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Resumo de Direito Administrativo II

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Estudos de Direito Administrativo II
Intervenção do Estado na propriedade
Entende-se por intervenção na propriedade privada todo ato do Poder Público que, fundado em lei, compulsoriamente retira ou restringe direitos dominiais privados ou sujeita o uso de bens particulares a uma destinação de interesse público.
Limitação administrativa
A limitação administrativa é uma das formas pelas quais o Estado, no uso de sua soberania interna, intervém na propriedade e nas atividades particulares.
Limitação administrativa é toda imposição geral, gratuita, unilateral e de ordem pública condicionadora do exercício de direitos ou de atividades particulares às exigências do bem-estar social.
As limitações administrativas são preceitos de ordem pública. Derivam do poder de polícia inerente e indissociável da Administração Pública e se exteriorizam em imposições unilaterais e imperativas, sob a tríplice modalidade positiva (fazer), negativa (não fazer) ou permissiva (deixar fazer). No primeiro caso, o particular fica obrigado a realizar o que a Administração lhe impõe; no segundo, deve abster-se do que lhe é vedado; no terceiro, deve permitir algo em sua propriedade.
Ocupação temporária
Ocupação temporária ou provisória é a utilização transitória, remunerada ou gratuita, de bens particulares pelo Poder Público, para a execução de obras ou atividades públicas ou de interesse público.
O fundamento da ocupação temporária é, normalmente, a necessidade de local para depósito de equipamentos e materiais destinados à realização de obras e serviços públicos nas vizinhanças da propriedade particular.
Deve haver a notificação ao proprietário e sua justa indenização.
Servidão administrativa
Servidão administrativa ou pública é ônus real de uso imposto pela Administração à propriedade particular para assegurar a realização e conservação de obras e serviços públicos ou de utilidade pública, mediante indenização dos prejuízos efetivamente suportados pelo proprietário.
Na servidão administrativa mantém-se a propriedade com o particular, mas onera-se essa propriedade com o uso público e, por esta razão, indeniza-se o prejuízo (não a propriedade) que este uso, pelo Poder Público, venha a causar ao titular do domínio privado. Se este uso público acarretar dano à propriedade serviente, indeniza-se o dano; se não acarretar, nada há que indenizar.
Requisição administrativa
Requisição é a utilização coativa de bens ou serviços particulares pelo Poder Público por ato de execução imediata e direta da autoridade requisitante e possibilidade de indenização ulterior. A CF, no art. 5º, XXV, autoriza o uso da propriedade particular na iminência de perigo público, pelas autoridades competentes.
Tombamento
Tombamento é a declaração pelo Poder Público do valor histórico, artístico, paisagístico, turístico, cultural ou científico de coisas ou locais que, por essa razão, devam ser preservados, de acordo com a inscrição em livro próprio.
Em âmbito federal, essa missão é do IPHAN – Instituto Brasileiro do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Nas esferas estadual e municipal essa atribuição é do respectivo órgão criado para esse fim.
O tombamento realiza-se através de um procedimento administrativo vinculado, que conduz ao ato final de inscrição do bem num dos Livros do Tombo. Nesse procedimento deve ser notificado o proprietário do bem a ser tombado, dando-lhe oportunidade de defesa, na forma da lei; há que se observar o devido processo legal.
As coisas tombadas, embora permaneçam no domínio e posse de seus proprietários, não poderão em caso algum ser demolidas, destruídas ou mutiladas sem prévia autorização do IBPC, sob pena de multa. Na vizinhança dos imóveis tombados não se poderá fazer qualquer construção que lhes impeça ou reduza a visibilidade, nem colocar anúncios ou cartazes.
Modalidades:
De ofício – incide sobre bem público;
Voluntário – sobre bens particulares com anuência do proprietário;
Compulsório – sobre bens particulares e contra a vontade do proprietário.
Procedimento:
Manifestação do órgão técnico;
Notificação ao proprietário;
Não havendo impugnação: inscrição no Livro do Tombo;
Havendo impugnação:
Vista ao órgão para em 15 dias sustentar suas razões;
Defesa do proprietário;
Decisão.
Os efeitos atingem o proprietário, os proprietários dos prédios vizinhos e o órgão competente.
Desapropriação
Dentre os atos de intervenção estatal na propriedade destaca-se a desapropriação, que é a mais drástica das formas de manifestação de intervenção na propriedade.
É a transferência compulsória da propriedade particular (ou pública de entidade de grau inferior para superior) para o Poder Público ou seus delegados, por utilidade ou necessidade pública ou ainda, por interesse social, mediante prévia e justa indenização em dinheiro, salvo exceções no caso de área urbana não edificada, subtilizada ou não utilizada, e no caso de Reforma Agrária.
A desapropriação é forma originária de aquisição da propriedade, porque não provém de nenhum título anterior.
