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Fichamento - Capítulo III - Diretrizes para a leitura, análise e interpretação de textos.

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Discentes: Alex Nardelli, Aline Rodrigues, Débora Duarte e Vitoria Cortizo.
SEVERINO, A.J. Metodologia do trabalho científico. 22.ed.rev. e ampl. São Paulo: Cortez, 2002. p. 47 - 61.
Capítulo III - Diretrizes para a leitura, análise e interpretação de textos.
P.47 Os maiores obstáculos [...] estão diretamente relacionados com a correspondente dificuldade [...] na exata compreensão dos textos teóricos. Entende-se que a maior dificuldade que um estudante encontra é a compreensão e a interpretação de textos teóricos.
    Os textos de ciência e de filosofia apresentam obstáculos específicos, mas nem por isso insuperáveis [...]. O autor faz uma comparação entre a dificuldade de compreensão dos textos teórico e literário. Mostra que cada tipo utiliza um recurso diferente para compreensão. Ao contrário do que diz o autor, consideramos os textos literários mais difíceis de serem interpretados, visto que apresentam vocabulário rico, inversão sintática, linguagem conotativa, entre outros recursos.
P.48 Por isso é preciso criar condições de abordagem e de inteligibilidade do texto, aplicando alguns recursos [...]. É papel do autor utilizar recursos da escrita para que o leitor se sinta “preso” ao texto, “siga o fio da meada” e torne a leitura mais proveitosa.
P.49 Em todas as fases desse processo, o homem [...] sofre uma série de interferências pessoais e culturais que põem em risco a objetividade [...]. O autor adota a leitura como processo de decodificação, assumindo que a língua sempre é clara e objetiva e o sentido de um texto é único. Adotamos a concepção sociointeracionista de leitura e a concepção enunciativa-discursiva de linguagem, em que o texto é lugar de interação. O contexto, a situação de enunciação, a relação pessoal entre os interlocutores, o gênero, a intenção e a interpretação interferem na compreensão do texto. Ou seja, existem vários sentidos para o que foi ou será lido. Então, é preciso uma formulação de diretrizes que garantam maior grau de objetividade na interpretação da mensagem.
P. 51 	A primeira medida a ser tomada pelo leitor é o estabelecimento de uma unidade de leitura. O primeiro passo, segundo o autor, é determinar um único sentido para o todo que será interpretado, reduzi-lo a uma forma sintética. De encontro a essa afirmação, acreditamos que um texto não pode ser medido. O texto é um todo significativo.
P.51-53 A análise textual é constituída por uma leitura completa e corrida do texto, por uma pesquisa sobre a vida do autor, o contexto histórico, os autores aos quais o texto faz referência e o vocabulário, para uma melhor compreensão dos conceitos, e por uma esquematização que possibilite uma visualização universal. Mas, para não cairmos na “ilusão” de que essa esquematização basta, é importante lembrarmos: a apresentação das ideias mais relevantes [...] não realiza todas as exigências para um resumo lógico do pensamento expresso no texto [...]
P.53-54  Depois de descobrir o tema, é preciso determinar a problemática trazida no texto para avaliar o posicionamento do autor. Cada unidade tem sempre uma única ideia central, todas as demais ideias estão vinculadas a ela ou são apenas paralelas ou complementares [...] ela representa o núcleo essencial da mensagem [...]
P.55  A seguir, é preciso chegar ao raciocínio usado pelo autor de acordo com conceitos bases de um texto: “a argumentação, é o conjunto de ideias e proposições logicamente encadeadas, mediante as quais o autor demonstra sua posição ou tese [...], o raciocínio é a estrutura lógica do texto”. A análise temática, portanto, é fundamental para a captação e a compreensão do raciocínio usado pelo autor.
P.56 Interpretar [...] é tomar uma posição própria a respeito das idéias enunciadas [...] enfim, é dialogar com o autor. Esse diálogo é feito por meio do desdobramento das ideias apresentadas e da intertextualidade de ideias entre o texto analisado e os outros.
A primeira etapa da interpretação consiste em situar o pensamento desenvolvido [...] A seguir [...] situar o autor no contexto mais amplo da cultura filosófica em geral [...] É necessário associar o texto a um contexto. Por exemplo, a posição filosófica de um autor deve ser levada em conta quando lemos algum texto desse mesmo autor e, mesmo que não encontremos essa posição no texto interpretado, devemos pesquisar sobre o para, assim, destacarmos os pontos comuns e os pontos distintos.
Depois disso [...] explicitam-se os pressupostos que o texto implica. Pressupostos são princípios , muitas vezes implícitos, que justificam o posicionamento do autor. 
P.57 O próximo passo [...] é a crítica. Fazer uma crítica, aqui, se refere a avaliar o texto. Julgar a coerência interna e formular um juízo crítico sobre a colocação original alcançada pelo autor, sobre a contribuição específica do texto. Devemos contar com as experiências pessoais do leitor, o qual apenas fará uma crítica pessoal se a sua “maturidade intelectual” permitir.
P.58   A problematização é [...] levantamento dos problemas [...] relevantes para a reflexão pessoal e principalmente para a discussão em grupo. A problematização é a retomada do texto para uma análise crítica e minuciosa, que permite a elaborar reflexões pessoais ou grupais, a fim de entender o texto com mais clareza e objetividade, além de obter um conhecimento mais amplo em relação aos termos e aos conceitos desconhecidos.  
P.58 – 59  A discussão da problemática [...] leva o leitor a uma fase de elaboração pessoal ou de síntese. A síntese pessoal está ligada mais a um raciocínio lógico e individual do que apenas a uma leitura e a uma análise superficial de conceitos desconhecidos.
Sintetizando, esse método parece ser eficaz, visto que exige um estudo, um esforço por parte do leitor o qual desenvolve raciocínio lógico ao refletir, pesquisar e escrever. A primeira etapa consiste na análise textual (leitura corrida e busca por contexto, vocabulário, autor). A segunda, em uma análise temática, para descobrir qual o tema. Depois, devemos entender a problemática do texto, ou seja, qual o “problema” que motivou o autor a escrever e qual a sua opinião e o seu posicionamento. A terceira etapa se dá pela análise interpretativa constituída por situação filosófica, por pressupostos e pela associação das ideias do autor com as ideias de outros autores ou ideias de outros textos para, então, ser elaborada uma crítica. A quarta etapa, por sua vez, é a problematização (levantamento de problemas e de possíveis discussões sobre as ideias do autor). A finalidade é entender o texto com mais clareza e objetividade, além de adquirir conhecimentos. A última etapa do proceso interpretativo é a elaboração de uma síntese. Trata-se de um resumo, uma reescrita da mensagem. Deve ser escrita com base na reflexão pessoal do leitor e com autoria própria.

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