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Apostila_1_Microeconomia

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________________________________________________________________________________ 
 
Fatec Sorocaba 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila 
ECONOMIA E FINANÇAS EMPRESARIAIS (EFE) 
MICROECONOMIA (PARTE 1) 
 
Prof. Dr. Adilson Rocha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FATEC 
Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 
 
Prof. Dr. Adilson Rocha 
2 
SUMÁRIO 
 
1. EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO.................................................... 03 
2. NOÇÕES GERAIS DE ECONOMIA ......................................................................... 08 
2.1. Introdução .......................................................................................................... 08 
2.2. Recursos Produtivos ou Fatores de Produção ..................................................... 11 
2.3. Agentes Econômicos ........................................................................................... 13 
3. QUESTÕES ECONÔMICAS FUNDAMENTAIS (Problema da Escassez e 
Necessidade de Escolha) .............................................................................................. 15 
3.1. Questões Econômicas Fundamentais .................................................................. 15 
3.2. A Curva (Fronteira) de Possibilidades de Produção ........................................... 15 
3.3. Case 1: Uma fazenda e sua Fronteira de Possibilidades de Produção ................ 16 
4. ORGANIZAÇÃO ECONÔMICA ............................................................................... 18 
4.1. Economia de Mercado ......................................................................................... 18 
4.2. Economia Planificada Centralmente ................................................................... 18 
4.3. Economia Mista .................................................................................................. 18 
5. DEMANDA, OFERTA E EQUILÍBRIO DE MERCADO ........................................ 19 
5.1. Demanda ............................................................................................................. 19 
5.2. Oferta .................................................................................................................. 19 
5.3. Equilíbrio de Mercado ........................................................................................ 19 
5.4. Mudanças no Preço de Equilíbrio ....................................................................... 21 
5.5. Deslocamento da Curva da Demanda ................................................................. 21 
5.6. Deslocamento da Curva da Oferta ...................................................................... 22 
5.7. Deslocamento das Curvas da Demanda e Oferta e movimentos ao 
 longo das mesmas ............................................................................................... 23 
6. ELASTICIDADES ...................................................................................................... 25 
6.1. Elasticidade-Preço da Demanda (Ed) ................................................................. 25 
6.2. Elasticidade no Ponto (Ed) ................................................................................. 25 
6.3. Classificação da Elasticidade-Preço da Demanda (Ed) ...................................... 23 
6.4. Elasticidade-Renda da Demanda (Er) ................................................................. 27 
6.5. Elasticidade-Preço Cruzada da Demanda (Exy) ................................................. 28 
6.6. Elasticidade da Oferta (Eo) ................................................................................. 30 
7. SETOR PÚBLICO ...................................................................................................... 32 
7.1. Conceito .............................................................................................................. 32 
7.2. Funções do Setor Público ................................................................................... 32 
7.3. Impostos .............................................................................................................. 32 
7.4. Teorias ................................................................................................................ 33 
7.5. Flutuações ou Ciclos Econômicos ...................................................................... 33 
7.6. Objetivos do Setor Público ................................................................................. 33 
7.7. Instrumentos do Setor Público ............................................................................ 34 
7.8. Orçamento do Setor Público ............................................................................... 34 
7.9. Caráter “Automático” da Política Fiscal ............................................................. 35 
7.10. Enfoque Clássico ou Monetarista ....................................................................... 35 
7.11. Enfoque Keynesiano .......................................................................................... 36 
7.12. O Déficit e seu Financiamento ........................................................................... 36 
8. TEORIA DA PRODUÇÃO ........................................................................................ 37 
8.1. A Empresa e a Produção ..................................................................................... 37 
8.2. Tecnologia e a Empresa .................................................................................. 37 
8.3. A Produção e o Curto Prazo .............................................................................. 38 
9. CUSTOS DA PRODUÇÃO ........................................................................................ 39 
9.1. Conceitos de Custos ............................................................................................ 40 
9.2. Produto Marginal ................................................................................................ 42 
9.3. Conceitos da Remuneração dos Fatores de Produção ........................................ 42 
10. ESTRUTURA DE MERCADO .................................................................................. 43 
10.1. Estrutura de Mercado – Síntese e Classificação – Stalkeberg ............................ 43 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 44 
 
 
 
 
FATEC 
Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 
 
Prof. Dr. Adilson Rocha 
3 
1 EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO 
 
1.1 Antiguidade Clássica – 1ª fase (4000 a 1000 a.C.) 
 China, Índia, Assíria, Babilônia, Mesopotâmia, Egito etc. 
 Características: Trabalho escravo; ausência de moeda; comercio incipiente. Regimes 
teocráticos. 
 Consequências: Ausência de um pensamento econômico. 
 
1.2 Antiguidade – 2ª fase (1000 a.C. ao ano 500 da era cristã) 
 Grécia e Roma. 
 Características: Início de preocupação pelos fatos econômicos. Conceitos embrionários 
sobre a riqueza, valor econômico e moeda. 
 Consequências: Fase inicial da economia agrária, seguida de economia urbana. Gradativo 
desenvolvimento do comércio internacional e embriões da empresa. Queda do Império Romano do 
Ocidente, surgimento do feudalismo e retorno à economia agrária. 
 Alguns pensadores: Xenofonte (440-355 a.C.), Platão (427-347 a.C.), Aristóteles (384-322 
a.C.), Catão (234-149 a.C.), Varrão (234-149 a. C.), Plínio, o Antigo (23-79 d.C.), Columela etc. 
 
1.3 Idade Média (500 a 1500 d.C.) 
 Características: Sistema feudal; economia artesanal e regime corporativo. Regime da 
servidão; economia fechada (sistema feudal). Perdurou até o século X. Ressurgimento das cidades; 
nascimento do ofício (trabalho ambulante). A partir do século XIII, início do regime corporativo.Consequências: Regulamentos rigorosos sobre a produção e o consumo. Predominância da 
doutrina canônica (condenação ao empréstimo a juro e acumulação de riquezas). Subordinação da 
economia à moral (justo preço, justo salário, justo lucro). Economia a serviço do homem; combate à 
escravidão. 
 Alguns pensadores: São Tomás de Aquino (1225-1274), Oresmo (1328-1382), Alberto 
Magno, Pennafort e outros. 
 
1.4 Mercantilismo (séculos XV a XVIII) 
 Características: Transformação do meio. Renascimento e Reforma. Surgimento do 
individualismo, dos capitais e do Estado moderno. 
 Consequências: Nascimento do capitalismo e da empresa. Desenvolvimento das 
manufaturas; capitalismo comercial e financeiro. 
 Formas: Mercantilismo espanhol ou bulionista. Mercantilismo francês ou industrialista. 
Mercantilismo inglês ou comercial (contratos). 
 Efeitos: Idéia inicial da balança do comércio. Revolução da vida econômica. 
Desenvolvimento do comércio e da indústria. Obtenção de metais preciosos (condição essencial da 
atividade econômica pelo Estado). 
 Alguns pensadores: A. Montchrétien (1575-1621), A. Serra (1580-1650), J. Bodin (1530-
1596), Petty (1623-1687), Malynes (1586-1654), T. Mun (1571-1641), Colbert (1619-1683) e R. 
Cantilon (1680-1734). 
 
1.5 Revolução Filosófica e Industrial (1750-1850) 
 Características: Transformação radical do domínio das idéias. Anseios de liberdade total. 
Consequências: Melhor aproveitamento das forças naturais. Invenções mecânicas. 
Capitalismo industrial. Liberdade econômica. Direito absoluto de propriedade. Racionalismo 
filosófico e econômico. 
 Alguns pensadores: Voltaire, Diderot, Rousseau. 
 
