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Sistemática de Importação e Exportação

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A Sistemática de Importação e Exportação
Prof Claucir
A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE EXPORTADORA
• Por que exportar, O que exportar, Para onde exportar e Como
exportar.
• O PORQUE EXPORTAR está diretamente ligado as vantagens que a
atividade exportadora oferece às empresas:
A. Maior produtividade: exportar implica aumento da escala de produção,
que pode ser obtida pela utilização da capacidade ociosa da empresa
e/ou pelo aperfeiçoamento dos seus processos produtivos; a empresa
poderá, assim, diminuir o custo de seus produtos, tornando-os mais
competitivos, e aumentar sua margem de lucro.
B. Diminuição da carga tributária: a empresa pode compensar o
recolhimento dos impostos internos, via exportação
- Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
- Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS);
- Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS);
- Programa de Integração Social (PIS)
A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE EXPORTADORA
C. Redução da dependência das vendas internas: a diversificação de
mercados (interno e externo) proporciona à empresa maior segurança
contra as oscilações dos níveis da demanda interna.
D. Aumento da capacidade inovadora: as empresas exportadoras tendem a
ser mais inovadoras que as não-exportadoras; costumam
utilizar número maior de novos processos de fabricação, adotam
programas de qualidade e desenvolvem novos produtos com maior
freqüência.
E. Aperfeiçoamento de recursos humanos: as empresas que exportam se
destacam na área de recursos humanos, costumam oferecer melhores
salários e oportunidades de treinamento a seus funcionários.
F. Aperfeiçoamento dos processos industriais: melhoria na qualidade e
apresentação do produto, comerciais e contratos mais precisos, novos
processos gerenciais, etc.,
G. Imagem da empresa: caráter de empresa exportadora é uma referência
importante, nos contatos da empresa no Brasil e no exterior; a imagem
da empresa fica associada a mercados externos, em geral mais
exigentes, com reflexos positivos para os seus clientes e fornecedores.
A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE EXPORTADORA
• A internacionalização da empresa consiste em sua participação ativa
nos mercados externos. Com a eliminação das barreiras que protegiam
no passado a indústria nacional, a internacionalização é o caminho
natural para que as empresas brasileiras se mantenham competitivas.
• Se as empresas brasileiras se dedicarem exclusivamente a produzir
para o mercado interno, sofrerão a concorrência das empresas
estrangeiras dentro do próprio País. Por conseguinte, para manter a sua
participação no mercado interno, deverão modernizar-se e tornar-se
competitivas em escala internacional.
• A atividade exportadora, contudo, não é isenta de dificuldades, inclusive
porque o mercado externo é formado por países com idiomas, hábitos,
culturas e leis muito diversos, dificuldades essas que devem ser
consideradas pelas empresas que se preparam para exportar.
• As empresas podem participar do mercado internacional de modo ativo
e permanente, ou de maneira eventual. Em geral, o êxito e o bom
desempenho na atividade exportadora são obtidos pelas empresas que
se inseriram na atividade exportadora como resultado de um
planejamento estratégico direcionado para os mercados externos.
A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE EXPORTADORA
• As empresas podem ser classificadas segundo as seguintes categorias,
as quais revelam as etapas do caminho a ser percorrido até se
transformarem em exportadoras ativas.
• não interessada: mesmo que eventualmente ocorram manifestações de
interesse por parte de clientes estabelecidos no exterior, a empresa
prefere vender exclusivamente no mercado interno;
• parcialmente interessada: a empresa atende aos pedidos recebidos de
clientes no exterior, mas não estabelece um plano consistente de
exportação;
• exportadora experimental: a empresa vende apenas aos países
vizinhos, pois os considera praticamente uma extensão do mercado
interno, em razão da similaridade dos hábitos e preferências dos
consumidores, bem como das normas técnicas adotadas;
• exportadora ativa: a empresa modifica e adapta os seus produtos para
atender aos mercados no exterior - a atividade exportadora passa a
fazer parte da estratégia, dos planos e do orçamento da empresa.
A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE EXPORTADORA
As empresas brasileiras interessadas em transformar-se em exportadoras
ativas devem ter, entre outros, os seguintes cuidados:
• para a conquista do mercado internacional, as empresas não devem
considerar a exportação como uma atividade esporádica;
• deverá estar em condições de atender sempre às demandas regulares
de seus clientes no exterior;
• a concorrência internacional é derivada, entre outros fatores, da
existência de maior número de exportadores do que de importadores;
• os exportadores brasileiros devem saber utilizar plenamente os
mecanismos fiscais e financeiros colocados à sua disposição pelo
Governo;
• todas as comunicações recebidas de importadores externos devem
ser respondidas (vendas futuras).
AS FORMAS, AGENTES E A FORMAÇÃO DE PREÇO DE EXPORTAÇÃO 
• A exportação direta consiste na operação em que o produto exportado é
faturado pelo próprio produtor ao importador (exige da empresa o
conhecimento do processo de exportação em toda a sua extensão).
• Cabe assinalar que a utilização de um agente comercial pela empresa
produtora/exportadora não deixa de caracterizar a operação como
exportação direta.
• Nesta modalidade, o produto exportado é isento do IPI, e não ocorre a
incidência do ICMS. Beneficia-se também dos créditos fiscais incidentes
sobre os insumos utilizados no processo produtivo.
• No caso do ICMS, é recomendável consultar as autoridades fazendárias
estaduais, sobretudo quando houver créditos a receber e insumos
adquiridos em outros Estados.
FORMAS, AGENTES E A FORMAÇÃO DE PREÇO DE EXPORTAÇÃO 
• A exportação indireta é realizada por intermédio de empresas
estabelecidas no Brasil, que adquirem produtos para exportá-los. Estas
empresas podem ser:
• Trading Company: a venda da mercadoria pela empresa produtora para
uma trading que atua no mercado interno é equiparada a uma operação
de exportação, em termos fiscais;
• Empresas comerciais exclusivamente exportadoras;
• Empresa comercial que opera no mercado interno e externo;
• Outro estabelecimento da empresa produtora - neste caso a venda a
este tipo de empresa é considerada equivalente a uma exportação
direta, assegurando os mesmos benefícios fiscais – IPI e ICMS; e
• Consórcios de exportadores.
AS FORMAS, AGENTES E A FORMAÇÃO DE PREÇO DE EXPORTAÇÃO 
• Entre os tipos de consórcios para exportação mais comuns temos:
• Consórcio de Promoção de Exportações: esta forma de consórcio é
mais recomendável para empresas que já possuem experiência em
comércio exterior. As vendas no mercado externo são realizadas
diretamente pelas empresas que integram o consórcio;
• Consórcio de Vendas: a formação deste tipo de consórcio é
recomendada quando as empresas que dele pretendem participar não
possuem experiência em comércio exterior. As exportações são realizadas
pelo consórcio, por intermédio de uma empresa comercial exportadora;
• Consórcio de Área ou País: reúne empresas que pretendem concentrar
suas vendas em um único país ou em uma região determinada. O
consórcio pode ser de promoção de exportações ou de vendas. Pode
ainda ser monossetorial ou multissetorial (Consórcio Monossetorial –
agrega empresas do mesmo setor e o Consórcio Multissetorial - os
produtos fabricados pelas empresas podem ser complementares,
produtos de diferentes segmentos da mesma cadeia produtiva ou
heterogêneos, produtos de diferentes setores, e destinados ou não a um
mesmo cliente
AS FORMAS, AGENTES E A FORMAÇÃO DEPREÇO DE EXPORTAÇÃO 
• O Ministério das Relações Exteriores, por intermédio do Departamento
de Promoção Comercial (DPR), tem desenvolvido um amplo trabalho de
promoção comercial no exterior, com vistas ao aumento e à
diversificação das exportações brasileiras.
• No exterior, o DPR presta apoio aos exportadores brasileiros por meio
de uma rede de 52 Setores de Promoção Comercial (SECOMs), que
integram as estruturas de Embaixadas e Consulados-Gerais do Brasil
em 48 países.
• O DPR, por intermédio de suas três Divisões (Divisão de Informação
Comercial - DIC, Divisão de Operações de Promoção Comercial - DOC e
Divisão de Programas de Promoção Comercial - DPG), presta apoio às
empresas brasileiras.
AS FORMAS, AGENTES E A FORMAÇÃO DE PREÇO DE EXPORTAÇÃO 
• Agência de Promoção de Exportações (APEX), atuando em coordenação
com o Departamento de Promoção Comercial (DPR), apóia projetos de
promoção de exportações, apresentados por instituições sem fins
lucrativos, que contemplem ações de desenvolvimento da oferta
exportável (adequação de produtos e melhoria de processos), bem
como outras ações promocionais (feiras, missões, elaboração de
catálogos, encontros de negócios).
