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Bases Neurológicas da Aprendizagem da Leitura e Escrita

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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR E EDUCAÇÃO DE SAMAMBAIA- IESA
INSTITUTO EDUCACIONAL MAXIMUS
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NEUROPEDAGOGIA COM ÊNFASE EM PSICANÁLISE 
AS BASES NEUROLÓGICAS DA APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA
ANA PAULA.......... (complete seu nome)
RUBIATABA
2017
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NEUROPEDAGOGIA COM ÊNFASE EM PSICANÁLISE 
AS BASES NEUROLÓGICAS DA APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA
Artigo apresentado à Faculdade IESA e Instituto Maximus como requisito de conclusão do Curso de Pós-graduação em neuropedagogia com ênfase em psicanálise sob a orientação da professora Edna Mara Côrrea Miranda
Rubiataba
2017
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por ser essencial em minha vida, meu guia, à minha mãe Geraci e ao meu pai João. 
 
 AGRADECIMENTOS
Texto onde o autor faz seus agradecimentos às Pessoas e/ou Instituições que colaboraram de Maneira significativa à elaboração do trabalho. (PESSOAL)
(Falta esses agradecimentos)
Complete seu nome, Ana Paula. As bases neurológicas de aprendizagem da leitura e da escrita. 2017. 22 folhas. Artigo apresentado à Faculdade IESA e Instituto Maximus como requisito de conclusão do Curso de Pós-graduação em neuropedagogia com ênfase em psicanálise. 
 
 
 RESUMO
O presente artigo trata das bases neurológicas de aprendizagem da leitura e da escrita, tema de suma importância para a nossa formação enquanto pós graduanda em neuropedagogia com ênfase em psicanálise. A aprendizagem da leitura é baseada no reconhecimento que símbolos representam unidades que quando agrupadas formam as palavras e a aquisição deste conhecimento torna-se mais fácil, quando estas palavras já são de conhecimento prévio do aprendiz. A unidade da escrita conhecida como grafema é o correspondente da unidade sonora, denominada fonema e esta consciência é fundamental na aquisição da leitura.
Palavras-Chaves: Aprendizagem. Leitura. Escrita. Símbolos. Conhecimento. 
Complete seu nome, Ana Paula. As bases neurológicas de aprendizagem da leitura e da escrita. 2017. 22 folhas. Artigo apresentado à Faculdade IESA e Instituto Maximus como requisito de conclusão do Curso de Pós-graduação em neuropedagogia com ênfase em psicanálise. 
 Abstract
This article deals with the neurological bases of learning of reading and writing, a topic of great importance for our training as a graduate student in neuropedagogy with emphasis on psychoanalysis. The learning of reading is based on the recognition that symbols represent units that when grouped form the words and the acquisition of this knowledge becomes easier, when these words are already prior knowledge of the learner. The unit of writing known as grapheme is the correspondent of the sound unit, called the phoneme, and this consciousness is fundamental in the acquisition of reading.
Keywords: Learning. Reading. Writing. Symbols. Knowledge.
INDICE
INTRODUÇÃO..............................................................................................9
DESENVOLVIMENTO................................................................................10
2.1- As bases neurológicas da aprendizagem da leitura e da escrita.............10
2.2- CAPACIDADE DE UMA ADEQUADA LEITURA......................................13
2.3- CÉREBRO HUMANO...............................................................................14
2.4- Neuroplasticidade e Aprendizagem..........................................................16
2.5- Desenvolvimento do comportamento e aprendizagem.............................17
2.6- Estágios iniciais do aprendizado da leitura...............................................18
2.6.1- Processamento fonológico.....................................................................19
2.6.2- Processamento ortográfico.....................................................................21
2.6.3- Processamento semântico......................................................................21
3- Considerações finais.....................................................................................22
4-Referências Bibliográficas..............................................................................23
INTRODUÇÃO
A Neuropedagogia é uma área da Pedagogia que faz a relação entre o ensino (técnicas e procedimentos metodológicos) e o cérebro humano. Seu intuito é entender a forma como o cérebro recebe, seleciona, transforma, memoriza, arquiva, processa e elabora todas as sensações captadas pelos diversos elementos sensores, para então, o Neuropedagogo, saber qual o melhor meio, de intervir.
