Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Disciplina: Topografia Assunto: Declinações Magnéticas Prof. Ederaldo Azevedo Aula 7 e-mail: ederaldoazevedo@yahoo.com.br Centro de Ensino Superior do Amapá-CEAP Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Topografia 6. Declinação Magnética: Declinação magnética é o ângulo formado entre o meridiano verdadeiro e o meridiano magnético. Varia com o tempo e com a posição geográfica, podendo ser ocidental (δW), negativa quando o Pólo magnético estiver a Oeste (W) do geográfico e oriental (δE) em caso contrário(Leste). Atualmente, no Brasil a declinação é negativa, logo ocidental. Centro de Ensino Superior do Amapá-CEAP Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Topografia 6. Declinação Magnética: Centro de Ensino Superior do Amapá-CEAP Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Topografia Fig. Representação da Declinação Magnética. Fig. Bússola 6. Declinação Magnética: Centro de Ensino Superior do Amapá-CEAP Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Topografia Fig. Bússolas com representação da declinação magnética 6. Declinação Magnética: A representação da declinação magnética em cartas: é feita através de curvas de igual valor de variação anual em graus (curvas isogônicas); e curvas de igual variação anual em minutos (curvas isopóricas). A interpolação das curvas do grau e posteriormente no minuto, para uma dada posição na superfície física da Terra, nos permite a determinação da declinação magnética com precisão na ordem do minuto. Centro de Ensino Superior do Amapá-CEAP Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Topografia 6. Declinação Magnética: No Brasil o órgão responsável pela elaboração das cartas de declinação é o Observatório Nacional e a periodicidade de publicações da mesma é de 10 anos. 6.1 Cálculo da Declinação Magnética: Para que se possa calcular a declinação magnética para um determinado ponto da superfície física da terra são necessários os dados preliminares abaixo: - Latitude geográfica (φ); - Longitude geográfica (λ); -Carta de declinação magnética da região em questão. Centro de Ensino Superior do Amapá-CEAP Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Topografia 6.1 Cálculo da Declinação Magnética: Portanto para se obter declinação magnética para uma região em questão basta utilizar a equação: D = Cig + [(A + fa) . Cip] Onde: D = Valor da declinação magnética; Cig = Valor interpolado da curva isogônica; Cip = Valor interpolado da curva isopórica; A = Diferença entre o ano de confecção do mapa de declinação magnética e o ano da observação (Ex. observação em 2003. O valor de “A” será dado por A = 2003-2000 =3); fa = Fração de ano, ver tabela de fração de ano. Centro de Ensino Superior do Amapá-CEAP Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Topografia Período Fração do Ano de 01 Janeiro a 19 de Janeiro 0,0 de 20 Janeiro a 24 de Fevereiro 0,1 de 25 Fevereiro a 01 Abril 0,2 de 02 Abril a 07 de Maio 0,3 de 08 Maio a 13 Junho 0,4 de 14 Junho a 19 de Julho 0,5 de 20 Julho a 25 de Agosto 0,6 de 26 Agosto a 30 de Setembro 0,7 de 01 Outubro a 06 de Novembro 0,8 de 07 Novembro a 12 de Dezembro 0,9 de 13 Dezembro a 31 de Dezembro 1,0 6.1 Cálculo da Declinação Magnética: Centro de Ensino Superior do Amapá-CEAP Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Topografia Tabela: valor da fração do ano 6.1 Cálculo da Declinação Magnética: Centro de Ensino Superior do Amapá-CEAP Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Topografia Fig: exemplo de apresentação de um mapa de Declinação Magnética com as respectivas legendas. 6. Declinação Magnética: EXEMPLOS: 1) Baseado nas informações contidas na figura acima(slide anterior) calcular a declinação magnética para Curitiba (φ = 25° 25' 48'' S, λ = 49° 16' 15'' W), no dia 27 de Outubro de 2010. D = Cig + [(A + fa) . Cip] a) Cálculo de Cig a.1) Interpolação das Curvas Isogônicas Com a régua ortogonal a uma das curvas, mede-se a distância linear entre as curvas que compreendem a cidade que se deseja calcular a declinação. Neste caso a distância linear entre as curvas -17º e -18º é 2,4 cm. Com a régua ortogonal à curva -17º, mede-se a distância linear entre a curva e a localidade que se deseja determinar a declinação magnética. Neste caso a distância linear entre a curva -17º e Curitiba é 0,8 cm. Centro de Ensino Superior do Amapá-CEAP Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Topografia 6. Declinação Magnética: EXEMPLOS: D = Cig + [(A + fa) . Cip] a) Cálculo de Cig a.1) Interpolação das Curvas Isogônicas Logo: 1º → 2,4 cm xº → 0,8 cm. xº = 0,3333º Cig = -17º - Xº Cig = -17,33333º Centro de Ensino Superior do Amapá-CEAP Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Topografia 6. Declinação Magnética: EXEMPLOS: D = Cig + [(A + fa) . Cip] b) Cálculo de Cip a. 2) Interpolação das Curvas Isopóricas Mesmo processo utilizado para Cig. Logo: 0,5’ → 2,6 cm X’ → 0, 28 cm. X’ = 0,054’ Cip = -7’ – 0,054’ Cip = -7.054’ Sendo A= 2010-2000= 10 e da tabela fração do ano: 0,8 Substituindo na fórmula temos: D = -17,3333º + [(10 + 0,8)] . (-7,054’) D = -18º43’13,20” Centro de Ensino Superior do Amapá-CEAP Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Topografia 6. Declinação Magnética: 02) Idem ao anterior para Foz do Iguaçu (φ = 25° 32' 45'' S, λ = 54° 35' 07'' W), no dia 14 de