FATEC 
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Prof. Dr. Adilson Rocha 
4 
1.6 Os Precursores da Ciência Econômica – Escola Fisiocrata (1756-1776) 
 Princípios teóricos: Ordem natural e providencial (caráter sociológico). Produto líquido 
(caráter econômico). Circulação das riquezas. 
 Consequências de ordem prática: Comércio livre. Não-intervencionismo. Imposto único. 
Liberdade de trabalho. 
 Principais representantes: F. Quenay (1694-1774), Mércier de la Rivière (1720-1794), 
Dupont de Nemours (1739-1817), Turgot (1727-1781), Mirabeau (1715-1789), Baudeau (1730-
1792) e Gournay (1712-1759). 
 
1.7 Escola Clássica ou Individualista 
 (Liberalismo econômico) 
 Fundador da Economia Política como ciência: Adam Smith (1723-1790). 
 Contribuições de A. Smith: Princípio da divisão do trabalho. Intervencionismo atenuado. 
Liberdade econômica. Liberdade no comércio internacional. 
 Divulgador de Adam Smith: J. B. Say (1767-1832). 
 Contribuições:Derrota definitiva das ideias fisiocráticas. Nova concepção de economia 
política. Papel da indústria e figura do empresário. Teoria do escoamento. 
 
1.8 Corrente Pessimista 
R. Malthus (1766-1834) e D. Ricardo (1772-1823). 
 Contribuições: Teoria da população (Malthus). Lei do rendimento não proporcional 
(Malthus). Lei da renda do solo (Ricardo). Lei da renda e do salário (Ricardo). Lei da balança do 
comércio (Ricardo). Teoria quantitativa da moeda (Ricardo) e regulamentação da emissão de papel-
moeda (Ricardo). 
 
1.9 Os Adversários do Não-Intervencionismo Absoluto 
 Sismonde de Sismondi (1773-1842). 
 Contribuições: Método e objeto da economia política. Crítica da superprodução e do 
consumo. Explicação do pauperismo e das crises. Precursor da Escola Histórica. 
 
1.10 Origens do Coletivismo 
 Saint-Simon (1760-1825). 
 Contribuições: Crítica à propriedade privada. Governo econômico substituindo o governo 
político. Economia dirigida. 
 Discípulos de Saint-Simon: A. Thierry, A. Comte e outros. 
 Contribuições: Supressão da propriedade privada. Estado como único proprietário dos 
instrumentos de produção. Supressão do direito de herança. 
 
1.11 Socialismo Associacionista 
 R. Owen (1771-1858), C. Fourier (1772-1837), L. Blanc (1813-1882) e ainda Leroux Cabet e 
outros. 
 Contribuições: Criação de um novo meio. Colônias comunitárias. Abolição do lucro. 
Precursor do cooperativismo. Proteção ao trabalhador (oficinas sociais). 
 
1.12 Escola Protecionista 
 F. List (1789-1846) e H. Carey (1793-1879). 
 Contribuições: Ideia da nacionalidade econômica. Cruzada contra o livre-câmbio. 
Protecionismo alfandegário para favorecer economias em formação. 
 
 
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5 
1.13 Liberalismo Otimista 
 F. Bastiat (1801-1850), Dunoyer (1786-1862), H. Carey (1793-1879) e Prince Smith (1809-
1874). 
 Contribuições: Contrário à ingerência do Estado na vida econômica. Subordinação do 
produtor ao consumidor. Lei da repartição entre o capital e o trabalho. Lei da solidariedade. 
 
1.14 Apogeu e Declínio do Liberalismo 
 Stuart Mill (1807-1873), Nassau W. Sênior (1790-1864) e J. E. Cairnes (1824-1875). 
 Contribuições: Teoria do valor. Teoria da distribuição. Reformas sociais. Socialização da 
renda territorial. Limitação do direito de herança. Abolição do assalariado. 
 
1.15 Os Dissidentes 
 (Reações contra a Escola Liberal). 
 
1.15.1 A Escola Histórica (1845-1870) 
 Fundadores: W. Roscher (1817-1894) e K. Knies (1821-1898). 
Contribuições: Nega as leis econômicas naturais. Relatividade e mobilidade dos 
fenômenos econômicos. Estudo das instituições sociais através dos tempos. 
 
1.15.2 A Escola Histórica (1870 em diante) 
Os continuadores: Schmöller (1838-18917), Brentano (1844-1931), Bücher (1847-
1930), Sombart e outros. 
Contribuições: Admite leis econômicas naturais. Coordenação do método dedutivo. 
Estudo das instituições (monografias sociais). Variação das medidas legislativas para 
ajustar-se às necessidades mutáveis. 
 
1.15.3 Socialismo de Estado ou de Cátedra 
 A. Wagner (1835-1917). 
 Contribuição: O Estado deve regulamentar a propriedade privada. 
 
1.15.4 Socialismo Realista 
 Rodbertus (1805-1875) e Lassale (1825-1864). 
Contribuições: Preconiza o coletivismo. Reformas sociais e econômicas. 
Cooperativas de produção. 
 
1.15.5 Anarquismo 
Proudhon (1805-1875), Bakunin (1814-1876), Kropotkin (1842-1887) e W. Godwin 
(1756-1836). 
Contribuições: Supressão de toda autoridade. Supressão do juro pelo crédito 
gratuito. Associações livres (autoridade da razão e da ciência). 
 
1.16 As Correntes do Final do Século XIX (1850-1940) 
 Causas: Nova transformação do meio e evolução social. Capitalismo com novas 
características (capitalismo de monopólio e financeiro) Capitalismo de Estado. Sindicalismo 
operário. Novas técnicas. 
 
 
 
 
 
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6 
1.16.1 Doutrinas Extremistas 
1. Marxismo 
 Karl Marx (1818-1883) 
Concepções: Infra-estrutura (realidade econômica). Superestrutura (idéia, direito, 
moral, religião etc.) A técnica comanda as estruturas jurídicas. Concepção da mais-
valia e do valor-trabalho. Materialismo histórico. Autor do Manifesto Comunista de 
1848 e do livro O Capital em 1867, este em cooperação com Engels. 
 
2. Marxismo Reformista 
 Labríola e Bernstein. 
Contesta certas teses de Marx e preconiza reformas sociais gradativas para atingir o 
ideal coletivista. 
 
3. Sindicalismo Revolucionário 
 G. Sorel e J. Guesde. 
 Pelloutier – a partir de 1895. 
Objetivos: Colocar os sindicatos operários a serviço da revolução. Adoção de 
métodos violentos para tomada do poder. 
 
4. Comunismo Russo ou Bolchevismo 
 Lênin (1870-1924). 
Objetivos: Atingir o comunismo puro por etapas, por meio do coletivismo marxista e 
da ditadura do proletariado. Economia planificada. 
 
1.16.2 Doutrinas Não Extremistas 
1. CorporativismoObjetivos: Pretende reviver o corporativismo medieval. As corporações ou 
associações profissionais seriam corpos intermediários, reconhecidas como 
instituições de direito público e econômico. Jamais existiu em estado puro. Tentativas 
com Salazar em Portugal e Mussolini na Itália. 
 
2. Escolas Econômicas Cristãs 
 a) Escola Católica (Catolicismo social) 
Objetivos: Caracteriza-se por nova forma de sindicalismo não revolucionário. Sua 
doutrina assenta-se principalmente na encíclica Rerum Novarum, de 1891. Combate o 
individualismo absoluto e o princípio do laissez-faire. Dividiu-se em duas correntes, 
conhecidas como da direita e da esquerda, esta mais próxima do socialismo. 
 
 b) Protestantismo social 
Objetivos: Fundado na Inglaterra em meados do século XIX. Preconiza a difusão do 
sistema cooperativista e pretende um socialismo agrário. Também possui uma 
corrente extremada, esquerdista. 
 
