Buscar

20180511-DIREITO PENAL MILITAR

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 486 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 486 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 486 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Conteúdo revisado até 11.05.2018
Sobre o material
Este material é completamente desenvolvido por mim (Carlsbad Von
Knoblauch), sendo distribuído gratuitamente aos meus alunos e ex-
alunos.
Para melhor compreensão do material, sugiro comparecer ao menos
a uma aula.
Caso copie partes do conteúdo, por favor, cite a fonte.
*Evidentemente as questões pertencem originalmente aos autores
que trabalham para as bancas mencionadas. Muitas vezes embaralho
as alternativas, para ajudar nos estudos, fazendo com que ele fique
diferente do oficialmente divulgado.
*Os desenhos cômicos de alguns crimes são de material do EB.
312/05/2018 06:25
Como estudar DIREITO PENAL MILITAR
- Estudar o básico de direito penal comum;
- Observar o artigo 124, e 125 §§ 3º, 4º e 5º da CRFB;
- Estudar principalmente o artigo 9º do CPM;
- Estudar os crimes “diferentes” ou mais característicos
dos militares;
- Verificar e tentar entender as perguntas e respostas de
questões de concursos;
- Baixar a legislação de fonte confiável:
http://www4.planalto.gov.br/legislacao
No caso do CFC e CFS, observar o que prevê o Edital para
aquele certame.
412/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Concursos e Seleções
512/05/2018 06:25
CFO PMSC – EDITAL 2017
• 80 (oitenta) questões ABCDE distribuídas em:
• 08 (oito) questões sobre Direito Constitucional;*
• 08 (oito) questões sobre Direito Administrativo;*
• 08 (oito) questões sobre Direito Penal Comum;*
• 08 (oito) questões sobre Direito Penal Militar;*
• 08 (oito) questões sobre Direito processual Penal Comum;*
• 08 (oito) questões sobre Direito processual Penal Militar;*
• 06 (seis) questões sobre Direito Civil;
• 08 (oito) questões sobre Legislação Institucional;
• 08 (oito) questões sobre Língua Portuguesa;
• 05 (cinco) questões sobre Inglês;
• 05 (cinco) questões sobre Informática e Redação.
* 04 (quatro) questões discursivas sobre essas disciplinas.
612/05/2018 06:25
DIREITO PENAL MILITAR
Código Penal Militar - Decreto-lei nº 1.001, de 21 de outubro de
1969: Da aplicação da lei penal militar (art. 1º a 28). Do crime
(art. 29 a 47). Da imputabilidade penal (art. 48 a 51). Do
concurso de agentes (art. 53 e 54). Das penas principais (art. 55
a 68). Da aplicação da pena (art. 69 a 83). Da suspensão
condicional da pena (art. 84 a 88). Do livramento condicional
(art. 89 a 97). Das penas acessórias (art. 98 a 108). Dos efeitos
da condenação (art. 109). Das medidas de segurança (art. 110 a
120). Da ação penal (art. 121 e 122). Da extinção da punibilidade
(art. 123 a 135). Crimes militares em tempo de paz (art. 136 a
204). Crimes propriamente militares. Crimes impropriamente
militares. Dos crimes contra a pessoa (art. 205 a 239). Dos
crimes contra o patrimônio (art. 240 a 267). Dos crimes contra a
administração militar (art. 298 a 339). Dos crimes militares em
tempo de guerra (art. 355 a 408).
712/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Como estudar DIREITO PENAL MILITAR
CFC e CFS – 2017
BRASIL. Código Penal Militar. Decreto-Lei nº 1.001,
DE 21 de outubro de 1969 (do Art. 1º ao art. 211,
inclusive). CFC
BRASIL. Código Penal Militar. Decreto-Lei nº 1.001,
DE 21 de outubro de 1969 (do art. 1º ao art. 211,
inclusive; do art. 259 ao art. 266, inclusive; do art.
298 ao art. 302, inclusive). CFS
812/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
CFO PMSC:
• 8 Questões de Direito Penal Militar:
Q28 Primeiros artigos: 2º, 5º, 7º, 11 e 13
Q31 Pena de morte
Q26 Penas acessórias
Q27 Extinção da punibilidade
Q30 Prescrição
Q32 Crimes c/ adm militar (extinção da punibilidade)
Q29 Crimes específicos: genocídio
Q25 Crimes exclusivos do CPM (TABELA)
*uma discursiva de penal militar (do total de 4)
912/05/2018 06:25
Prova CFO 2017 – etapa anulada
Direito Penal Militar
2015-PMSC-CFO-IOBV-Q36-Conforme o Código Penal
Militar é crime punível com detenção, de um a dois anos:
A. Incitar à desobediência, à indisciplina ou à prática de
crime militar.
B. Praticar o militar diante da tropa, ou em lugar sujeito à
administração militar, ato que se traduza em ultraje a
símbolo nacional.
C. Assumir o militar, sem ordem ou autorização, salvo se
em grave emergência, qualquer comando, ou a direção
de estabelecimento militar.
D. Praticar violência contra oficial de dia, de serviço, ou de
quarto, ou contra sentinela, vigia ou plantão.
1012/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
2015-PMSC-CFO-IOBV-Q36-Conforme o Código Penal
Militar é crime punível com detenção, de um a dois anos:
A. Incitar à desobediência, à indisciplina ou à prática de
crime militar. (Art.155, rec. 2 a 4a)
B. Praticar o militar diante da tropa, ou em lugar sujeito
à administração militar, ato que se traduza em ultraje
a símbolo nacional. (Art. 161, det. 1 a 2a)
C. Assumir o militar, sem ordem ou autorização, salvo se
em grave emergência, qualquer comando, ou a direção
de estabelecimento militar. (Art.167, rec. 2 a 4a)
D. Praticar violência contra oficial de dia, de serviço, ou de
quarto, ou contra sentinela, vigia ou plantão. (Art.158, rec. 3 a 8a)
1112/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Direito Penal Militar
CÓDIGO PENAL MILITAR
PARTE GERAL
LIVRO ÚNICO
TÍTULO I
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR
1212/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Princípio de legalidade
Art. 1º Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem 
prévia cominação legal.
Lei supressiva de incriminação
Art. 2° Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de 
considerar crime, cessando, em virtude dela, a própria vigência de 
sentença condenatória irrecorrível, salvo quanto aos efeitos de 
natureza civil. (abolitio criminis)
Retroatividade de lei mais benigna (lex mitior – reformatio in mellius)
§ 1º A lei posterior que, de qualquer outro modo, favorece o agente, 
aplica-se retroativamente, ainda quando já tenha sobrevindo 
sentença condenatória irrecorrível.
Apuração da maior benignidade
§ 2° Para se reconhecer qual a mais favorável, a lei posterior e a 
anterior devem ser consideradas separadamente, cada qual no 
conjunto de suas normas aplicáveis ao fato.
(vedação de norma híbrida, que o STF também veda em decisões, ver adiante)
1312/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
STF, HC 86459 - EMENTA: HABEAS CORPUS. RECLASSIFICAÇÃO TIPOLÓGICA 
DE CRIME COMUM PARA CRIME MILITAR. AFASTAMENTO DA INCIDÊNCIA DA 
LEI N° 8.072/90. IMPOSSIBILIDADE. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA RESERVA 
LEGAL. LEGITIMIDADE DA DIFERENÇA DE TRATAMENTO. A diferença de 
tratamento legal entre os crimes comuns e os crimes militares, mesmo em se 
tratando de crimes militares impróprios, não revela inconstitucionalidade, 
pois o Código Penal Militar não institui privilégios. Ao contrário, em muitos 
pontos, o tratamento dispensado ao autor de um delito é mais gravoso do 
que aquele do Código Penal comum (RE 115.770/RJ). O que se pretende, 
neste habeas, é a aplicação do Código Penal Militar apenas na parte que 
interessa ao paciente. Entretanto, isto representaria a criação de uma norma 
híbrida, em parte composta pelo Código Penal Militar e, em outra parte, pelo 
Código Penal comum. Isto, evidentemente, violaria o princípio da reserva 
legal e o próprio princípio da separação de poderes. Ordem parcialmente 
concedida, apenas para determinar que o juízo das execuções penais analise 
se o paciente faz jus à progressão de regime prisional, tendo em vista a 
declaração de inconstitucionalidade do art. 2º, § 1º, da Lei n° 8.072/90 (HC 
82.959/SP).
1412/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Medidas de segurança
Art. 3º As medidas de segurança regem-se 
pela lei vigente ao tempo da sentença, 
prevalecendo, entretanto, se diversa, a lei 
vigente ao tempo da execução. (pode ser contrário ao art. 
5º XL, CRFB)
Lei excepcional ou temporária
Art. 4º A lei excepcional ou temporária, 
embora decorridoo período de sua duração 
ou cessadas as circunstâncias que a 
determinaram, aplica-se ao fato praticado 
durante sua vigência.
1512/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Tempo do crime
Art. 5º Considera-se praticado o crime no 
momento da ação ou omissão, ainda que 
outro seja o do resultado. (TEORIA DA ATIVIDADE)
(STF, Súmula 711 - A lei penal mais grave aplica-se ao crime
continuado ou a crime permanente, se a sua vigência é
anterior à cessação da continuidade ou da permanência.)
Deserção / Insubmissão...
1612/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Lugar do crime
Art. 6º Considera-se praticado o fato, no lugar em 
que se desenvolveu a atividade criminosa, no todo 
ou em parte, e ainda que sob forma de participação, 
bem como onde se produziu ou deveria produzir-se 
o resultado. Nos crimes omissivos, o fato considera-
se praticado no lugar em que deveria realizar-se a 
ação omitida.
