As características que os blocos cerâmicos
de vedação devem apresentar, de acordo
com a norma NBR 15270-1, são resumidas
no quadro ao lado. Tais características
devem ser verificadas para os blocos
cerâmicos conforme os procedimentos de
ensaios definidos na norma NBR 15270-3.
Com a finalidade de caracterização e
aceitação ou rejeição dos blocos
cerâmicos, essa norma descreve os
métodos de ensaios para a avaliação de
conformidade dos mesmos, incluindo a
determinação de suas características
geométricas, físicas e mecânicas.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Blocos e tijolos cerâmicos
Blocos cerâmicos estruturais :
Componente da alvenaria estrutural que possui furos prismáticos perpendiculares às faces que os
contêm. São produzidos para serem assentados com furos na vertical. Deve trazer, obrigatoriamente,
gravada em uma das suas faces externas, a identificação do fabricante e do bloco, em baixo relevo ou
reentrância, com caracteres de no mínimo 5 mm de altura, sem que prejudique o seu uso.
Nessa inscrição deve constar no mínimo o seguinte:
a) identificação da empresa;
b) dimensões de fabricação em centímetros, na sequência largura (L), altura (H) e comprimento (C), na
forma (L x H x C), podendo ser suprimida a inscrição da unidade de medida em centímetros;
c) as letras EST (indicativo da sua condição estrutural);
d) indicação de rastreabilidade.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Blocos e tijolos cerâmicos
Blocos cerâmicos estruturais :
Componente da alvenaria estrutural que possui furos prismáticos perpendiculares às faces que
os contêm. São produzidos para serem assentados com furos na vertical.
bloco cerâmico estrutural de paredes
vazadas:
Componente da alvenaria estrutural
com paredes vazadas, empregado na
alvenaria estrutural não armada,
armada e protendida, conforme
representado esquematicamente na
figura ao lado.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Blocos e tijolos cerâmicos
Blocos cerâmicos estruturais
Componente da alvenaria estrutural que possui furos prismáticos perpendiculares às faces que
os contêm. São produzidos para serem assentados com furosna vertical.
bloco cerâmico estrutural de paredes maciças:
Componente da alvenaria estrutural cujas
paredes externas são maciças e as internas
podem ser paredes maciças ou vazadas,
empregado na alvenaria estrutural não
armada, armada e protendida, conforme
representado esquematicamente na figura ao
lado. Paredes internas maciças
Paredes internas vazadas
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Blocos e tijolos cerâmicos
Blocos cerâmicos estruturais :
Componente da alvenaria estrutural que possui furos prismáticos perpendiculares às faces que
os contêm. São produzidos para serem assentados com furos na vertical.
bloco cerâmico estrutural perfurado:
Componente da alvenaria estrutural
cujos vazados são distribuídos em
toda a sua face de assentamento,
empregado na alvenaria estrutural
não armada, conforme representado
esquematicamente na figura ao lado.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Blocos e tijolos cerâmicos
Blocos cerâmicos estruturais
Dimensões de fabricação, 
conforme NBR 15270-2
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Blocos e tijolos cerâmicos
Blocos cerâmicos estruturais
As características geométricas do bloco
cerâmico estrutural são as seguintes:
a) medidas das faces – dimensões efetivas;
b) espessura dos septos e paredes externas
dos blocos;
c) desvio em relação ao esquadro (D);
d) planeza das faces (F);
e) área bruta (Ab) e área líquida (A liq).
As características físicas do bloco cerâmico estrutural são
as seguintes:
a) massa seca (ms);
b) índice de absorção d’água (AA).
A característica mecânica do bloco cerâmico estrutural é
a resistência característica (fbk), estabelecida por meio
dos ensaios de resistência à compressão individual (fb).
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Blocos e tijolos cerâmicos
Blocos cerâmicos estruturais
Tolerâncias dimensionais relacionadas
à dimensão efetiva.
Tolerâncias dimensionais relacionadas
à média das dimensões efetivas.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Blocos e tijolos cerâmicos
Blocos cerâmicos estruturais
Nos blocos cerâmicos estruturais
de paredes vazadas, a espessura
mínima dos septos deve ser de 7
mm e das paredes externas deve
ser no mínimo de 8 mm, conforme
mostrado esquematicamente na
ao figura ao lado. Caso o bloco
apresente ranhuras, a medição
deve ser feita no interior destas.