1.17 As Correntes Teóricas Modernas 
 1. Escolas Hedonistas 
Representaram reações contra a Escola Histórica. Baseavam suas teorias no princípio 
hedonístico. Surgiram na segunda metade do século XIX, representadas por duas 
correntes: Escola Psicológica e Escola Matemática ou de Lausanne. Pretendiam o 
retorno à abstração pura, partindo do princípio hedonístico que caracteriza os fatos 
econômicos. Assim, seria possível estudar os fatos econômicos puros, livres de 
quaisquer outras influências. 
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7 
 
 a) Escola Matemática 
Representantes: Cournot (1801-1877), considerado o precursor por sua obra de 
1838, Pesquisa sobre os princípios matemáticos da teoria das riquezas. Gossen 
(1810-1858), Stanley Jevons (1835-1882), L. Walras (1834-1910), V. Pareto (1848-
1923) e Irving Fisher. Escola de Lausanne porque Walras e Pareto residiam nessa 
cidade. 
Contribuições: Os fatos econômicos são considerados quantidades e, portanto, 
suscetíveis de serem expressos por números.. Sendo grandezas variáveis e 
interdependentes, são funções uns dos outros, podendo ser traduzidos em equações. 
As leis econômicas seriam leis da realização do equilíbrio econômico e a economia 
uma Mecânica Econômica. Idéia sintética do mundo econômico. 
 
 b) Escola Psicológica (Marginalismo) 
Surgiu em 1871 com, com Walras (1834-1910), Jevons e menger (1840-1921). 
Apresenta-se sob vários ramos: escola psicológica ausrtíaca, Bohm-Bawerk (1851-
1914), Menser e Wieser (1851-1926); nova escola de Viena (neomarginalismo), 
integrada por Mises, Haberler, Shumpeter (1883-1950) e outros.. Também merece 
realce a escola de Cambridge, integrada por A. Marshall (1842-1924), Pigou, Clark, 
Keynes, Robertson e outros. 
Características: Duas são as contribuições essenciais do marginalismo. O método da 
análise e o conteúdo psicológico. Trabalha com pequenas variações, à margem ou no 
limite das grandezas conjuntas. Pretende uma explicação subjetiva, individual e 
psicológica do mundo. Procura conciliar as noções do custo de produção e da 
utilidade (reações psicológicas dos consumidores) para explicar o equilíbrio 
econômico. 
 
2. Institucionalismo (Escola Sociológica) 
Características: O sociólogo francês Simiand, discípulo de Durkheim e o 
economista Brocard e outros entendiam (como a Escola Histórica) ser impossível 
compreender os fatos econômicos sem colocá-los no quadro das instituições nas quais 
se desenvolvem. Sem abandonar as explorações psicológicas, pretendem análise do 
meio complexo que forma uma nação. 
 
3. Keynesianismo 
Características: Denomina-se a corrente do pensamento econômico liderada por 
John Maynard Keynes (1883-1946), eminente economista inglês, autor da obra 
Teoria geral do emprego, juro e moeda, publicada em 1936. O maior problema 
econômico, a seu ver é suprimir o desemprego e atingir o pleno emprego. Sua teoria é 
macroeconômica e global a sua análise. Procura estudar as reações psicológicas 
individuais dos grandes sujeitos econômicos: consumidor, poupador e empresário 
(variáveis independentes). Knut Wicksell, economista sueco, é por muitos 
considerado como seu inspirador. Com base nas reações psicológicas procurou 
interpretar a propensão marginal a consumir, a eficácia marginal do capital e a taxa 
de juro. 
 
 
 
 
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8 
2 NOÇÕES GERAIS DE ECONOMIA 
 
2.1 Introdução 
 
 Temas de Economia – desemprego; inflação; déficit público; alterações nas taxas de juros; 
aumento de impostos; desvalorização da taxa de câmbio. 
 
Necessidades Humanas x Recursos Produtivos 
ilimitadas limitados 
 
 
Escassez de Bens 
 
ESCASSEZ ≠ POBREZA 
(ter mais desejos do que bens) (ter poucos bens) 
 
 
 Escassez é diferente de limitação de bens (oferta x demanda). 
 
 
 Escassez existe em todos os países do mundo. 
 
 
 Economia = grego “oikos” (casa) e “nomos” (norma, lei) = “oikonomia” = administração da 
“casa” ou da “coisa pública”. 
 
 
 Economia = é a Ciência Social que estuda como as pessoas e a sociedade decidem empregar os 
seus recursos escassos, que poderiam ter utilização alternativa, na produção de bens e serviços, 
de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as 
necessidades humanas. 
 
 
 Cabe a Ciência Econômica, fornecer respostas, tais como: 
 O que é inflação? Quais as suas causas? Como reduzi-la? 
 Por que existe uma distribuição de renda tão desigual de renda? Como reduzir esse problema? 
 O que é desemprego? Por que ocorre esse fenômeno? Como fazer para que o nível de emprego 
aumente? 
 Qual o papel do Governo no bem-estar da população? 
 Como se determinam os preços? 
 O que determina a existência de relação econômica internacionais? 
 
 
 Sistema Econômico = é a forma na qual uma sociedade está organizada em termos políticos, 
econômicos e sociais, para desenvolver as atividades econômicas de produção, troca e consumo 
de bens e serviços (abrangem leis, normas, registros etc.). 
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9 
 Alguns economistas gostam, de maneira humorística, de comparar sistemas econômicos e 
regimes políticos assim: 
 
 
 No SOCIALISMO, você tem duas vacas. O Estado toma uma e a dá a alguém. 
 No COMUNISMO, você tem duas vacas. O Estado toma as duas e lhe dá o leite. 
 No FASCISMO, você tem duas vacas. O Estado toma as duas e lhe vende o leite. 
 No NAZISMO, você tem duas vacas. O Estado toma as duas e mata você. 
 No CAPITALISMO, você tem duas vacas. Você vende uma e compra o touro. 
 
 
 Teorias e Modelos – previsão e explicação de fenômenos. Construir Teorias = extrair 
conhecimentos sobre o funcionamento do Sistema Econômico. Modelo = representação 
simplificada da realidade ou das principais características de uma teoria (palavras, diagramas, 
tabelas, gráficos, equações etc., que possibilitem a simulação de fenômenos, observados 
empiricamente ou não). 
 
 Necessidades Humanas = é a sensação de carência de algo unida ao desejo de satisfazê-la. 
 
 Tipos de Necessidades: 
 Natural = “comer” 
 Necessidades do 
 indivíduo Social = “festa de casamento” 
 
Segundo o 
requerente Coletivos = “transportes” 
 Necessidades da 
 sociedadePúblicos = “ordem pública” 
 
 
 
 Necessidades Vitais ou Primárias = depende da 
 conservação da vida. Ex.: “alimentos”. 
 
Segundo a 
 natureza Necessidades Civilizadas ou Secundárias = tendem 
 a aumentar o bem-estar do indivíduo e variam no 
 tempo, segundo o meio cultural, econômico e social 
 em que se desenvolvem os indivíduos. Ex.: “turismo”. 
 
 Necessidades não-econômicas = são as necessidades que podem ser satisfeitas com bens que 
não podem ser produzidos ou com bens que não precisam ser produzidos. Ex.: Ajuda 
beneficente. 
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10 
 Bem = tudo aquilo que permite satisfazer uma ou várias necessidades humanas, ou seja, um bem 
é procurado porque é útil. 
 
 O Bens são classificados, quanto à raridade: Bens Livres e Bens Econômicos. 
 
 Bens Livres ou Bens Gratuitos = são oferecidos em quantidades maiores que a demanda. Ex.: 
ar, luz solar, o mar etc. (não tem preço). 
 