	O presente artigo tem por tema as bases neurológicas da aprendizagem da leitura e da escrita. 
	Durante a realização deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliográfica, a respeito do tema, onde se buscou a compreensão do tema e dos assuntos que o compreende. 
	O artigo se divide da seguinte forma: inicialmente vamos tratar sobre o que se dedica o trabalho, uma pesquisa sobre as bases neurológicas da aprendizagem da leitura e da escrita, em seguida como é a capacidade de uma adequada leitura, onde se conclui que a aprendizagem da leitura é baseada no reconhecimento que símbolos representam unidades que quando agrupadas formam as palavras e a aquisição deste conhecimento torna-se mais fácil, quando estas palavras já são de conhecimento prévio do aprendiz. 			Dentro da temática ainda é abordado sobre o cérebro humano, quais são as suas particularidades e importância. Trataremos ainda sobre Neuroplasticidade e Aprendizagem. Como funciona o processo do Desenvolvimento do comportamento e aprendizagem, os Estágios iniciais do aprendizado da leitura. 
DESENVOLVIMENTO
2.1- As bases neurológicas da aprendizagem da leitura e da escrita
Da perspectiva neurobiológica, o cérebro humano, e suas capacidades cognitivas, são produtos de um processo evolutivo, no qual fatores genéticos e ambientais favoreceram o desenvolvimento de certas estruturas e funções. Enquanto na maioria das espécies um relativamente limitado e rígido repertório comportamental foi capaz de assegurar adaptação e sobrevivência, nos mamíferos, e especialmente nos primatas, ocorreu o desenvolvimento de estruturas cerebrais que permitem uma maior variedade e flexibilidade comportamental. 										Outra forma de expressar esse fenômeno e dizer que esses animais são capazes de aprendizagem. Desse ponto de vista, a capacidade de aprender não implica que o sistema cognitivo que a possua seja como uma “tabula rasa”, isto é, que seja internamente indeterminado ou capaz de absorver qualquer conteúdo; pelo contrário, biologicamente a capacidade de aprender se baseia em sofisticadas estruturas neuronais, que são geneticamente determinadas para serem plásticas. 									O conceito de plasticidade, na neurociência, difere parcialmente do significado comum do termo. Uma rede neuronal apresenta plasticidade quando é capaz de alterar suas conexões, de acordo com as interações entre o animal e o meio. Portanto é preciso que essa rede já possua inicialmente um grande número de conexões, para que, através da referida interação, parte dessas conexões seja descartada.								 Por essa razão, autores como J. P. Changeux, A. Danchin e G. Edelman entendem a aprendizagem, do ponto de vista neuronal, como um processo seletivo, análogo à seleção natural darwiniana. Sabe-se que a maior plasticidade neuronalhumana ocorre até os três anos de idade. Durante este período, o bebê possui grande sensibilidade às influencias externas, e acredita-se atualmente que ele desenvolve suas capacidades cognitivas proporcionalmente ao nível de estímulo recebido. Por essa razão, neuropsicólogos passaram a recomendar o ensino de palavras e música durante esse período.
No plano ontogenético (ou seja, referindo-se aos processos de aprendizagem de um organismo individual), observa-se inicialmente a existência de dois sistemas: o sistema perceptivo, pelo qual o animal obtém informações sobre o ambiente, e o sistema de ação, pelo qual o animal interfere causalmente neste mesmo ambiente. 					Os sensores ou órgãos sensoriais periféricos enviam informação para o sistema neuronal perceptual, essa informação é processada, e os produtos desse processamento são enviados para o sistema neuronal de ação, que comanda os efetores (músculos, glândulas, etc.) através dos quais o cérebro controla processos do corpo e as ações no ambiente externo. Embora distintos, o sistema perceptual e o sistema de ação mantêm estreita interação, de três maneiras distintas. 										A influência externa se dá quando uma ação prévia determina uma nova percepção do ambiente externo; por exemplo, quando se gira o pescoço, se produz uma alteração no conteúdo do campo visual. A influência somática se dá quando uma alteração no corpo, comandada pelo sistema de ação, produz sinais que são enviados ao sistema perceptual; por exemplo, quando se move o braço se tem uma percepção da posição do mesmo (chamada de “kinestesia”), independentemente da percepção visual do movimento.
