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MASP

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O Museu de Arte de São Paulo é um museu privado sem fins lucrativos, fundado por Assis Chateaubriand. Em 1947, Pietro María Bardi, critico, marechal e marido de Lina Bo Bardi, convidado por Assis para dirigir o MASP; onde decidirem criar um novo museu de arte em São Paulo. 
O edifício foi construído na Avenida Paulista, em 1968. Localizado em um dos pontos mais importante da cidade de São Paulo, cruzamento de dois eixos viários (Avenida Paulista e Avenida 9 de Julho).
Projeto realizado por Lina Bo Bardi, que se tornou um marco na história da arquitetura do século XX, principalmente pelo desafio estrutural. O MASP possui linhas retas, sem ornamentações, concreto aparente, vidro e uma arquitetura simples , seguindo o estilo modernista.
Materializado como um grande volume que se suspende para deixar o térreo livre, criando uma grande praça seca, estruturando em  dois grandes pórticos. Com uma extensão total de 74 metros entre os pilares, o maior vão livre do mundo em sua época. O museu tem aproximadamente 10 mil metros quadrados.
 Hoje, o acervo do MASP possuí mais de 8 mil obras, incluindo pinturas, esculturas, objetos, fotografias e vestuário de diversas períodos, integrando diversas culturas.
Desde 2003, o edifício é protegido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
FICHA TÉCNICA:
Arquitetos: Lina Bo Bardi
Ano: 1968
Endereço: Avenida Paulista 1578, Bela Vista São Paulo Brasil
Tipo de projeto: Cultural
Status: Construído
Materialidade: Concreto e Vidro
Estrutura: Concreto
Implantação no terreno: Isolado
Imagem satélite. Fonte:Google Maps
Vista pela Avenida Paulista. Fonte: http://jconlin e.ne10.uol.co m .br/historias-da-sexualidade-no-masp-3137.php
Vista MASP pela Rua Plinio Figueiredo. Fonte:https:// veja .abril.com.br/entretenimento/masp-veta-menores-de-18-na os-em-exposicao-sobresexualidade/
Vista aérea Avenida Paulista. Fonte:http ://www .ostur istas .co m.br/blog//um-passeio-pelo-masp
Vista pela Avenida Paulista. Fonte:https://masp.org.br/
CONTEXTO HISTÓRICO
As principais mudanças na cidade de São Paulo ocorrem no final do século XIX, no âmbito urbanístico, com o crescimento econômico e o aumento populacional. Proliferaram-se os loteamentos e as aberturas de novas ruas. A avenida Paulista, importante artéria da cidade de São Paulo, foi uma das vias abertas para loteamento de terrenos, tendo surgido já com algumas características peculiares. Em 1891, foi aberta a Avenida Paulista, como também outras ruas de seu entorno, em terras que pertenciam a Joaquim Eugênio de Lima. O seu Parque Paulista, ou Parque Siqueira Campos (também chamado Parque Trianon, em frente ao Masp) , seria embelezado segundo o plano do especialista inglês Parker. Foi primeira a receber asfalto no pavimento, foi caracterizada pela grande largura, com grandes passeios, única na cidade e foi criada com uma lei que só permitiria novas construções que fossem bem afastadas do eixo viário até a edificação principal, promovendo amplos recuos frontais. O perfil de uso residencial foi até fim da década de 1950. 
A partir de 1950, São Paulo começou a ser uma metrópole e a legislação municipal permitiu a construção vertical fora do centro da cidade. Com as novas diretrizes de uso de ocupação do solo, a avenida começou a substituir o uso residencial pelo comercial, além de contar com serviços com acentuada verticalização. Após 1970, a avenida passou por uma profunda reforma, destinando mais faixas a veículos, e foram criados os atuais passeios, que ocuparam os antigos generosos recuos em frente à casas.