Lugar ubiquidade e atividade (teoria mista)
1712/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
TA-LUA:
• Tempo:
–Atividade
• Lugar (Teoria Mista):
–Ubiquidade – comissivos
–Atividade - omissivos
1812/05/2018 06:25
2016-PMSC-CFS-PMSC-Sobre a aplicação da lei penal militar, segundo o Código
Penal Militar, é correto afirmar que:
A. Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal, salvo nos casos de crimes equiparados aos previstos
na lei de crimes hediondos.
B. Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de
considerar crime, cessando, em virtude dela, a própria vigência de
sentença condenatória irrecorrível, salvo nos crimes equiparados
àqueles previstos na lei de crimes hediondos.
C. A lei posterior que, de qualquer outro modo, favorece o agente, aplica-
se retroativamente, ainda quando já tenha sobrevindo sentença
condenatória irrecorrível.
D. Considera-se praticado o crime no momento em que se desenvolveu a
atividade criminosa, no todo ou em parte, bem como quando se
produziu ou deveria produzir-se o resultado.
E. Considera-se praticado o crime no lugar em que se deu ação ou
omissão, ainda que outro seja o do resultado.
1912/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
2016-PMSC-CFS-PMSC-Sobre a aplicação da lei penal militar, segundo o Código
Penal Militar, é correto afirmar que:
A. Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal, salvo nos casos de crimes equiparados aos previstos
na lei de crimes hediondos.
B. Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de
considerar crime, cessando, em virtude dela, a própria vigência de
sentença condenatória irrecorrível, salvo nos crimes equiparados
àqueles previstos na lei de crimes hediondos.
C. A lei posterior que, de qualquer outro modo, favorece o agente,
aplica-se retroativamente, ainda quando já tenha sobrevindo
sentença condenatória irrecorrível.
D. Considera-se praticado o crime no momento em que se desenvolveu a
atividade criminosa, no todo ou em parte, bem como quando se
produziu ou deveria produzir-se o resultado. (TA)
E. Considera-se praticado o crime no lugar em que se deu ação ou
omissão, ainda que outro seja o do resultado. (LUA)
2012/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Direito Penal Militar
Aplicação da lei penal militar no tempo:
2112/05/2018 06:25
Regra Geral: 
irretroatividade 
da lei penal
Exceção: 
extratividade
Retroatividade
Abolitio criminis
Lex mitior
Ultratividade
Lei excepcional
Lei temporária
Lei antiga em 
face de lex 
gravior
2013-STM-JUIZ AUDITOR-CESPE-Assinale a opção correta a respeito da aplicação da lei penal militar no
tempo e das leis penais excepcionais e temporárias:
A. De acordo com o CPM, para se reconhecer qual a lei mais
favorável, a lei posterior e a anterior devem ser combinadas,
extraindo-se de cada uma delas o dispositivo que mais beneficie
o réu.
B. O princípio da retroatividade benigna não é aplicável às medidas
de segurança.
C. As normas do CPM relativas aos crimes militares praticados em
tempo de guerra não constituem exemplo de lei penal
temporária.
D. Aos condenados por crimes praticados em tempo de guerra
serão aplicadas as penas mais severas estabelecidas, ainda que a
sentença condenatória seja proferida depois da cessação do
estado de guerra.
E. Ao contrário do que ocorre no direito penal comum, no direito
penal militar, a lei posterior que deixa de considerar determinado
fato como crime estende-se aos efeitos de natureza civil.
2212/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
2013-STM-JUIZ AUDITOR-CESPE-Assinale a opção correta a respeito da aplicação da lei penal militar no
tempo e das leis penais excepcionais e temporárias:
A. De acordo com o CPM, para se reconhecer qual a lei mais
favorável, a lei posterior e a anterior devem ser combinadas,
extraindo-se de cada uma delas o dispositivo que mais beneficie
o réu.
B. O princípio da retroatividade benigna não é aplicável às medidas
de segurança.
C. As normas do CPM relativas aos crimes militares praticados em
tempo de guerra não constituem exemplo de lei penal
temporária.
D. Aos condenados por crimes praticados em tempo de guerra
serão aplicadas as penas mais severas estabelecidas, ainda que
a sentença condenatória seja proferida depois da cessação do
estado de guerra.
E. Ao contrário do que ocorre no direito penal comum, no direito
penal militar, a lei posterior que deixa de considerar determinado
fato como crime estende-se aos efeitos de natureza civil.
2312/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Direito Penal Militar
Territorialidade (temperada), Extraterritorialidade (incondicionada)
Art. 7º Aplica-se a lei penal militar, sem prejuízo de convenções, tratados e 
regras de direito internacional, ao crime cometido, no todo ou em parte no 
território nacional, ou fora dêle, ainda que, neste caso, o agente esteja 
sendo processado ou tenha sido julgado pela justiça estrangeira.
Território nacional por extensão
§ 1° Para os efeitos da lei penal militar consideram-se como extensão do 
território nacional as aeronaves e os navios brasileiros, onde quer que se 
encontrem, sob comando militar ou militarmente utilizados ou ocupados por 
ordem legal de autoridade competente, ainda que de propriedade privada.
Ampliação a aeronaves ou navios estrangeiros
§ 2º É também aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordo de 
aeronaves ou navios estrangeiros, desde que em lugar sujeito à 
administração militar, e o crime atente contra as instituições militares.
Conceito de navio
§ 3º Para efeito da aplicação dêste Código, considera-se navio tôda
embarcação sob comando militar.
Pena cumprida no estrangeiro
Art. 8° A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo 
mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.
2412/05/2018 06:25
2013-STM-JUIZ AUDITOR-CESPE-A respeito da lei penal militar no espaço, do lugar do crime e da pena
cumprida no estrangeiro, assinale a opção correta:
A. A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil
pelo mesmo crime, quando diversas, ou nesta é computada,
quando idênticas. Assim, se for mais severa, a pena cumprida no
estrangeiro funcionará, por não ser idêntica, apenas como uma
atenuante, não podendo ser computada na pena aqui imposta.
B. O CPM pune o infrator aos seus preceitos, qualquer que seja sua
nacionalidade ou o lugar onde tenha delinquido, dentro ou fora
do território nacional, processado ou julgado por justiça
estrangeira.
C. Os prédios das embaixadas não são considerados, para o direito
penal militar, como extensão do território nacional, visto que
pertencem aos Estados que representam.
D. Para a verificação do lugar do crime, o CPM adotou, apenas, a
teoria da atividade, considerando praticado o fato no lugar em
que se tiver desenvolvido a atividade criminosa.
E. Da mesma forma que oCP, o CPM adota, como regra, o princípio
da territorialidade e, como exceção, o princípio da
extraterritorialidade.
2512/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
2013-STM-JUIZ AUDITOR-CESPE-A respeito da lei penal militar no espaço, do lugar do crime e da pena
cumprida no estrangeiro, assinale a opção correta:
A. A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil
pelo mesmo crime, quando diversas, ou nesta é computada,
quando idênticas. Assim, se for mais severa, a pena cumprida no
estrangeiro funcionará, por não ser idêntica, apenas como uma
atenuante, não podendo ser computada na pena aqui imposta.
B. O CPM pune o infrator aos seus preceitos, qualquer que seja
sua nacionalidade ou o lugar onde tenha delinquido, dentro ou
fora do território nacional, processado ou julgado por justiça
estrangeira.
C. Os prédios das embaixadas não são considerados, para o direito
penal militar, como extensão do território nacional, visto que
pertencem aos Estados que representam.
D. Para a verificação do lugar do crime, o CPM adotou, apenas, a
teoria da atividade, considerando praticado o fato no lugar em
que se tiver desenvolvido a atividade criminosa.
E. Da mesma forma que o CP, o CPM adota, como regra, o princípio
da territorialidade e, como exceção, o princípio da
extraterritorialidade.
2612/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
2011-MPE-PB-PROMOTOR DE JUSTIÇA-MPE-PB-Para efeitos da lei penal militar,
considera(m)-se:
I - território nacional por extensão, as aeronaves brasileiras
onde quer que estejam, desde que sejam de propriedade das
Forças Armadas do Brasil.
II - praticado o delito militar no momento da conduta ou do
resultado, diferentemente do que estabelece o Código Penal.
III - navio, toda embarcação sob comando militar.
IV - todos os crimes praticados contra a segurança externa do
país, procedíveis mediante ação penal pública incondicionada.
A. Apenas I está correta.
B. Apenas IV está correta.
C. Apenas I e III estão erradas.
D. Apenas I, II e IV estão erradas.
2712/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
2011-MPE-PB-PROMOTOR DE JUSTIÇA-MPE-PB-Para efeitos da lei penal militar,
considera(m)-se:
I - território nacional por extensão, as aeronaves brasileiras
onde quer que estejam, desde que sejam de propriedade das
Forças Armadas do Brasil.
II - praticado o delito militar no momento da conduta ou do
resultado, diferentemente do que estabelece o Código Penal.
III - navio, toda embarcação sob comando militar.
IV - todos os crimes praticados contra a segurança externa do
país, são procedíveis mediante ação penal pública
incondicionada.
A. Apenas I está correta.
B. Apenas IV está correta.
C. Apenas I e III estão erradas.
D. Apenas I, II e IV estão erradas.
2812/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
CRIME MILITAR
DEFINIÇÃO CONSTITUCIONAL DE MILITAR:
Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros
Militares, instituições organizadas com base na hierarquia e
disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios.
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo
Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais
permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e
na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da
República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos
poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da
lei e da ordem.
[...]