Fica praticamente impossível falar de desenvolvimento e neurologia sem fazer uma abordagem interdisciplinar, pois estaríamos falando de cérebros e não de crianças. Neurocientistas já acreditam que o cérebro está a serviço do corpo, deixando este de ser a origem de tudo. Assim, o que mais se aceita atualmente é “Existo logo penso”. 							O cérebro passou a ser um órgão com uma impressionante plasticidade e capacidade de adaptação, sendo extremamente vulnerável aos fatores externos. Nascemos com uma série de reflexos primitivos e automatismos medulares que inicialmente fazem nosso corpo se movimentar e reagir aos estímulos. Porém, este corpo ainda não está atravessado pela linguagem materna, isto é, interpretado por ela. Estes reflexos que se originam em centros subcorticais permanecem por algum tempo e ficam posteriormente subordinados a centros superiores, ou seja, eles deixam de se expressar. Centros corticais vão estar mandando informações já implicadas no desejo da criança, ativando o que chamamos de atividade voluntária. Assim, o sorriso reflexo foi interpretado e festejado pela mãe como um sorriso. 			O bebê considera agradável a reação da mãe, faz uma série de associações e relaciona o movimento do sorriso a algo agradável. Assim nasce o sorriso social. É importante ressaltar a necessidade da repetição, pois só assim o cérebro considera estas associações importantes e as registra. Nos primeiros dois anos de vida o bebê se apropria do corpo. Então todas as partes do corpo vão sendo inscritas a nível cortical, através de como o Outro lhe apresenta o corpo. Assim a mãe marca no corpo do bebê as suas inscrições, suas impressões, suas vivências com o seu corpo e com o Outro. Ela diz: isto é perigoso, isto é gostoso, isto é assim, isto pode isto não pode... 			É importante lembrar que o bebê faz um impressionante número de associações que fazem com que este período sensório-motor seja a base para a possibilidade do aprendizado. Este aprendizado, que até o momento era através do corpo simbolizado pela mãe, passa a ser sustentado em centros corticais superiores. Assim, a dificuldade no aprendizado se inicia quando a criança entra na escola, pois as possibilidades cognitivas dependem de uma matriz simbólica instalada nos primeiros dois anos de vida.					 Durante a nossa primeira infância formamos circuitos neuronais básicos, alicerces para os outros circuitos. Com as novas técnicas de imagem se observou que no início da adolescência ocorre um fenômeno chamado “poda de sinapses”, isto é, o que não está sendo utilizado pelo cérebro é eliminado, possibilitando reforçar o que realmente esta sendo necessário. Isto poderia explicar a dificuldade de se aprender coisas novas após certa idade, ou até poderíamos pensar como resultado em alguns tratamentos psíquicos é pobre dependendo da idade do paciente. Esta incrível capacidade de adaptação do cérebro faz com que estes fatores externos tenham grande significado no futuro das crianças, pois estamos lidando com períodos críticos do desenvolvimento. Assim, as avaliações do desenvolvimento têm que ver a criança como um todo, pois não adianta uma criança caminhar sem destino, ou falar sem se comunicar. 										A grande descoberta das neurociências ocorreu quando os cientistas perceberam que o entendimento do encéfalo vinha da interdisciplinaridade, produzindo assim uma nova perspectiva. 
