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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE – UNICENTRO SETOR DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA – SEET DEPARTAMENTO DE QUÍMICA PROF. OTÁVIO PROTZEK EXPERIMENTO 7 – COLISÕES – CONSERVAÇÃO DA QUANTIDADE DE MOVIMENTO NUMA COLISÃO FRONTAL E LATERAL Ariel Schineider Bianca Wendt Fernanda Renata Igor Vilela Sêga GUARAPUAVA, SETEMBRO DE 2018 RESUMO Nesse experimento foi analisado como ocorre uma colisão elástica, a importância do momento e da energia para que isso ocorra, bem como a influência dos materiais e massas dos corpos que sofrerão a colisão. 1. INTRODUÇÃO Uma colisão é um processo em que uma partícula é lançada contra outra partícula, o que pode consequentemente gerar troca de energia e momento. Isso pode acontecer com qualquer partícula, sejam elas macro ou microscópicas. (1) Podem existir várias conseqüências de uma colisão, por exemplo, num espalhamento podem emergir as mesmas partículas do início. Outro exemplo é a formação de uma só partícula, ou até mesmo duas partículas diferentes das iniciais (reações nucleares) e podem ser geradas também mais de duas partículas no caso de fragmentação. (1) Existem alguns parâmetros que caracterizam os produtos de uma colisão, tais como, energia e momento. Ao estudá-los é possível obter informações importantes sobre a natureza das interações entre as partículas, como, o que gerou a colisão. (1) Uma colisão é definida desde a configuração inicial, onde as partículas estão afastadas de tal forma que elas ainda não sofrem interação entre si, sendo partículas (Figura 1 - a). Ao se aproximarem essa interação aumenta progressivamente até que elas cheguem à etapa intermediária onde ocorre o processo de colisão (Figura 1 - b). A etapa final é como as partículas estão depois da colisão, que ao se moverem tornam sua interação desprezível novamente possibilitando o estudo das partículas como livres já com as conseqüências sofridas pela colisão (figura 1 - c). (1) Colisão elástica bidimensional O caso mais comum é em que o alvo está em repouso, e assim a velocidade do alvo depois da colisão é igual à velocidade inicial do corpo que irá colidir com ele, como ocorre em uma colisão entre bolas de bilhar por exemplo. (1) Contudo, é importante também estimar a distância em que a partícula incidente passaria se não ocorresse a colisão, essa distância é chamada parâmetro de choque, se ele for igual a zero a colisão será frontal, e se for maior que a soma dos raios dos corpos não ocorre colisão. (1) Supondo que P1f e P2f são os momentos das duas partículas, o momento do sistema na configuração final é Pf = P1f + P2f e a conservação de momento é expressa pela Eq. 1. (1) 𝑃1𝑖 = 𝑃1𝑓 + 𝑃2𝑓 Figura 1: Processo completo de uma colisão a b c 2. OBJETIVOS Verificar a conservação da quantidade de movimento numa colisão frontal e lateral, com base na conservação da quantidade de movimento horizontal de duas esferas; Representar vetorialmente a quantidade de movimento de um corpo. 3. MATERIAIS E MÉTODOS Materiais Um conjunto para lançamentos horizontais; Duas esferas de aço; Uma esfera de vidro; Um tripé Três sapatas niveladoras; Duas folhas de papel carbono; Duas folhas de papel sulfite; Fita adesiva; Lápis; Régua (Erro: 0,5 cm) Procedimento Experimental Prática 1 – Colisão Frontal Primeiramente foram determinados: o diâmetro das esferas de metal e da de vidro, bem como suas massas. Num primeiro momento foi necessário estabelecer a velocidade de lançamento e a quantidade de movimento da esfera metálica. Somente esferas metálicas Depois de obter a velocidade de lançamento da esfera de metal que iria colidir com as outras (A) foi iniciado de fato o procedimento. A esfera “A” foi abandonada do topo da rampa (10 cm) enquanto a esfera de metal que sofreria a colisão (B) estava na base da rampa. No