§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados
militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas
em lei, as seguintes disposições:
12/05/2018 06:25 29
CRIME MILITAR
DEFINIÇÃO “PENAL MILITAR” DE MILITAR:
Pessoa considerada militar
Art. 22. É considerada militar, para efeito da aplicação deste
Código, qualquer pessoa que, em tempo de paz ou de
guerra, seja incorporada às forças armadas, para nelas servir
em posto, graduação, ou sujeição à disciplina militar.
(Assemelhado
Art. 21. Considera-se assemelhado o servidor, efetivo ou
não, dos Ministérios da Marinha, do Exército ou da
Aeronáutica, submetido a preceito de disciplina militar, em
virtude de lei ou regulamento.)
DEFINITIVAMENTE NÃO EXISTEM MAIS!!!
12/05/2018 06:25 30
CRIME MILITAR
POR QUE A LEI PENAL MILITAR É APLICÁVEL A MILITARES
ESTADUAIS?
CRFB/88
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os
princípios estabelecidos nesta Constituição.
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar
os militares dos Estados, nos crimes militares definidos em
lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares,
ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil,
cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do
posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças.
12/05/2018 06:25 31
CRIME MILITAR
O que decorre de tais observações?
1. Penalmente não somos “militares” para crimes cometidos
por civis (já que o CPM não nos define como militares).
Também não há justiça competente para julgá-los com o uso
do CPM.
2. Penalmente não somos “militares” para crimes cometidos
por militares federais contra nós (já que o CPM não nos
define como militares e também não há justiça competente
para julgá-los, já que se trata de Justiça Militar Estadual*).
3. Administrativa e constitucionalmente, somos todos
militares.
4. O Código Penal Militar e Código de Processo Penal Militar se
aplica a nós (militares estaduais) por força Constitucional.
12/05/2018 06:25 32
CRIME MILITAR
Outros pontos interessantes:
1. Militares de forças ou instituições estaduais diferentes?
(Exército x Marinha; PM x BM).
2. Militares estaduais de estados diferentes: PMSC x
PMDF.
12/05/2018 06:25 33
CRIME MILITAR
Critério do Brasil
Ratione Legis*:
Art. 124. à Justiça Militar compete processar e julgar os crimes
militares definidos em lei.
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios
estabelecidos nesta Constituição.
[...]§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os
militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações
judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência
do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente
decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da
graduação das praças.
*Existe na doutrina: Ratione materiae, personae, temporis, loci,
12/05/2018 06:25 34
Previamente ao artigo 9º verificar:
Crime praticado por:
Militar
Militar da União
Militar Estadual
Civil
X
Contra:
Militar
Militar da União
Militar Estadual
Civil
12/05/2018 06:25 35
Direito Penal Militar
Crimes militares em tempo de paz
Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo 
de paz:
I - os crimes de que trata êste Código, quando 
definidos de modo diverso na lei penal comum, ou 
nela não previstos, qualquer que seja o agente, 
salvo disposição especial;
3612/05/2018 06:25
Sobre o inciso I:
1. Quem está nele contido?
2. Modo diverso ou não previsto;
3. Como identificar numa questão?
12/05/2018 06:25 37
RESUMO É CRIME MILITAR, PONTO 1
Quando a pergunta deixar claro se tratar de um
crime muito estranho, que só exista no CPM:
Motim, deserção, insubmissão, dormir em serviço,
etc.
12/05/2018 06:25 38
Direito Penal Militar
II – os crimes previstos neste Código e os previstos na legislação 
penal, quando praticados: (Redação dada pela Lei nº 13.491, de 
2017)
a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra 
militar na mesma situação ou assemelhado;
b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar 
sujeito à administração militar, contra militar da reserva, ou 
reformado, ou assemelhado, ou civil;
c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em 
comissão de natureza militar, ou em formatura,ainda que fora do 
lugar sujeito à administração militar contra militar da reserva, ou 
reformado, ou civil; (Redação dada pela Lei nº 9.299, de 8.8.1996)
d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra 
militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil;
e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o 
patrimônio sob a administração militar, ou a ordem administrativa 
militar;
f) revogada. (Redação dada pela Lei nº 9.299, de 8.8.1996)
3912/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
O que mudou? Como era:
II - os crimes previstos neste Código, embora 
também o sejam com igual definição na lei penal 
comum, quando praticados:
4012/05/2018 06:25
a) por militar em situação de atividade ou
assemelhado, contra militar na mesma
situação ou assemelhado;
M.A. x M.A.
12/05/2018 06:25 41
b) por militar em situação de atividade ou
assemelhado, em lugar sujeito à
administração militar, contra militar da
reserva, ou reformado, ou assemelhado,
ou civil;
M.A. (“dentro do quartel”) x QQ
12/05/2018 06:25 42
c) por militar em serviço ou atuando em
razão da função, em comissão de natureza
militar, ou em formatura, ainda que fora
do lugar sujeito à administração militar
contra militar da reserva, ou reformado,
ou civil;
M.A. (serviço) x QQ
12/05/2018 06:25 43
d) por militar durante o período de
manobras ou exercício, contra militar da
reserva, ou reformado, ou assemelhado,
ou civil;
M.A. (serviço) x QQ
12/05/2018 06:25 44
e) por militar em situação de atividade, ou
assemelhado, contra o patrimônio sob a
administração militar, ou a ordem
administrativa militar;
M.A. x Patrimômio.
12/05/2018 06:25 45
f) revogada.
12/05/2018 06:25 46
RESUMO:
MILITAR ATIVO X MILITAR ATIVO (OU PATRIMÔNIO MILITAR)
MILITAR ATIVO DE SERVIÇO MILITAR X QQ UM
MILITAR ATIVO (LOCAL SOB ADM. MILITAR) X QQ UM
*Portanto MA x MA via de regra é crime militar, entretanto...
(STF e STJ): STF tem se posicionado no sentido de que é
necessário o conhecimento e afetar as instituições militares.
STM entende que basta M.A. x M.A.
12/05/2018 06:25 47
RESUMO É CRIME MILITAR, PONTO 2
1. M.A. X M.A. OU Patrimônio sob adm. Militar...
2. M.A. (de serviço militar OU local adm. Militar) X QQ UM
12/05/2018 06:25 48
PARTE DO INFORMATIVO 626 DO STF (complemento)
Crime praticado por militar e competência
A 1ª Turma deferiu habeas corpus para declarar a
incompetência da justiça castrense para apreciar ação penal
instaurada pela suposta prática do crime de lesão corporal
grave (CPM, art. 209, § 1º). Na espécie, o delito teria sido
cometido por um militar contra outro, sem que os
envolvidos conhecessem a situação funcional de cada qual,
além de não estarem uniformizados. Entendeu-se que a
competência da justiça militar, conquanto excepcional, não
poderia ser fixada apenas à luz de critério subjetivo, mas
também por outros elementos que se lhe justificassem a
submissão, assim como a precípua análise de existência de
lesão, ou não, do bem juridicamente tutelado.
HC 99541/RJ, rel. Min. Luiz Fux, 10.5.2011. (HC-99541)
12/05/2018 06:25 49
Direito Penal Militar
III - os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou 
por civil, contra as instituições militares, considerando-se como tais 
não só os compreendidos no inciso I, como os do inciso II, nos 
seguintes casos:
a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a 
ordem administrativa militar;
b) em lugar sujeito à administração militar contra militar em 
situação de atividade ou assemelhado, ou contra funcionário de 
Ministério militar ou da Justiça Militar, no exercício de função 
inerente ao seu cargo;
c) contra militar em formatura, ou durante o período de prontidão, 
vigilância, observação, exploração, exercício, acampamento, 
acantonamento ou manobras;
d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, contra 
militar em função de natureza militar, ou no desempenho de 
serviço de vigilância, garantia e preservação da ordem pública, 
administrativa ou judiciária, quando legalmente requisitado para 
aquêle fim, ou em obediência a determinação legal superior.
5012/05/2018 06:25
III - os crimes praticados por militar da reserva, ou
reformado, ou por civil, contra as instituições
militares, considerando-se como tais não só os
compreendidos no inciso I, como os do inciso II, nos
seguintes casos: QQ (reserva, reformado e civil)
a) contra o patrimônio sob a administração militar,
ou contra a ordem administrativa militar;
QQ x Patrimônio
12/05/2018 06:25 51
III - os crimes praticados por militar da reserva, ou
reformado, ou por civil, contra as instituições
militares, considerando-se como tais não só os
compreendidos no inciso I, como os do inciso II, nos
seguintes casos:
b) em lugar sujeito à administração militar contra
militar em situação de atividade ou assemelhado, ou
contra funcionário de Ministério militar ou da Justiça
Militar, no exercício de função inerente ao seu cargo;
QQ (“dentro de quartel”) x M.A. + Funcionário do
ministério militar ou da Justiça Militar
12/05/2018 06:25 52
III - os crimes praticados por militar da reserva, ou
reformado, ou por civil, contra as instituições
militares, considerando-se como tais não só os
compreendidos no inciso I, como os do inciso II, nos
seguintes casos:
c) contra militar em formatura, ou durante o período
de prontidão, vigilância, observação, exploração,
exercício, acampamento, acantonamento ou
manobras;
QQ x Militar de serviço
12/05/2018 06:25 53
III - os crimes praticados por militar da reserva, ou
reformado, ou por civil, contra as instituições militares,
considerando-se como tais não só os compreendidos no
inciso I, como os do inciso II, nos seguintes casos:
d) ainda que fora do lugar sujeito à administração
militar, contra militar em função de natureza militar, ou
no desempenho de serviço de vigilância, garantia e
preservação da ordem pública, administrativa ou
judiciária, quando legalmente requisitado para aquele
fim, ou em obediência a determinação legal superior.