2.2- CAPACIDADE DE UMA ADEQUADA LEITURA
Diferentemente da fala ou da marcha, a aquisição da capacidade de leitura corresponde a um processo de complexas adaptações do sistema nervoso, que necessitam de estimulação e orientação externa, ocorrendo de modo mais lento que outros atos citados, os quais são desenvolvidos de modo muito menos dependentes do ambiente externo (Foorman et al., 1998). 			A aprendizagem da leitura é baseada no reconhecimento que símbolos representam unidades que quando agrupadas formam as palavras e a aquisição deste conhecimento torna-se mais fácil, quando estas palavras já são de conhecimento prévio do aprendiz. A unidade da escrita conhecida como grafema é o correspondente da unidade sonora, denominada fonema e esta consciência é fundamental na aquisição da leitura (Byrne and Fielding-Barnsley, 1998). 										A aquisição da capacidade de efetuar uma adequada leitura é fundamental para o progresso de uma cultura. Um dos maiores problemas do Brasil e provavelmente o mais grave, é o péssimo status educacional da população e isto tem sido demonstrado repetidamente através das avaliações do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB), divulgadas pelo Ministério da Educação. 								Não muito diferente dos anos anteriores, os resultados do SAEB para o ano de 2006, apontam que 55% das crianças finalizaram o quarto ano do ensino fundamental sem terem adquirido um grau de alfabetização razoavelmente adequado e que 77% com capacidade de leitura inferior ao esperado para a idade (SAEB 2006). 							Estes dados podem ter alguma relação com problemas sociais do país, todavia são maiores que aqueles observados em países de nível socioeconômico semelhante e com certeza também têm relação com a quantidade e tipo de instrução oferecida, de acordo com as avaliações efetuadas pelo Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), que avalia estudantes de 15 anos de idade, de 57 países, comparando os resultados em testes de matemática, leitura e ciências.				Esta capacidade é denominada de consciência fonológica e já está presente em crianças a partir dos cinco anos de idade (Foorman et al., 1998; Scarborough, 1990). 									Este tipo de percepção representa um passo inicial para o desenvolvimento da capacidade da leitura e está associado à ativação e desenvolvimento de circuitos neurais em regiões específicas do cérebro, que desde a idade pré-escolar já se mostram presentes, localizando-se principalmente no hemisfério cerebral esquerdo (Binder et al., 1996; Foundas et al., 1998; Foundas et al., 1996; Schlosser et al., 1998).	
2.3- CÉREBRO HUMANO
Todo o processo de aquisição de qualquer informação pelo cérebro passa pelos caminhos sensoriais que permitem “captar” as qualidades do mundo externo e transmiti-las ao sistema nervoso central. O processamento central ocorre em vários níveis de integração, mas, certamente a integração sensória motora cortical é fundamental para os mecanismos perceptuais. 		A extensa área cortical humanaresponsável pela associação de informações sensitiva sensoriais permite dar sentido às informações que recebemos do ambiente ou que geramos internamente. É o “cérebro” podendo pensar, conhecer, comunicar e decidir (Babb, 1997; Da Costa, 2007).			O cérebro humano é estruturado por sistemas complexos bem organizados. No cognitivismo computacional o cérebro é metaforicamente entendido como um dispositivo que funciona a semelhança de um computador que processa a informação de entrada (input) e emite respostas adequadas (output).												Entretanto esta concepção simplificada não considera as complexas conexões corticocorticais e cortico-subcorticais bem como as vias de associação inter-hemisféricas e o processamento paralelo multi e Inter segmentar. O córtex cerebral e o tálamo estão interconectados por uma extensa via de projeção excitatórias (conexões cortico-subcorticais) que mantém a reverberação autossustentada associada aos processos sensoriais, cognitivos, emocionais e motores (Da Costa, 2007).
	Cérebro humano. Fonte: https://portal2013br.wordpress.com/2015/10/09/uma-viagem-ao-cerebro-humano-parte-1/ 
						 						Nos dois primeiros anos de vida ocorre o desenvolvimento mais acentuado do cérebro: o peso do cérebro duplica, há aumento importante do volume da substância branca e do grau de mielinização e um aumento menor do volume da substância cinzenta (Paus et al., 2001; Utsunomiya et al., 1999).