• As empresas interessadas em contar com o apoio da APEX devem
procurar as entidades e associações de classe que as representam ou o
SEBRAE do respectivo Estado, para obter mais informações sobre os
programas da APEX, aderir a projetos em execução ou participar da
elaboração de um novo projeto a ser apresentado àquela agência.
AS FORMAS, AGENTES E A FORMAÇÃO DE PREÇO DE EXPORTAÇÃO 
• O marketing internacional é um conjunto de atividades, destinadas à
satisfação de necessidades específicas, que inclui a divulgação e a
promoção da empresa exportadora e de seus produtos nos mercados
externos.
• O êxito nas exportações está intimamente relacionado com a divulgação
da empresa e de seus produtos no exterior, razão pela qual os
exportadores brasileiros devem dar atenção especial a esta atividade.
• Cabe assinalar que a propaganda é apenas uma das atividades
relacionadas com o marketing.
• São condições básicas para o desenvolvimento do marketing: a
identificação das necessidades de consumo; disponibilidade do produto;
comunicação entre o exportador e o importador; fatores que
contribuam para a aceitação do produto e canais de distribuição; os
agentes e os comerciantes no comércio exterior e o material
promocional a ser utilizado.
AS FORMAS, AGENTES E A FORMAÇÃO DE PREÇO DE EXPORTAÇÃO 
Os agentes no comércio exterior podem ser de três tipos:
• O agente externo é um representante do exportador, que possui
exclusividade na venda de seus produtos em um determinado mercado.
Recebe comissão sobre as vendas realizadas.
• O broker (corretor) é o agente especializado em certo grupo de
produtos ou setor. Costuma ser utilizado em operações que envolvem
produtos primários (commodities) e atua, via de regra, nas Bolsas de
Mercadorias. Recebe comissão sobre os valores das operações.
• O factor é o agente que recebe mercadorias em consignação e é pago,
igualmente, mediante comissão sobre as vendas realizadas.
AS FORMAS, AGENTES E A FORMAÇÃO DE PREÇO DE EXPORTAÇÃO 
• Entre os tipos de comerciantes temos:
• importador-distribuidor: é o comerciante no país de destino, que se
dedica ao comércio de importação e distribuição de mercadorias por
atacado;
• subsidiária de vendas do produtor-exportador: empresa criada no
país de destino, que se responsabiliza pela montagem e manutenção de
rede de distribuição própria naquele mercado;
• rede de comerciantes atacadistas e varejistas: estabelecida no país
de destino, habitualmente mantém departamento próprio de
importação e providencia a distribuição do produto, inclusive por
intermédio de subsidiárias.
AS FORMAS, AGENTES E A FORMAÇÃO DE PREÇO DE EXPORTAÇÃO 
• A fixação do preço de exportação deve ser precedida de um estudo
detalhado das condições de mercado, de forma a viabilizar a
manutenção do esforço exportador, sem prejuízo para a empresa. É
elemento fundamental para as condições de competição do produto a
ser exportado;
• Tal como ocorre no mercado interno, será necessário, também no
mercado externo, um acompanhamento permanente da entrada de
novos produtos concorrentes, das mudanças nos custos de produção e
das alterações no nível da demanda.
• Cabe assinalar que, em princípio, os preços de exportação não estão
sujeitos à verificação por qualquer entidade de controle no Brasil.
AS FORMAS, AGENTES E A FORMAÇÃO DE PREÇO DE EXPORTAÇÃO 
Entre os fatores que influenciam o preço de exportação temos:
• Competidores potenciais;
• Custos de produção;
• Esquemas de financiamento à exportação;
• Tratamento tributário aplicável à exportação;
• Despesas de exportação (embalagem específica para exportação,
despesas portuárias, despesas com despachantes, gastos com pessoal
especializado, caso a empresa não decida pela exportação indireta,
frete e seguro interno até o local de embarque, etc.);
• Preços praticados por competidores de terceiros países;
• Comportamento dos consumidores;
• Novas tecnologias.
AS FORMAS, AGENTES E A FORMAÇÃO DE PREÇO DE EXPORTAÇÃO 
Metodologia para a fixação do preço de exportação com base no preço do 
produto no mercado interno
• Excluir os elementos que compõem normalmente o preço do produto no
mercado interno, mas que não estarão presentes no preço de
exportação (exemplos: ICMS, IPI, PIS, etc.); e
• Incluir as despesas que não integram a composição do preço interno,
mas farão parte do preço de exportação, na modalidade FOB.
Exemplos: gastos com a embalagem de exportação, despesas com o
transporte do produto até o local de embarque, comissão de agente no
exterior, etc
AS FORMAS, AGENTES E A FORMAÇÃO DE PREÇO DE EXPORTAÇÃO 
EXPORTAÇÃO - QUAL O TRATAMENTO FISCAL DEFERIDO ÀS 
AQUISIÇÕES DE MERCADO INTERNO COM O FIM ESPECÍFICO DE 
EXPORTAÇÃO?
- ICMS: não incidência, artigo 7º, § 1º, item 1, letra "a", do RICMS-SP -
Para outros Estados, consultar o respectivo regulamento;
- IPI: suspenso, artigo 43, inciso V, do Ripi;
- PIS: não incidência, artigo 5º, inciso III, da Lei nº 10.637/02;
- Cofins: não incidência, artigo 6º, inciso III, da Lei nº 10.833/03.
Exemplificando:
Preço de mercado interno sem o IPI (Para efeito de cálculo 
das deduções)
R$ 5.000,00
Preço de mercado interno ( inclusive IPI de 14%) R$ 5.700,00
Deduções:
IPI (14% sobre o preço de mercado sem IPI) R$ 700,00 
ICMS (18% sobre o preço de mercado sem IPI) R$ 900,00 
COFINS (3% sobre o preço de mercado sem IPI) R$ 150,00 
PIS (0,65% sobre o preço de mercado sem IPI) R$ 32,50 
Lucro no mercado interno (10% sobre o preço no mercado 
interno sem IPI)
R$ 500,00 
Continuando:
Embalagem no mercado interno R$ 40,00 
Total das Deduções R$ 2.322,50
Primeiro Subtotal (Diferença entre o preço com o IPI R$ 
5.700,00 e o total de deduções R$ 2.322,50)
R$ 3.377,50
Inclusões
Embalagem de Exportação R$ 55,00
Frete e Seguro da fábrica ao local de embarque R$ 100,00
Total das Inclusões R$ 150,00
Segundo subtotal (Soma do primeiro subtotal R$ 3.377,50 
com o total das inclusões R$ 155,00)
R$ 3.532,50
Continuando:
Observações:
• A parte final do cálculo para a apuração do valor de R$3.925,00, levando-se
em consideração o percentual de 10 por cento correspondente à margem de
lucro pretendida pelo exportador, pode ser desenvolvida com a utilização de
uma regra de três simples. Assim, se o valor de R$ 3.532,50 corresponde a 90
por cento do preço final, R$ 3.925,00 será o preço final de exportação,
incluídos os 10 por cento estipulados, ou seja, R$ 392,50:
• R$ 3.532,50 → 90%• Preço FOB → 100%
Margem de lucro pretendida (10% calculado sobre o preço 
FOB)
R$ 392,50 
Preço FOB (R$ 3.532,50 mais R$ 392,5) R$ 3.925,00
Tomando-se uma taxa de câmbio hipotética de US$ 1,00 = 
R$ 2,30 (05 Ago 13), tem-se o preço FOB de
US$ 1.706,52
PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS NA EXPORTAÇÃO
• O Sistema Integrado de Comércio Exterior - Siscomex, instituído pelo
Decreto n° 660, de 25/09/92, é a sistemática administrativa do
comércio exterior brasileiro, que integra as atividades afins da
Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), da Receita Federal do Brasil
(RFB) e do Banco Central do Brasil (BACEN), no registro,
acompanhamento e controle das diferentes etapas das operações de
exportação.
• As operações registradas no Sistema são analisadas "on-line", tanto
pelos órgãos gestores (SECEX, RFB e BACEN), quanto pelos chamados
órgãos anuentes, que estabelecem regras específicas para o
desembaraço de mercadorias dentro de sua área de competência.
SISCOMEX: 
• Definição: é um instrumento administrativo que integra as atividades
de registro, acompanhamento e controle das operações de Comércio
Exterior, através de um fluxo único, computadorizado, de
informações.
• O usuário, por intermédio de terminal conectado os Sistema, presta
as informações necessárias ao exame e efetivação dos documentos
contempladas, as quais são criticadas instantaneamente (on-line).
Tudo por meio de diversas transações apresentadas em tela de vídeo,
em eventos que se sucedem.