QQ x Militar de serviço
12/05/2018 06:25 54
RESUMO:
QQ X MILITAR DE SERVIÇO (PATRIMÔNIO
MILITAR)
QQ (LOCAL SOB ADM. MILITAR) X MILITAR
ATIVO/FUNC. DO MINISTÉRIO MILITAR OU
JUSTIÇA MILITAR
12/05/2018 06:25 55
Outras observações:
Auditoria é local sob adm. Militar?
STF entende que para civil somente se aplica
para crimes dolosos (o inciso III).
12/05/2018 06:25 56
RESUMO É CRIME MILITAR, PONTO 3
1. QQ X Militar de serviço ou Patrimônio sob adm. Militar...
2. QQ (local adm. Militar) X M.A. ou Func. do Ministério
Militar ou Justiça Militar
12/05/2018 06:25 57
Direito Penal Militar
§ 1o Os crimes de que trata este artigo, quando 
dolosos contra a vida e cometidos por 
militares contra civil, serão da competência do 
Tribunal do Júri. (Redação dada pela Lei nº 
13.491, de 2017)
5812/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
§ 2o Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e 
cometidos por militares das Forças Armadas contra civil, serão da 
competência da Justiça Militar da União, se praticados no 
contexto: (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017)
I – do cumprimento de atribuições que lhes forem estabelecidas pelo 
Presidente da República ou pelo Ministro de Estado da Defesa; (Incluído 
pela Lei nº 13.491, de 2017)
II – de ação que envolva a segurança de instituição militar ou de missão 
militar, mesmo que não beligerante; ou (Incluído pela Lei nº 13.491, de 
2017)
III – de atividade de natureza militar, de operação de paz, de garantia da lei e 
da ordem ou de atribuição subsidiária, realizadas em conformidade com o 
disposto no art. 142 da Constituição Federal e na forma dos seguintes 
diplomas legais: (Incluído pela Lei nº 13.491,de 2017)
a) Lei no 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Código Brasileiro de Aeronáutica; (Incluída 
pela Lei nº 13.491, de 2017)
b) Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999; (Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017)
c) Decreto-Lei no 1.002, de 21 de outubro de 1969 - Código de Processo Penal Militar; e 
(Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017)
d) Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral. (Incluída pela Lei nº 13.491, 
de 2017)
5912/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
O que mudou? Como era:
Parágrafo único. Os crimes de que trata este artigo
quando dolosos¹ contra a vida² e cometidos contra
civil³ serão da competência da justiça comum, salvo
quando praticados no contexto de ação militar
realizada na forma do art. 303 da Lei no 7.565, de 19
de dezembro de 1986 - Código Brasileiro de
Aeronáutica.*
*Texto final, inútil ao STM.
6012/05/2018 06:25
Tentativa?
12/05/2018 06:25 61
Mas será crime militar ou crime comum?
1. A lei trata como crime militar
2. Doutrinadores militares como crime militar
3. ADIN 4164 (ainda não TJ) vêm caminhando no sentido
de manter a natureza de crime militar
X
1. Os julgados dos tribunais e denúncias (capitulações) se
dão com base no artigo 121 do CP (portanto, crime
comum)
2. Doutrinadores em geral (de código de processo penal
comum) entendem como crime comum
3. Provas de concursos e mesmo de seleções internas
costumam desconsiderar o fato de ser crime militar
(consideram como resposta crime comum)
12/05/2018 06:25 62
Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de 
paz:
I - os crimes de que trata este Código, quando
definidos de modo diverso na lei penal comum, ou
nela não previstos, qualquer que seja o agente,
salvo disposição especial.
Aqui estão os crimes PROPRIAMENTE MILITARES.
Mas também alguns crimes só previstos no CPM
mas que podem ser cometidos por qualquer um
(portanto impropriamente militares).
12/05/2018 06:25 63
PROPRIAMENTE MILITARES X IMPROPRIAMENTE MILITARES
Quatro principais correntes:
1ª Topográfica: utilizada em concursos geralmente não
relacionados a carreira militar. (CFO)
Seguidores: Celso Delmanto, Paulo Tadeu Rodrigues da Rosa,
Fernando Capez. IOBV 2015 adotou essa teoria!
“Delitos que estão definidos apenas no CPM e não, também, na
legislação penal comum”. (Delmanto, 2002). “definidos como
crimes apenas no Código Penal Militar” (Capez, 2003).
São propriamente militares os do Inciso I do artigo 9º.
Vantagens: é um critério de fácil compreensão e usado por
doutrinadores civis em geral.
Desvantagens: não faz sentido, uma vez que há diversos crimes
previstos somente no CPM que são praticados por civis (como
opor-se a ordem de sentinela; insubmissão; violência contra
sentinela; etc).
12/05/2018 06:25 64
PROPRIAMENTE MILITARES X IMPROPRIAMENTE MILITARES
IOBV 2015 adotou essa teoria, vejamos:
Os crimes impropriamente militares são aqueles
crimes tipificados como militares por força de lei, em
razão de determinadas circunstâncias. Esse tipo de
crime também encontra previsão na legislação
penal comum, como o homicídio, a lesão corporal,
o peculato, a concussão, entre outros.
Alternativa considerada verdadeira!
12/05/2018 06:25 65
PROPRIAMENTE MILITARES X IMPROPRIAMENTE MILITARES
2ª Clássica: mais comum no meio militar e tribunais
superiores.
Seguidores: Célio Lobão, Jorge César de Assis, Antônio
Scarance Fernandes.
“seriam os que só podem ser cometidos por militares, pois
consistem em violação de deveres que lhes são próprios”.
(Neves, 2012).
Vantagens: é mais lógica e mais utilizada pelos tribunais
superiores (em que pese ocorrerem confusões em alguns
acórdãos).
Desvantagens: escapa o crime de insubmissão, que somente
é cometido por civil, e é considerado propriamente militar
para esta corrente, mesmo assim.
12/05/2018 06:25 66
PROPRIAMENTE MILITARES X IMPROPRIAMENTE MILITARES
- Processual: é na verdade um ajuste da teoria clássica.
Seguidores: Jorge Alberto Romeiro.
Propriamente militar: aquele “cuja ação penal somente
pode ser proposta contra militar” (tomando-se por base o
tipo penal em abstrato, não o caso concreto).
Vantagens: é perfeita, abarcando todos os crimes sem
deixar exceções. Ótima para quem encontra dificuldade em
classificar com exatidão os crimes militares.
Desvantagens: utiliza-se de um critério baseado na fase
processual.
12/05/2018 06:25 67
PROPRIAMENTE MILITARES X IMPROPRIAMENTE MILITARES
3ª Tricotômica: pouco utilizada e cria uma terceira
nomenclatura.
Seguidores: Ione de Souza Cruz e Cláudio Amin Miguel.
Propriamente militar: somente pode ser praticado por
militar no exercício de suas atribuições (teoria clássica).
Impropriamente militar: podem ser praticados por civis ou
militares e encontram previsão em ambas as legislações (CP
e CPM).
Tipicamente militar: pode ser praticado por civis ou
militares, mas só encontra previsão no Código Penal Militar.
Vantagens: é a mais precisa utilizando-se do ramo do direito
penal.
Desvantagens: é pouco utilizada por criar uma terceira
nomenclatura a um tema já tão complexo.
12/05/2018 06:25 68
PROPRIAMENTE MILITARES X IMPROPRIAMENTE MILITARES
A classificação da insubmissão como propriamente militar
foi corroborada pelo STM e por ampla maioria na doutrina.
ATENÇÃO: STF E STM decidiram em alguns casos que civil
pode praticar em co-autoria crimes propriamente militares
(violência contra superior, etc) que não são de mão própria
(abandono de posto, dormir em serviço), o que é
extremamente questionável.
12/05/2018 06:25 69
PROPRIAMENTE MILITARES X IMPROPRIAMENTE MILITARES
Um conceito bem utilizado para IMPROPRIAMENTE
MILITARES (em que pese poder utilizar a regra da exceção)
é:
“Aqueles que acidentalmente são crimes militares”.
Somente é crime militar por conta de um conjunto de
fatores estipulados no CPM que abrangeram o caso. Nem
mesmo exigem a condição de militar.
12/05/2018 06:25 70
PROPRIAMENTE MILITARES X IMPROPRIAMENTE MILITARES
Em geral a doutrina considera:
Crimes Propriamente Militares
sinônimos de
Crimes Militares Próprios
12/05/2018 06:25 71
SIMPLIFICANDO!!!
Crimes que são unanimidade de exemplos de crimes 
PROPRIAMENTE MILITARES:
Motim
Revolta
Deserção
Dormir em serviço
Embriaguez em serviço
Violência contra superior
Ofensa aviltante a subordinado
Etc.
12/05/2018 06:25 72
Propriamente militares ou Crimes militares próprios)
X
Crimes próprios militares
MAS CUIDADO!!!
Crimes próprios militares são crimes que exigem
uma condição especial do agente militar. Ex.:
Operação militar sem ordem superior: Art. 169.
Determinar o comandante, sem ordem superior e
fora dos casos em que essa se dispensa, movimento
de tropa ou ação militar.
Exige que o autor, além de militar, seja
COMANDANTE.
12/05/2018 06:25 73
Questão 38 – IOBV – CFO – 2015 – Conforme o disposto no
Código Penal Militar analise as proposições e assinale a única
alternativa incorreta: (ALTERADA)
A) Segundo a doutrina predominante, deserção e abandono de
posto são crimes propriamente militares.
B) Os crimes impropriamente militares são aqueles crimes
tipificados como militares por força de lei, em razão de
determinadas circunstâncias. Esse tipo de crime também
encontra previsão na legislação penal comum, como o homicídio,
a lesão corporal, o peculato, a concussão, entre outros.
