O MISTÉRIO DAS VOGAIS

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HUGO FABRÍCIO DE MEDEIROS
PARA CRIANÇA APRENDER VOGAIS
O MISTÉRIO DAS VOGAIS 
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Autor Hugo Fabrício de Medeiros
Capa e ilustração Hugo Fabrício de Medeiros
Meu nome é Isabel e o dela é Elisa.
Nós somos melhores amigas. 
Moramos num lugar muito divertido,
chamado Reino Mágico das Artes!
Aqui cada criança tem uma fada protetora.
A minha é a Sol e a da Elisa é a Pincel. 
— Prazer! – dizem as fadinhas.
Nosso reino era muito simples e feliz:
— Bom dia, Isabel e Elisa.
— Bom dia, Dona Flor!
— responderam as meninas
enquanto passeavam pela cidade.
Mas, desde que chegamos de viagem, tudo mudou.
A cidade enriqueceu. E o povo entristeceu.
— Que silêncio, tem algo faltando aqui.
Sol e Pincel, vocês poderiam voar e descobrir?
As fadinhas percorreram a cidade
e voltaram com uma grande novidade. 
A Pincel tem um jeito divertido de contar.
Ela escolheu as cores e começou a pintar.
E contou toda história: 
— Uma senhora deu de presente
moedas de ouro para o Reino.
O povo ficou surpreso e se distraiu. 
Então, ela passou na Casa da Música,
pegou cinco coisas e saiu.
— Desde então, a cidade ficou triste.
E todo mundo começou a comentar 
que as princesas cantoras
não conseguiam mais cantar.
Ela roubou algo muito importante da música
e agora as meninas precisavam adivinhar: 
— Será que ela roubou as notas musicais? 
– perguntou Elisa.
— Acho que não. 
As notas musicais são 7 e não 5 
– respondeu Isabel. 
— Cinco coisas muito importantes.
E sem elas é impossível cantar. 
Você consegue nos ajudar?
As meninas pensaram, pensaram,
até que a Isabel descobriu! 
— Já sei: A, E, I, O, U.
São as vogais! 
— Isso, que demais!
— Sol e Pincel, leve a gente até as vogais!
Então, elas apareceram
na frente de um castelo. 
— Que lugar assustador!
Isso aqui tá precisando de cor
– disse a fadinha Pincel.
E lá no castelo, 
a bruxa mexia em seu caldeirão: 
— Meu plano funcionou muito bem, com certeza!
Sem vogais na música não há canto.
Sem canto, só há tristeza!
Mas nossas pequenas heroínas 
chegaram para acabar com a festa: 
— Devolva já essas vogais, bruxa malvada. 
— Não, vocês não vão pegar minhas vogais
que estão naquela sala 
– respondeu a bruxa.
As meninas entram na sala,
mas era uma armadilha. 
Lá dentro, cães gigantes olharam para elas
como se fossem uma deliciosa comida.
— Sol, toque uma musiquinha de ninar.
É a única chance da gente escapar.
– disse Isabel, apressada e preocupada.
O plano funcionou tão bem que até 
a Elisa dormiu igual um neném.
Quando elas saíram do quarto,
a bruxa já estava pronta para escapar. 
Mas a Pincel pintou uma vassoura de voar.
Então, elas voaram em busca das vogais perdidas. 
Mas quando estavam quase alcançando, 
a bruxa lançou uma magia.
— Invoco um feitiço muito difícil de quebrar.
Uma sequência secreta será preciso adivinhar.
A bruxa deu uma gargalhada e continuou: 
— As duas primeiras vogais dizemos
quando nos machucamos.
A terceira quando ficamos surpresos.
E a quarta quando vaiamos. 
E a última é fácil, não é?
Então, as meninas começaram a palpitar. 
— Quando nos machucamos dizemos ai!
A primeira vogal é “A”, a segunda é “I”
– disse Isabel.
— Quando ficamos surpresos dizemos óóó. 
E quando vaiamos dizemos: uuuuuuu.
A terceira é “Ó” e a quarta é “U”
– completou Elisa.
— E a última a gente já sabe qual é que é.
É a letra “É” – finalizou Isabel.
— Nãooooooooooooo! – gritou a bruxa.
Foi assim que as meninas 
recuperaram as vogais.
E o reino aprendeu que a felicidade
não está nas coisas materiais.
E pra comemorar todo mundo cantou junto.
Uns não tão bem, é verdade.
Mas é como se diz: o importante é ser feliz.
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Sobre o livro 
Vogais em uma nova perspectiva.
Essa historinha traz duas lições importantes para a criança. A primeira é criar mais familiaridade com
as vogais. E a segunda é falar sobre o valor das coisas simples. 
Para falar sobre vogais, o autor quis sair um pouco do que é mais comum para as crianças, como vogais
aplicadas na linguagem. Afinal, essa é uma abordagem que os pequenos já têm contato na escola. 
Ou seja, trazer uma nova perspectiva ajudaria a reforçar ainda mais o conceito e de um jeito mais
interessante. Então, a historinha tratou de mostrar a importância das vogais para o canto. E,
consequentemente, para o universo das artes. 
E fez isso ressaltando também o valor das coisas simples, ou subestimadas, em oposição ao valor das
coisas materiais.
Mais dicas 
1. Aproveite um bom passeio.
Um passeio é sempre um programa prazeroso, relaxante. Por isso, é também um momento ideal para
aprender sem perceber. 
Se você levar seu filho ao zoológico, por exemplo, pode aproveitar a inspiração dele e educar
brincando. Imagine desafiá-lo a descobrir um animal que comece com a vogal “E”, como o “Elefante”.
E, depois, continuar a brincadeira perguntando algum que tenha a vogal “E” no meio da palavra, como
“Leão”. 
Se for passear no parque de noite, que tal falar sobre o encontro de duas vogais que acontece no “Céu”
e na “Lua”?
Mais dicas 
2. Brinque com as vogais.
Algumas atividades manuais podem ser ótimas aliadas na hora de ensinar as crianças. Você pode
brincar com seu filho de fazer vogais com massinhas, pode também imprimir desenhos de vogais para
colorir e pintar junto com ele. 
Outra dica é comprar ou montar jogos de vogais. Um jogo fácil de fazer é a memória. Basta você criar
algumas cartinhas com as vogais e fazer pares. Assim, você pode aproveitar e fazer duas atividades
diferentes. A primeira é criar as cartas desenhando as vogais. A segunda é juntar a família e jogar
memória.
Mais dicas 
3. Use o poder da música.
Não poderíamos deixar de falar do poder da música. Afinal, o processo de alfabetização é em grande
parte sonoro. A grande dica é que não precisamos ficar presos às músicas específicas de alfabeto.
Aproveite também algumas músicas ou artistas que seu filho goste para falar de alfabetos e vogais.
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