VANTAGENS DO SISCOMEX
• Harmonização de conceitos e uniformização de códigos e nomenclaturas,
utilizados pelos órgãos governamentais que atuam no exterior;
• Ampliação dos pontos do atendimento no país, por meio eletrônico;
• Eliminação de coexistência de controles paralelos de coleta de dados;
• Simplificação e padronização das operações de comércio exterior;
• Redução de erros e fraudes.
• Diminuição significativa do volume de documentos;
• Agilidade na coleta e processamento de informações, por meio eletrônico;
• Redução de custos administrativos para todos os envolvidos no sistema;
• Crítica dos dados utilizados na elaboração das estatísticas de comércio
exterior.
Órgãos Gestores:
• Os órgãos gestores que cuidam da administração, manutenção e
aprimoramento do Sistema, sendo, então, responsáveis pela
implantação e atualização das informações e normas de comércio
exterior, conforme suas áreas de competências, são:
• Fase Comercial: Secretaria de comércio Exterior – Secex:
responsável pelo licenciamento (autorização para saída ou entrada
de mercadoria);
• Fase Aduaneira: Secretaria da Receita Federal – SRF;
• Fase Cambial: Banco central do Brasil – Bacen.
Usuários do Siscomex:
• São conceituados como usuários todos os que têm acesso aos Siscomex:
os órgãos gestores, os órgãos anuentes e os demais participantes do
processamento das operações (bancos, corretoras, transportadores,
depositários, despachantes aduaneiros, exportadores e importadores
brasileiros);
• Para operar diretamente no Sicomex, as empresas devem estar
conectadas ao Sistema e possuir habilitação, por meio de senha obtida
junto a Receita Federal;
• Entretanto, a empresa pode utilizar serviços de terceiros que possuem
senha, sem descaracterizar sua condição de exportador direto, uma vez
que a operação é efetuada em nome da empresa, pois consta no seu
CNPJ, configurando-a como exportadora.
Acesso ao Siscomex:
• O acesso ao Siscomex pode ocorrer conforme abaixo:
1. Pela utilização de terminais próprios, cuja ligação dos
equipamentos é feita pela Rede Serpro;
2. Pela Rede Sisbacen (Sistema de Informações do Banco Central)
para os bancos e corretoras de câmbio, acessando o Sistema em
nome do exportador, para fins de solicitação de RE, RV e RC;
3. Por meio de equipamentos que se encontram á disposição dos
usuários (sala de contribuintes da SRF).
Registro de Exportadores e Importadores
(REI)
• Toda empresa para exportar, deve ser cadastrada no REI, da
Secretaria de Comércio Exterior. A inscrição ocorre no ato da
primeira operação (Registro de Exportação – RE, Registro de Venda
– RV ou Registro de Operação de Crédito), por meio de qualquer
ponto conectado os Siscomex;
• Em resumo, a inscrição no REI credencia o interessado a processar
suas operações de exportação no Siscomex – RE, RV e RC;
• A função de REI é disponibilizar dados cadastrais das empresas
exportadoras e importadoras, para acesso a qualquer momento, em
controles e estudos inerentes para acesso aos órgãos gestores e
anuentes e mesmo para alimentação de informações nos
documentos elaborados no âmbito do Siscomex, de forma que a
atualização dos dados é de extrema importância.
Registro de Exportação
(RE)
• O RE é o licenciamento eletrônico, que consiste no conjunto de
informações de natureza comercial, financeira, cambial e fiscal, as
quais caracterizam a operação de exportação de uma mercadoria e
definem seu enquadramento.
• Normalmente se inicia com a solicitação do Registro de Exportação
– RE, pelo exportador ou por seu representante legal.
• Se estiver com todos os seus campos preenchidos corretamente,
atender às normas de comércio exterior previstas e, além disso,
não contiver qualquer informação que tenha sido direcionada para
análise a nenhum órgão anuente, o RE é validado e deferido
automaticamente pelo Sistema, assumindo a condição de
“Efetivado”. Em caso de alguma pendência, enquanto algum órgão
anuente não se pronuncia, o RE permanece na situação “Pendente
de Efetivação”.
Registro de Exportação
(RE)
• O prazo de validade do RE é de até 60 dias da data de sua
elaboração, para fins de solicitação do despacho á SRF, exceto
produtos sujeitos a RV ou RC, quando prevalece o prazo de um
destes últimos, se menor que o do RE. Ultrapassando o prazo de
validade, o RE assume a situação de “Vencido”.
• Para exportação de até U$ 10 mil, enquadradas como “normais”,
pode ser elaborado o RE Simplificado, que possui menos campos
para preenchimento, demandando menos tempo de custo e
elaboração.
Registro de Venda
(RV)
• O RV é o conjunto de informações que caracteriza o instrumento de
venda de commodities ou de produtos negociados em bolsas
internacionais de mercadorias;
• Estão sujeitas a RV, as exportações de café, soja, açúcar, cacau,
ouro e alumínio;
• O RV deve ser solicitado no Siscomex previamente ao RE.
Registro de Operações de Crédito
(RC)
• Representa o conjunto de informações de natureza comercial,
financeira e cambial, que caracteriza as vendas de mercadorias e
serviços ao exterior, realizadas a prazo e com incidência de juros,
em cambiais distintas das do principal (exportações financiadas).
• As exportações com prazo de pagamento superior a 180 dias são
conceituadas como financiadas e demandam preenchimento de
RC.
• Cada RC corresponde a um pacote financeiro e pode abranger a
exportação de diversas mercadorias ou serviços, com previsão
para um ou múltiplos embarques.
Registro de Operações de Crédito
(RC)
A validação ou efetivação da RC depende da anuência de certos
órgãos anuentes que são:
• MDIC/Secex/Decex: para financiamento com recursos do próprio
exportador ou de terceiros, sem Proex ( Código de Enquadramento
do RC 1);
• Banco do Brasil S/A: para operações cursadas ao amparo do Proex
– (Equalização 2) ou financiamento (Enquadramento 3).
A análise do RC, por parte do anuente, gera uma das três
situações:
• Aprovação do RC;
• Retorno ao Exportador, com mensagem de pendência(s);
• Rejeição do RC.
Despacho Aduaneiro na Exportação
• Em 04 de fevereiro de 1993 foi iniciada a primeira etapa de
informatização do comércio exterior brasileiro, com a implantação do
módulo Siscomex - Exportação, que ensejou a automação dos
procedimentos operacionais e administrativos, reduzindo os custos
tanto parao Governo quanto para o setor privado. Com a
substituição dos documentos (guia e declaração de exportação) por
documentos emitidos eletronicamente, a produção das estatísticas de
comércio exterior ganhou significativo avanço.
• O Despacho Aduaneiro é o procedimento fiscal mediante o qual se
processa o desembaraço aduaneiro da mercadoria destinada ao
exterior, seja ela exportada a título definitivo ou não.
• Estão sujeitas também a despacho as mercadorias que, importadas a
título não definitivo, devam ser objeto de reexportação.
DECLARAÇÃO SIMPLIFICADA DE EXPORTAÇÃO
(DSE)
A DSE, excluídos os casos de utilização de formulários próprios
(sem registro no Siscomex), é aceita, por meio de formulação em
terminal conectado ao Sistema, no despacho aduaneiro de bens:
• Exportados, com ou sem cobertura cambial, até o limite de U$ 10
mil;
• Exportados, a título de ajuda humanitária, em caos de guerra ou
calamidade pública, por órgão de governo ou instituição social;
• Sob o regime de exportação temporária;
• Devolvidos ao exterior por erros de manifesto;
• Integrantes de bagagem desacompanhada.
DECLARAÇÃO SIMPLIFICADA DE EXPORTAÇÃO
(DSE)
• DSE visa portanto, além de outras vantagens, beneficiar a
exportação de pequenas e médias empresas.
• O programa “Exporta Fácil” dos Correios, está estruturado na
utilização deste documento.
• Podem, ainda, ser utilizadas as empresas especializadas em
entregas rápidas de encomendas.
Controle Cambial:
• Na fase cambial, que é controlada pelo Bacen, intervêm instituições
financeiras.
• O exportador firma um contrato de câmbio com a instituição
financeira, no qual se compromete a entregar determinada quantia
de moeda estrangeira, decorrente de sua operação de exportação,
devendo a instituição, em contrapartida, entregar o equivalente em
moeda nacional, dentro de determinadas condições.
• O contrato de câmbio deve ser vinculado, no Sicomex, a uma
operação de exportação.
SISCOMEX – IMPORTAÇÕES
• A implementação do módulo Siscomex - Importação se deu em 1997,
ampliando o processo de desburocratização do comércio exterior
brasileiro.
• Ao mesmo tempo, proporcionou expressiva modernização do sistema
de apuração das estatísticas de comércio exterior, antes baseado em
documentos como a Guia de Importação (GI) e a Declaração de
Importação (DI), que foram também substituídas por documentos
emitidos eletronicamente.