C) Recusa de função na Justiça Militar, denunciação caluniosa e
coação são crimes contra a administração da justiça militar.
D) Traição, favor ao inimigo e aliciação de militar são crimes
contra a administração militar e contra o dever funcional.
7412/05/2018 06:25
Questão 38 – IOBV – CFO – 2015 – Conforme o disposto no
Código Penal Militar analise as proposições e assinale a única
alternativaincorreta: (ALTERADA)
A) Segundo a doutrina predominante, deserção e abandono de
posto são crimes propriamente militares.
B) Os crimes impropriamente militares são aqueles crimes
tipificados como militares por força de lei, em razão de
determinadas circunstâncias. Esse tipo de crime também
encontra previsão na legislação penal comum, como o homicídio,
a lesão corporal, o peculato, a concussão, entre outros.
C) Recusa de função na Justiça Militar, denunciação caluniosa e
coação são crimes contra a administração da justiça militar. 50%
D) Traição, favor ao inimigo e aliciação de militar são crimes
contra a administração militar e contra o dever funcional. 50%
7512/05/2018 06:25
Questão 38 – IOBV – CFO – 2015 – Conforme o disposto no
Código Penal Militar analise as proposições e assinale a única
alternativa incorreta: (ALTERADA)
A) Segundo a doutrina predominante, deserção e abandono de
posto são crimes propriamente militares.
B) Os crimes impropriamente militares são aqueles crimes
tipificados como militares por força de lei, em razão de
determinadas circunstâncias. Esse tipo de crime também
encontra previsão na legislação penal comum, como o homicídio,
a lesão corporal, o peculato, a concussão, entre outros.
C) Recusa de função na Justiça Militar, denunciação caluniosa e
coação são crimes contra a administração da justiça militar.
D) Traição, favor ao inimigo e aliciação de militar são crimes
contra a administração militar e contra o dever funcional. (do
favorecimento ao inimigo).
7612/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Crimes militares em tempo de guerra
Art. 10. Consideram-se crimes militares, em tempo de guerra:
I - os especialmente previstos neste Código para o tempo de 
guerra;
II - os crimes militares previstos para o tempo de paz;
III - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam 
com igual definição na lei penal comum ou especial, quando 
praticados, qualquer que seja o agente:
a) em território nacional, ou estrangeiro, militarmente ocupado;
b) em qualquer lugar, se comprometem ou podem comprometer 
a preparação, a eficiência ou as operações militares ou, de 
qualquer outra forma, atentam contra a segurança externa do 
País ou podem expô-la a perigo;
IV - os crimes definidos na lei penal comum ou especial, embora 
não previstos neste Código, quando praticados em zona de 
efetivas operações militares ou em território estrangeiro, 
militarmente ocupado.
7712/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Militares estrangeiros
Art. 11. Os militares estrangeiros, quando em comissão ou estágio nas fôrças
armadas, ficam sujeitos à lei penal militar brasileira, ressalvado o disposto 
em tratados ou convenções internacionais.
Equiparação a militar da ativa (análise antes do crime)
Art. 12. O militar da reserva ou reformado, empregado na administração 
militar, equipara-se ao militar em situação de atividade, para o efeito da 
aplicação da lei penal militar.
Militar da reserva ou reformado (análise pós-crime)
Art. 13. O militar da reserva, ou reformado, conserva as responsabilidades e 
prerrogativas do pôsto ou graduação, para o efeito da aplicação da lei penal 
militar, quando pratica ou contra êle é praticado crime militar.
Defeito de incorporação
Art. 14. O defeito do ato de incorporação não exclui a aplicação da lei penal 
militar, salvo se alegado ou conhecido antes da prática do crime.
Tempo de guerra
Art. 15. O tempo de guerra, para os efeitos da aplicação da lei penal militar, 
começa com a declaração ou o reconhecimento do estado de guerra, ou com 
o decreto de mobilização se nêle estiver compreendido aquêle
reconhecimento; e termina quando ordenada a cessação das hostilidades.
7812/05/2018 06:25
2017-PMSC-CFO-IOBV-Q28 (ETAPA ANULADA)-Em relação à aplicação da lei penal militar, assinale a alternativa
correta:
A. Considera-se praticado o crime no momento do resultado,
ainda que seja outro o momento da ação ou da omissão.
B. Para o efeito da aplicação penal, o militar da reserva ou
reformado, empregado na administração militar, não se
equipara ao militar em situação de atividade.
C. Os militares estrangeiros, quando em comissão ou estágio nas
forças armadas, ficam sujeitos à lei penal militar brasileira,
ressalvado o disposto em tratados ou convenções
internacionais.
D. Ninguém poderá ser punido por fato que lei posterior deixa de
considerar crime, cessando, em virtude dela, a própria
vigência de sentença condenatória irrecorrível, inclusive os
efeitos de natureza civil.
E. Aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou navios
estrangeiros, ainda que em lugares sujeitos à administração
militar e o crime atente contra as instituições militares, não se
aplica a lei penal militar.
7912/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
2017-PMSC-CFO-IOBV-Q28 (ETAPA ANULADA)-Em relação à aplicação da lei penal militar, assinale a alternativa
correta:
A. Considera-se praticado o crime no momento do resultado,
ainda que seja outro o momento da ação ou da omissão. (art.5º)
B. Para o efeito da aplicação penal, o militar da reserva ou
reformado, empregado na administração militar, não se
equipara ao militar em situação de atividade. (ver art. 12)
C. Os militares estrangeiros, quando em comissão ou estágio
nas forças armadas, ficam sujeitos à lei penal militar
brasileira, ressalvado o disposto em tratados ou convenções
internacionais. (ver art. 11)
D. Ninguém poderá ser punido por fato que lei posterior deixa de
considerar crime, cessando, em virtude dela, a própria
vigência de sentença condenatória irrecorrível, inclusive os
efeitos de natureza civil. (ver art. 2º)
E. Aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou navios
estrangeiros, ainda que em lugares sujeitos à administração
militar e o crime atente contra as instituições militares, não se
aplica a lei penal militar. (ver art. § 2º, art. 7º)
8012/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Direito Penal Militar
Contagem de prazo
Art. 16. No cômputo dos prazos inclui-se o dia do comêço. Contam-se os dias, os 
meses e os anos pelo calendário comum.
Legislação especial. Salário-mínimo
Art. 17. As regras gerais dêste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei penal 
militar especial, se esta não dispõe de modo diverso. Para os efeitos penais, salário 
mínimo é o maior mensal vigente no país, ao tempo da sentença.
Crimes praticados em prejuízo de país aliado
Art. 18. Ficam sujeitos às disposições dêste Código os crimes praticados em prejuízo 
de país em guerra contra país inimigo do Brasil:
I - se o crime é praticado por brasileiro;
II - se o crime é praticado no território nacional, ou em território estrangeiro, 
militarmente ocupado por fôrça brasileira, qualquer que seja o agente.
Infrações disciplinares
Art. 19. Êste Código não compreende as infrações dos regulamentos disciplinares.
Crimes praticados em tempo de guerra
Art. 20. Aos crimes praticados em tempo de guerra, salvo disposição especial, 
aplicam-se as penas cominadas para o tempo de paz, com o aumento de um têrço.
8112/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Assemelhado
Art. 21. Considera-se assemelhado o servidor, efetivo ou não, dos Ministérios da 
Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, submetido a preceito de disciplina militar, 
em virtude de lei ou regulamento.
Pessoa considerada militar
Art. 22. É considerada militar, para efeito da aplicação dêste Código, qualquer 
pessoa que, em tempo de paz ou de guerra, seja incorporada às fôrças armadas, 
para nelas servir em pôsto, graduação, ou sujeição à disciplina militar.
Equiparação a comandante
Art. 23. Equipara-se ao comandante, para o efeito da aplicação da lei penal militar, 
tôda autoridade com função de direção.
Conceito de superior (conceito de superior funcional – exemplo: serviço de Oficial-de-Dia)
Art. 24. O militar que, em virtude da função, exerce autoridade sôbreoutro de igual 
pôsto ou graduação, considera-se superior, para efeito da aplicação da lei penal 
militar.
Crime praticado em presença do inimigo
Art. 25. Diz-se crime praticado em presença do inimigo, quando o fato ocorre em 
zona de efetivas operações militares, ou na iminência ou em situação de hostilidade.
8212/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Referência a "brasileiro" ou "nacional"
Art. 26. Quando a lei penal militar se refere a "brasileiro" ou 
"nacional", compreende as pessoas enumeradas como brasileiros na 
Constituição do Brasil.
Estrangeiros
Parágrafo único. Para os efeitos da lei penal militar, são considerados 
estrangeiros os apátridas e os brasileiros que perderam a 
nacionalidade.
Os que se compreendem, como funcionários da Justiça Militar
Art. 27. Quando êste Código se refere a funcionários, compreende, 
para efeito da sua aplicação, os juízes, os representantes do Ministério 
Público, os funcionários e auxiliares da Justiça Militar.
Casos de prevalência do Código Penal Militar
Art. 28. Os crimes contra a segurança externa do país ou contra as 
instituições militares, definidos neste Código, excluem os da mesma 
natureza definidos em outras leis.