maio de 2001. D = Cig + [(A + fa).Cip] a) Cálculo de Cig a1) Interpolação das Curvas Isogônicas Com a régua ortogonal a uma das curvas isogônicas, medir a distância linear entre as curvas que compreendem a cidade que se deseja calcular a declinação. Neste caso a distância linear entre as curvas -13º e -14º é 2,0 cm. Com a régua ortogonal à curva -13º, medir a distância linear entre a curva e a localidade que se deseja determinar a declinação magnética. Neste caso a distância entre a curva -13º e Foz do Iguaçu é 0,75 cm. Centro de Ensino Superior do Amapá-CEAP Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Topografia 6. Declinação Magnética: 02) Idem ao anterior para Foz do Iguaçu (φ = 25° 32' 45'' S, λ = 54° 35' 07'' W), no dia 14 de maio de 2001. D = Cig + [(A + fa).Cip] a) Cálculo de Cig a1) Interpolação das Curvas Isogônicas Logo: 1º → 2,0 cm xº → 0,75 cm xº = 0,375º Cig = -13º - xº ; Cig = - 13,375º b) Cálculo de Cip Mesmo processo utilizado para Cig. O valor obtido é de - 8’,3571. D = -13,375º + [(1 + 0,4)] . (-8,3571’ ) D = -13,375º - 11º 42’ ; D = -13º 34’ 12” Centro de Ensino Superior do Amapá-CEAP Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Topografia 7. Transformação de Norte Magnético em Geográfico e vice-versa: A transformação de elementos (rumos, azimutes) com orientação pelo Norte verdadeiro ou magnético é um processo simples, basta somar ou subtrair da declinação magnética a informação disponível. Como já foi visto, no Brasil a declinação magnética é negativa. Logo, o azimute verdadeiro = ao azimute magnético menos a declinação magnética, conforme será demonstrado a seguir. Centro de Ensino Superiordo Amapá-CEAP Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Topografia 7. Transformação de Norte Magnético em Geográfico e vice-versa: Conforme figura abaixo: Centro de Ensino Superior do Amapá-CEAP Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Topografia Azv D Azm Sv Nm Sm Nv A Azm Azv D B Sv Sm Nv Nm P1 P1 7. Transformação de Norte Magnético em Geográfico e vice-versa: A figura A ilustra o caso em que a declinação magnética é positiva e o azimute verdadeiro é calculado por: Azv = Azm + D Para o caso do Brasil, onde a declinação magnética é negativa (figura B), o azimute verdadeiro será obtido da seguinte forma: Azv = Azm – D Centro de Ensino Superior do Amapá-CEAP Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Topografia 7. Transformação de Norte Magnético em Geográfico e vice-versa: Exemplo: 1) Sabe-se que o azimute verdadeiro do painel de uma antena em Curitiba (φ = 25º25’S , λ = 49º13’W) é 45º 21’ no dia 14 de maio de 2001 e a correspondente declinação magnética é 17º 32’ W. Calcular o azimute magnético para a direção em questão, tendo em vista que a empresa só dispõe de bússola para a orientação. Resolução: Azv = Azm - D Azm = 45º 21’ - (-17º 32’) Azm = 62º 53’ Centro de Ensino Superior do Amapá-CEAP Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Topografia 8. Uso de Bússolas: A bússola é um instrumento idealizado para determinar a direção dos alinhamentos em relação a meridiana dada pela agulha magnética. Uma bússola consiste essencialmente de uma agulha magnetizada, livremente suportada no centro de um círculo horizontal graduado, também conhecido como limbo. 8.1 - Inversão dos pontos “E” e “W” da Bússola No visor da bússola, além da indicação dos valores em graus e minutos, variando de 0º à 360º, encontram-se gravados também os quatro pontos cardeais (Norte “N”, Sul “S”, Leste “E”, Oeste “W”). Centro de Ensino Superior do Amapá-CEAP Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Topografia 8.1 - Inversão dos pontos “E” e “W” da Bússola Uma questão importante deve ser observada: para determinados tipos de bússolas os pontos cardeais E e W, estão invertidos na representação gravada no limbo. Estas bússolas são denominadas de bússolas de rumo. Para tanto se alinha a marcação da direção Norte, dada pela agulha da bússola, com o alinhamento e, onde a agulha estabilizar, faz-se a leitura do rumo da direção. Centro de Ensino Superior do Amapá-CEAP Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Topografia 8.2 – Utilização da Bússola Antes do uso da bússola, as seguintes precauções devem ser tomadas: Quanto à sensibilidade: quando solta-se a agulha de uma bússola de boa qualidade, a mesma realiza aproximadamente 25 oscilações até estabilizar; Quanto à centragem: duas leituras opostas devem diferir de 180º, caso contrário a agulha ou o eixo provavelmente estão tortos ou o eixo está inclinado; Quanto ao equilíbrio: ao nivelar-se o prato da bússola, a altura dos extremos da agulha deve ser igual. Centro de Ensino Superior do Amapá-CEAP Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Topografia 8.2 – Utilização da Bússola Como já foi visto anteriormente, a bússola contém uma agulha imantada, portanto, deve-se evitar a denominada atração local, que é devido a influência de objetos metálicos como relógios, canivetes, etc., bem como de certos minerais como pirita e magnetita. Também a proximidade de campos magnéticos anômalos gerados por redes de alta tensão, torres de transmissão e retransmissão, sistemas de aterramento, entre outros, podem causar variações ou interferências na bússola. Centro de Ensino Superior do Amapá-CEAP Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Topografia
Compartilhar