SISCOMEX – IMPORTAÇÕES
• A habilitação de usuários para operação direta segue a mesma rotina
descrita para exportação;
• Quando se trata de mercadoria ou operação de importação, objeto de
controles especiais do órgão licenciador (Secex) ou demais órgãos
federais que atuam como anuentes, a importação fica sujeita a
Licenciamento Não-Automático.
• A LI conjuga informações referentes à mercadoria e à operação em
cinco fichas: a das informações básicas (referentes ao importador,
país de procedência e unidades da SRF), a do fornecedor (dados
sobre exportador/fabricante/produtor), da mercadoria, da negociação
(tipo de operação: acordo, regime de tributação, forma de
pagamento) e complementares.
• O prazo de validade da LI é de 60 dias, podendo ser solicitado a
prorrogação.
DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO
(DI)
• Contempla o conjunto de informações, registradas no Siscomex,
correspondentes a uma determinada operação de importação:
1. Informações gerais a todas as mercadorias objeto do despacho-
importador, básicas, transporte, carga, pagamento e
complementares.
2. Informações específicas, relativas a cada mercadoria sujeita a
licenciamento automático ou não-automático: fornecedor,
mercadoria, valor aduaneiro, tributos e câmbio.
DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO
(DI)
• O importador, para dar início ao despacho aduaneiro, deve
formular e transmitir para registro sua DI;
• Uma mesma DI não pode conter mercadorias vindas
diretamente do exterior e outras oriundas de quaisquer dos
regimes aduaneiros especiais ou atípicos;
• O sistema permite que a DI seja retificada:
1. No curso do despacho, no próprio Sistema, pelo importador,
ainda que por exigência da fiscalização, ficando a efetivação
pendente de análise e aceitação pela fiscalização aduaneira;
2. Após o desembaraço, pela autoridade aduaneira, mediante
solicitação do importador (por meio de processo) ou de ofício
(notificação).
DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO
(DI)
• A DI pode ser cancelada pela Aduana quando:
1. No despacho antecipado ficar devidamente comprovado que a
mercadoria não ingressou no país ou foi descarregada em
unidade da SRF diversa daquela onde ocorreu o registro da DI;
2. A mercadoria não atender aos controles específicos de outro
órgão governamental e esse determinar o seu retorno ao
exterior ou a sua destruição;
3. Perante a autoridade aduaneira, ficar comprovado erro
manifesto (de total evidência).
DESPACHO ADUANEIRO DE IMPORTAÇÃO
• É o procedimento fiscal ou conjunto de atos e formalidades necessários
ao desembaraço de toda mercadoria procedente do exterior, importada
a título definitivo ou não.
• Incluem-se os casos de mudança de regime aduaneiro e de
nacionalização, de mercadorias importadas ao amparo de regimes
aduaneiros especiais ou atípicos.
• O despacho se processa no Siscomex, com base na DI ou na DSI (para
casos aplicáveis) e a data de registro de um desses documentos define
o início do processo.
DESPACHO ADUANEIRO DE IMPORTAÇÃO
• De forma geral, o despacho é composto pelas seguintes etapas:
1. Registro da DI - efetivado após a chegada da carga no Sistema que
dispõe do Sistema Integrado de Gerência do Manifesto, do Trânsito e
do Armazenamento - Mantra;
2. Seleção de canais – Canal Verde, Laranja, Vermelho e Cinza;
3. Direcionamento do despacho – determina o caminho;
4. Distribuição da declaração – pelos auditores da RFB;
DESPACHO ADUANEIRO DE IMPORTAÇÃO
5. Conferência aduaneira – identifica o importador e sua integridade;
6. Desembaraço aduaneiro - ato final do despacho e entrega da
mercadoria ao importador (libera no Siscomex a emissão do
comprovante de importação);
7. Comprovante de Importação – não elimina a documentação fiscal para
circulação no território nacional;
8. Entrega da Mercadoria – ocorre no depósito mediante apresentação do
comprovante de importação.
Drawback Eletrônico:
• Em constante aprimoramento, em novembro de 2001, o Siscomex
incorporou o módulo drawback eletrônico, visando permitir um
controle ágil, simplificado e eficiente daquelas operações.
• O regime aduaneiro especial de drawback permite a desoneração de
impostos na importação, que fica vinculada a um compromisso
exportador.
• O módulo drawback eletrônico constitui notável avanço na
operacionalização do regime, integrando-se ao Siscomex nas
vertentes de importação e exportação. Além de agilizar e modernizar
o sistema, a nova sistemática facilitou o acesso ao regime,
conferindo maior segurança ao controle dessas operações.
• Por meio do módulo drawback eletrônico é possível efetuar o registro
do Drawback em documento eletrônico, com todas as etapas
(solicitação, autorização, consultas, alterações, baixa)
informatizadas, e permitir o acompanhamento das importações e
exportações vinculadas ao RD (Registro de Drawback) integrado aos
demais módulos do Siscomex.
SISCOMEX – Trânsito
• Em dezembro de 2002, entrou em operação o módulo
Siscomex Trânsito destinado ao controle aduaneiro
informatizado do regime especial de trânsito aduaneiro
de entrada, passagem ou transferência, inclusive na
operação de transporte multimodal.
Principais Características do Siscomex Trânsito:
a) Abrange todas as operações de trânsito entre todas as unidades da
SRF;
b) Controla a atuação dos transportadores através de cadastros
informatizados de validade nacional, prestação de Termo de
Responsabilidade genérico para TrânsitoAduaneiro (TRTA),
prestação de garantia, gerenciamento de ocorrências e aplicação de
suspensão;
c) Substitui a declaração de trânsito (DT) no papel pela sua declaração
diretamente no sistema, mesmo antes da chegada da carga no
território aduaneiro;
d) Controla eletronicamente as cargas sob o regime de trânsito
aduaneiro, desde o início da operação de trânsito até a sua
conclusão;
e) Possibilita retratar de forma automática a realidade do trânsito
aduaneiro no Brasil, através de dados estatísticos atualizados
diariamente pelo Sistema.
SISCOMEX - Carga
• No dia 31 de março de 2008 entrou em funcionamento o Siscomex
Carga, módulo que integrará os sistemas Mercante e Siscomex e
permitirá à Receita Federal do Brasil (RFB) controlar
eletronicamente a movimentação de embarcações e de cargas nos
portos alfandegados.
• Trata-se de um sistema público de controle informatizado da
movimentação de embarcações, cargas e unidades de carga em
portos nacionais alfandegados, cujo principal objetivo é garantir o
total controle de entrada e saída das embarcações e cargas no
embarque, desembarque, trânsito aduaneiro, baldeação e de
passagem nos portos brasileiros, tanto no longo curso quanto na
cabotagem.
• É ainda objetivo do novo sistema, melhorar o controle das cargas
que entram, saem e passam pelo Brasil, combatendo fraudes e
reduzindo o fluxo de papel manuseado pelos fiscais da Receita
Federal do Brasil.
SISCOMEX - Carga
• Com a implantação deste módulo, a Receita Federal terá
conhecimento sobre as cargas transportadas antes que as
embarcações atraquem em nossos portos, podendo atuar
preventivamente, selecionando aquelas que, por sua natureza,
origem e destinação apresentem maior risco ao controle aduaneiro.
• A ideia é ter controle do que entra no país com 48 horas de
antecedência, melhorando o planejamento da fiscalização para o
tratamento dessas mercadorias. Com as informações antecipadas
da carga, a Aduana poderá se preparar, por exemplo, na
eventualidade da chegada de alguma carga suspeita, para bloquear
ou não a sua entrada.
• Para a segunda fase, estão previstos o armazenamento da
mercadoria em recinto alfandegário, a remoção da carga dos
terminais molhados para os portos secos (antigos EADI) e a
informação do boletim de carga e descarga pelos operadores
portuários. Já na última fase, a Receita Federal quer tornar o
Siscomex Carga o sistema que controlará todo o tipo de carga que
ingressar no país por meio aquático, terrestre ou aéreo.
Habilitação Para Utilizar o Siscomex:
• Os empresários que atuam no comércio exterior podem ter acesso ao
Siscomex de dentro do seu próprio estabelecimento, interligando-se
ao sistema através de um computador da sua empresa, bem como
ter acesso ao sistema a partir de qualquer ponto conectado (bancos,
corretoras ou despachantes aduaneiros), ou por meio de terminais
instalados nos órgãos federais encarregados do controle do comércio
exterior.
• No entanto, para que seja efetuada uma importação ou exportação
de mercadorias, primeiramente o interessado deverá providenciar,
junto à Receita Federal, sua habilitação no Siscomex, por meio de
senha, para operação no sistema e o credenciamento de seus
representantes para a prática de atividades relacionadas ao despacho
aduaneiro.