8312/05/2018 06:25
2015-PMSC-CFO-IOBV-Q33-A lei penal militar, disposta no
Código Penal Militar, Decreto-Lei nº 1.001/69, utiliza-se de
alguns princípios como o da legalidade e da retroatividade
da lei mais benigna. Dentre os conceitos da aplicação desta
Lei, é INCORRETO afirmar:
12/05/2018 06:25 84
Direito Penal Militar
A. Quando a lei penal militar se refere a "brasileiro" ou "nacional", compreende as
pessoas enumeradas como brasileiros na Constituição do Brasil. Para os efeitos da lei penal
militar, são considerados estrangeiros os apátridas e os brasileiros que perderam a
nacionalidade. Quando este Código se refere a funcionários, compreende, para efeito da
sua aplicação, os juízes, os representantes do Ministério Público, os funcionários e auxiliares
da Justiça Militar.
B. Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa,
no todo ou em parte, e ainda que sob forma de participação, bem como onde se produziu
ou deveria produzir-se o resultado. Nos crimes omissivos, o fato considera-se praticado no
lugar em que deveria realizar-se a ação omitida.
C. É considerada militar, para efeito da aplicação deste Código, qualquer pessoa que, em
tempo de paz ou de guerra, seja incorporada às forças armadas, para nelas servir em pôsto,
graduação, ou sujeição à disciplina militar. Equipara-se ao subcomandante, para o efeito da
aplicação da lei penal militar, toda autoridade com função de direção. O militar que, em
virtude da função, exerce autoridade sobre outro de igual pôsto ou graduação, considera-se
em função de direção e equipara-se ao subcomandante, para efeito da aplicação da lei
penal militar.
D. Para os efeitos da lei penal militar consideram-se como extensão do território nacional
as aeronaves e os navios brasileiros, onde quer que se encontrem, sob comando militar ou
militarmente utilizados ou ocupados por ordem legal de autoridade competente, ainda que
de propriedade privada. É também aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordo
de aeronaves ou navios estrangeiros, desde que em lugar sujeito à administração militar, e o
crime atente contra as instituições militares.
12/05/2018 06:25 85
Direito Penal Militar
A. Quando a lei penal militar se refere a "brasileiro" ou "nacional", compreende as
pessoas enumeradas como brasileiros na Constituição do Brasil. Para os efeitos da lei penal
militar, são considerados estrangeiros os apátridas e os brasileiros que perderam a
nacionalidade. Quando este Código se refere a funcionários, compreende, para efeito da
sua aplicação, os juízes, os representantes do Ministério Público, os funcionários e auxiliares
da Justiça Militar. (Art. 26 e 27)
B. Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa,
no todo ou em parte, e ainda que sob forma de participação, bem como onde se produziu
ou deveria produzir-se o resultado. Nos crimes omissivos, o fato considera-se praticado no
lugar em que deveria realizar-se a ação omitida. (LUA art. 6º)
C. É considerada militar, para efeito da aplicação deste Código, qualquer pessoa que, em
tempo de paz ou de guerra, seja incorporada às forças armadas, para nelas servir em
pôsto, graduação, ou sujeição à disciplina militar. Equipara-se ao subcomandante, para o
efeito da aplicação da lei penal militar, toda autoridade com função de direção. O militar
que, em virtude da função, exerce autoridade sobre outro de igual pôsto ou graduação,
considera-se em função de direção e equipara-se ao subcomandante, para efeito da
aplicação da lei penal militar.(Art23/24)
D. Para os efeitos da lei penal militar consideram-se como extensão do território nacional
as aeronaves e os navios brasileiros, onde quer que se encontrem, sob comando militar ou
militarmente utilizados ou ocupados por ordem legal de autoridade competente, ainda que
de propriedade privada. É também aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordo
de aeronaves ou navios estrangeiros, desde que em lugar sujeito à administração militar, e o
crime atente contra as instituições militares. (Art. 7º, §§ 1º e 2º)
12/05/2018 06:25 86
Direito Penal Militar
Direito Penal Militar
TÍTULO II
DO CRIME
8712/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Relação de causalidade
Art. 29. O resultado de que depende a existência do crime 
sòmente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa 
a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
§ 1º A superveniência de causa relativamente independente 
exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado. Os 
fatos anteriores, imputam-se, entretanto, a quem os praticou.
§ 2º A omissão é relevante como causa quando o omitente devia 
e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a 
quem tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 
a quem, de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir 
o resultado; e a quem, com seu comportamento anterior, criou o 
risco de sua superveniência.
8812/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Art. 30. Diz-se o crime:
Crime consumado
I - consumado, quando nêle se reúnem todos os elementos 
de sua definição legal;
Tentativa
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma 
por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Pena de tentativa
Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a pena 
correspondente ao crime, diminuída de um a dois terços, 
podendo o juiz, no caso de excepcional gravidade, aplicar a 
pena do crime consumado.
8912/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Desistência voluntária e arrependimento eficaz
Art. 31. O agente que, voluntàriamente, desiste de prosseguir na 
execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos 
atos já praticados.
Crime impossível
Art. 32. Quando, por ineficácia absoluta do meio empregado ou por 
absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime, 
nenhuma pena é aplicável.
Art. 33. Diz-se o crime:
Culpabilidade
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de 
produzi-lo;
II - culposo, quando o agente, deixando de empregar a cautela, 
atenção, ou diligência ordinária, ou especial, a que estava obrigado 
em face das circunstâncias, não prevê o resultado que podia prever 
ou, prevendo-o, supõe levianamente que não se realizaria ou que 
poderia evitá-lo.
9012/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Excepcionalidade do crime culposo
Parágrafo único. Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido 
por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.
Nenhuma pena sem culpabilidade
Art. 34. Pelos resultados que agravam especialmente as penas só responde oagente quando os houver causado, pelo menos, culposamente.
Êrro de direito (efeito atenuante apenas ver art. 73)
Art. 35. A pena pode ser atenuada ou substituída por outra menos grave 
quando o agente, salvo em se tratando de crime que atente contra o dever 
militar, supõe lícito o fato, por ignorância ou êrro de interpretação da lei, se 
escusáveis.
Êrro de fato (no CP trata-se da descriminante putativa do §1º do art. 20)
Art. 36. É isento de pena quem, ao praticar o crime, supõe, por êrro
plenamente escusável, a inexistência de circunstância de fato que o constitui 
ou a existência de situação de fato que tornaria a ação legítima.
Êrro culposo
1º Se o êrro deriva de culpa, a êste título responde o agente, se o fato é 
punível como crime culposo.
9112/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Êrro provocado
2º Se o êrro é provocado por terceiro, responderá êste pelo crime, a 
título de dolo ou culpa, conforme o caso.
Êrro sôbre a pessoa
Art. 37. Quando o agente, por êrro de percepção ou no uso dos meios 
de execução, ou outro acidente, atinge uma pessoa em vez de outra, 
responde como se tivesse praticado o crime contra aquela que 
realmente pretendia atingir. Devem ter-se em conta não as condições 
e qualidades da vítima, mas as da outra pessoa, para configuração, 
qualificação ou exclusão do crime, e agravação ou atenuação da pena.
Êrro quanto ao bem jurídico
§ 1º Se, por êrro ou outro acidente na execução, é atingido bem 
jurídico diverso do visado pelo agente, responde êste por culpa, se o 
fato é previsto como crime culposo.
Duplicidade do resultado
§ 2º Se, no caso do artigo, é também atingida a pessoa visada, ou, no 
caso do parágrafo anterior, ocorre ainda o resultado pretendido, 
aplica-se a regra do art. 79.
9212/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Art. 38. Não é culpado quem comete o crime:
Coação irresistível
a) sob coação irresistível ou que lhe suprima a faculdade de 
agir segundo a própria vontade;
Obediência hierárquica
b) em estrita obediência a ordem direta de superior 
hierárquico, em matéria de serviços.
1° Responde pelo crime o autor da coação ou da ordem.
2° Se a ordem do superior tem por objeto a prática de ato 
manifestamente criminoso, ou há excesso nos atos ou na 
forma da execução, é punível também o inferior.
9312/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Estado de necessidade, com excludente de culpabilidade
Art. 39. Não é igualmente culpado quem, para proteger 
direito próprio ou de pessoa a quem está ligado por 
estreitas relações de parentesco ou afeição, contra perigo 
certo e atual, que não provocou, nem podia de outro modo 
evitar, sacrifica direito alheio, ainda quando superior ao 
direito protegido, desde que não lhe era razoàvelmente
exigível conduta diversa.
Coação física ou material
Art. 40. Nos crimes em que há violação do dever militar, o 
agente não pode invocar coação irresistível senão quando 
física ou material.
9412/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
(Teoria Diferenciadora do Direito Alemão)
Estado de necessidade, com excludente de culpabilidade
Art. 39. Não é igualmente culpado quem, para proteger direito 
próprio ou de pessoa a quem está ligado por estreitas relações 
de parentesco ou afeição, contra perigo certo e atual, que não 
provocou, nem podia de outro modo evitar, sacrifica direito 
alheio, ainda quando superior ao direito protegido, desde que 
não lhe era razoàvelmente exigível conduta diversa.
Estado de necessidade, como excludente do crime
Art. 43. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o 
fato para preservar direito seu ou alheio, de perigo certo e atual, 
que não provocou, nem podia de outro modo evitar, desde que 
o mal causado, por sua natureza e importância, é 
consideràvelmente inferior ao mal evitado, e o agente não era 
legalmente obrigado a arrostar o perigo.
9512/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
9612/05/2018 06:25
QUEM PARA 
PROTEGER DIREITO 
PRÓPRIO OU DE 
PESSOA C/RELAÇÃO
SACRIFICA DIREITO
DIREITO ALHEIO
SUPERIOR
QUEM PRATICA FATO 
PRESERVAR DIREITO 
SEU OU ALHEIO
MAL CAUSADO
INFERIOR
EXCLUDENTE DE 
CULPABILIDADE
EXCLUDENTE DO 
CRIME
Direito Penal Militar
Atenuação de pena
Art. 41. Nos casos do art. 38, letras a e b , se era possível resistir à 
coação, ou se a ordem não era manifestamente ilegal; ou, no caso do 
art. 39, se era razoàvelmente exigível o sacrifício do direito ameaçado, 
o juiz, tendo em vista as condições pessoais do réu, pode atenuar a 
pena.