 Bens Econômicos = são relativamente escassos e supõem a ocorrência de esforço humano na 
sua obtenção (preço > zero). 
 
 Quanto à natureza, os Bens Econômicos são classificados em dois grupos: 
 
 Bens Materiais = são natureza natural (tangíveis), podendo-se atribuir características 
como peso, altura, etc. Ex.: alimentos, roupas, etc. 
 
 Serviços = são intangíveis, suas utilizações são, praticamente, instantâneas, ou seja, 
acabam no momento de sua produção, não podendo ser estocados. Ex.: cuidados médicos, 
serviços advocatícios, serviços de transportes, etc. 
 
 Quanto ao destino, os Bens Materiais classificam-se em: 
 
 Bens de Consumo = são aqueles diretamente utilizados para a satisfação das necessidades 
humanas. Podem ser de uso não-durável (alimentos, gasolina, etc.) ou de uso durável 
(móveis, eletrodomésticos, etc.). 
 
 Bens de Capital (ou Bens de Produção) = são aqueles que permitem produzir outros bens 
(máquinas, computadores, equipamentos, instalações, edifícios, etc.). 
 
 Bens Finais = podemos considerar tantos os bens de consumo quanto os bens de capital, uma 
vez que já passaram por todos os processos de transformação possíveis, ou seja, que estão 
acabados. 
 
 Bens Intermediários = são aqueles que ainda precisam ser transformados para atingir sua forma 
definitiva. Eles são produtos utilizados no processo de produção de outros produtos (insumos), 
sendo também classificados como bens de capital. Ex.: fertilizantes, aço, borracha, tinta, etc. 
 
 Bens Privados = são os produzidos e possuídos privadamente. Ex.: automóveis, televisores, etc. 
 
 Bens Públicos = referem-se ao conjunto de bens gerais fornecido pelo setor público. Ex.: 
educação, saúde, segurança, etc. 
 
 Bens Normais = elevação na renda e elevação nas quantidades compradas. Ex.: alimentos, 
roupas, eletroeletrônicos, etc. 
 
 Bens Inferiores = demanda varia inversamente a renda do consumidor, ou seja, o produto cai 
quando a renda sobe. Ex: carne de 2ª qualidade, batata, etc. 
 
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 Bens Complementares = tendem a aumentar a satisfação do consumidor quando utilizados em 
conjunto. A elevação no preço de um deles produz uma redução na demanda de outro e o inverso 
é verdadeiro. Ex.: pão e manteiga, café e leite, restaurante e música, etc. 
 
 Bens Substitutos (Concorrentes ou Sucedâneos) = consumo de um bem pode substituir o 
consumo do outro bem. Ex.: carne bovina pela carne de frango, manteiga pela margarina, etc. 
 
 Consumo Saciado = são aqueles em relação aos quais os desejos dos consumidores estão 
totalmente satisfeitos após um determinado nível de renda. Aumento da renda do consumidor 
não aumentará a demanda de um determinado bem. 
 
 Coeteris Paribus = tudo o mais permanecendo constante. Ex.: modificar o preço de um 
determinado bem, mantendo constantes: renda do consumidor, preço de bens concorrentes, 
gostos e preferências, expectativas e nicho de mercado (target). Podemos dizer que a quantidade 
demandada desse bem depende do seu preço. 
 
 
2.2 Recursos Produtivos ou Fatores de Produção 
 
 São elementos utilizados no processo de fabricação dos mais variados tipos de mercadorias, as 
quais, por sua vez, são utilizadas para satisfazer necessidades. 
 
 Terra (Recursos Naturais) = todos os recursos naturais existentes, compreendendo não 
somente o solo, que é utilizado para fins agrícolas, mas também o solo utilizado para construção 
de estradas, casas, etc. Ex.: florestas, minérios, água, etc. 
 
 Importante 1: a quantidade de recursos naturais é limitada, até mesmo para nações ricas. 
 
 Trabalho = todo esforço humano, físico ou mental, despendido na produção de bens e serviços. 
Ex.: operário da construção civil, “bóias-frias”, faxineira, médico, advogado, professor, etc. 
 
 Importante 1: o tamanho da população determina a quantidade desse fator de produção, 
importando, é claro, a qualidade do trabalho. 
 
 Importante 2: em qualquer país, a qualidade e tamanho da força de trabalho são 
limitados, o que implica dizer que a quantidade total do recurso denominado Trabalho, 
também o é. 
 
 Capital = conjunto de bens fabricados pelo homem e que não se destinam à satisfação das 
necessidades através do consumo, mas que são utilizados no processo de produção de outros 
bens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Tipos de Capital 
 
 - Capital Fixo: consiste em todo tipo 
 de instrumentos empregados na 
 produção, como edifícios e maquinaria. 
 - Capital Físico Dura vários ciclos de produção. 
 ou Real 
 - Capital Circulante: consiste nos bens 
 em processo de preparação para o 
 consumo, basicamente matérias-primas 
Tipos de e estoques. 
 
 Capital 
 - Capital Humano: educação, formação profissional (know-how) 
 tudo o que eleva a capacidade produtiva dos seres humanos. 
 
 
 - Capital Financeiro: fundos disponíveis para a compra de 
 capital físico ou ativos financeiros. 
 
 
 Capacidade Empresarial = os empresários exercem funções fundamentais para o processo 
produtivo. Eles organizam a produção, reunindo e combinando os demais recursos produtivos, 
assumindo, assim, todos os riscos inerentes à elaboração de bens e serviços, colhendo os ganhos 
do sucesso (LUCROS) ou as perdas do fracasso (PREJUÍZOS). 
 
 O preço pago pela utilização dos serviços dos fatores de produção irá constituir na renda dos 
proprietários desses fatores (máquinas, equipamentos, etc.). 
 
 Remuneração dos Proprietários de Recursos: 
 
 Terra aluguel (não é considerado como renda) 
 Trabalho salário (produtividade) 
 Capital juros (empréstimos) 
 Capacidade Empresarial lucro (remuneração de recursos)FATEC 
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2.3 Agentes Econômicos: 
 Famílias todos os indivíduos ou unidades familiares da economia e que, no papel de 
consumidores, adquirem os mais diversos tipos de bens e serviços, com o objetivo de atender às 
suas necessidades. 
 
 Empresas unidades encarregadas de produzir e/ou comercializar bens e serviços. A 
produção é realizada por meio da combinação dos fatores produtivos adquiridos juntos às 
famílias. Tanto na aquisição de recursos produtivos quanto na venda de seus produtos, as 
decisões das empresas são guiadas pelo objetivo de se conseguir o máximo lucro. 
 
 Governo inclui todas as organizações que, direta ou indiretamente, estão sob o controle 
do Estado (esferas federais, estaduais e municipais). Intervém no sistema econômico atuando 
como empresário e produzindo bens e serviços através de suas empresas estatais; em outras, ele 
age como comprador – quando, além de contratar serviços, adquire materiais, equipamentos, etc. 
– , tendo em vista a realização de suas tarefas; outras vezes, ainda, o governo intervém no 
sistema econômico por meio de regulamentos e controles com a finalidade de disciplinar a 
conduta dos demais agentes econômicos. 
 
 Mercados = local ou contexto em que os compradores (demanda) e vendedores (oferta) de bens, 
serviços ou recursos estabelecem contatos e realizam transações. 
 
RENDA ≠ RIQUEZA 
 
 Renda = ganho em um determinado período de tempo. Por exemplo: salário de R$ 
2.000,00/mês ou R$ 24.000,00/ano. 
 Riqueza = constituída pelo valor total das coisas que você possui (dinheiro em mãos, 
dinheiro em contas bancárias, ações, conjunto de bens que constituem seu patrimônio / 
propriedades, obras de arte, etc.) menos tudo o que você deve (hipotecas de residências, 
débitos em cartões de crédito, empréstimos pessoais, etc.). 
 