Habilitação Para Utilizar o Siscomex:
• O procedimento de habilitação pode ocorrer em quatro
modalidades, conforme o tipo e a atuação do interveniente, quais
sejam:
1. Ordinária: para as pessoas jurídicas que atuem habitualmente no
comércio exterior;
2. Simplificada: para as pessoas físicas, as empresas públicas ou
sociedades de economia mista, as entidades sem fins lucrativos e,
também, para as pessoas jurídicas que se enquadrarem nas
seguintes situações:
a) Obrigadas a apresentar, mensalmente, a Declaração de Débitos e
Créditos Tributários Federais (DCTF);
b) Constituídas sob a forma de sociedade anônima de capital aberto,
bem como suas subsidiárias integrais;
c) Habilitadas a utilizar o Despacho Aduaneiro Expresso (Linha Azul);
d) Que atuem exclusivamente como pessoa jurídica encomendante;
e) Que realizem apenas importações de bens destinados à incorporação
ao seu ativo permanente;
f) Que atuem no comércio exterior em valor de pequena monta,
também incluído nessa modalidade o importador por conta e
ordem de terceiros.
Habilitação Para Utilizar o Siscomex:
3. Especial: para órgãos da administração pública direta, autarquias e
fundações públicas, organismos internacionais e outras instituições
extraterritoriais.
4. Restrita: exclusivamente para a realização de consultas ou
retificações de declarações aduaneiras de pessoas físicas ou
jurídicas que tenham operado anteriormente no comércio exterior
e não estejam habilitadas em nenhuma das modalidades
anteriores.
• Estão dispensadas do procedimento de habilitação as operações
realizadas por intermédio dos Correios ou de empresa de
transporte expresso internacional (Courier).
Habilitação de Responsável Legal
• A atuação da pessoa jurídica em operações de comércio exterior
(importação, exportação, trânsito aduaneiro e internação da Zona
Franca de Manaus) depende de análise prévia de suas informações
cadastrais e fiscais, pela Receita Federal.
• Autorizada a operar no comércio exterior, a Receita Federal
cadastra a empresa e efetua a habilitação do seu responsável legal
(dirigente, diretor, sócio-gerente).
• Esta pessoa física habilitada credencia os representantes da
empresa (prepostos ou despachantes aduaneiros) diretamente no
Siscomex.
Credenciamento de Representante Legal
• Após a habilitação do responsável legal pela pessoa jurídica junto
à Receita Federal, este poderá credenciar no Siscomex as pessoas
físicas que atuarão como representantes da empresa para a
prática dos atos relacionados com o despacho aduaneiro.
• No caso de pessoa física, o credenciamento de seu representante
pode ser feito pelo próprio interessado, se ele for habilitado a
utilizar o Siscomex, ou mediante solicitação para a unidade da
Receita Federal de despacho aduaneiro.
Credenciamento de Representante Legal
O interessado, pessoa física ou jurídica, somente pode exercer
atividades relacionadas com o despacho aduaneiro:
a) Por intermédio do despachante aduaneiro;
b) Pessoalmente, se pessoa física;
c) Se pessoa jurídica, também mediante:
1. dirigente;
2. empregado;
3. empregado de empresa coligada ou controlada;
4. funcionário ou servidor especificamente designado, no caso de órgão
da administração pública, missão diplomática ou representação de
organização internacional.
• Consequentemente, somente essas mesmas pessoas podem ser
credenciadas como representantes do interessado para atuar em
seu nome no Siscomex.
Nomenclatura e Classificação de Mercadorias
• Ao preencher o Registro de Exportadores e Importadores (REI) no
SISCOMEX, a empresa deverá classificar seus produtos, de acordo
com duas nomenclaturas:
• a Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) e;
• a Nomenclatura Aduaneira da ALADI (NALADI/SH);
• ambas criadas com base na Convenção Internacional sobre o
Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de
Mercadorias (SH), firmada em Bruxelas, em 14 de junho de 1983.
• O SH possui 6 dígitos, mas cada país pode acrescentar até quatro
dígitos.
Classificação Fiscal de Mercadorias 
• A Classificação Fiscal de mercadorias é importante não somente
para determinar os tributos envolvidos nas operações de
importação e exportação, e de saída de produtos industrializados,
mas também, em especial no comércio exterior, para fins de
controle estatístico e determinação do tratamento administrativo
requerido para determinado produto;
• O importador, exportador ou fabricação de certo produto, deve, em
princípio, determinar ele próprio, ou através de um profissional por
ele contratado, a respectiva classificaçãofiscal, o que requer que
esteja familiarizado com o Sistema Harmonizado de designação e
codificação de mercadorias e as regras gerais para a interpretação
do Sistema Harmonizado.
Sistema Harmonizado (SH) 
• O Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de
Mercadorias, ou simplesmente Sistema Harmonizado (SH), é um
método internacional de classificação de mercadorias, baseado em
uma estrutura de códigos e respectivas descrições;
• Criado para promover o desenvolvimento do comércio
internacional, aprimorar a coleta, a comparação e a análise das
estatísticas do comércio exterior, facilita as negociações,
elaboração de tarifas de fretes;
• Composição: 6 dígitos (especificações de produtos como origem,
constituição e aplicação);
• Compreende 21 seções, composta por 96 capítulos (divididos em
posições e subposições.
Código SH: 0104.10
Animais reprodutores de raça pura, da espécie ovina, prenhe ou com 
cria ao pé.
Estrutura e Composição da Nomenclatura Comum do Mercosul 
(NCM) 
• O Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai adotam, desde
janeiro de 1995, a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), que
tem por base o Sistema Harmonizado (SH).
• Assim, dos oito dígitos que compõem a NCM, os seis primeiros são
formados pelo Sistema Harmonizado, enquanto o sétimo e oitavo
dígitos correspondem a desdobramentos específicos atribuídos no
âmbito do Mercosul.
A sistemática de classificação dos códigos na 
Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) obedece à 
seguinte estrutura:
Exemplo:
Código NCM: 0104.10.11
Animais reprodutores de raça pura, da espécie ovina, prenhe ou com 
cria ao pé
Este Código é resultado dos seguintes desdobramentos:
Seção I - animais vivos e produtos do reino animal
• Capítulo 01 - Animais vivos;
• Posição 0104 - Animais vivos das espécies ovina e caprina;
• Subposição 0104.10 - Ovinos;
• Item 0104.10.1 - Reprodutores de raça pura;
• Subitem 0104.10.11 - Prenhe ou com cria ao pé.
Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM):
Dúvidas na Classificação
• A solução de consultas sobre classificação fiscal de mercadorias
é de competência da Secretaria da Receita Federal (SRF), por
intermédio da Coordenação-Geral do Sistema Aduaneiro e da
Superintendência Regional da Receita Federal;
• Em caso de dúvidas sobre a correta classificação fiscal de
mercadorias, o interessado deverá contatar a Unidade da
Receita Federal do seu domicílio fiscal (consulta por escrito).
Documentação para Exportação
Os documentos exigidos nas operações de exportação são
os seguintes:
• Documentos referentes ao exportador:
- Inscrição no REI - Registro de Exportadores e
Importadores da SECEX/MDIC
• Documentos referentes ao Contrato de
Exportação:
- Fatura Pro Forma;
- Carta de Crédito ou borderô, em caso de cobrança
documentária;
- Letra de Câmbio; e
- Contrato de Câmbio.
Documentação para Exportação
• Documentos referentes à mercadoria -
acompanham todo o processo de traslado da mercadoria
desde o estabelecimento do exportador até o local de
destino designado pelo importador:
- Registro de Exportação no SISCOMEX;
- Registro de Operação de Crédito;
- Registro de Venda;
- Solicitação de Despacho (SD);
- Nota Fiscal;
- Conhecimento de Embarque (Bill of lading);
- Fatura Comercial (commercial invoice);
- Romaneio (packing list);
- Outros documentos: Certificado de Origem, Legalização
Consular, Certificado ou Apólice de Seguro, Borderô ou
Carta de Entrega.
Documentação para Exportação
• Há duas modalidades especiais de exportação que são objeto
de regulamentação específica.
• Nas exportações temporárias, as empresas poderão enviar para
o exterior mercadorias para exibição em exposições ou em
feiras.
• O exportador é obrigado a comprovar o retorno da mercadoria
no prazo máximo de 180 dias, contados a partir da data de
embarque ou, no caso de venda, do ingresso da moeda
estrangeira.
• Nas exportações em consignação, as empresas poderão realizar
vendas com prazo máximo de 180 dias, a contar da data do
embarque, prorrogável por até 180 dias.
• Até o vencimento, as empresas deverão providenciar a
liquidação das cambiais. Caso não ocorra a venda, a empresa
terá o prazo de 60 dias para comprovar o retorno da
mercadoria, contado a partir do término do prazo estipulado.