Exclusão de crime
Art. 42. Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento do dever legal;
IV - em exercício regular de direito.
Parágrafo único. Não há igualmente crime quando o comandante de 
navio, aeronave ou praça de guerra, na iminência de perigo ou grave 
calamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a executar 
serviços e manobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou 
evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta ou o 
saque. (exclusivo do CPM)
9712/05/2018 06:25
2010-MPE-ES-PROMOTOR DE JUSTIÇA-CESPE (ASSINALE A CORRETA)
A.O crime de violência contra superior somente se caracteriza como delito material
com a efetiva lesão ao superior hierárquico direto do agente, tendo como bem jurídico
tutelado a integridade física do militar que exerce as funções de comando. Somente o
militar em atividade poderá ser autor desse delito.
B.A indignidade para o oficialato é sanção administrativa disciplinar e sua aplicação
ocorre no âmbito administrativo disciplinar. A incompatibilidade para o oficialato é
sanção penal acessória e somente poderá ser aplicada pelo Poder Judiciário, mediante
procedimento próprio.
C.No sistema penal militar, o estado de necessidade segue a teoria diferenciadora do
direito penal alemão, que faz o balanço dos bens e interesses em conflito. O estado de
necessidade pode ser exculpante ou justificante. O primeiro é causa de exclusão da
culpabilidade e o segundo, de exclusão de ilicitude.
D.A reunião de dois ou mais militares, com armamento ou material bélico de
propriedade militar, para a prática de violência à pessoa ou à coisa pública ou
particular, em lugar sujeito à administração militar, constitui crime militar próprio e
autônomo. Os crimes que ocorrem fora do lugar sujeito à administração militar, contra
o patrimônio da administração pública civil e a propriedade particular, constituem
delitos de formação de quadrilha ou bando, apenados na esfera penal castrense.
E.A pena de impedimento prevista no CPM é aplicável a qualquer crime militar, próprio
ou impróprio, desde que seja inferior a dois anos. Essa pena obsta o exercício das
funções policiais e militares pelo prazo mínimo de dois anos, submetendo o apenado,
quando se tratar de oficial, à pena acessória de perda do posto.
12/05/2018 06:25 98
Direito Penal Militar
2010-MPE-ES-PROMOTOR DE JUSTIÇA-CESPE (ASSINALE A CORRETA)
A.O crime de violência contra superior somente se caracteriza como delito material
com a efetiva lesão ao superior hierárquico direto do agente, tendo como bem jurídico
tutelado a integridade física do militar que exerce as funções de comando. Somente o
militar em atividade poderá ser autor desse delito.
B.A indignidade para o oficialato é sanção administrativa disciplinar e sua aplicação
ocorre no âmbito administrativo disciplinar. A incompatibilidade para o oficialato é
sanção penal acessória e somente poderá ser aplicada pelo Poder Judiciário, mediante
procedimento próprio.
C.No sistema penal militar, o estado de necessidade segue a teoria diferenciadora do
direito penal alemão, que faz o balanço dos bens e interesses em conflito. O estado
de necessidade pode ser exculpante ou justificante. O primeiro é causa de exclusão
da culpabilidade e o segundo, de exclusão de ilicitude.D.A reunião de dois ou mais militares, com armamento ou material bélico de
propriedade militar, para a prática de violência à pessoa ou à coisa pública ou
particular, em lugar sujeito à administração militar, constitui crime militar próprio e
autônomo. Os crimes que ocorrem fora do lugar sujeito à administração militar, contra
o patrimônio da administração pública civil e a propriedade particular, constituem
delitos de formação de quadrilha ou bando, apenados na esfera penal castrense.
E.A pena de impedimento prevista no CPM é aplicável a qualquer crime militar,
próprio ou impróprio, desde que seja inferior a dois anos. Essa pena obsta o exercício
das funções policiais e militares pelo prazo mínimo de dois anos, submetendo o
apenado, quando se tratar de oficial, à pena acessória de perda do posto.
12/05/2018 06:25 99
Direito Penal Militar
2016-PMSC-CFS-PMSC-Q39-De acordo com o art. 42 do Código
Penal Militar, “NÃO HÁ CRIME quando o agente pratica o fato”:
A.Em estado de necessidade, em legítima defesa, no estrito
cumprimento de dever legal e no exercício regular de
direito.
B.Em estado de necessidade, em legítima defesa, no estrito
cumprimento de dever legal, no exercício regular de direito
e sob coação irresistível.
C.Em legítima defesa, no estrito cumprimento de dever
legal, por obediência hierárquica e no exercício regular de
direito.
D.Em estado de necessidade, em legítima defesa, em
estrito cumprimento de dever legal, no exercício regular de
direito, por obediência hierárquica e sob coação irresistível.
E.Em estado de necessidade, em legítima defesa, no estrito
cumprimento do dever legal e sob coação irresistível.
10012/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
2016-PMSC-CFS-PMSC-Q39-De acordo com o art. 42 do Código Penal Militar, “NÃO HÁ
CRIME quando o agente pratica o fato”:
A.Em estado de necessidade, em legítima defesa, no
estrito cumprimento de dever legal e no exercício regular
de direito.
B.Em estado de necessidade, em legítima defesa, no estrito
cumprimento de dever legal, no exercício regular de direito
e sob coação irresistível.
C.Em legítima defesa, no estrito cumprimento de dever
legal, por obediência hierárquica e no exercício regular de
direito.
D.Em estado de necessidade, em legítima defesa, em
estrito cumprimento de dever legal, no exercício regular de
direito, por obediência hierárquica e sob coação
irresistível.
E.Em estado de necessidade, em legítima defesa, no estrito
cumprimento do dever legal e sob coação irresistível.
10112/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Direito Penal Militar
Estado de necessidade, como excludente do crime
Art. 43. Considera-se em estado de necessidade 
quem pratica o fato para preservar direito seu ou 
alheio, de perigo certo e atual, que não provocou, 
nem podia de outro modo evitar, desde que o mal 
causado, por sua natureza e importância, é 
consideràvelmente inferior ao mal evitado, e o 
agente não era legalmente obrigado a arrostar o 
perigo.
10212/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Legítima defesa
Art. 44. Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios 
necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
Excesso culposo
Art. 45. O agente que, em qualquer dos casos de exclusão de crime, excede 
culposamente os limites da necessidade, responde pelo fato, se êste é punível, a 
título de culpa.
Excesso escusável
Parágrafo único. Não é punível o excesso quando resulta de escusável surprêsa ou 
perturbação de ânimo, em face da situação.
Excesso doloso
Art. 46. O juiz pode atenuar a pena ainda quando punível o fato por excesso doloso.
Elementos não constitutivos do crime
Art. 47. Deixam de ser elementos constitutivos do crime:
I - a qualidade de superior ou a de inferior, quando não conhecida do agente;
II - a qualidade de superior ou a de inferior, a de oficial de dia, de serviço ou de 
quarto, ou a de sentinela, vigia, ou plantão, quando a ação é praticada em repulsa a 
agressão.
10312/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
TÍTULO III
DA IMPUTABILIDADE PENAL
10412/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Inimputáveis (critério biopsicológico que afetará a culpabilidade)
Art. 48. Não é imputável quem, no momento da ação ou da omissão, não 
possui a capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se 
de acôrdo com êsse entendimento, em virtude de doença mental, de 
desenvolvimento mental incompleto ou retardado. (Aqui entra a embriaguez 
patológica)
Redução facultativa da pena
Parágrafo único. Se a doença ou a deficiência mental não suprime, mas 
diminui consideràvelmente a capacidade de entendimento da ilicitude do 
fato ou a de autodeterminação, não fica excluída a imputabilidade, mas a 
pena pode ser atenuada, sem prejuízo do disposto no art. 113.
Embriaguez (embriaguez acidental)
Art. 49. Não é igualmente imputável o agente que, por embriaguez completa 
proveniente de caso fortuito ou fôrça maior, era, ao tempo da ação ou da 
omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter criminoso do fato ou 
de determinar-se de acôrdo com êsse entendimento.
Parágrafo único. A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente 
por embriaguez proveniente de caso fortuito ou fôrça maior, não possuía, ao 
tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter 
criminoso do fato ou de determinar-se de acôrdo com êsse entendimento.
(ver ainda art. 70 embriaguez preordenada/voluntária como agravante)
10512/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
(Diversos pontos, aqui, são contrários a CRFB, cuide com o cabeçalho da questão)
Menores
Art. 50. O menor de dezoito anos é inimputável, salvo se, já tendo 
completado dezesseis anos, revela suficiente desenvolvimento psíquico para 
entender o caráter ilícito do fato e determinar-se de acôrdo com êste
entendimento. Neste caso, a pena aplicável é diminuída de um têrço até a 
metade.
Equiparação a maiores
Art. 51. Equiparam-se aos maiores de dezoito anos, ainda que não tenham 
atingido essa idade:
a) os militares;
b) os convocados, os que se apresentam à incorporação e os que, 
dispensados temporàriamente desta, deixam de se apresentar, decorrido o 
prazo de licenciamento;
c) os alunos de colégios ou outros estabelecimentos de ensino, sob direção e 
disciplina militares, que já tenham completado dezessete anos.