 Demografia = ciência cujo objetivo é estudar o estado, o movimento e o desenvolvimento das 
populações. 
 
 
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 População 
 População dependente 
 População ativa 
 População economicamente ativa 
o População ocupada 
o Desempregados 
 Pessoas que exercem atividades não-remuneradas 
 Padrão de vida: é o nível de satisfação alcançado pelas pessoas que fazem parte de um sistema 
econômico, quando consomem os bens e serviços por ele produzidos. 
 
 Alocação de recursos: é a forma como os fatores de produção são organizados pelo mercado, 
para que produzam bens e serviços que atendam às necessidades das pessoas. 
 
 Teoria Econômica: é composta da Microeconomia e Macroeconomia. 
 
 Microeconomia: é a parte da teoria econômica que estuda os agentes econômicos 
individualmente, como o consumidor e a empresa. 
 
 Macroeconomia: é a parte da teoria econômica que estuda os agentes econômicos em seu 
conjunto. Tem como objetivo principal determinar os fatores que interferem no nível total da 
renda e do produto de uma economia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3 QUESTÕES ECONÔMICAS FUNDAMENTAIS DECORRENTES DO PROBLEMA DA 
ESCASSEZ E DA NECESSIDADE DE ESCOLHA 
 
3.1 Questões Econômicas Fundamentais 
 
 A sociedade não dispõe de recursos produtivos em quantidade suficiente para produzir tudo o 
que a população deseja. Dessa forma, toda sociedade, qualquer que seja sua organização política 
defronta-se com três questões econômicas básicas decorrentes do problema da escassez: 
 
a) O que e quanto produzir? 
Indica que é necessário identificar a natureza das necessidades humanas, para saber quais 
bens e serviços produzir e, também, reconhece a limitação existente na disponibilidade dos 
fatores produtivos (produzir mais ou menos alimentos?). 
 
b) Como produzir? 
A sociedade tem de decidir a maneira pela qual o conjunto de bens escolhido será produzido. 
Esses bens podem ser obtidos mediante diferentes combinações de recursos e técnicas, 
devendo optar pela técnica que resulte no menor custo por unidade de produto a ser obtido. 
 
c) Para quem produzir? 
Após ter decidido que bens produzir e como produzi-los, a sociedade tem de tomar uma 
terceira decisão fundamental: quem irá receber esses bens e serviços? A produção total deve 
ser dividida / distribuída entre diferentes indivíduos que compõem a sociedade. De que 
maneira essa distribuição ocorrerá? Será que todas as pessoas receberão a mesma 
quantidade de bens e serviços? Ou será que a distribuição de bens e serviços será feita 
segundo a contribuição de cada um à produção? Ou a cada um segundo a sua necessidade? 
 
 
3.2 A Curva (Fronteira) de Possibilidades de Produção 
 
 Três hipóteses básicas são necessárias para que possamos desenvolver o modelo da “Curva de 
Possibilidades de Produção”: 
 
a) Existência de uma quantidade fixa de recursos (qualidade e quantidade permanecem 
inalteradas durante o período de tempo da análise). 
 
b) Existência de pleno emprego dos recursos (a economia opera com todos os fatores de 
produção plenamente empregados e produzindo o maior nível de produto possível). 
 
c) A tecnologia permanece constante. 
 
 
 
 
 
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3.3 Case 1: Uma fazenda e sua Fronteira de Possibilidades de Produção 
 
 fazenda já constituída (extensão de terra, instalações, máquinas e equipamentos e trabalhadores); 
 
 fazendeiro possui habilidades técnicas para plantar qualquer commodity (know-how). 
 
 decisão do fazendeiro = o que e como produzir e de que maneira os seus recursos produtivos 
serão distribuídos? 
 
 Quadro 1: 
 
ALTERNATIVA SOJA (Kg.) MILHO (Kg.) 
 A 0 8.000 
 B 1.000 7.500 
C 2.000 6.500 
D 3.000 5.000 
E 4.000 3.000 
F 5.000 0 
 
Milho (Kg.) 
 A 
 8.000 B 
 7.500 --------------------------------- - 
 7.000 
 6.500 ---------------------------------------------------------- C H 
 6.000 
 
 5.000 ------------------------------------------------------------------------------- D 
 
 4.000 
 
 3.000 --------------------------------------------------------------------------------------------- E 
 G 
 2.000 
 
 1.000 
 
 
 F 
 
 0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 Soja (Kg.) 
 
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 Eficiência Produtiva = quando estivermos situados sobre a fronteira (ao longo da linha “AF”), 
na qual o aumento da produção de soja, significa redução da produção de milho. 
 
 Custo de Oportunidade = expressão utilizada para exprimir os custos no que se refere às 
alternativas sacrificadas.Por exemplo: se estivermos no ponto “D”, significa que teremos de 
sacrificar 1.500 Kg. de milho. Assim, o custo de oportunidade dos 1.000 Kg. de soja será dado 
pelos 1.500 Kg. de milho. 
 
 Em síntese, para que tenhamos a ocorrência de “Custo de Oportunidade” é preciso não só que os 
recursos sejam limitados, mas que estejam sendo plenamente utilizados. 
 
 Desde cedo temos de fazer escolhas por causa da escassez. Assim o maior valor de 
oportunidade ou alternativa não escolhida vem a ser o que chamamos de custo de 
oportunidade (ir à faculdade, dessa forma negou-se a outros benefícios tais como: jogar futebol, 
ir ao cinema, tomar cerveja com os amigos = sacrifício). 
 
 No ponto “G” temos, utilização abaixo de suas possibilidades, podendo ser pelos recursos 
produtivos estarem ociosos (terras inativas, trabalhadores desocupados, etc.). Nesse caso, tem de 
se fazer um melhor planejamento, uma vez que se continuar assim, poderá haver 
desemprego e, até mesmo, “quebrar” a fazenda / empresa. 
 
 No ponto “H” temos, há concorrente com uma melhor performance, seja em tecnologia, 
qualificação do pessoal ou know-how do seu proprietário. Nesse caso, é de suma importância 
haver novos investimentos, pois, corremos risco de perdermos mercado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 ORGANIZAÇÃO ECONÔMICA 
 
 Soluções para os problemas centrais de uma sociedade irão depender, fundamentalmente, do tipo 
de organização econômica vigente. 
 
 Existem três formas da sociedade organizar sua economia: 
 Economia de Mercado; 
 Economia Planificada Centralmente; e 
 Economia Mista. 
 
4.1 Economia de Mercado 
 Propriedade privada dos meios de produção (fábricas e terra), buscando o lucro (concorrência). 
 Sistemas de Preços = mecanismo de preço automático, inconsciente e sinalizador de 
comportamento dos consumidores e empresários (demanda e oferta). 
 Mão Invisível (Adam Smith) = coordenação invisível entre os agentes econômicos (famílias e 
empresas) que se preocupam em resolver seus próprios problemas de forma egoísta. 
 Preço = variações causadas pela oferta e pela demanda. 
 Governo = não deve intervir no mercado, mas sim, atender as necessidades coletivas, proteger a 
liberdade econômica e zelar pelo livre jogo de oferta e demanda. 
 
4.2 Economia Planificada Centralmente 
 Típica de países socialistas. 
 O Estado toma decisão de: o que e quanto, como e para quem produzir. 
 A política e a economia (regras) são feitas de acordo coma vontade do Estado. 
 
4.3 Economia Mista 
 Mescla dos dois sistemas anteriores. 
 Empresas estatais e privadas. 
 Estado utiliza leis para tomar providências, evitando abusos do mercado. 
 