Avenida Paulista, com Masp e Parque Trianon em primeiro plano. Foto: Marina Rago, 2014
Cartão-postal da avenida Paulista; vista da residência de Adam von Bülow. Foto: Guilherme Gaensly, 1902 (Fonte: DE TOLEDO,Benetido L. Álbum iconográfico da avenida Paulista. São Paulo:Ex Libris, 1987. p. 174)
CONTEXTO URBANO:PAISAGEM 
O MASP está localizado na Avenida Paulista, sendo símbolo e marco da paisagem urbana de São Paulo. Ao chegar no MASP pela Avenida Paulista, temos de imediato diversas sensações e percepções, o conjunto transmite um marco visual, pela composição de sua forma e solução de implantação. A imagem de uma grande caixa pendurada, estruturando-se em grandes pórticos, traz uma sensação de grandiosidade, com vão de 74 metros, conhecido como “vão livre do MASP”. Em baixo cria-se uma grande praça seca que permite uma conexão do público com o edifico, dimensão simbólica e servindo como um hall de entrada para o edifício .Local que possibilita encontros, eventos culturais, shows, feiras e manifestações; possibilitando diferente usos. 
“Abrigo, sombra, conveniência e um ambiente aprazível são as causas mais frequentes da apropriação do espaço, as condições que levam á ocupação de determinados locais.” (CULLEN, Gordon. Paisagem Urbana. 1961)
Conforme Cullen relata em seu livro “Paisagem Urbana”, podemos observar no MASP essa apropriação do espaço, é como se o edifício acolhe-se e envolve-se o visitante, criando fluidez pública, diferentes dinâmicas, permeabilidade e espaço para contemplar a paisagem; levando os usuários se apropriarem do espaço . O edifício se comunica de ambos os lados, de um lado com os edifício da Avenida Paulista, e de outro, com a Avenida 9 de Julho.
O vazio traz ao projeto um espaço de ar e sombra entre os altos edifícios de seu entorno; faz um enquadramento com a paisagem de fundo e expressa, um conceito de tempo no qual o espectador é quem domina e gere o espaço. O grande espaço livre, tanto exterior como interior, é gerido pelo visitante, sem obriga-lo a tomar uma direção ou outra, mas sim permitindo que ele crie seu percurso, aproveitando o espaço de sua forma.
No térreo há uma escada ao ar livre e um elevador em aço e vidro são as circulações verticais do edifício. A escada é um lugar de encontro entre o exterior e o interior, ao subir chama a atenção do visitante ; temos a sensação de imensidão, horizontalidade e a relação da humana.
Pela Rua Carlos Comenale é permitido novos ângulos de visualização , a relação da topografia, e uma percepção diferente do edifício, é possível visualizar os dois subsolos , uma composição arquitetônica, que se comunica como um todo, o concreto aparente , fachada sem ornamentos retilínea, que compõe o volume da caixa de vidro e uma relação com o verde, presente nas jardineiras.
Vista pela escada de acesso, é possível observar a fluidez pública no vão livre.Fonte: Próprio Autor.
Vista Praça seca.Fonte:Próprio Autor.
FORMA
A forma do MASP é como um grande volume suspenso para deixar o térreo livre, estruturando-se em  dois grandes pórticos. O volume elevado está a oito metros do solo. Com um total de 74 metros entre os pilares, na época da construção era o maior vão .
Quanto a fachada voltada para a Rua Carlos Comenale, temos uma arquitetura que se comunica com o volume, com formas simples e a presença do concreto armado e cortinas de vidro.
Lina Bo Bardi projetou um edifício de linhas retas, sem acabamentos e ornamentações, seguindo o estilo modernista, mas sem se esquecer da cultura local. De todos os elementos desta arquitetura, o que mais se destaca são as grandes colunas vermelhas de sustentação, que cria uma identidade ao edifício e a Avenida Paulista, e um elemento marcante a nossa memória.
“Uma experiência de arquitetura significativa não é simplesmente uma série de imagens na retina. Os “elementos” da arquitetura não são unidades visuais ou gestalt; eles são encontros, confrontos que interagem com a memória.” (PALLASMAA ,Juhani . Os Olhos da Pele.2005.)
O MASP proporciona um grande marco visual na paisagem urbana , com toda a sua forma marcante e forma de implantação pensada em cria uma interação com o público e valorização do edifício. O MASP se tornou um símbolo da Avenida Paulista, quando nos referimos a mesmo, muitas pessoas a associa com o museu, que deixa na memória a sua grandiosidade e suas as percepções marcantes.
Vista lado Parque Trianon. Fonte:Próprio Autor.
Vista “vão livre do MASP”. Fonte: Próprio Autor.
MASP marco visual e relação com o entorno. Fonte: Próprio Autor.
Vista edifico pela praça seca. Fonte: Próprio Autor.