Art. 52. Os menores de dezesseis anos, bem como os menores de dezoito e 
maiores de dezesseis inimputáveis, ficam sujeitos às medidas educativas, 
curativas ou disciplinares determinadas em legislação especial.
(O art. 52 ficou fora do edital CFO 2017)
10612/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
TÍTULO IV
DO CONCURSO DE AGENTES
10712/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Co-autoria (teoria monista com atenuação ou temperada, ver § 3º)
Art. 53. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a êste
cominadas.
Condições ou circunstâncias pessoais
§ 1º A punibilidade de qualquer dos concorrentes é independente da dos outros, 
determinando-se segundo a sua própria culpabilidade. Não se comunicam, 
outrossim, as condições ou circunstâncias de caráter pessoal, salvo quando 
elementares do crime.
Agravação de pena
§ 2° A pena é agravada em relação ao agente que:
I - promove ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais 
agentes;
II - coage outrem à execução material do crime;
III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade, ou não 
punível em virtude de condição ou qualidade pessoal;
IV - executa o crime, ou nêle participa, mediante paga ou promessa de recompensa.
Atenuação de pena
§ 3º A pena é atenuada com relação ao agente, cuja participação no crime é de 
somenos importância.
10812/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Cabeças
§ 4º Na prática de crime de autoria coletivanecessária, 
reputam-se cabeças os que dirigem, provocam, instigam ou 
excitam a ação.
§ 5º Quando o crime é cometido por inferiores e um ou 
mais oficiais, são êstes considerados cabeças, assim como 
os inferiores que exercem função de oficial.
Casos de impunibilidade
Art. 54. O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, 
salvo disposição em contrário, não são puníveis se o crime 
não chega, pelo menos, a ser tentado.
10912/05/2018 06:25
CESPE - 2004 - STM - Analista Judiciário. A
embriaguez patológica recebe o mesmo tratamento
que a embriaguez voluntária ou culposa no CPM,
segundo o qual ambas isentam de pena o agente,
por não possuir este consciência no momento da
prática do crime.
( ) Certo ( ) Errado
12/05/2018 06:25 110
CESPE - 2004 - STM - Analista Judiciário. A
embriaguez patológica recebe o mesmo tratamento
que a embriaguez voluntária ou culposa no CPM,
segundo o qual ambas isentam de pena o agente,
por não possuir este consciência no momento da
prática do crime.
( ) Certo ( ) Errado
12/05/2018 06:25 111
CESPE - 2004 - STM - Analista Judiciário. O CPM, ao
estabelecer que aquele que, de qualquer modo,
concorrer para o crime incidirá nas penas a este
cominadas, adotou, em matéria de concurso de
agentes, a teoria monista.
( ) Certo ( ) Errado
12/05/2018 06:25 112
CESPE - 2004 - STM - Analista Judiciário. O CPM, ao
estabelecer que aquele que, de qualquer modo,
concorrer para o crime incidirá nas penas a este
cominadas, adotou, em matéria de concurso de
agentes, a teoria monista.
( ) Certo ( ) Errado
12/05/2018 06:25 113
Direito Penal Militar
TÍTULO V
DAS PENAS
CAPÍTULO I
DAS PENAS PRINCIPAIS
11412/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Penas principais
Art. 55. As penas principais são:
a) morte; (CRFB: em caso de guerra declarada)
b) reclusão;
c) detenção;
d) prisão;
e) impedimento;
f) suspensão do exercício do pôsto, graduação, cargo 
ou função;
g) reforma. (há entendimento de inconstitucionalidade, dado ao caráter perpétuo)
11512/05/2018 06:25
MorRe De Prisão quem Imped Reforma do SUS
Direito Penal Militar
Pena de morte
Art. 56. A pena de morte é executada por 
fuzilamento.
Comunicação
Art. 57. A sentença definitiva de condenação à 
morte é comunicada, logo que passe em julgado, ao 
Presidente da República, e não pode ser executada 
senão depois de sete dias após a comunicação.
Parágrafo único. Se a pena é imposta em zona de 
operações de guerra, pode ser imediatamente 
executada, quando o exigir o interêsse da ordem e 
da disciplina militares.
11612/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Mínimos e máximos genéricos (Ver artigo 81)
Art. 58. O mínimo da pena de reclusão é de um ano, e o máximo de 
trinta anos; o mínimo da pena de detenção é de trinta dias, e o 
máximo de dez anos.
Pena até dois anos imposta a militar (Pena de prisão)
Art. 59 - A pena de reclusão ou de detenção até 2 (dois) anos, aplicada 
a militar, é convertida em pena de prisão e cumprida, quando não 
cabível a suspensão condicional: (Redação dada pela Lei nº 6.544, de 
30.6.1978)
I - pelo oficial, em recinto de estabelecimento militar;
II - pela praça, em estabelecimento penal militar, onde ficará separada 
de presos que estejam cumprindo pena disciplinar ou pena privativa 
de liberdade por tempo superior a dois anos.
Separação de praças especiais e graduadas
Parágrafo único. Para efeito de separação, no cumprimento da pena 
de prisão, atender-se-á, também, à condição das praças especiais e à 
das graduadas, ou não; e, dentre as graduadas, à das que tenham 
graduação especial.
11712/05/2018 06:25
PRISÃO DETENÇÃO RECLUSÃO
REC ATÉ 2 ANOS → P 30 DIAS A 10 ANOS 1 A 30 ANOS
DET ATÉ 2 ANOS → P UNIFICADA MÁX. 15 
ANOS
UNIFICADA MÁX. 30 
ANOS
12/05/2018 06:25 118
Prova: CESPE - 2004 - STM - Analista Judiciário - No
direito penal militar, as penas principais são: morte,
reclusão, detenção, prisão, impedimento, reforma e
suspensão do exercício do posto, graduação, cargo
ou função.
( ) Certo ( ) Errado
12/05/2018 06:25 119
Prova: CESPE - 2004 - STM - Analista Judiciário - No
direito penal militar, as penas principais são: morte,
reclusão, detenção, prisão, impedimento, reforma e
suspensão do exercício do posto, graduação, cargo
ou função.
( ) Certo ( ) Errado
MorRe De Prisão quem Impedi a Reforma do SUS
12/05/2018 06:25 120
Direito Penal Militar
Pena do assemelhado
Art. 60. O assemelhado cumpre a pena conforme o 
pôsto ou graduação que lhe é correspondente.
Pena dos não assemelhados
Parágrafo único. Para os não assemelhados dos 
Ministérios Militares e órgãos sob contrôle dêstes, 
regula-se a correspondência pelo padrão de 
remuneração.
12112/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Pena superior a dois anos, imposta a militar
Art. 61 - A pena privativa da liberdade por mais de 2 
(dois) anos, aplicada a militar, é cumprida em 
penitenciária militar e, na falta dessa, em 
estabelecimento prisional civil, ficando o recluso ou 
detento sujeito ao regime conforme a legislação 
penal comum, de cujos benefícios e concessões, 
também, poderá gozar. (Redação dada pela Lei nº 
6.544, de 30.6.1978)
12212/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Pena privativa da liberdade imposta a civil
Art. 62 - O civil cumpre a pena aplicada pela Justiça Militar, 
em estabelecimento prisional civil, ficando ele sujeito ao 
regime conforme a legislação penal comum, de cujos 
benefícios e concessões, também, poderá gozar. (Redação 
dada pela Lei nº 6.544, de 30.6.1978)
Cumprimento em penitenciária militar
Parágrafo único - Por crime militar praticado em tempo de 
guerra poderá o civil ficar sujeito a cumprir a pena, no todo 
ou em parte em penitenciária militar, se, em benefício da 
segurança nacional, assim o determinar a 
sentença. (Redação dada pela Lei nº 6.544, de 30.6.1978)
12312/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Pena de impedimento (serve para apenar o crime de insubmissão)
Art. 63. A pena de impedimento sujeita o condenado a 
permanecer no recinto da unidade, sem prejuízo da instrução 
militar.
Pena de suspensão do exercício do pôsto, graduação, cargo ou 
função
Art. 64. A pena de suspensão do exercício do pôsto, graduação, 
cargo ou função consiste na agregação, no afastamento, no 
licenciamento ou na disponibilidade do condenado, pelo tempo 
fixado na sentença, sem prejuízo do seu comparecimento regular 
à sede do serviço. Não será contado como tempo de serviço, 
para qualquer efeito, o do cumprimento da pena.
Caso de reserva, reforma ou aposentadoria
Parágrafo único. Se o condenado, quando proferida a sentença, 
já estiver na reserva, ou reformado ou aposentado, a pena 
prevista neste artigo será convertida em pena de detenção, de 
três meses a um ano.
12412/05/2018 06:25
Direito Penal Militar
Pena de reforma
Art. 65. A pena de reforma sujeita o condenado à situação 
de inatividade, não podendo perceber mais de um vinte e 
cinco avos do sôldo, por ano de serviço, nem receber 
importância superior à do sôldo.
Superveniência de doença mental
Art. 66. O condenado a que sobrevenha doença mental 
deve ser recolhido a manicômio judiciário ou, na falta dêste, 
a outro estabelecimento adequado, onde lhe seja 
assegurada custódia e tratamento.
12512/05/2018 06:25
44-CFC-2016 – No que tange as penas principais previstas no
Código Penal Militar, assinale a alternativa correta:
A. A pena de morte é executada por injeção letal.
B. A pena de morte é uma das penas principais previstas no
Código Penal Militar.
C. O mínimo da pena de detenção é de um ano, e o máximo
de trinta anos; o mínimo da pena de prisão é de trinta
dias, e o máximo de dez anos.
D. A pena de impedimento consiste na agregação, no
afastamento, no licenciamento ou na disponibilidade

Continue navegando