Motivos ensejadores da desapropriação:
Necessidade pública – surge quando a Administração Pública defronta situações de emergência, que, para serem resolvidas satisfatoriamente, exigem a transferência urgente de bens de terceiros para o seu domínio e uso imediato.
Utilidade pública – apresenta-se quando a transferência de bens de terceiros para a Administração é conveniente, embora não seja imprescindível.
Interesse social – é decretada para promover a justa distribuição da propriedade ou condicionar ao bem estar social. Os bens desapropriados por interesse social não se destinam à Administração ou a seus delegados, mas sim a coletividade ou a certos beneficiários.
	Espécies
	Ordinária
	Extraordinária
	Fundamento constitucional
	Art. 5º, XXIV.
	Art. 182, § 4º, III – para fins de urbanização;
Art. 184 e parágrafos – para fins de reforma agrária.
	Requisitos constitucionais
	Necessidade pública, utilidade pública e interesse social.
	Imóvel incluído no plano diretor, não edificado [...] – exigência de lei municipal;
Interesse social incidir sobre propriedade rural que não esteja cumprindo sua função social.
	Indenização
	Prévia, justa e em dinheiro.
	Títulos da dívida pública municipal – 10 anos;
Títulos da dívida agrária – 20 anos.
	Quem pode distinguir
	União, estados e municípios.
	Só pelos municípios e DF;
Só pela União.
	Bem 
	Qualquer bem.
	Propriedade urbana;
Propriedade rural que não cumpra sua função social.
Procedimentos:
Desapropriação para reforma agrária:
Inicio: decreto expropriatório (prazo de dois anos para propor a ação) – Presidente da República.
Desapropriação para política urbana – art. 182, § 4º, CF (pelos municípios; desatenção à função social):
Art. 182, § 2º - vinculada ao art. 41 da lei 10.257/01 – plano diretor + lei municipal.
A expropriação só ocorre se três providências forem tomadas:
Exigência de adequado aproveitamento;
Ordem de parcelamento ou edificação compulsória;
Cobrança de IPTU – 5 anos progressivo.
A desapropriação indireta é vedada pelo ordenamento jurídico, que seria a tomada da propriedade sem a devida autorização. O proprietário deverá ajuizar uma ação judicial por desapropriação indireta, com reintegração de posse.
Licitação
Licitação é o procedimento administrativo mediante o qual a Administração Publica seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse; tem como pressuposto a competição.
Princípios
Publicidade dos atos da licitação e sigilo na apresentação das propostas – abrange desde os avisos de sua abertura até o conhecimento do edital e seus anexos, o exame da documentação, etc.
Vinculação ao certame – é o principio básico de toda licitação. O edital é a lei interna da licitação e, como tal, vincula aos seus termos tanto o licitante como a Administração que o expediu.
Adjudicação compulsória – impede que a Administração, concluído o procedimento licitatório, atribua seu objeto a outrem que não o legítimo vencedor.
Principio da legalidade.Princípio da impessoalidade, igualdade e julgamento objetivo.
Princípio da moralidade e prioridade administrativa.
Modalidades
Concorrência
É a modalidade de licitação própria para contratos de grande valor, em que se admite a participação de quaisquer interessados, cadastrados ou não, que satisfação as condições do edital, convocados com antecedência mínima prevista na lei, com ampla publicidade.
A concorrência é obrigatória nas contratações de obras, serviços e compras dentro dos limites de valor fixados pelo ato competente, que são diversos para obras e serviços de Engenharia e para outros serviços e compras. É também obrigatória a concorrência, independentemente do valor do contrato, na compra ou alienação de bens imóveis e na concessão de direito real de uso.
Os requisitos são:
Universalidade – possibilidade de participação de quaisquer interessados;
Ampla publicidade – é essencial a ampla publicidade da convocação para a concorrência;
Prazos para apresentação das propostas – a lei fixa um prazo mínimo;
Habilitação preliminar – fase inicial do procedimento licitatório;
Julgamento por comissão – julgamento dos requisitos pessoais dos interessados, sob o aspecto da capacidade jurídica, da regularidade fiscal, da qualificação técnica e da idoneidade econômico-financeira.
Tomada de preços
É a licitação realizada entre interessados previamente registrados ou cadastrados até três dias antes, admissível nas contratações de obras, serviços e compras de vulto econômico médio. O procedimento é o mesmo da concorrência. 
Convite
É a modalidade de licitação mais simples, destinada a contratações de pequeno valor, consistindo na solicitação escrita a pelo menos três interessados no mínimo, registrados previamente ou até 24 horas antes, para que apresentem suas propostas em no mínimo 5 dias. O ato de instrumento convocatório é denominado carta-convite e o edital é o próprio convite.
Concurso
É a modalidade destinada à escolha de trabalho técnico ou artístico, predominantemente de criação intelectual. Normalmente há atribuição de prêmio aos classificados, mas a lei admite a oferta de remuneração. Possui finalidade própria e qualquer um pode participar.