Registro de Exportação Simplificado - RES ("Simplex")
• A Sistemática de Câmbio Simplificado para as Exportações
Brasileiras (Circular BACEN nº 2836, de 08/09/98), conhecida
como "SIMPLEX", aplica-se às exportações de até dez mil
dólares, por operação (incluídas as despesas referentes ao
INCOTERM pactuado).
• Qualquer produto pode ser exportado por intermédio do
SIMPLEX, tanto por empresas como por pessoas físicas, desde
que não esteja sujeito a controles por órgãos governamentais.
• A operação de câmbio simplificado é regulada pela Circular
BACEN nº 2.967, de 11/02/2000. Ao utilizar o SIMPLEX, o
exportador deverá assinar Boleto de Compra e Venda de Moeda
Estrangeira em banco credenciado a operar com câmbio.
Registro de Exportação Simplificado - RES ("Simplex")
Algumas características do registro simplificado são:
• exportações por meio do SIMPLEX podem ser pagas por
intermédio de cartão de crédito internacional;
• o Boleto de Compra e Venda de Moeda Estrangeira pode ser
negociado no prazo de até 90 dias, antes ou depois do embarque,
e a empresa exportadora poderá utilizar várias formas de
pagamento (antecipado, cobrança e carta de crédito); o prazo
mencionado é improrrogável;
• deve ser emitido um RES para cada produto, caso a operação de
exportação compreenda mercadorias diferenciadas e a soma dos
valores dos produtos não poderá, de todo modo, ultrapassar o
montante de dez mil dólares;
• o boleto de câmbio simplificado é negociado com o banco
credenciado, ao qual o exportador deverá fornecer os dados para
preenchimento do Boleto de Compra e Venda;
• a negociação cambial deverá ser realizada após o pagamento da
exportação;
• o câmbio simplificado, o exportador deverá guardar os respectivos
documentos por cinco anos, para eventual verificação pelo Banco
Central.
Registro de Exportação Simplificado - RES ("Simplex")
Não podem beneficiar-se do "SIMPLEX" operações como: 
• exportação para consumo a bordo;
• exportação de material usado;
• exportação em consignação;
• exportação de produtos beneficiados pelo Sistema Geral de 
Preferências;
• exportação sujeita ao RV (Registro de Venda);
• exportação com financiamento do PROEX;
• exportação de produtos sujeitos a pagamento do Imposto de 
Exportação.
Declaração Simplificada de Exportação – DSE
• Com a finalidade simplificar e facilitar o processamento
de operações de até dez mil dólares foi regulamentada,
pela Instrução Normativa da Secretaria da Receita
Federal n º 155, de 22 de dezembro de 1999, a
Declaração Simplificada de Exportação (DSE).
• Preenchida pelo exportador, por intermédio de
computador conectado ao SISCOMEX.
• Todas as exportações, feitas por DSE, podem ser pagas
por meio de cartão de crédito internacional ou por meio
de Boleto de Compra e Venda de Moeda Estrangeira.
Declaração Simplificada de Exportação – DSE
A DSE será utilizada no despacho aduaneiro de bens:
• exportados por pessoa física, com ou sem cobertura
cambial, até o limite de US$ 10,000.00;
• exportados por pessoa jurídica, com ou sem cobertura
cambial, até o limite de US$ 10,000.00;
• exportados, a título de ajuda humanitária, em casos de
guerra ou calamidade pública;
• exportados sob o regime de exportação temporária,
para posterior retorno ao Brasil nas mesmas condições,
ou após conserto, reparo ou restauração;
• reexportados de acordo com a Instrução Normativa
número 150 da Secretaria da Receita Federal (SRF),
que dispõe sobre o regime de admissão temporária de
bens procedentesdo exterior
Declaração Simplificada de Exportação – DSE
• A DSE será registrada por solicitação do exportador,
mediante numeração automática única, seqüencial e
nacional (reiniciada a cada ano), pelo SISCOMEX.
• Será admitido o registro de DSE pelo correio ou por
intermédio de empresa de transporte internacional
expresso, quando se tratar de remessa postal
internacional, até o limite de dez mil dólares ou o
equivalente em outra moeda, e de encomenda aérea,
igualmente até o limite de dez mil dólares ou o
equivalente em outra moeda.
• Caso não tenha sido registrada no prazo de quinze dias,
a DSE será cancelada automaticamente.
Declaração Simplificada de Exportação – DSE
• A DSE será submetida ao módulo de seleção
parametrizada do SISCOMEX, e a seleção para
conferência seguirá os critérios estabelecidos pela
Coordenação–Geral do Sistema Aduaneiro (COANA) e
pela unidade local da SRF.
• A mercadoria cuja DSE, registrada no SISCOMEX,
tenha sido selecionada para o canal verde de
conferência aduaneira será desembaraçada mediante
procedimento automático do SISCOMEX.
• A mercadoria cuja Declaração tenha sido selecionada
para o canal vermelho será conferida e registrada no
SISCOMEX pelo Auditor Fiscal da Receita Federal
(AFRF).
PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS NA 
IMPORTAÇÃO
• Em geral, as importações brasileiras estão dispensadas
de licenciamento, devendo os importadores tão
somente providenciar o registro da Declaração de
Importação (DI) no Siscomex.
• Para algumas mercadorias ou operações especiais, o
licenciamento poderá ser automático ou não automático
e, em regra, deverá ser obtido previamente ao
embarque da mercadoria no exterior.
• Em qualquer caso, o importador deverá consultar o
Siscomex a fim de verificar o tratamento administrativo
a que se subordina a sua operação
PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS NA IMPORTAÇÃO
• A Licença de importação (LI) conjuga informações referentes à
mercadoria e à operação em cinco fichas: a das informações
básicas (referentes ao importador, país de procedência e
unidades da Receita Federal do Brasil), a do fornecedor, a da
mercadoria, a da negociação e a de informações
complementares.
• O despacho aduaneiro de importação, por sua vez, é o
procedimento mediante o qual é verificada a exatidão dos dados
declarados pelo importador em relação às mercadorias
importadas.
• O ato que determina o início do despacho aduaneiro é o
registro da declaração de importação (DI) no Siscomex, salvo
nos casos de despacho antecipado. É no momento do registro
da DI que ocorre o pagamento de todos os tributos federais
devidos na importação.
PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS NA IMPORTAÇÃO
• O despacho aduaneiro de mercadorias na importação é o
procedimento mediante o qual é verificada a exatidão dos dados
declarados pelo importador em relação às mercadorias importadas,
aos documentos apresentados e à legislação específica, com vistas
ao seu desembaraço aduaneiro.
• Toda mercadoria procedente do exterior, importada a título
definitivo ou não, sujeita ou não ao pagamento do imposto de
importação, deve ser submetida a despacho de importação, que é
realizado com base em declaração apresentada à unidade
aduaneira sob cujo controle estiver a mercadoria.
• O despacho de importação é processado por meio de Declaração
de Importação (DI), registrada no Siscomex, nos termos da
Instrução Normativa SRF nº 680/06. Entretanto, em algumas
situações, o importador pode optar pelo despacho aduaneiro
simplificado, que pode se dar por meio do Siscomex ou por
formulários, conforme o caso.
PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS NA IMPORTAÇÃO
• O despacho aduaneiro de importação é dividido,
basicamente, em duas categorias: o despacho para
consumo; e o despacho para admissão em regime
aduaneiro especial ou aplicado em áreas especiais. O
despacho para consumo ocorre quando as mercadorias
ingressadas no país forem destinadas ao uso, pelo aparelho
produtivo nacional, como insumos, matérias-primas, bens
de produção e produtos intermediários, bem como quando
forem destinadas ao consumo próprio e à revenda
• O despacho para admissão em regimes aduaneiros
especiais ou aplicados em áreas especiais tem por objetivo o
ingresso no País de mercadorias, produtos ou bens
provenientes do exterior, que deverão permanecer no
regime por prazo certo e conforme a finalidade destinada,
sem sofrerem a incidência imediata de tributos, os quais
permanecem suspensos até a extinção do regime.
Cálculo dos Tributos na Importação 
• Os tributos incidentes sobre uma determinada importação e
os seus montantes dependem do tipo de mercadoria, seu
valor, origem, natureza da operação, qualidade do
importador, entre outros.
• O próprio Siscomex contém as alíquotas dos tributos
aplicáveis e, com base nas informações fornecidas pelo
importador, executa os cálculos necessários e debita os
valores devidos diretamente na conta corrente informada,
no momento do registro da DI.
• O ato que determina o início do despacho aduaneiro de
importação é o registro da DI no Siscomex, salvo nos casos
de Despacho Antecipado. É no momento desse registro que
ocorre o pagamento de todos os tributos federais devidos na
importação.
