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MÓDULO IV IPEH

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29 Instalações Prediais Elétrica e Hidráulica 
IV. RESERVAÇÃO 
 
 Os reservatórios domiciliares têm sido comumente utilizados para 
compensar a falta de água na rede pública, resultante de falhas no funcionamento 
do sistema de abastecimento ou de programação da distribuição. É evidente que se 
o fornecimento de água fosse constante e adequado, não haveria a necessidade do 
uso desses dispositivos. 
 Os principais inconvenientes do uso dos reservatórios domiciliares são de 
ordem higiênica, por facilidade de contaminação, do custo adicional e complicações 
na rede predial e devido ao possível desperdício de água durante a ausência do 
usuário. As consequências da existência dos reservatórios são mais graves para os 
usuários que se localizam próximos de locais específicos da rede de distribuição, 
como pontas de rede, onde, em geral, a concentração de cloro residual é às vezes 
inexistente. 
 Em trabalhos realizados com o fim específico de verificar a influência dos 
reservatórios domiciliares das águas de abastecimento, Lima Filho e Murgel Branco 
(1978) concluíram que as condições sanitárias em que encontram os mesmos são 
normalmente responsáveis pela deterioração da qualidade da água. Em geral, a 
localização imprópria do reservatório, a ignorância do usuário em relação à 
conservação do reservatório, a falta de cobertura adequada e a ausência de 
limpezas periódicas são os principais fatores que contribuem para a alteração da 
qualidade da água. A existência de uma camada de matéria orgânica e inorgânica 
no fundo do reservatório provoca um aumento da turbidez e cor, é responsável pelo 
consumo da maior parte do cloro residual da água afluente e acarreta a diminuição 
do oxigênio dissolvido. 
 
4.1 Definição da forma e dimensão dos reservatórios 
A NBR /1998, referindo-se à capacidade dos reservatórios, estabelece: 
• O volume de água reservado para uso doméstico deve ser, no mínimo, 
o necessário para 24 horas de consumo normal no edifício, sem 
considerar o volume de água para combate a incêndio; 
• No caso de residência de pequeno tamanho, recomenda-se que a 
reserva mínima seja de 500 litros; 
 
30 Instalações Prediais Elétrica e Hidráulica 
• Para o volume máximo de reserva recomenda-se que sejam atendidos 
dois critérios: garantia de potabilidade e atendimento à disposição legal 
regulamento que estabeleça volume máximo de reserva; 
• Nos casos em que tenham reservatórios, inferior e superior, a divisão 
da capacidade de reserva total deve ser feita de modo a atender às 
situações eventuais onde ocorra interrupção do abastecimento de água 
da fonte de abastecimento e às situações normais de manutenção; 
• Reservatórios de maior capacidade devem ser divididos em dois ou 
mais compartimentos para permitir operações de manutenção sem que 
haja interrupção da distribuição de água. São excetuadas desta 
exigência as residências unifamiliares isoladas; 
• Devem-se evitar os efeitos da formação do vórtice na entrada das 
tubulações. Na entrada da tubulação de sucção prever crivo simples ou 
válvula de pé e crivo; 
• Evitar ocorrência de zonas de estagnação no interior do reservatório e, 
• A extremidade da tomada de água no reservatório deve ser elevada em 
relação ao fundo deste reservatório. Para reservatórios de pequena 
capacidade e de fundo plano e liso recomenda-se uma altura mínima 
de 2 cm. 
 
4.2. Operação dos Reservatórios 
 A NBR 5626/1998 em relação à operação dos reservatórios estabelece: 
• Toda a tubulação que abastece o reservatório deve ser equipada com 
uma torneira bóia (de acordo com a NBR 10137), ou qualquer outro 
dispositivo com o mesmo efeito no controle da entrada de água e 
manutenção do nível; 
• ... instalação de um registro de fechamento na tubulação de 
alimentação, externamente ao reservatório, ou outro dispositivo ou 
componente que cumpra a mesma função; 
• O nível máximo da superfície livre da água, no interior do reservatório, 
seja situado abaixo do nível da geratriz da tubulação de extravasão ou 
de aviso; 
 
31 Instalações Prediais Elétrica e Hidráulica 
• ... a tomada de água da tubulação que alimenta o aquecedor deve se 
posicionar em nível acima das tomadas de água fria... 
 