Leilão
Espécie utilizável na venda de bens móveis inservíveis, apreendidos e penhorados legalmente ou alienação de bens imóveis.
Pregão
Para aquisição de bens e serviços comuns, considerados aqueles padronizados, ou seja, a possibilidade de substituição de uns por outros com o mesmo padrão de eficiência, podendo ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado. Possui lei própria.
Obrigatoriedade
Em regra, a licitação de obras, serviços, compras e alienações é obrigatória, uma exigência constitucional para a Administração.
Inexigibilidade de licitação
Ocorre quando há impossibilidade jurídica de competição entre contratantes, quer pela natureza específica do negócio, quer pelos objetivos sociais visados pela Administração. Não se admite a dispensa de licitação para serviços de publicidade.
Dispensa de licitação
Casos em que a licitação é até viável, mas o legislador optou por afastar a obrigação de licitar. Divide-se em licitação dispensada e dispensável.
Licitação dispensada 
É aquela que a própria lei declarou-a como tal.
Licitação dispensável
É toda aquela que a Administração pode dispensar se assim lhe convier. Pode ser:
Em razão do pequeno valor;
Em razão de situações excepcionais;
Em razão do objeto;
Em razão da pessoa.
Contratos administrativos
É o ajuste que a Administração Pública, agindo nessa qualidade, firma com particular ou outra entidade administrativa para consecução de objetivos de interesse público, nas condições estabelecidas pela própria Administração. Em regra, a celebração do contrato administrativo exige prévia licitação, exceto nos casos de contratação direta.
	Diferenças
	Contratos privados
	 Contratos administrativos
	Aplicação do direito privado 
	Aplicação do direito público 
	Normas gerais previstas no Código Civil 
	Normas gerais previstas na lei 8666/93
	Igualdade entre as partes 
	Administração ocupa posição de superioridade 
	Cláusulas imutáveis pacta sunt servanda os contratos devem ser cumpridos conforme o escrito 
	Mutabilidade unilateral 
Características dos contratos administrativos
Submissão ao Direito Administrativo;
Presença da Administração em pelo menos um dos polos;
Desigualdade entre as parte;
Mutabilidade;
Existência de cláusulas exorbitantes – são prerrogativas previstas em lei, conferindo poderes especiais para a administração pública dentro do contrato, colocando-a em posição de superioridade;
Formalismo, exceto em compras de pronto pagamento.
Estudo da equação econômico-financeira
Relação que se estabelece no momento da celebração do contrato, entre o encargo assumido e a remuneração pactuada. Na prática, obriga o contratante a alterar a remuneração do contratado sempre que sobrevir circunstâncias excepcionais capazes de tornar mais onerosa a execução, para recompor a margem de lucro.
Circunstâncias:
Alteração unilateral – o poder de alteração e rescisão unilaterais do contrato administrativo é inerente à Administração, decorrente do poder de modificação unilateral do contrato administrativo, um preceito de ordem pública.
Fato do príncipe – acontecimento externo provocado pela entidade contratante que onera substancialmente a execução do contrato administrativo.
Fato da Administração – ação ou omissão da Administração que retarda ou impede a execução do contrato;
Álea econômica – Teoria da Imprevisão: acontecimento externo ao contrato, de natureza econômica, imprevisível, estranho à vontade das partes, que causará desequilíbrio ao contrato.
Extinção 
A extinção do contrato administrativo se dará com:
Término do prazo;
Anulação motivada;
Rescisão
Unilateral
Amigável
Judicial
Improbidade administrativa
 Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. Tem natureza político-administrativa.
Sujeito passivo – a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual.
Sujeito ativo – qualquer agente, servidor ou não (aquele que não sendo agente induza ou concorra para a prática do ato ou dele se beneficie).
	Espécies 
	Atos que causam enriquecimento ilícito 
	Atos que causam prejuízo ao erário 
	Atos que atentam contra os princípios 
	Previsão
	Art. 9* 
	Art. 10 
	Art. 11 
	Característica 
	Produziu vantagem patrimonial 
	Ensejam perda patrimonial, desvio, apropriação ou dilapidação dos bens.
	Não causam prejuízo financeiro ao erário, mas desatendem os deveres de honestidade, lealdade. 
	Tipo de conduta 
	Dolosa 
	Dolosa/culposa 
	Dolosa 
	Exemplos 
	Receber dinheiro, presente, utilizar em proveito próprio veículo ou bem pertencente ao sujeito passivo.
	Permite que terceiro utilize em proveito próprio verbas, frustrar a licitação. 
	Negar publicidade aos atos oficiais, frustrar licitude de concurso público.
	Sanções 
	Art. 12, l 
	Art. 12, ll 
	Art. 12, lll

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