 
 
 
 
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5 DEMANDA, OFERTA E EQUILÍBRIO DE MERCADO 
 
5.1 Demanda (Procura) 
 É a aspiração, desejo e não a efetivação da compra. 
 Quantidade de demanda depende do preço. 
 Quanto maior o preço do bem menor a quantidade a comprar. 
 Quanto menor o preço do bem maior a quantidade a comprar. 
 Influência de gostos e preferências, renda disponível, preços de outros bens e condições de 
pagamentos. 
 Curva de Demanda de Mercado = mostra a relação entre a quantidade demandada de um bem 
por todos os indivíduos e seu preço, mantendo constantes as outras variáveis (gosto, renda, preço 
de outros bens e condições de pagamentos). 
 
5.2 Oferta 
 É a aspiração, desejo e não a efetivação da venda. 
 Quanto maior o preço do bem maior a quantidade a oferecer. 
 Quanto menor o preço do bem menor a quantidade a oferecer. 
 Depende de um conjunto de fatores: a tecnologia, os preços dos fatores de produção (terra, 
trabalho, capital e capacidade empresarial) e o preço do bem que se deseja oferecer. 
 Curva de Oferta Individual = expressão gráfica da relação numérica entre o preço do bem e a 
quantidade oferecida. 
 Curva de Oferta de Mercado = mostra a relação entre a quantidade de um bem oferecido por 
todos os produtores e o seu preço, mantendo constantes os outros fatores (tecnologia, preço dos 
fatores de produção, etc.). 
 
5.3 Equilíbrio de Mercado 
 Quando colocamos em contato consumidores e produtores com seus relativos planos de 
consumo e produção, isto é, com suas respectivas curvas de demanda e de oferta em um mercado 
particular, podemos analisar como acontece a interação entre ambos os agentes econômicos. 
 Isoladamente, nem a curva de demanda nem a curva de oferta poderiam nos dizer até onde 
podem chegar os preços ou em que medida os planos dos consumidores e dos produtores são 
compatíveis. 
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 Devemos realizar um estudo conjunto de ambas as curvas e proceder por tentativa e erro, 
analisando para cada preço a possível competitividade entre a quantidade vendida e a 
demandada. 
 Preço de Equilíbrio = é aquele em que coincidem os planos dos demandantes ou consumidores 
e dos ofertantes ou produtores. Costuma-se dizer que o preço de equilíbrio zera o mercado. 
 Exemplo: 
 
 PREÇO (R$/Kg) QTDE. DEMANDADA (ton.) QTDE. OFERTADA (ton.) SITUAÇÃO DO MERCADO 
 
 10,00 20 150 EO 
 7,00 50 120 EO 
 4,00 80 80 EM 
 2,00 110 40 ED 
 1,00 130 20 ED 
 
 PREÇO 
 EO 
 10,00 --------------------------------------------------------------- 
 Curva de 
 7,00 ---------------------------------------------------- Oferta 
 
 4,00 ------------------------------------ EM 
 
 2,00 ----------------------------------------------- 
 Curva de 
 1,00 ----------------------------------ED------------------- Demanda 
 
 0 20 50 80 110 130 Qtde. (tonelada) 
 40 120 150 
 
Legenda – Situação do Mercado: 
EO = Excesso de Oferta ou Excedente. 
EM = Equilíbrio de Mercado. 
ED = Excesso de Demanda ou Escassez. 
 
 
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5.4 Mudanças no Preço de Equilíbrio 
 
 Deslocamento da demanda para a direita: a um dado preço, os consumidores estão 
dispostos a consumir quantidades maiores de um determinado bem. 
 
 Deslocamento da demanda para a esquerda: a um dado preço, os consumidores estão 
dispostos a consumir quantidades menores de um determinado bem. 
 
 Deslocamento da oferta para a direita: a um dado preço, os produtores estão dispostos a 
produzir quantidades maiores de um determinado bem. 
 
 Deslocamento da oferta para a esquerda: a um dado preço, os produtores estão dispostos a 
produzir quantidades menores de um determinado bem. 
 
 Excesso de demanda: ocorre quando o preço de um bem é menor do que o preço de 
equilíbrio. É a diferença entre a quantidade de um bem que os consumidores estão dispostos 
a comprar e a quantidade que os produtores colocam no mercado. 
 
 Excesso deoferta: ocorre quando o preço de um bem é maior do que o preço de equilíbrio. 
É a diferença entre a quantidade que os produtores colocam no mercado e a quantidade que 
os consumidores estão dispostos a comprar. 
 
5.5 Deslocamento da Curva da Demanda 
 
Os principais fatores que influenciam na mudança/deslocamento da curva de demanda: 
 
a) A renda dos consumidores: 
Quando aumenta a renda do consumidor, este gastará mais e demandará maior quantidade de 
bens (bens normais e inferiores). 
 
Figura 4.1 – Deslocamento da Curva da Demanda de CDs 
 
Preço (R$) CDs 
 CD1 CD2 
 30,00 
 deslocamento para direita 
 
 20,00 ------------------------------------ 
 
 
 10,00 
 
 0 
 1 2 3 4 quantidade de CDs (milhões/ano) 
 
O deslocamento se faz para direita da curva de demanda de CDs, originado por alguns dos 
fatores analisados, tais como, aumento da renda, elevação do preço de um bem substituto ou 
aumento da preferência pelos CDs. Implica que a quantidade demandada aumenta a cada um dos 
preços. 
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 Bens de 1ª necessidade = quando aumenta a renda a quantidade demandada do bem aumenta 
em menor proporção. 
 Bens de luxo = quando aumenta a renda a quantidade demandada do bem aumenta em maior 
proporção. 
 
b) Os preços dos bens relacionados 
É a quantidade demandada de um bem que depende das variações dos preços dos bens 
relacionados a ele. Por exemplo, se o preço de CDs aumentar haverá uma tendência do aumento da 
compra de pendrives. 
 
Em termos gráficos, um aumento no preço de CDs provoca um deslocamento da curva de 
demanda de CDs para a esquerda e provoca um deslocamento da curva de demanda de pendrives 
para direita. 
 
c) Mudanças nos gostos ou preferências dos consumidores 
Os gostos também experimentam alterações que podem ocasionar deslocamento na curva da 
demanda. 
 
As preferências dos consumidores podem-se alterar simplesmente porque os gostos se 
modificam com o decorrer do tempo ou devido a campanhas publicitárias. 
 
Caso os gostos variem no sentido de que se deseja demandar maior quantidade de um 
determinado produto, a curva da demanda será deslocada para direita, enquanto a mudança das 
preferências for no sentido contrário, o deslocamento será para esquerda. 
 
5.6 Deslocamento da Curva da Oferta 
a) Preços dos fatores de produção 
Caso haja redução dos salários que se pagam aos trabalhadores, os custos de produção de 
CDs, por exemplo, diminuirão e as empresas contratarão mais trabalhadores e serão oferecidos mais 
CDs pelo mesmo preço (deslocamento para direita). 
 
b) Tecnologia existente 
 Conjunto de técnicas ou métodos conhecidos para produzir um determinado bem ou serviço. 
Qualquer melhora na tecnologia permite produzir e vender a quantidade dada de um bem a um preço 
menor, permitindo que as empresas elevem a quantidade ofertada deste bem a qualquer preço 
(deslocamento para direita). Por exemplo, aquisição de uma máquina que permite aumentar a 
produtividade de CDs com menor custo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 4.2 – Deslocamento da Curva da Oferta de CDs 
 
Preço (R$) CDs 
 CD1 CD2 
 30,00 
 deslocamento para direita 
 
 20,00 ------------------------------------ 
 
 
 10,00 
 
 0 
 1 2 3 4 quantidade de CDs (milhões/ano) 
 
 5.7 Deslocamento das Curvas da Demanda e Oferta e movimentos ao longo das mesmas 
 
a) Movimentos ao longo da curva da demanda e deslocamento da mesma 
Os movimentos ao longo da curva da demanda de um bem, por exemplo, CDs, acontecem 
como conseqüência de uma mudança nos preços dos CDs. 
 