4.3. Elementos Complementares do Reservatório 
A NBR 5626/1998 estabelece que em todos os reservatórios devam ser 
instaladas tubulações de aviso, extravasão e de limpeza. 
• As tubulações de aviso, extravasão e de limpeza devem ser 
constituídas de material rígido e resistente à corrosão. Tubos flexíveis 
(como mangueiras) não devem ser utilizados, mesmo em trechos de 
tubulação. Os trechos “horizontais” devem ter declividade adequada 
para desempenho eficiente de sua função e completo escoamento da 
água em seu interior; 
• A superfície do fundo deve ter ligeira inclinação no sentido da entrada 
da tubulação de limpeza. Na tubulação de limpeza deve haver um 
registro de fechamento; 
• O diâmetro interno da tubulação de aviso deve ser maior ou igual a 19 
mm. Toda a tubulação de aviso deve descarregar imediatamente após 
a água alcançar o nível de extravasão no reservatório e, em local 
facilmente observável; 
• O diâmetro interno da tubulação de extravasão deve ser dimensionado 
de forma a escoar o volume de água em excesso. Em reservatório de 
pequena capacidade recomenda-se que o diâmetro da tubulação de 
extravasão seja maior que o da tubulação de alimentação do 
reservatório; 
• A tubulação de aviso deve ser conectada à tubulação de extravasão 
em seu trecho horizontal e cm ponto situado a montante da eventual 
interligação com a tubulação de limpeza do reservatório. 
 
4.4. Vazão no abastecimento de reservatório 
 Segundo a NBR 5626/1998, nos pontos de suprimento de reservatórios, a 
vazão de projeto pode ser considerada dividindo-se a capacidade do reservatório 
pelo tempo de enchimento. No caso de edifícios com pequenos reservatórios 
individualizados, como é o caso de residências unifamiliares, o tempo de enchimento 
 
32 Instalações Prediais Elétrica e Hidráulica 
deve ser menor que 1 hora. No caso de granes reservatórios, o tempo de 
enchimento pode ser até de 6 horas, dependendo do tipo de edifício. 
 
 Figura 4.1: Corte de um reservatório superior unifamiliar 
 
 
 
4.5. Volume de reservatório 
 No caso do sistema indireto de distribuição com reservatório inferior e 
superior, o superior recebe a água bombeada do inferior e a distribui por gravidade 
aos aparelhos de consumo. A reserva total, a ser acumulada nos dois reservatórios, 
segundo a NBR 5626/1998, não pode ser inferior ao consumo diário (CD). 
 Em relação à reserva máxima recomenda-se que não ultrapasse a três 
vezes o valor do consumo diário (CD). Botelho e Ribeiro (1998) adotam a reserva 
total mínima como sendo igual a duas vezes o consumo diário (CD). 
 Deve ser prevista reserva de incêndio ou outra finalidade, como por 
exemplo, para sistema de ar condicionado. Segundo Macintyre (2000), o volume 
reservado para o combate de incêndio será de 15 a 20% do consumo diário. 
 Recomenda-se que para casos comuns, as reservas destinadas somente 
para o suprimento do consumo diário (CD) sejam as seguintes: 
• Reservatório inferior: 3/5 do consumo diário (CD); 
• Reservatório superior: 2/5 do consumo diário (CD). 
Os volumes dos reservatórios inferiores e superiores, com base nas relações 
3/5 e 2/5, podem ser calculados utilizando as seguintes fórmulas (4.1) e (4.2): 
 
 RI IV 0,6 CD V outrosV= ⋅ + + (4.1) 
 
 
33 Instalações Prediais Elétrica e Hidráulica 
 VRI = volume do reservatório inferior; 
VI = volume de combate a incêndio; 
CD= consumo diário e, 
Voutros = outros volumes. 
RS IV 0,4 CD V outrosV= ⋅ + + (4.2) 
 
 VRS = 
 
 volume do reservatóriosuperior; 
VI = volume de combate a incêndio; 
CD= consumo diário e, 
Voutros = outros volumes. 
 
Exercício Resolvido: 
4.1: Para um consumo diário, de um prédio de apartamentos de 120 m3, calcule os 
volumes dos reservatórios superior e inferior. Considere o volume mínimo de água 
da reserva de incêndio segundo a NBR 13714/2000, sistema 1. 
Tipo Esguicho Mangueiras Saídas Vazão 
(L/min) Diâmetro 
(mm) 
Comprimento 
máximo (m) 
1 Regulável 25 ou 32 30 1 80(1) a 100(1) 
2 Jato compacto Ø 16 
mm ou regulável 
40 30 2 300 
3 Jato compacto Ø 25 
mm ou regulável 
65 30 2 900 
Fonte: NBR 13714/2000 
1) Para sistemas tipo 1, poderá ser utilizada tubulação com diâmetro nominal DN50 (2”) desde que 
comprovado tecnicamente o desempenho hidráulico dos componentes e do sistema, e aprovado pela 
Órgão Competente. 
NOTA: 
1) os diâmetros dos esguichos e das mangueiras são nominais; 
2) as vazões correspondem a cada saída 
 
Solução: 
A) Volume mínimo de água da reserva de incêndio. 
 
3V 2 80 60 9600 litros = 9,6 mI = ⋅ ⋅ = 
 
B) Volume do reservatório inferior. 
 
34 Instalações Prediais Elétrica e Hidráulica 
 
3V 0,6 120 9,6 81,6 mRI = ⋅ + = 
 
C) Volume do reservatório superior. 
 