• Se o despacho de importação, em uma de suas
modalidades, não for iniciado nos prazos estabelecidos na
legislação, que variam entre 45 a 90 dias da chegada da
mercadoria ao País, ela é considerada abandonada, o que
acarretará a aplicação da pena de perdimento.
Cálculo dos Tributos na Importação 
• Em regra geral, os documentos que servem de base para as
informações contidas na DI são:
- via original do conhecimento de carga ou documento equivalente;
- via original da fatura comercial, assinada pelo exportador;
- romaneio de carga (packing list), quando aplicável; e
- outros, exigidos em decorrência de Acordos Internacionais ou de
legislação específica.
• Uma vez registrada a declaração de importação e iniciado o
procedimento de despacho aduaneiro, a DI é submetida a análise
fiscal e selecionada para um dos canais de conferência. Tal
procedimento de seleção recebe o nome de parametrização.
Cálculo dos Tributos na Importação 
• Os canais de conferência são quatro: verde, amarelo, vermelho
e cinza.
• A importação selecionada para o canal verde é desembaraçada
automaticamente sem qualquer verificação.
• O canal amarelo significa conferência dos documentos de
instrução da DI e das informações constantes na declaração.
• No caso de seleção para o canal vermelho, há, além da
conferência documental, a conferência física da mercadoria.
• Finalmente, quando a DI é selecionada para o canal cinza, é
realizado o exame documental, a verificação física da mercadoria e
a aplicação de procedimento especial de controle aduaneiro, para
verificação de elementos indiciários de fraude, inclusive no que se
refere ao preço declarado da mercadoria
Cálculo dos Tributos na Importação 
• O desembaraço aduaneiro é o ato pelo qual é registrada a
conclusão da conferência aduaneira.
• É com o desembaraço aduaneiro que é autorizada a efetiva
entrega da mercadoria ao importador e é ele o último ato do
procedimento de despacho aduaneiro.
• Via de regra, por uma questão até de proteção da indústria
nacional, os impostos que incidem sobre produtos
importados são maiores que os impostos sobre produtos
que são exportados.
Cálculo e pagamento do imposto de importação (II)
• A incidência do Imposto de Importação ocorrerá por ocasião da
entrada da mercadoria no país com a nacionalização dela, e será
o primeiro imposto a ser calculado na operação;
• A alíquota para o cálculo do II se dá de duas formas: específica
(quando a mercadoria apresenta quantidade e unidade de medida
expressa por legislação específica) e ad valorem (valor
especificado no artigo VII do GATT). Para apuraçãodo valor a ser
pago a título de imposto de importação, aplica-se um dos métodos
dispostos no Acordo de Valoração Aduaneira estabelecido pelo
Decreto Lei n° 5.543/2002;
• Para que seja possível calcular o Imposto de Importação após a
avaliação, deve ser incluso ao preço da mercadoria o valor
correspondente ao frete e ao seguro. Também a Portaria n° 6, de
25 de janeiro de 1999 do Ministério da Fazenda determina que os
valores expressos em moeda estrangeira devam sofrer conversão
para moeda nacional mediante aplicação da taxa de câmbio para
venda da respectiva moeda no dia
Cálculo e pagamento do imposto de importação (II)
• Exemplificando, considere que uma mercadoria tenha sido
importada no valor FOB de US$ 50.000,00 e que para este
valor as despesas relativas ao frete estejam em US$
1.000,00 e ao seguro em US$ 500,00. Com base neste
dados, tem-se a seguinte disposição:
Valor FOB US$ 50.000,00
Frete US$ 1.000,00
Seguro US$ 500,00
Valor CIF US$ 51.500,00
Cálculo e pagamento do imposto de importação 
(II)
• A partir de 01 de janeiro de 1995 o Brasil passou a utilizar
como tarifa aduaneira a Tarifa Externa Comum (TEC), e para
calcular os direitos aduaneiros a serem recolhidos é
necessário consultar a TEC e a respectiva alíquota ad
valorem. No caso anterior, supondo que o produto
importado sejam placas de gesso e que na TEC ocupa a
seguinte posição 6809.19.00, com alíquota de importação
de 8%, o cálculo será:
Taxa do dólar para conversão R$ 1,7603
Valor Aduaneiro convertido R$ 90.655,45
Valor do II a recolher (8%) R$ 7.252,44
Cálculo e pagamento do imposto sobre produtos 
industrializados (IPI)
• Considera-se industrializada o produto que tenha sido submetido a
qualquer operação que lhe modifique a natureza ou finalidade, ou
aperfeiçoe para consumo.
• O IPI incidirá sobre os produtos industrializados de procedência
estrangeira, salvo aqueles em não haja incidência de II.
• O fato gerador para pagamento do imposto é o desembaraço
aduaneiro para mercadorias de procedência estrangeira; a saída do
produto do estabelecimento industrial ou equiparado industrial. O
objetivo do IPI na importação é de equiparação do valor do produto
importado ao produto nacional.
Para o IPI há os seguintes regimes de tributações:
• recolhimento integral do imposto;
• suspensão do recolhimento, aplicável aos regimes aduaneiros
especiais;
• redução;
• isenção que se refere ao produto.
Cálculo e pagamento do imposto sobre produtos 
industrializados (IPI)
• O valor a recolher será obtido por meio do valor CIF da
mercadoria somado ao II multiplicado pela taxa do IPI (Valor CIF
+ II x taxa do IPI).
• O cálculo do IPI é efetuado automaticamente pelo Siscomex no
ato de registro da DI e o recolhimento ocorrerá em débito em
conta corrente por meio de DARF Eletrônico no registro da DI.
• Utilizando-se do exemplo anterior, tem-se para o produto
importado a alíquota de IPI de 5%.
Valor Aduaneiro convertido R$ 90.655,45
Valor do II a recolher R$ 7.252,44
Total (CIF + II) R$ 97.907,89
Valor CIF + II x 5% de IPI R$ 4.895,39
Cálculo e pagamento do imposto sobre circulação de 
mercadorias e serviços (ICMS)
• O recolhimento do ICMS poderá se dar de duas maneiras:
pagamento por Guia de Arrecadação de Receitas Estaduais até o
dia da liberação alfandegária ou por débito em conta no ato do
Registro da Declaração de Importação no Siscomex caso o estado
tenha acordado com a Receita Federal.
• A base de cálculo do valor a ser recolhido a título de ICMS
corresponde ao valor do custo da mercadoria somado ao frete e ao
seguro, acrescido ainda do II, IPI e demais despesas aduaneiras
assim como multas. As alíquotas são fixadas conforme legislação
de cada estado.
Cálculo e pagamento do imposto sobre circulação de 
mercadorias e serviços (ICMS)
• Em geral tem-se 18% (taxa normal), 25% para produtos
supérfluos e de 12% a 0% em caso de benefícios fiscais.
• Para determinar a taxa a ser aplicada no cálculo do imposto,
divide-se o percentual pelo equivalente à sua diferença de 100
(100 – 18 = 82, então 18/82 = 21,95%). Logo, a alíquota a ser
aplicada será de 21,95%. Dando seqüência ao exemplo anterior
tem-se:
Valor FOB da mercadoria US$ 50.000,00
Frete US$ 1.000,00
Seguro US$ 500,00
Valor CIF (Valor Aduaneiro) US$ 51.500,00
Taxa de conversão dólar 1,7603 R$ 90.655,45
Valor do II a recolher R$ 7.252,44
IPI (5%) R$ 4.895,39
ICMS 21,95% sobre (CIF + II + IPI) R$ 22.565,31
Cálculo e pagamento do PIS e COFINS
• A COFINS - Importação e o PIS - Importação são contribuições
sociais de competência federal para financiamento da seguridade
social, incidentes sobre a importação de produtos estrangeiros.
• Essas contribuições dão tratamento tributário isonômico entre os
bens produzidos no País, que sofrem a incidência dessas
contribuições, e os bens importados, que são tributados às
mesmas alíquotas dos bens nacionais.
• Tais contribuições sociais atendem também ao princípio da não-
cumulatividade e, assim, os valores pagos no momento da
importação podem ser creditados pelo importador para posterior
compensação com as contribuições por ele devidas.
• Na quase totalidade das importações, a alíquota aplicável do PIS é
de 1,65% e a da Cofins é de 7,6%.