Planta do bloco estrutural de paredes vazadas
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Blocos e tijolos cerâmicos
Blocos cerâmicos estruturais
Nos blocos cerâmicos estruturais com paredes
maciças, a espessura mínima das paredes deve
ser de 20 mm, podendo as paredes internas
apresentar vazados, desde que a sua espessura
total seja maior ou igual a 30 mm, sendo 8 mm
a espessura mínima de qualquer septo,
conforme mostrado esquematicamente na
figura ao lado. Caso o bloco apresente
ranhuras, a medição deve ser feita no interior
destas. Planta do bloco estrutural vazado com paredes maciças
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Blocos e tijolos cerâmicos
Blocos cerâmicos estruturais
Ainda:
• Nos blocos cerâmicos perfurados, a espessura mínima das paredes externas e dos septos
deve ser de 8 mm. Caso o bloco apresente ranhuras, a medição deve ser feita no interior
destas.
• O desvio em relação ao esquadro deve ser no máximo 3 mm.
• A flecha deve ser no máximo 3 mm.
• A resistência característica à compressão (fbk) dos blocos cerâmicos estruturais deve ser
considerada a partir de 3,0 MPa, referida à área bruta.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Blocos e tijolos cerâmicos
Blocos cerâmicos estruturais
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Blocos e tijolos cerâmicos
Alvenaria racionalizada/paginada
É caracterizada pelo uso de blocos de
melhor qualidade; projeto e planejamento
da produção; treinamento da mão-de-
obra; uso de blocos compensadores
(evitar quebra); redução do desperdício de
materiais e melhoria nas condições de
organização do canteiro. Seu princípio
básico é tomar todas as decisões quanto
aos passos de execução na fase de projeto
e documentá-los em forma de desenho ou
observações descritivas. Assim, o projeto
deve contemplar o detalhamento da
alvenaria e das instalações,
compatibilizando tudo.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Blocos e tijolos cerâmicos
Alvenaria racionalizada/paginada
carenagem
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Blocos e tijolos cerâmicos
Alvenaria racionalizada/paginada
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Telhas cerâmicas
• O processo de fabricação das telhas cerâmicas é semelhante ao dos tijolos. Segundo
Yazigi (2009), a moldagem das telhas varia, podendo ser feita por extrusão seguida de
prensagem ou diretamente por prensagem. A argila deve ser mais fina e homogênea e
a secagem tem de ser mais lenta que a dos tijolos, para diminuir a deformação e
possíveis fissuras que possam comprometer a impermeabilidade de material, visto
que as telhas têm a função de proteger a edificação onde serão empregadas,
principalmente da ação da água.
• Comercialmente, as telhas cerâmicas podem ser classificadas em telhas planas ou
curvas, sendo que cada uma possui diferentes formatos.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Telhas cerâmicas
As telhas cerâmicas se apresentam sob diferentes formatos e tamanhos, mas segundo Petrucci (1975),
independente do tipo, as telhas cerâmicas devem apresentar as seguintes características:
• Regularidade de forma e dimensões. 
• Arestas finas e superfícies sem rugosidades (para facilitar o escoamento das águas). 
• Homogeneidade de massa, com ausência de trincas, fendas, etc. 
• Cozimento parelho. 
• Fraca absorção de água e elevada impermeabilidade.
• Peso reduzido. 
• Resistência mecânica à flexão adequada, mesmo em condições saturada de água. 
Conforme a NBR 15310, a telha pode apresentar ocorrências como esfoliações, quebras, lascados e rebarbas que
não prejudiquem o seu desempenho; igualmente, são admissíveis eventuais riscos, escoriações e raspagens
causadas por atrito feitas nas telhas durante sua fabricação, embalagem, manutenção ou transporte. Ainda, a
telha deve apresentar som semelhante ao metálico, quando suspensa por uma extremidade e percutida.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Telhas cerâmicas
A telha cerâmica deve trazer, a identificação do fabricante e os outros dados gravados em relevo ou reentrância,
com caracteres de no mínimo 5 mm de altura, sem que prejudique o seu uso. Nessa inscrição deve constar no
mínimo o seguinte:
a) identificação do fabricante, do município e do estado da federação;
b) modelo da telha;
c) rendimento médio (Rm) da telha, expresso em telhas por metro quadrado, com uma casa decimal, sendo
obrigatória a gravação T/m2;
d) dimensões na seqüência: largura de fabricação (L) x comprimento de fabricação (C) x posição do pino ou furo de
amarração (Lp) (quando não houver pino), expressos em centímetros, podendo ser suprimida a inscrição da
unidade de medida;
e) galga média (Gm), expressa em centímetros, com uma casa decimal, sendo obrigatória a gravação da
grandeza Gm.