A implantação do MASP promove uma interação com o publico e respiro diante das barreiras visuais provocadas pelas altas construções em seu entorno. Cria-se uma grande praça seca, permanentemente aberta ao uso público, convida as pessoas a observar a cidade, dialoga com o contraste ao seu redor, criando um espaço de contemplação e estar. Conhecido como "vão livre do Masp”, com extensão de 74 metros entre os apoios, onde ocorre feiras, shows ao ar livre, atos cívicos, eventos culturais e protestos; possibilitando uma diversidade de usos, vivacidade do espaço e um ponto de encontro.
Juhani Pallasmaa(2005,p.60) afirma “O espaço arquitetônico é um espaço vivenciado, e não um mero espaço físico, e espaços vivenciados sempre transcendem a geometria e a mensurabilidade.”, é nítido esse “espaço arquitetônico”, onde há fluidez pública, interação de edifício e usuário, criando um espaço de encontro e de contemplação.
O principal acesso ao Masp se dá pela avenida Paulista, que leva o nome Esplanada Lina Bo Bardi, onde é possível subir ou descer para os demais níveis.
Os acessos se dão pelos elevadores, escada em “L” e uma segunda escada, fora do prumo da escada em “L”, desce para os subsolos. No nível térreo temos a bilheteria, guarda-volumes, circulação vertical e dois espelhos de água.
Por ser uma praça seca, não há presença de árvores, o teto fica a 7,9 m e o piso é de paralelepípedos de granito.
IMPLANTAÇÃO
ESCALA GRÁFICA
IMPLANTAÇÃO
1°PAVIMENTO-SALA DE EXPOSIÇÕES TEMPORÁRIAS
PLANTA 1°PAVIMENTO- SALA DE EXPOSIÇÕES TEMPORÁRIAS E ADM
ESCALA GRÁFICA
No 1° Pavimento se localiza a sala de exposições temporárias, café, banheiros e administração. Chegando no hall, há uma tripartição; nas laterais, dois corredores que dão acesso aos ambientes administrativos. No centro, fica a sala de exposições temporárias, com área de 645 m2, e ao fim , no extremo oposto se localiza a reserva técnica do acervo das coleções de arte. 
As circulações, direita e esquerda do hall, de acesso às áreas administrativas ficam sob a dupla de vigas principais. Ao longo desses corredores se passa ao lado das barras tirantes, organizadas em quartetos de barras, que sustentam o pavimento. 
A sala de Exposições Temporárias é um ambiente livre, sem pilares, o que permite uma dinâmica conforme a necessidade da exposição, utiliza-se estruturas moveis, criando espaços e locais para expor o acervo. 
Todo o acervo é exposto em uma superfície instalada em Drywall sobre as paredes existente , medida utilizada para não danificar as mesmas.
2°PAVIMENTO-SALA DE EXPOSIÇÃO DE LONGA DURAÇÃO
É um grande salão único e livre, com todas as arestas vedadas com cortina de vidro. Ocupa toda a projeção do pavimento, com área de 2.100 m2. 
A Pinacoteca é o espaço para o qual Lina deixou sua proposta de exibição, com as obras suspensas em cavaletes de vidro. Para exibir as pinturas, foram utilizadas lâminas de vidro temperado suportadas por um bloco base que imitava concreto. Isto relembrava a posição do quadro sobre o cavalete do artista. proporcionando ao visitante o ensejo de que sua presença dialogaria e daria vida às obras. 
Os cavaletes foram pensados especificamente para o Masp; o projeto nasceu junto com a concepção do museu, quebrando a ideia de expor obras detendo aquele instante, como se os museus fossem congeladores das coisas no tempo, emparedados e emparedantes. 
PLANTA 2°PAVIMENTO
ESCALA GRÁFICA
COBERTURA
A cobertura está nível +22,00 corresponde ao topo das vigas de bordo que arrematam todo o perímetro da parte elevada do conjunto, e o +24,75 é o nível da superfície das vigas da cobertura, níveis estipulados a partir do térreo 0,00.
As vigas de bordo guardam em sua espessura uma série de vigas transversais invertidas em relação às grandes vigas da cobertura. Entre as transversais, as lajes estão dispostas como telhados de duas águas. Do ponto de vista interior, da Pinacoteca, esse telhado favorece a iluminação, rebatendo a luz indireta.