Os deslocamentos da curva da demanda (CDs) se devem as alterações de alguns outros 
fatores, que não o preço, como por exemplo, a renda dos consumidores. 
 
Dessa forma, as mudanças nas condições de mercado – isto é, mudanças nos fatores que 
incidem sobre a demanda e a oferta, exceto o preço do bem em questão – motiva “deslocamentos” 
da curva da demanda, enquanto as variações no preço originam “movimentos” ao longo da curva. 
 
Figura 4.3 – Mudanças na Demanda de CDs 
 
 Preço CDs 
 D1 D2 
 
 P2 ----------- B 
 
 
 
 A 
 P1 ------------------------------------------------- C 
 
 0 
 Q2 Q1 Q3 Quantidade da demanda 
 
Os movimentos ao longo da curva da demanda acontecem quando muda o preço de A 
para B, enquanto os deslocamentos da demanda são produzidos quando se altera algum 
dos fatores, exceto o preço, que incidem na demanda (A para C). 
 
Importante: Mudanças na demanda são diferentes de mudanças na quantidade demandada. 
b) Deslocamentos da curva da oferta e sua incidência sobre o preço e a quantidade de 
equilíbrio 
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Análise em dois mercados diferentes: o trigo e o da cevada. Suponhamos que diminua o 
preço dos fertilizantes, o que implica na diminuição dos custos de produção do trigo e da 
cevada. 
 
Figura 4.4 – Deslocamentos da curva da oferta e seus efeitos sobre o preço e a quantidade de equilíbrio 
 
MERCADO DO TRIGO (A) 
 Preço (R$) 
 Trigo (Kg) O0 O1 
 
 
 
 P0 = 1,00 ------------------- 
 
 
 P1 = 0,50 -------------------------------- 
 
 D 
 
 0 
 Q0 = 10 Q1 = 12 Qtde. trigo (milhões/Kg) 
 
=================================================================== 
 MERCADO DA CEVADA (B) 
 Preço (R$) 
 Cevada (Kg) O0 O1 
 
 
 
 P0 = 1,00 ------------------- 
 
 
 P1 = 0,70 -------------------------------- 
 
 D 
 
 0 
 Q0 = 5 Q1 = 9 Qtde. cevada(milhões/Kg) 
 
Quando se reduz o preço do capital, os custos da produção diminuem e a curva da oferta desloca-se 
para direita de O0 para O1 (redução do preço do fertilizante). A incidência sobre o preço e a 
quantidade de equilíbrio sobre cada mercado depende da inclinação da curva da demanda (analisar o 
preço e a quantidade do trigo e da cevada). 
 
 
 
 
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6 ELASTICIDADES 
Empresários querem saber se as mudanças nos preços elevarão ou reduzirão a receita total, 
ou seja, qual o resultado da multiplicação do preço pela quantidade vendida. 
 
 Preço (R$) Quantidade 
demandada (ou 
vendida) por dia 
Receita total por dia 
(R$) 
Situação inicial 
Situação final 
Caso 1 
Caso 2 
 
100 
 
80 
80 
300 
 
340 
390 
30.000 
 
27.200 
31.200 
Fonte: TROSTER & MOCHÓN, 2002, p.144. 
 
Quando se reduz o preço de venda, passando de R$ 100,00 para R$ 80,00 / unidade, a 
quantidade demandada aumenta. De qualquer modo, o resultado para a empresa será muito diferente 
se estivermos no Caso 1 ou no Caso 2. 
 
Em ambas as situações, a quantidade demandada aumenta, porém no Caso 1 a receita 
diminui, enquanto no Caso 2 a receita total aumenta em relação à situação inicial, na qual a empresa 
obtinha R$ 30.000,00. O sentido da variação da receita total quando muda o preço depende da 
“sensibilidade da quantidade demandada”. Isso se expressa por meio do conceito de Elasticidade da 
Demanda. 
 
6.1 Elasticidade-Preço da Demanda (Ed) 
A elasticidade-preço da demanda (Ed) mede o grau em que a quantidade demandada 
responde às variações de preço de mercado e se expressa como o quociente entre a variação 
percentual da quantidade demandada do bem, produzida por uma variação de seu preço em 1%, 
mantendo-se constantes todos os demais fatores (coeteris paribus) que afetam a quantidade 
demandada. 
 ( ∆ Q / Q) x 100 
Ed = ______________ 
 
 ( ∆ P / P) x 100 
 
6.2 Elasticidade no Ponto (Ed) 
 ( ∆ Q / Q) 
Ed = ______________ 
 
 ( ∆ P / P) 
 
 
 
 
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6.3 Classificação da Elasticidade-Preço da Demanda (Ed) 
 6.3.1 Demanda Elástica (Ed > 1) 
 Exemplo: suponhamos que uma redução de 10% no preço de um produto provoque uma 
elevação de 40% na quantidade demandada. Nessas condições o coeficiente de elasticidade-preço 
será: 
 40% 
Ed = _______ = 4 
 
 10% 
 
Isso indica que se trata de um produto que tem grande sensibilidade a variações de preço, 
uma vez que a variação percentual da quantidade foi quatro vezes maior que a variação percentual 
de preço que lhe deu origem. 
 
RECEITA TOTAL 
 
PREÇO 
AUMENTA DIMINUI 
 
DIMINUI 
 
AUMENTA 
 
6.3.2 Demanda Inelástica (Ed < 1) 
 Exemplo: suponhamos que uma redução de 10% no preço de um produto provoque uma 
elevação de 5% na quantidade demandada. Nessas condições o coeficiente de elasticidade-preço 
será: 
5% 1 
Ed = _______ = ______ = 0,5 
 
10% 2 
 
Isso indica que se trata de um produto cujas variações de preços provocam poucas reações 
nos consumidores, ou seja, há baixa sensibilidade ao que acontece com os preços de mercado, uma 
vez que a variação percentual de preço provoca uma variação percentual relativamente menor nas 
quantidades demandadas. 
 
RECEITA TOTAL 
 
PREÇO 
AUMENTA AUMENTA 
 
DIMINUI 
 
DIMINUI 
 
 
 
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6.3.3 Demanda com Elasticidade Unitária (Ed = 1) 
 Exemplo: suponhamos que uma redução de 10% no preço de um produto provoque uma 
elevação de 10% na quantidade demandada. Nessas condições o coeficiente de elasticidade-preço 
será: 
 10% 
Ed = _______ = 1 
 
 10% 
 
Isso indica que a variação percentual na quantidade demandada é igual à variação percentual 
no preço que a ocasionou. 
 
RECEITA TOTAL 
 
PREÇO 
NÃO MUDA AUMENTA 
 
NÃO MUDA 
 
DIMINUI 
 
 
 
6.4 Elasticidade-Renda da Demanda (Er) 
A Elasticidade-Renda da Demanda (Er) mede a sensibilidade da demanda a mudanças de 
renda. Ela é definida como sendo a variação percentual na quantidade demandada dividida pela 
variação percentual na renda do consumidor, coeteris paribus, ou seja, com os demais fatores que 
influenciam a demanda permanecendo inalterados. 
 
 Q2 – Q1 
 % ∆ Q Q1 + Q2 
Er = _________ = __________ 
 
 % ∆ R R2 – R1 
 R1 + R2 
 
6.4.1 Bem Normal – Er > 0 (Elasticidade-Renda positiva) 
Quando for positivo (Er > 0), o bem será considerado normal, indicando que as relações 
renda-quantidade demandada tenderão a ser de natureza direta. 
 