Cálculo e pagamento do PIS e COFINS
• A fórmula para o cálculo do PIS - Importação e COFINS -
Importação é:
Imposto 
PIS =
Alíquota PIS*Valor Aduaneiro 
Convertido*[(1+(Alíquota ICMS*(Alíquota II + 
(Alíquota IPI *(1+Alíquota II))))) / ((1-Alíquota PIS-
Alíquota COFINS)*(1-Alíquota ICMS))]
Imposto
COFINS =
Alíquota COFINS*Valor Aduaneiro 
Convertido*[(1+(Alíquota ICMS*(Alíquota II + 
(Alíquota IPI *(1+Alíquota II))))) / ((1-Alíquota PIS-
Alíquota COFINS)*(1-Alíquota ICMS))]
Cálculo e pagamento do PIS e COFINS
• Em função das alterações sofridas na fórmula original e da
complexidade para calcular estas contribuições, a Receita Federal
disponibilizou uma planilha para que seja possível apurar os valores a
serem debitados na conta corrente no momento do Registro da DI no
Siscomex. Continuando com o cálculo do exemplo anterior temos:
Valor FOB da mercadoria US$ 50.000,00
Frete US$ 1.000,00
Seguro US$ 500,00
Valor CIF (Valor Aduaneiro) US$ 51.500,00
Taxa de conversão dólar 1,7603 R$ 90.655,45
Valor do II a recolher R$ 7.252,44
IPI (5%) R$ 4.895,39
ICMS 21,95% sobre (CIF + II + IPI) R$ 22.565,31
PIS - Importação 1,65% R$ 2.173,86
COFINS – Importação 7,60% R$ 10.012,96
Adicional ao frete para renovação da Marinha Mercante 
(AFRMM)
• O AFRMM incide sobre o frete cobrado pelas empresas brasileiras
e estrangeiras de navegação que operam em porto brasileiro, de
acordo com o Conhecimento de Embarque e o Manifesto de Carga,
pelo transporte de carga de qualquer natureza, e constitui fonte
básica do fundo da Marinha Mercante.
• Seu objetivo é gerar receita para a renovação da frota de navios
mercantes nacionais. O fato gerador desta taxa será o
descarregamento da mercadoria e a alíquota será de:
a) vinte de cinco por cento (25%), na navegação de longo curso;
b) dez por cento (10%), na navegação de cabotagem; e
c) quarenta por cento (40%), na navegação fluvial e lacustre para
cargas de granéis líquidos, transportados no âmbito das regiões
Norte e Nordeste.
Adicional ao frete para renovação da Marinha Mercante 
(AFRMM)
Valor FOB da mercadoria US$ 50.000,00
Frete US$ 1.000,00
Seguro US$ 500,00
Valor CIF (Valor Aduaneiro) US$ 51.500,00
Valor Aduaneiro Convertido (taxa 1,7603) R$ 90.655,45
Valor do II a recolher R$ 7.252,44
IPI (5%) R$ 4.895,39
ICMS 21,95% sobre (CIF + II + IPI) R$ 22.565,31
PIS - Importação 1,65% R$ 2.173,86
COFINS – Importação 7,60% R$ 10.012,96
AFRMM (25% sobre o frete) R$ 440,07
Total da operação R$ 137.995,48
Capatazias, armazenagem, demurrage
•As taxas de Capatazia são serviços de movimentação de
mercadorias em terra ou de terra para o navio e vice-versa,
no costado dos navios, nas portas, porões de armazéns,
alpendres ou pátios, efetuado antigamente somente pelo
pessoal da Administração do Porto e, nos dias atuais,
também, pelos outros operadores portuários.
• Esta tarifa corresponde ao manuseio e movimentação de
mercadorias importadas fazendo-se valer de máquinas e
aparelhagem nos terminais de carga aérea, nos portos e
demais recintos e instalações alfandegados.
• O valor a ser cobrado será estabelecido em função do peso
bruto dos volumes transportados, tonelagem, cubagem ou
quantidade de volume por unidade.
Preço relativo a Tarifa Aeroportuária de Capatazia de carga 
importada
Sobre o Peso Bruto Verificado US$ 0,015 POR QUILOGRAMA
Capatazias, armazenagem, demurrage
• A tarifa de Armazenagem é devida em função do
armazenamento dos produtos em armazéns, pátios, pontes,
depósitos, terminais de cargas e demais recintos alfandegados
pertencentes aos portos, aeroportos e empresas privadas que
exploram esta atividade.
• Para a armazenagem, os valores serão estabelecidos pela
administração do armazém que movimentará os produtos.
Preço cumulativo relativo as Tarifa Aeroportuária de Armazenagem e 
de Capatazia da carga importada ou em trânsito
Período de Armazenagem Sobre o peso bruto verificado
1º - Até 4 dias úteis US$ 0,04 por quilograma
2º - Para cada 2 dias úteis ou 
fração, além do 1º perídodo, até 
a retirada da mercadoria 
+ US$ 0,04 por quilograma
Capatazias, armazenagem, demurrage
• Demurrage ou Sobrestadia é a multa paga pelo contratante
quando o navio contratado demora nos portos mais do que
o prazo acordado.
• Essa multa cobrada pelo armador pode ser pelo atraso na
devolução de contêineres em embarques em navios
regulares, bem como atraso nas operações nos navios
afretados.
Adicional de Tarifas Portuárias (ATAERO) e Adicional 
de Tarifas Aeroportuárias (ATA)
• O ATAERO é um encargo que visa ao melhoramento, ao
reaparelhamento, à reforma, à expansão e à depreciação das
instalações aeroportuárias e da rede de telecomunicações, assim
como ao auxílio à navegação aérea. A cobrança da tarifa abrange
tarifas de embarque, de pouso, de permanência, armazenagem e
capatazia, não incidindo sobre as tarifas de uso dos auxílios à
navegação aérea e das de telecomunicações.
• Quanto à ATA, é um valor adicionado a operações ocorridas nos
terminais aeroportuários. A remuneração ocorre sobre a soma das
despesas de armazenagem e capatazias aeroportuárias no
montante de 50%. A Lei 7.920/89 cria o Adicional de Tarifa
Aeroportuária e da outras providências. O adicional destina-se à
aplicação em melhoramentos de instalações aeroportuárias.
Preço relativo a Tarifa Aeroportuária de Armazenagem de carga importada
Período de Armazenagem Percentual sobre o valor CIF
1º - Até 5 dias úteis 1,0 %
2º - De 6 a 10 dias úteis 1,5 %
3º - De 11 a 20 dias úteis 3,0 %
Para cada 10 dias úteis ou fração, além do 3º perídodo, 
até a retirada da mercadoria
1,5 %
Despachante aduaneiro e taxa de utilização do SISCOMEX
Os serviços de despachante aduaneiro são executados por profissionais
devidamente registrados na Secretaria da Receita Federal. Os serviços são
fixados de forma livre com os importadores e compreende a preparação de
documentos, registros, pagamentos de impostos, acompanhamento de
conferência de mercadorias até o ato de liberação efetiva por parte das
autoridades aduaneiras. Pela legislação, é facultativa a utilização dos
serviços e despachante aduaneiro no desembaraço e despacho de
exportação, importação, reexportação de mercadorias e em toda e qualquer
outra operação de comércio exterior, realizada por qualquer via, bem como
no desembaraço de bagagem de passageiros. A taxa de utilização do
SISCOMEX será devida no ato do registro da DI, e seu recolhimento se dará
mediante débito automático em conta corrente por DARF Eletrônica no ato do
registro da DI na razão de
● R$ 30,00 (trinta reais) por DI;e
● R$ 10, 00 (dez reais) para cada adição de mercadoria à DI, observados os 
seguintes limites:
- até a 2ª adição – R$ 10,00;
- da 3ª à 5ª – R$ 8,00;
- da 6ª à 10ª – R$ 6,00;
- da 11ª à 20ª – R$ 4,00;
- da 21ª à 50ª – R$ 2,00; e
- a partir da 51ª – R$ 1,00
RADAR COMERCIAL
• Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes
Aduaneiros;
• Documentação entrega na jurisdição onde a empresa possui
matriz.
• Universo de mais de 100 países, que representam cerca de
95% do comércio mundial
• O usuário do Sistema poderá acessar diversas informações
sobre aquele produto, tais como: preço médio, potencial
importador, dinamismo, performance da exportação brasileira,
valores exportados e importados, principais países
concorrentes, medidas tarifárias, medidas não tarifárias.
Referências:
• CORTIÑAS LOPES, José Manuel. Comércio exterior
competitivo. São Paulo: Aduaneiras, 2002.
• SILVA, Mozart Foschete da. Relações econômicas
internacionais. São Paulo: Aduaneiras, 1999
• SILBER, S.; VASCONCELOS, M. A. S. Gestão de Negócios
Internacionais. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
• HARTUNG, D. S. Negócios Internacionais. 1. ed. São 
Paulo: Qualitymark, 2001.
• VASQUESZ, J. L. Comércio exterior Brasileiro. 7. ed. 
São Paulo: Atlas, 2005.
• GRIECO, Francisco de Assis. O Brasil e o comércio
internacional. São Paulo: Aduaneiras, 1994.

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