COBERTURA
ESCALA GRÁFICA
2°SUBSOLO-HALL CÍVICO
Salão de exposições temporárias, com aparência quadrada, com 22 m × 24 m e de pé-direito duplo, chamado de Hall Cívico, possui uma entrada independente pela praça da Rua Carlos Comenale, é o acesso pouco utilizado pelo público. Por esse acesso ,entrando temo as escadas/rampas em balanço que forma um “X”, não se apoiam nos mezaninos do nível acima, para os quais se direcionam , com os guarda-corpos vermelhos. 
As exposições no Hall Cívico tem a vantagem de ter pé-direito duplo e contar com o mezanino que percorre todo o perímetro, permitindo que qualquer exposição seja vista do pavimento superior. 
A partir da entrada da pequena praça, à esquerda, encontra-se a biblioteca, com a maior parte do acervo constituída por livros e documentos doados pelo casal de intelectuais Lina e Pietro. À direita, o restaurante, e ao fundo, áreas de apoio e serviços para as demais funções.
2°SUBSOLO
ESCALA GRÁFICA
1°SUBSOLO
Pavimento destinado aos auditórios e mezaninos, importantes espaços expositivos, além de serem pontos de vista estratégicos para as exposições temporárias no Hall Cívico. Divisórias de vidro, definem o espaço da livraria/loja de souvenires e ambientes para eventos menores. 
O Grande Auditório tem capacidade para 500 lugares, com plateia de 18,5 m × 20 m e um palco de 18,5 m × 8,5 m, com área total de 527,25 m². Com bastidores, camarins e banheiros próprios. O auditório menor, com sessenta lugares, tem a plateia na diagonal do espaço de 9,6 m × 10 m, com área de 96 m 2 . 
A entrada dos auditórios se dá por meio de um hall – foyer ; do foyer segue-se pelos mezaninos até as escadas-rampa em “X”, para o Hall Cívico, ou retorna-se pela escada ao nível da Esplanada, há também elevadores. As escadas/rampas em balanço, em “X”, com quatorze metros de vão na direção do balanço, com seus guarda-corpos vermelhos, realiza a circulação vertical entre os níveis.
PLANTA 1°SUBSOLO
ESCALA GRÁFICA
CORTES
CORTE LATITUDINAL ISOMÉTRICO
SEM ESCALA 
CORTE LONGITUDINAL
SEM ESCALA
CORTE LATITUDINAL
SEM ESCALA
“Bom, para mim, pessoalmente, como arquiteta, arquitetura é estrutura. Quer dizer, a estrutura de um edifício é elevada ao nível da poesia, como parte da estética. Não há nenhuma diferença. Um arquiteto deve projetar a estrutura como projeta arquitetura, no sentido doméstico da palavra” – Lina Bo Bardi.
ESTRUTURA
SAPATAS 
As sapatas em forma de pé de pato, enterradas, foram construídas em concreto armado e tela dupla de aço estrutural, em dimensão de 10 m × 12,5 m e altura variável até quatro metros. 
PILARES
Os pilares partem acima das sapatas, estão construídas com concreto armado de tela dupla de aço, e a dimensão é de 4 m × 2,5 m. Acima do nível +14,40, os pilares do lado direito, passam a ser ocos, pois são tubos de base retangular (4 m × 2,5 m) vazios no interior. 
Nesses vazios dessa dupla de pilares estão pêndulos de concreto armado e que permitem os inevitáveis movimentos horizontais das vigas da cobertura, dilatação e retração etc. 
VIGAS PROTENDIDAS
 São quatro vigas protendidas ,um par sustenta a cobertura e o outro, o interior do edifício, sustenta dois pisos ao mesmo tempo, um piso como apoio normal e o outro piso suspenso por tirantes formados barras de aço. As vigas são tubos ocos de seção retangular, com septos vazados no centro (travamentos internos) a cada 3,5 metros. Com um vão entre vigas de quinze metros e cinco metros de balanço em direção às laterais. As vigas da cobertura, em um dos lados, são simplesmente apoiadas, com vão livre de 74 metros. Cada viga possui 62 cabos de 36 fios de cinco milímetros cada. 
Corte do Masp, mostrando todos os pavimentos, níveis acima e abaixo da Avenida Paulista. (imagem extraída de Lina Bo Bardi Toguether).