NOTAS:
1 As telhas simples de sobreposição devem trazer gravada sua especificação de uso “capa” ou “canal”.
2 As telhas especificadas como “capa” estão dispensadas da gravação “posição do pino ou furo de amarração (Lp)”.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Telhas cerâmicas
Alguns critérios de qualidade para telhas, conforme a NBR 15310
planaridade - flecha máxima medida em um
dos vértices de uma telha estando os outros
três apoiados em um mesmo plano horizontal,
não deve ser superior a 5mm, independente
do tipo de telha.
retilinearidade - flecha máxima medida em um
ponto determinado das bordas, ou no eixo
central, no sentido longitudinalou no transversal,
para telhas planas, que não deve ser superior a
1% do comprimento efetivo bem como da largura
efetiva.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Telhas cerâmicas
Alguns critérios de qualidade para telhas, conforme a NBR 15310
• A absorção de água não deve ser superior a 20%;
Yazigi (2009) descreve um método expedito para avaliação da impermeabilidade das telhas cerâmicas, que
consiste em moldar sobre a telha um anel de argamassa, no interior do qual se deposita água até 5cm de
altura. Conforme o autor, uma boa telha não deixa infiltrar umidade em menos de 24 horas contadas do
início do ensaio, sendo que a umidade deve aparecer em no mínimo 48 horas após o início do ensaio e sem
gotejamento.
• a tolerância de dimensões admitida é de ± 2,0% para as dimensões de fabricação;
• as cargas de ruptura à flexão não devem ser inferiores a 1000 N para telhas planas de encaixe e telhas
simples de sobreposição e 1300 N para telhas compostas de encaixe;
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Telhas cerâmicas
Telha Francesa
A telha tipo francesa é classificada
como uma telha plana. Também
chamada de telha tipo Marselha,
possui encaixes laterais, nas
extremidades e agarradeiras para
fixação às ripas da estrutura do
telhado. Em geral, possui bom
rendimento, sendo que o número de
peças utilizadas por metro quadrado
de telhado é reduzido em relação a
outros tipos de telha.
Para a fabricação de qualquer modelo de telha, deve existir o respectivo projeto de modelo de telha, que é de
responsabilidade do fabricante, deve atender aos requisitos da norma e será utilizado para dirimir dúvidas que
envolvam o fabricante e o consumidor.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Telhas cerâmicas
Telha Colonial
Como o próprio nome diz, são
compostas por duas peças: o
canal, cujo papel é conduzir
água e a capa que faz a
cobertura entre dois canais
(BORGES, 2009). Neste modelo,
capa e canal possuem a mesma
largura e devem ser instaladas
com inclinação aproximada de
30%.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Telhas cerâmicas
Telha Paulista
A telha paulista é derivada da
telha colonial e se caracteriza
por apresentar a capa com
largura ligeiramente inferior
ao canal
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Telhas cerâmicas
Telha Tipo Plan
É uma variação entre a telha
colonial e a paulista, com o
diferencial de possuir arestas
retas.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Telhas cerâmicas
Telha Portuguesa
A telha portuguesa deriva
das telhas coloniais,
possuindo os segmentos
correspondentes à capa e
canal
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Telhas cerâmicas
Telha Romana
A telha Romana surgiu a partir
da telha colonial tipo plan,
sendo composta de uma peça
única. Devido a seus encaixes
no sentido longitudinal e
transversal, possui boa
vedação e estabilidade sobre
o ripamento.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Telhas cerâmicas
Telha Americana
Foi criada a partir da telha
portuguesa e a vantagem de
ter um rendimento maior por
m² de telhado
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Telhas cerâmicas
Telha plana
As telhas planas normalmente
são utilizadas em países onde
o inverno é rigoroso, cm a
presença de neve. Os telhados
são bastante inclinados para
que a neve escorra. No Brasil,
são usadas para compor
coberturas estilo enxamiel ou
para conferir detalhe
arquitetônico específico nas
obras atuais.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Telhas cerâmicas
Algumas características técnicas
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Placas cerâmicas para revestimento
São utilizadas para revestir pisos e paredes,
sendo divididas em grupos de acordo com suas
características químico-físicas e suas aplicações.