3V 0,4 120 9,6 57,6 mRS = ⋅ + = 
 
4.6. Dimensões características dos componentes dos reservatórios, superior e 
inferior 
 Os reservatórios de capacidade superior a 4000 litros devem ser divididos 
em dois compartimentos iguais, comunicantes através do barrilete provido de 
registros de fechamento (exemplo gaveta) para facilitar a limpeza, ou conserto de 
qualquer dos compartimentos, ficando o outro em uso. 
 Os reservatórios superiores devem ficar com o fundo no mínimo a 0,80 m 
acima do piso dos comprimentos, sobre o qual estejam situados para facilidade de 
acesso ao barrilete e encanamento de limpeza. 
 
Figura 4.2: Corte de um reservatório superior 
 
 
A NBR 5626/1998, estabelece que o acesso ao interior do reservatório, para 
inspeção e limpeza, deve ser garantido através de abertura com dimensão mínima 
de 60 cm, em qualquer direção. No caso de reservatório inferior, abertura deve ser 
 
35 Instalações Prediais Elétrica e Hidráulica 
dotada de rebordo com altura mínima de 10 cm para evitar a entrada de água de 
lavagem de piso e outras. 
 
 
 
4.8 Dimensionamento do Extravasor e da Tubulação de Aviso 
 Visando atender a NBR 5626/1998, para que o extravasor tenha capacidade 
de escoar o volume de água em excesso, o diâmetro interno da tubulação de 
extravasão deverá ter diâmetro superior da tubulação de alimentação do 
reservatório. 
 Para isto, deverá ser prevista uma altura (h) de revanche, acima do nível de 
extravasão, para vencer a taquicarga (V2/2g) e as perdas de carga singulares e 
distribuídas desde a entrada do extravasor até a sua saída, calculadas com a vazão 
do alimentador e um diâmetro da tubulação do alimentador. Assim a altura (h) será 
dada pela fórmula 4.3: 
 
2
T 2 4
8h = h a
e
Q
D gpi
⋅∆ +
⋅ ⋅
 (4.3) 
 
Na qual: 
 h = Profundidade acima do nível de extravasamento, em m; 
 ∆ hT = Perda de carga total da entrada até a saída do extravasor, em 
mca; 
 Qa = Vazão do alimentador do reservatório, em m3/s; 
 De = Vazão do extravasador, tal que (De > Da), em m; 
 Da = Diâmetro da alimentação do reservatório, em m. 
 
36 Instalações Prediais Elétrica e Hidráulica 
 Segundo Macintyre (2000), o extravasor deve ser constituído por um tubo 
horizontal, um joelho, um tubo vertical com cerca de 50 cm, tendo na extremidade 
uma tela de proteção contra insetos. Para compensar a perda de carga devido a 
presença da tela, pode-se alargar a secção da saída do extravasor. 
 A tubulação de aviso deve ter diâmetro igual ou superior a 19 mm que 
escoará parte do volume extravasado em local de fácil visualização, enquanto o 
restante irá para outro local de fácil escoamento, canaleta ou ralo de águas pluviais, 
de modo a não causar transtorno às atividades de edificação. 
 
 
Exercício Resolvido 
4.2 A vazão bombeada para o reservatório superior é de 6,5 L/s. A tubulação da 
linha e recalque é de 2 ½” (63 mm) de aço galvanizado. Determine o diâmetro do 
extravasor e altura (h) de água acima do nível de extravasamento. 
Solução: 
A) O diâmetro do extravasor deverá ser maior que o da tubulação da linha de 
recalque. Será adotado para o extravasor o diâmetro de 3” (75 mm). 
B) A profundidade (h) acima do nível de extravasamento. 
 
Cálculo da perda de carga total. 
Denominação Comprimento equivalente (m) 
1 entrada de borda (3”) 2,2 
1 cotovelo de 90º raio curto (3”) 2,1 
1 saída de canalização (3”) 2,2 
Comprimento real (LR) 0,50 
Comprimento virtual (LV) 7,0 
 
Equação de Fair-Whippe-Hsiao 
Para tubo rugoso (tubos de aço-carbono, galvanizado ou não) 
 
 
 
1,88
5
4,88
i
QJ = 20,2 10
D
⋅ ⋅ 
J= perda de carga unitária, em metros coluna de água por metro (mca/m); 
 
37 Instalações Prediais Elétrica e Hidráulica 
Q= vazão em L/s; 
Di= diâmetro interno do tubo, em mm. 
 
 A título de simplificação iremos adotar De = Di. 
 Substituindo os dados temos: 
1,88
5
4,88
6,5J = 20,2 10 0,0482 mca/m
75
⋅ ⋅ = 
 
 Cálculo da perda de carga total. 
 T∆h = J L = 0,0482 7,0= 0,34 mcav⋅ ⋅ 
 
 Cálculo da profundidade acima do nível de extravasamento. 
2
T 2 4
2
2 4
8h = h
8 0,0065h = 0,34 0,45 m ou 45 cm
0,075 9,81
a
e
Q
D gpi
pi
⋅∆ +
⋅ ⋅
⋅
+ =
⋅ ⋅

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