SISTEMA FERRAZ
 O sistemade protensão criado por Ferraz, permite a ancoragem dos cabos. Lançando-os no interior da viga dentro de bainhas, recebendo, após a protensão, uma injeção de nata de cimento. 
A protensão se realiza com uma cunha única, com o cabo ancorado na outra extremidade; a força de protensão é transmitida no concreto por meio da aderência dos cabos de aço e a nata de cimento endurecida dentro das bainhas e dos cones. 
COBERTURA
 A cobertura, sustentada pela dupla de vigas protendidas e também por vigas transversais, em concreto armado, é feita por lajes de concreto armado. 
Em cada vão entre vigas transversais, as lajes formam duas águas, como um telhado, e dirigem as águas pluviais para os balanços; a viga de borda desses balanços conformam calhas que seguem por todo o sentido longitudinal do edifício, terminando em gárgulas que lançam as águas livremente até os espelhos d’água do nível da avenida Paulista. 
VIGAS DA ESPLANADA 
Do térreo para baixo, incluindo a estrutura de suporte da praça, é em concreto armado, vãos quadrados de 34 m × 34 m, além de sobre o Grande Auditório vencer vão de 22 m. 
Nos vãos maiores dos andares abaixo, a estrutura é constituída por vigas de grande altura, em forma de quadrícula nervurada ortogonal, com 1,5 m × 1,5 m. Nos demais espaços por vigas nervuradas em uma direção, conforme o vão menor. 
PAVIMENTOS NÍVEIS +8,40 E +14,40
 A laje de piso 1°pavimento é de caixão perdido com nervuras internas em quadrícula ortogonal , a laje de caixão perdido é composta por duas lajes, uma superior e outra inferior, deixando vazio o interior. O piso é suspenso por quartetos de barras-tirantes, a partir das vigas protendidas que atravessam o interior do edifício. 
Sobre essas vigas protendidas está apoiada a laje do nível +14,40, que é uma versão simples. Há, ainda, vigas de travamento intermediário, em meio ao vão das vigas transversais, paralelas às principais, protendidas.
FECHAMENTOS E DIVISÓRIAS 
As vedações são em muro de concreto armado aparente, deixando as impressões horizontais das tábuas de forma.. As divisórias de delimitação entre ambientes são de vidro temperado liso transparente, de piso a teto. 
A fachada cortina de vidro é feita com chapas de vidro temperado liso transparente em lances de seis metros de altura moduladas a cada 1,1 metros de largura, encaixilhadas em perfis de aço quadrados.
CONTENÇÕES 
Os arrimos são escalonados, quase dez metros de desnível, com sobrecarga móvel sobre a Avenida e empuxo horizontal. O escalonamento é criado quando a face contra o arrimo no nível -9,50 é mais distante do limite com a avenida Paulista do que o do nível -4,50, criando um degrau. 
Os gigantes são criados travando com paredes de uma série em bateria de ambientes, servem de contrafortes e contribuem para sua sustentação. No Grande Auditório, o duto de ventilação cria uma parede dupla, e o travamento entre elas cria estroncas de reforço do arrimo sob a Avenida Paulista.
Esquema Estrutura MASP. Fonte :http:// www.vi truvius.com. br/revistas/read/arquitextos/17.198/6304
Sala exposições temporárias
HISTÓRIAS AFRO-ATLÂNTICAS
1° PAVIMENTO
Histórias afro-atlânticas apresenta uma seleção de 450 trabalhos de 214 artistas, do século XVI ao XXI, em torno dos “fluxos e refluxos” entre a África, as Américas, o Caribe, e a Europa. MAPAS E MARGENS, COTIDIANOS, RITOS E RITMOS e RETRATOS (no primeiro andar), traz o cotidiano, criações, cultos, e filosofias da cultura africana, traçando um paralelo e conexões entre as culturas visuais dos territórios afro-atlântica. Parte da mostra destaca a escravidão de negros no Brasil.
A exposição não segue um ordenamento cronológico ou geográfico, sendo dividida em oito núcleos temáticos que trazem diferentes temporalidades, territórios e suportes.
O acervo da exposição é apresentado pelo público por quadros, esculturas e painéis. Os quadros e alguns painéis são fixados nas paredes e em divisórias moveis, método utilizado para criar ambientes e não danificar as paredes. Há algumas esculturas que estão localizadas no centros dos espaços criados.