Existem casos de uso mais específicos das placas
cerâmicas, como a necessidade de resistência ao
congelamento, quando utilizadas em superfícies
frias, uso industrial com exposição a ambientes
ou produtos químicos agressivos, locais de
tráfego intenso, atrito, entre outros. É um
sistema de grande importância uma vez está
intimamente relacionado com a estética e
proteção dos ambientes, proporcionando
robustidão à estrutura contra vários agentes de
degradação.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Placas cerâmicas para revestimento
Classificação
As placas cerâmicas para revestimento podem ser classificadas segundo os seguintes critérios: 
• Quanto ao acabamento de sua superfície: 
 GL - Esmaltadas (glazed) 
 UGL - Não esmaltadas (unglazed) 
• Quanto ao método de fabricação:
 Placas cerâmicas extrudadas (A) – Processo de fabricação cujo corpo foi conformado no estado
plástico em uma extrusora (maromba) para, a seguir, ser cortado. Existem dois tipos: Tipo precisão e
tipo artesanal, onde o tipo precisão cumpre exigências maiores, logo, menores faixas de variação, em
comparação ao tipo artesanal.
 Placas cerâmicas prensadas (B) – A placa cerâmica é conformada em prensas, a partir de uma mistura
finamente moída. Placas cerâmicas produzidas por outros processos (C) – Qualquer processo que não
se enquadre nas definições acima. Além dessa subdivisão, estritamente ligada ao processo de
produção utilizado, as placas cerâmicas para revestimento são classificadas de acordo com suas
características.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Placas cerâmicas para revestimento
Aspecto superficial ou análise visual:
A NBR 13817:1997 classifica o produto como de primeira qualidade, quando 95% ou mais das
peças examinadas não apresentarem defeitos visíveis na distância padrão de observação (1,00+-
0,05m)m, conforme anexo A da NBR 13818:1997. Devem ser verificadas as seguintes
características geométricas das cerâmicas
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Placas cerâmicas para revestimento
Aspecto superficial ou análise visual
Ainda:
• As placas examinadas, em forma de um painel, devem estar livres de defeitos que possam
afetar sua aparência.
• Os limites de aceitação das diferenças de tonalidade devem ser fixados por acordo entre as
partes e podem ser definidos com padrões ou com coordenadas de cor (no caso de cores
lisas).
• a curvatura lateral e o empeno devem ser verificados na fabricação, conforme estabelecido
na NBR 13818:1997.
• Desvios da dimensão de fabricação em relação à dimensão nominal, conforme NBR
13816:1997 e NBR 13818:1997.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Placas cerâmicas para revestimento
Características físicas e químicas
• Absorção de água:
A absorção de água é uma característica que está relacionada à porosidade e à
permeabilidade do material. Os materiais de maior qualidade são aqueles que possuem
menor absorção de água. Quanto menor a absorção de água maior é a resistência do
revestimento cerâmico contra quebra, fissuração da camada esmaltada, descolamento, entre
outras patologias. Essa caraterística é muito importante em locais onde exista o risco de
choques e variações de temperatura e umidade. A execução de um revestimento com peças
de elevada porosidade em um ambiente úmido, possivelmente levará ao surgimento de
patologias, entre as quais podemos destacar o descolamento das peças.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Placas cerâmicas para revestimento
Características físicas e químicas
• Absorção de água:
De acordo com o grau de absorção, a NBR 13817 classifica os materiais cerâmicos em grupos,
conforme a tabela abaixo:
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Placas cerâmicas para revestimento
Características físicas e químicas
• Absorção de água:
Ao especificar o material deve-se utilizar uma codificação recomendada pela NBR 13817, composta
pela letra correspondente ao processo de fabricação (A, B ou C) acompanhadada nomenclatura
correspondente ao grupo de absorção, conforme a tabela abaixo:
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Placas cerâmicas para revestimento
Características físicas e químicas
• Absorção de água:
Nomenclatura específica quanto ao grau de absorção:
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Placas cerâmicas para revestimento
Características físicas e químicas
• Resistência à abrasão
A resistência à abrasão é outra caraterística importante dos revestimentos cerâmicos, definida como a resistência
ao desgaste superficial do revestimento, consequência do tráfego de pessoas e objetos sobre o material. O
desgaste por abrasão pode ser causado por objetos de grande porte como pneus de veículos e por objeto de
pequeno porte como grãos de areia.