	Até os oito anos de vida ocorre um aumento lento do volume da substância cinzenta pré-frontal que depois se acelera entre 8 e 14 anos (Kanemura et al., 2003). 	A rápida formação de sinapses inicia-se nos primeiros meses de vida pós-natal e atinge o máximo de densidade aproximadamente aos 3 meses no córtex sensorial, e entre 2 e 3,5 anos no córtex frontal (Huttenlocher and Dabholkar, 1997; Rakic et al., 1994).			É importante salientar que os cuidados dos pais, o ambiente, etc. influenciam/modelam este desenvolvimento: padrão de formação sináptica, formação dos espinhos dendríticos, alterações na densidade sináptica regional, emergência de habilidades frontais. Assim, dados experimentais demonstram a influência ambiental na formação sináptica e organização cortical: animais que se desenvolvem em meio enriquecido apresentam maior densidade sináptica em determinadas áreas do cérebro quando comparados com os animais que se desenvolveram em meios não enriquecidos (Greenough et al., 1987).
O cérebro é o órgão por excelência da inteligência. Neste caso se queremos compreender como ocorrem os processos intelectivos, precisamos compreender os mecanismos cerebrais responsáveis pela aprendizagem, 	O cérebro esta dividido em três partes fundamentais: 
O hipotálamo 
O sistema límbico 
Córtex. 					
O Hipotálamo é um pequeno órgão, localizado na base do Crânio que controla as funções de sobrevivência. Ali reside o centro da fome, da saciedade, da sede, do impulso sexual; 					O Sistema Límbico tem a função de prover o individuo de emoções, é denominado como a casa dos sentimentos. É responsável pelo equilíbrio ou desequilíbrio emocional do ser humano, responsável pela produção das sensações ligadas aos processos emotivos. 					O Córtex é responsável por três tarefas: o controle dos movimentos do corpo, a percepção dos sentidos e o pensamento. 					A maior parte das transformações no cérebro ocorre nos primeiros 6 anos de vida. Como a criança nasce com mais neurônios do que vai precisar na vida adulta, nesse período ocorre o que é chamado de "poda" cerebral, pelos neurocientistas, nesta fase as sinapses mais integradas ao sistema sobrevivem enquanto as menos utilizadas são eliminadas. Do primeiro ao quinto ano de vida, são eliminadas cerca de 100 mil conexões por segundo. 
2.4- Neuroplasticidade e Aprendizagem.
A neuroplasticidade refere-se à capacidade do sistema nervoso de alterar algumas das propriedades morfológicas e funcionais em resposta a alterações do ambiente, é a adaptação e reorganização da dinâmica do sistema nervoso frente às alterações.							Ela é definida como a capacidade do sistema nervoso  modificar sua estrutura e função em decorrência dos padrões de experiência, e a mesma, podem ser concebida e avaliada a partir de uma perspectiva estrutural (configuração sináptica) ou funcional (modificação do comportamento). Todo o processo de reabilitação neuropsicológica, assim como as psicoterapias de um modo geral, se baseia na convicção de que o cérebro humano é um órgão dinâmico e adaptativo, capaz de se reestruturar em função de novas exigências ambientais ou das limitações funcionais impostas por lesões cerebrais.		A unidade funcional do sistema nervoso não é mais centrada no neurônio, mas concebida como uma imensa rede de conexões sinápticas entre unidades neuronais, além de células gliais, as quais são modificáveis em função da experiência individual, ou seja, do nível de atividade e do tipo de estimulação recebida.								Segundo o psicólogo canadense Donald Hebb (1949), o nível de atividade pode modificar a força da conexão sináptica entre  dois neurônios. A chamada lei de Hebb consiste em uma espécie de “musculação sináptica” e envolve um mecanismo de detecção de coincidências temporais nas descargas neuronais: se dois neurônios estão simultaneamente ativos, suas conexões são reforçadas; caso apenas um esteja ativado em dado momento, suas conexões são enfraquecidas.										A plasticidade neural refere-se à capacidade que o SNC possui em modificar algumas das suas propriedades morfológicas e funcionais em resposta às alterações do ambiente. Na presença de lesões, o SNC utiliza-se desta capacidade na tentativa de recuperar funções perdidas e/ou, principalmente, fortalecer funções similares relacionadas às originais.