A exposição também traz alguns conteúdos interativos por meio de televisores instalados nas paredes, mostrando vídeos de documentários.
Histórias Afro-Atlânticas estará em exposição até o dia 21 de outubro.
Escultura no centro do espaço criado pelas divisórias.Fonte:Proprio Autor
Quadros expostos. No teto é possível visualizar a estrutura aparente, laje nervurada, e também a iluminação direcionável.Fonte:Prório Autor
Detalhe estrutura móvel em Drywall.Fonte: Próprio Autor
Quadros expostos nas divisórias móveis .Fonte:Prório Autor
Escultura .Fonte:Prório Autor
Painel exposto.Fonte:Prório Autor
exposições temporárias
HISTÓRIAS AFRO-ATLÂNTICAS
1° E 2° SUBSOLO
A Exposição Histórias Afro-Atlânticas também está presente no primeiro subsolo, onde é apresentado o modernismos Afro-Atlânticos, máscara e gravuras são expostos.
No segundo subsolo há as rotas e transes: Áfricas, Jamaica e Bahia, onde estão expostos utensílios, painéis, mapas e esculturas pertencentes cultura africana.
Nos subsolos o acervo é exposto de forma bem dinâmica, a arquitetura do espaço acaba valorizando todo o acervo, possibilita diversos caminhos para apreciar o acervo.
 As máscaras expostas no 1°subsolo foram colocadas em uma placa que cobre a parede, uma solução para não danifica-las.
Foto tirada do mezanino do primeiro subsolo, onde é possível observar o grande vazio; permitindo uma visão geral e valorizando a exposição presente no segundo subsolo. Fonte: Próprio Autor.
Foto tirada do segundo subsolo, onde ao fundo temos a escada/rampa em balanço. Fonte: Próprio Autor
Gravuras africanas, expostas no primeiro subsolo.Fonte:Próprio Autor.
Estrutura aparente de concreto, laje nervurada. Fonte: Próprio Autor.
Ao fundo há exposto objetos e mapas expostos em uma estrutura móvel. Fonte: Próprio Autor.
Bancadas são utilizadas para expor esculturas.Fonte:Próprio Autor.
Acervo em transformação é uma exposição de longa duração com obras da coleção do MASP. O conjunto tem foco na arte figurativa, o que reflete a história do acervo e os interesses das primeiras aquisições do museu. A mostra está em constante modificação, para promover um pinacoteca viva e dinâmica.
É nesse nível que encontramos os famosos cavaletes em vidro e concreto , projetados por Lina para que houvesse um diálogo harmônico entre a arquitetura do prédio e as obras em exposições. Promovem uma galeria aberta, transparente, fluida e permeável, que oferece múltiplas possibilidades de acesso e leitura, elimina hierarquias, roteiros predeterminados, desafia narrativas canônicas da história da arte.
 Até fevereiro de 2019, o MASP apresenta Acervo em transformação: Tate no MASP, uma exposição dentro da exposição. A seleção de obras da Tate reúne pinturas de artistas que trabalharam no Reino Unido e está alinhada com alguns interesses do museu pela produção de artistas mulheres [como Gwen John (1876-1939) e Sylvia Sleigh (1916-2010)], de artistas imigrantes [com Ibrahim El-Salahi, do Sudão, e Francis Newton Souza (1924-2002), da Índia], e por produções de artistas considerados autodidatas [como L. S. Lowry (1887-1976)]. O conjunto ainda inclui uma obra de Francis Bacon (1909-1992).
Esculturas Guardiões chineses. Foto: Próprio autor.
Sala com disposição dinâmica do acervo. Estrutura e iluminação aparente. Foto: Próprio Autor.
Planta livre, permitindo permeabilidade e diferentes roteiros. Foto: Próprio Autor.
Estante em vidro, com algumas esculturas. Fonte: Próprio Autor.
Acervo possui grandes nomes brasileiros, como Cândido Portinari. À esquerda está a obra Criança Morte e á direita Retirantes.Fonte:Proprio Autor.
Cavalete em vidro e concreto projetados por Lina. Fonte:Próprio Autor.
EXPOSIÇÃO LONGA DURAÇÃO
ACERVO EM TRANSFORMAÇÃO
Outros Serviços
O MASP também é um centro cultural com uma série de serviços, como cursos, eventos, visitas , eventos corporativos, recitais, entre outras atividadesartísticas e culturais. A instituição conta com um auditório e mantém um calendário permanente de exposições e espetáculos.