Existem dois métodos de avaliação da resistência à abrasão:
Superficial: para produtos esmaltados, o método utilizado é o estabelecido pelo “Porcelain Enamel Institute”
(PEI), que prevê a utilização de um aparelho que provoca a abrasão superficial por meio de esferas de aço e
materiais abrasivos.
Profunda: para não esmaltados, é medido o volume de material removido em profundidade da placa, quando
submetido à ação de um disco rotativo e um material abrasivo específico.
A peça possui boa resistência à abrasão quando o dispositivo precisa de muitos ciclos de operação para provocar
algum desgaste. Por outro lado, quando poucos ciclos do abrasímetro são suficientes para desgastar a peça, sua
resistência à abrasão é baixa.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Placas cerâmicas para revestimento
Características físicas e químicas
• Resistência à abrasão
De acordo com a NBR 13817, os revestimentos cerâmicos são divididos em 6 grupos conforme a resistência à
abrasão, como é apresentado na tabela:
* PEI: Porcelain Enamel Institute
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Placas cerâmicas para revestimento
Características físicas e químicas
• Resistência ao manchamento
Indica a facilidade de remoção das manchas da superfície cerâmica. De certa forma, a resistência ao 
manchamento também é influenciada pela resistência à abrasão, pois pisos que se desgastam com mais 
facilidade estão mais suscetíveis ao manchamento. Esta classificação indica a facilidade de remoção das 
manchas da superfície cerâmica, como a seguir:
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Placas cerâmicas para revestimento
Características físicas e químicas
• Resistência ao ataque de agentes químicos
De acordo com a resistência a agentes químicos os produtos cerâmicos são classificados em
três classes:
• CLASSE A: elevada resistência a produtos químicos.
• CLASSE B: média resistência a produtos químicos.
• CLASSE C: baixa resistência a produtos químicos.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Placas cerâmicas para revestimento
Algumas patologias dos revestimentos cerâmicos
Patologia: destacamento do revestimento
cerâmico
Causas comuns:
• deficiência no preparo e/ou aplicação da
argamassa de assentamento (preenchimento
incompleto com argamassa do verso da
cerâmica);
• especificação equivocada da argamassa;
• expansão por umidade ou térmica das placas
cerâmicas, falta de juntas de dilatação, entre
outras.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Placas cerâmicas para revestimento
Algumas patologias dos revestimentos cerâmicos
Patologia: Cerâmica de piso
se destacando, devido a
expansão por umidade.
Causa comum: Absorção
excessiva de umidade pela
placa cerâmica
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Placas cerâmicas para revestimento
Algumas patologias dos revestimentos cerâmicos
Patologia: riscos e desgaste por
abrasão.
Causa comum: especificação incorreta
do revestimento cerâmico em pisos,
e/ou possível excesso de areia e
material abrasivo no local
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Placas cerâmicas para revestimento
Algumas patologias dos revestimentos cerâmicos
Patologia: Os manchamentos por ataque
químico
Causa comum:
uso incorreto de ácido durante a limpeza.
O ácido danifica permanentemente o
esmalte das placas e a única
possibilidade de reparo neste caso é a
substituição do piso.
Materiais de construção- materiais cerâmicos
Placas cerâmicas para revestimento
Algumas patologias dos revestimentos cerâmicos
Patologia: gretamento da placa
cerâmica.
Causa comum: ocorre pela
dilatação diferencial entre o
esmalte e a base da placa
cerâmica (biscoito).

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