2.5- Desenvolvimento do comportamento e aprendizagem
 As bases neurobiológicas para o desenvolvimento comportamental e aprendizagem envolvem múltiplas plataformas de investigação. A convergência dos dados de diversos grupos de pesquisa mostra um cenário de constantes mudanças, e que atualmente está alicerçado em alguns achados com maior grau de reprodução entre os pesquisadores. 						O sistema de linguagem é composto por vários subsistemas, mas abordaremos aqui aqueles mecanismos concerne à leitura principalmente. Por outro lado, o sistema de aprendizagem é talvez ainda mais complexo, mas há indícios que sugerem forte interação com linguagem, e principalmente quando suportado por estudos de pacientes com lesões cerebrais ou alterações comportamentais.
	A importância do hemisfério esquerdo na atividade da leitura em adultos já é conhecida desde o final do século XIX, quando Dejerine relacionou lesões dos giros angular, supra marginal e temporal superior esquerdo com quadros de perda da capacidade da leitura (Dejerine, 1891).
2.6- Estágios iniciais do aprendizado da leitura
Processamento de leitura. Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/4111959/
 1. Processamento fonológico
 2. Processamento ortográfico 
3. Processamento semântico.
 O aprendizado da leitura não é tão natural como o da linguagem falada ou da marcha, conforme já apontamos anteriormente. Ele ocorre através de uma série de estágios, nos quais novas habilidades são adquiridas gradativamente.
	Inicialmente a criança adquire um vocabulário ao ouvir as pessoas ao seu redor e praticar através da repetição. A criança em idade pré-escolar passa a identificar uma correlação entre determinados sons como representativos de determinadas letras, que aos poucos vão sendo lhes apresentadas. A percepção do fato que a fala é composta na verdade da associação dos diferentes sons, que são os fonemas e que estes são representados na escrita pelas letras, em última análise é o princípio alfabético e corresponde ao início da consciência fonológica, fundamental para o aprendizado da leitura e que de modo geral precisa ser ensinado (Foorman et al., 1998).
	O sistema alfabético é muito eficiente, pois um pequeno número de letras pode ser utilizado, através de diferentes associações de modo a formarum número enorme de palavras. Todavia, o aprendizado do princípio alfabético não é tão fácil, pois em primeiro lugar as letras na verdade apresentam um grau de abstração, nem sempre tão fácil de ser adquirido por todas as crianças e, além disto, não representam os segmentos naturais da fala, que é mais silábica. 											Soma-se a estes pontos ainda o fato de existirem mais fonemas que letras, já que o som emitido para representar uma determinada letra pode variar dependendo das outras letras próximas ou de um acento, como por exemplo, na palavra “POLO”, na qual a letra “O” tem dois sons diferentes. E esta dificuldade varia muito de uma língua para outra, já que existem algumas com um número imensamente maior de sons como o inglês, que tem 44 tipos de sons (fonemas) para as 26 letras existentes, porém mais de 1000 possibilidades diferentes de maneiras de soletrar os sons, enquanto o espanhol apresenta apenas 38 e o italiano 25 modos diferentes (Seymour et al., 2003).
2.6.1- Processamento fonológico
Já no primeiro ano de vida, no início do desenvolvimento do processamento fonológico, tem sido observada a ativação de regiões cerebrais occipitais e temporais dos hemisférios direito e esquerdo (Mills et al., 1997). 	Nos anos seguintes observa-se a consolidação da ativação principalmente do giro temporal esquerdo, porém até os 9 aos 11 anos de idade ainda ocorre uma ativação desta região durante o processamento visual e auditivo da palavra (Booth et al., 2001), diferentemente dos adultos, onde apenas o estímulo pela via auditiva vai determinar a ativação desta região. Vários estudos demonstram que o córtex temporal superior esquerdo desenvolve-se antes que outras áreas relacionadas à linguagem e acreditasse que com o desenvolvimento do corpo caloso, ocorreria um efeito inibitório das regiões temporo-parietais do hemisfério esquerdo sobre áreas homólogas do direito (Hellige et al., 1998).
Diagrama do processamento fonológico. Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722014000100006
		A ativação das áreas do giro frontal inferior durante a decodificação fonológica aumenta com o desenvolvimento da criança e da melhora da capacidade da leitura (Bitan et al., 2007).