Cursos
Oferece cursos, atendimento a grupos, ateliês e atividades para crianças desde a sua fundação, em 1947. A instituição oferece cursos na área das artes através da "Escola do MASP", que são voltados para pessoas com ou sem formação na área. Também oferece cursos relacionados com moda, além de pintura, escultura, arquitetura e curadoria.
Biblioteca
A "Biblioteca e Centro de Documentação do MASP "possui um vasto  acervo especializado em artes plásticas, arquitetura, história da arte, design, fotografia e eventos afins, é composto de aproximadamente 60 000 volumes entre livros, livros raros, catálogos de exposições, periódicos, teses e boletins de museu. Trata-se da principal fonte de pesquisa para o estudo da História da Arte em São Paulo e é uma das maiores bibliotecas especializadas em arte do país. 
Loja
Grande variedade de livros de arte, de diversas editoras, além de uma variedade de livros educativos infantis. É possível encontrar mais de 500 produtos, como catálogos do acervo do museu e das exposições atuais e anteriores. Além disso, a loja oferece itens de papelaria, como cartões-postais.
Grande Auditório tem capacidade para 500 lugares, com plateia de 18,5 m × 20 m e um palco de 18,5 m × 8,5 m, com área total de 527,25 m². Com bastidores, camarins e banheiros próprios. Fonte: https://www.galeriadaarquitet ura.com.br/projeto/urdi-arquitetura_/auditorio-masp/4513
MASP Loja[Store] localizada no primeiro subsolo.Fonte:http://diessikakd.wixsite.com/arquniversidade/masp- 
Biblioteca e Centro de Documentação do MASP.Fonte:http://diessikakd.wixsite.com/arquniversidade/masp- 
DIAGRAMA PAVIMENTOS
PERSPECTIVA SOMÉTRICA NÍVEL 0,00
SEM ESCALA
PERSPECTIVA ISOMÉTRICA NÍVEL +8,40
SEM ESCALA
PERSPECTIVA ISOMÉTRICA NÍVEL +14,40
SEM ESCALA
PLANTA E PERSPECTIVA ISOMÉTRICA NÍVEIS +22,00 E +24,75
SEM ESCALA
PERSPECTIVA ISOMÉTRICA NÍVEL -9,50
SEM ESCALA
PERSPECTIVA ISOMÉTRICA NÍVEL -4,50
SEM ESCALA
“não procurei a beleza, e sim a liberdade. Os intelectuais não gostaram, mas o povo gostou”. – Lina Bo Bardi.
Bibliografia
“Uma arquitetura simples, uma arquitetura que pudesse comunicar, de imediato, aquilo que no passado se chamou de monumental, isto é, o sentido ‘coletivo’ de Dignidade Cívica”. Em documentário sobre a arquiteta, Lina ainda afirma:
“Uma edificação não é um fim por si só; ela emoldura, articula, estrutura, da importância, relaciona, separa e une, facilita e proíbe.”(Juhani Pallasmaa.2005,p.60)
FOTO COMPROVANDO A VISITA AO MASP. FOTO:HIGOR MARQUES(2018)
CROQUI PRAÇA SECA, APRESENTANDO A APROPRIAÇÃO DO ESPAÇO PELOS VISITANTES E A RELAÇÃO COM O ENTORNO.CROQUI:HIGOR MARQUES(2018)
CROQUI ESCADA EM X, LOCALIZADA NO 2°SUBSOLO. CROQUI:HIGOR MARQUES(2018)
CROQUI PERCURSO ATÉ O MASP E FORTE MARCO NO DESENHO DA PAISAGEM.CROQUI:HIGOR MARQUES(2018)
CROQUI VISTA AO SUBIR ESCADA PARA PRIMEIRO PAVIMENTO, RELAÇÃO DA ESCALA HUMANA, SOMBRAS E VIVACIDADE DO AMBIENTE. CROQUI:HIGOR MARQUES(2018)
CROQUI VISTA PELA PRAÇA, RELAÇÃO DE EMOLDURAMENTO COM A PAISAGEM DE FUNDO COM O EDIFÍCO.CROQUI:HIGOR MARQUES(2018)

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