momento da colisão as duas esferas foram lançadas para fora da rampa, cada uma caindo em um ponto das folhas na mesa. E essa distância foi anotada Com uma esfera de metal e uma esfera de vidro Como anteriormente, a esfera “A” foi abandonada do topo da rampa, e a esfera de vidro (C) foi colocada na base da rampa onde aconteceu a colisão. E ambas foram lançadas para cada uma em um ponto das folhas na mesa. Tendo as distâncias anotadas também. Prática 2 – Colisão lateral com duas esferas metálicas iguais Com a esfera “A” já preparada foi ajustado um pequeno ângulo no local da esfera “B” para que ao ocorrer a colisão a esfera “B” caísse em um ponto angular na folha. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Prática 1 – Colisão Frontal Primeiramente foi obtida a velocidade e tempo de queda da esfera “A”. Utilizando a Eq. 2 de velocidade de projéteis abaixo. 𝑉𝑥 = √2 . 𝑔 . ℎ 𝑉𝑥 = √2 .9,81 .0,1 𝑉𝑥 = 1,40 𝑚/𝑠 Com isso foi possível obter o tempo de queda da esfera “A” que iria colidir com as outras esferas na sequência do procedimento experimental. Como nesse ponto o movimento ocorria em MRU foi utilizada a equação da velocidade média (Eq. 3) com um rearranjo. 𝑉𝑥 = ∆𝑥 ∆𝑡 ∆𝑡 = ∆𝑥 𝑉𝑥 ∆𝑡 = 0,17𝑠 Somente esferas metálicas Com esses dados e com a distância percorrida pela esfera “B” depois da colisão foi possível obter a velocidade expressa por ela, utilizando a Eq. 3. Δx = 25,3 cm ⟹ 0,253 m Δt = 0,17 s Vx = 1,5 m/s Como a velocidade da esfera “B” após a colisão deveria ser a igual que da esfera “A” pois a mesma estava em repouso, pode ser considerar pequenos erros cometidos durante o experimento, como, erro ao marcar a distância depois da colisão, ou até mesmo a transformação de energia cinética em energia térmica com a geração de atrito ou até no som durante a colisão, pois (Eq. 2) (Eq. 3) as esferas são de mesma massa e raio. Mas de qualquer forma é algo esperado durante um experimento. Com uma esfera de metal e uma esfera de vidro Seguindo o mesmo princípio que no caso anterior a velocidade da esfera “C” foi obtida também por meio da Eq. 3 a partir da distância percorrida por ela depois da colisão. Δx = 33,5 cm ⟹ 0,335 m Δt = 0,17 s Vx = 2 m/s Aqui podemos ver que a velocidade foi ainda maior que a anterior, se distanciando mais do valor da esfera “A”, acreditamos que isso se deve ao fato da esfera “C” ter massa menor e de certa forma transformar menos energia cinética em outra forma, pois o material é diferente, e vidro não conduz tanto calor por exemplo. Considerando esses fatos analisamos a conservação de momento utilizando a Eq. 1. 𝑃1𝑖 = 𝑃1𝑓 + 𝑃2𝑓 Onde: P1i = momento inicial da esfera “A” P1f = momento final da esfera “B” P2f = momento final da esfera “C” Consideramos a esfera “B” como momento da esfera “A” pois elas têm mesma massa e raio. E dessa maneira obtivemos a seguinte comparação: 0,02282 kg.m/s = 0,04625 kg.m/s Evidente que os valores não foram os mesmos devido aos erros e variações das condições dos objetos de estudo, anteriormente citados, assim considerando o momento da esfera “A” como valor teórico por ter sido o valor esperado para as outras esferas depois da colisão foi possível calcular o erro percentual do experimento da seguinte forma: % = |𝑉𝑇 − 𝑉𝐸| 𝑉𝐸 .100 % = 10,3% Prática 2 – Colisão lateral com duas esferas metálicas iguais Sem dados suficientes para obter resultados e gerar discussão. 5. CONCLUSÃO Com os valores obtidos pode-se observar a importânciado momento de uma colisão e como ocorre à variação de energia durante uma colisão, a influência dos materiais das partículas que irão colidir. Os erros citados durante a discussão de resultados geraram um erro percentual de certa forma pequeno e já esperado. 6. REFERÊNCIAS (1). Moysés, H., Nussenzveig. Curso de Física Básica 1 - Mecânica. São Paulo : Edgard Blucher, 2002.
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