2.6.2- Processamento ortográfico
	O giro fusiforme esquerdo, que corresponde a “área visual da palavra” é mais ativado à medida que ocorre o desenvolvimento da leitura na criança, ocorrendo predominantemente quando diante da visualização de palavras de uso rotineiro (Booth et al., 2003). 							As crianças na fase pré-alfabética costumam apresentar ativação do giro fusiforme bilateralmente durante o reconhecimento de uma palavra, quer apresentada através de estímulos visuais ou auditivos (Booth et al., 2001). 	À medida que vão atingindo a fase alfabética, eles passam a recrutar cada vez menos os neurônios do giro fusiforme direito e intensificam a ativação do lado contralateral. No adulto, além de ocorrer à ativação apenas do giro frontal esquerdo durante a apresentação de estímulos visuais, não se observam alterações funcionais por estímulos auditivos (Booth et al., 2001).
2.6.3- Processamento semântico.
A capacidade de processamento semântico durante a leitura também se aperfeiçoa durante o desenvolvimento, sendo observada de modo gradativo uma maior ativação das regiões posterior do giro temporal média (Blumenfeld et al., 2006; Chou et al., 2006). 								Com o passar dos primeiros anos de treinamento da leitura, observa-se também durante testes de interpretação semântica uma gradativa ativação das áreas do giro frontal inferior.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que a capacidade da leitura está relacionada logicamente a outras habilidades como a atenção e memória. São muito importantes os processos de leitura, conforme analisado através de leituras dessa pesquisa bibliográfica. 
	Foi de grande relevância para minha formação enquanto pós graduanda em neuropedagogia com ênfase em psicanalise. O desenvolvimento do presente trabalho foi de suma importância para o nosso aprendizado, pois adquirimos vários conhecimentos acerca do que são as bases neurológicas da leitura e da escrita, e o que elas compreendem. 	
	O processo ensino-aprendizagem depende da eficácia dos estímulos recebidos durante a fase da infância. O indivíduo demonstra raciocínio lógico abstrato pela aprendizagem manifestada pelas atividades lúdicas desenvolvidas em espaço cine antropológicas. 
	Os transtornos de aprendizagem são definidos, muitas vezes, por necessidades educativas especiais, no qual o indivíduo apresenta dificuldades graves e persistentes na aprendizagem de um determinado domínio da escrita ou nos cálculos de aritmética, nos quais, não podem ser atribuídas a fatores secundários, tais como déficits cognitivos ou sensórios motores ou dificuldades emocionais, baseados em experiências escolares inadequadas pela falta de carência sociocultural. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Pereira Júnior, Alfredo. COMENTÁRIO A RESPEITO DAS BASES NEUROBIOLÓGICAS DA APRENDIZAGEM. Disponível em: http://www.scielosp.org/pdf/icse/v2n2/24.pdf Acesso em 05 de outubro de 2017.
Da Silva Gonçalves, Fernanda. As bases neurológicas do desenvolvimento – Uma visão interdisciplinar. Disponível em: https://www.unijui.edu.br/arquivos/clinicapsicologia/informativos/falandonisso19/opiniao.pdf Acesso em 05 de outubro de 2017.
NEUROPLASTICIDADE CEREBRAL Disponível em: http://www.apadev.org.br/pages/workshop/neuroplasticidade.pdf Acesso em 30 de agosto de 2017. Acesso em 05 de outubro de 2017.
As Bases Neurobiológicas da Aprendizagem da Leitura e Escrita. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Erasmo_Casella2/publication/242402605_As_Bases_Neurobiologicas_da_Aprendizagem_da_Leitura_e_Escrita/links/54b7e28a0cf2c27adc474e38/As-Bases-Neurobiologicas-da-Aprendizagem-da-Leitura-e-Escrita.pdf Acesso em 05 de outubro de 2017.
Brandon, Cristian. As Bases Neurológicas da Aprendizagem. Brandon, Cristian. Disponível em: https://lexurcristian.blogspot.com.br/2016/05/as-bases-neurologicas-da-aprendizagem.html Acesso em 11 de agosto de 2017.

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