Para a maioria dos bens e serviços, um aumento na renda leva a um aumento da demanda 
(isto é, um deslocamento para a direita da curva da demanda). Esse é o caso dos bens normais, cujo 
consumo cresce quando a renda aumenta. Observa-se que o bem é considerado normal, 
independentemente de seu coeficiente ser unitário, alto ou baixo. 
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6.4.2 Bem Inferior – Er < 0 (Elasticidade-Renda negativa) 
Quando for positivo (Er < 0), tem-se o caso dos bens inferiores, ou seja, aqueles que, 
quando ocorre elevação na renda, trazem, como conseqüência uma redução de seu consumo. 
 
 Por exemplo, um aumento de 10% na renda provoca uma diminuição de 5% na quantidade 
demandada. 
– 5% 1 
Er = _______ = – _________ 
 
10% 2 
 
6.4.2 Er = 0 (Elasticidade-Renda nula) 
No caso de o coeficiente de elasticidade ser nulo, diz-se que a demanda é perfeitamente 
inelástica (anelástica) em relação à renda. As quantidades demandadas permanecem constantes 
(coeteris paribus), independentemente de variações no nível de renda do consumidor. 
 
 Por exemplo, um aumento de 10% na renda não provoca nenhuma alteração na quantidade 
adquirida do produto. Esse é o caso dos bens saciado cujo consumo não se altera quando a renda 
aumenta. 
 0% 
Er = _______ = 0 
 
10% 
 
6.5 Elasticidade-Preço Cruzada da Demanda (Exy) 
A quantidade demandada de uma particular mercadoria é afetada não somente pelo seu 
preço, mas também pelo preço dos bens relacionados a ela. Se os bens estão relacionados, então eles 
são classificados como substitutos ou complementares. A mudança no preço de um bem, caso ele 
seja substituto ou complementar, pode afetar a quantidade demandada de outro bem. A Elasticidade-
Preço Cruzada da Demanda (Exy) mede o efeito que a mudança no preço de um produto provoca 
na quantidade demandada de outro produto, coeteris paribus. Mais formalmente, se tivermos dois 
bens, X e Y, a elasticidade-preço cruzada da demanda, pela fórmula do ponto médio será dada por: 
 
 ∆Qx 
 Qx 
Exy = _________ 
 ∆Py 
 Py 
 
 
 
 
 
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 6.5.1 Exy > 0 (Bens Substitutos) 
Exemplo: um aumento no preço do bem Y provoca uma elevação na quantidade demandada 
do bem X. Suponhamos, então, que o preço do bem Y se eleve de R$ 2,00 para R$ 3,00, provocando 
um aumento na quantidade demandada do bem X de 2 para 4 unidades.Qx2 – Qx1 4 – 2 
 Qx1 + Qx2 2 + 4 
Exy = _________ = __________ = 1,66 
 
 Py2 – Py1 3 – 2 
 Py1 + Py2 2 + 3 
 
Esse resultado indica que Exy > 0. Segue-se então que os bens X e Y são substitutos. 
 
6.5.2 Exy < 0 (Bens Complementares) 
Exemplo: um aumento no preço do bem Y provoca uma redução na quantidade demandada 
do bem X. Suponhamos, então, que o preço do bem Y se eleve de R$ 2,00 para R$ 3,00, provocando 
um aumento na quantidade demandada do bem X de 4 para 3 unidades. 
 
 Qx2 – Qx1 3 – 4 
 Qx1 + Qx2 4 + 3 
Exy = _________ = __________ = – 0,71 
 
 Py2 – Py1 3 – 2 
 Py1 + Py2 2 + 3 
 
Esse resultado indica que Exy < 0. Segue-se então que os bens X e Y são complementares. 
 
6.5.3 Exy = 0 (Bens Independentes) 
Exemplo: um aumento no preço do bem Y não provoca nenhuma alteração na quantidade 
demandada do bem X. Suponhamos que X seja automóvel e Y seja café. Se o preço do café se 
elevar de R$ 10,00 para R$ 25,00, a quantidade demandada de automóveis permanecerá constante 
em 1 milhão. 
 Qx2 – Qx1 
 Qx1 + Qx2 0 / 1.000.000 
Exy = _________ = ____________ = 0 
 
 Py2 – Py1 25 – 10 
 Py1 + Py2 25 + 10 
Esse resultado indica que Exy < 0. Segue-se então que os bens X e Y são complementares. 
 
 
 
 
 
 
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6.6 Elasticidade da Oferta (Eo) 
Da mesma forma que na demanda, a elasticidade da oferta é um importante instrumento para 
analisar mercados. A Elasticidade da Oferta (Eo) é a medida da sensibilidade da quantidade 
ofertada em resposta a mudanças de preços. A fórmula utilizada para calcular a elasticidade da 
oferta é basicamente a mesma utilizada para calcular a elasticidade –preço da demanda. Nesse 
caso, entretanto, a mudança na quantidade refere-se à quantidade ofertada. Mais formalmente, 
define-se a elasticidade da oferta como a variação percentual na quantidade ofertada dividida pela 
variação percentual no preço. 
 ( ∆ Qo / Qo) P ∆ Qo 
Eo = ______________ = ___________ x ___________ 
 ( ∆ P / P) Qo ∆ P 
 
6.6.1 Oferta Elástica 
Se a variação percentual na quantidade ofertada for maior e na mesma direção que a variação 
percentual do preço, o coeficiente de elasticidade-preço da oferta se denominará elástico. 
 ∆ % Qo 
Eo = ______________ > 1 
 ∆ % P 
 
Figura 5.1 – Curva de Oferta Elástica 
 Preço ($/unid) 
 O 
 P2 ----------------------------------------------- 
 10% Eo > 1 
 
 
 P1 --------------------- 
 20% 
 
 
 
 
 0 
 Qo1 Qo2 Qtde.(unidades/mês) 
 
 
 
 
 
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6.6.2 Oferta Inelástica 
Se a variação percentual na quantidade ofertada for menor e na mesma direção que a 
variação percentual do preço, o coeficiente de elasticidade-preço da oferta se denominará inelástico. 
 ∆ % Qo 
Eo = ______________ < 1 
 ∆ % P 
 
Figura 5.2 – Curva de Oferta Inelástica 
 Preço ($/unid) 
 O 
 P2 ----------------------------------------------- 
 10% Eo < 1 
 
 
 P1 ------------------------------------ 
 5% 
 
 
 
 
 0 
 Qo1 Qo2 Qtde.(unidades/mês) 
 
6.6.3 Oferta com Elasticidade Unitária 
Se a variação percentual na quantidade ofertada for igual e na mesma direção que a variação 
percentual do preço, o coeficiente de elasticidade-preço da oferta será unitário. 
 ∆ % Qo 
Eo = ______________ = 1 
 ∆ % P 
 
Figura 5.3 – Curva de Oferta com Elasticidade Unitária 
 Preço ($/unid) 
 O 
 P2 ----------------------------------------------- 
 10% Eo = 1 
 
 
 P1 ------------------------------- 
 10% 
 
 
 
 
 0 
 Qo1 Qo2 Qtde.(unidades/mês) 
 
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7 SETOR PÚBLICO 
7.1 Conceito = entende-se por setor público mais do que somente Estado-Nação das organizações 
políticas atuais. Os órgãos e administrações públicas que compõem o setor público têm ao menos 
três níveis de governo. 
 
 Setor público Empresas Financeiras 
 Produtivo Estatais Não-financeiras 
 
 
Unidades Estados 
 Territoriais Municípios 
 Territórios 
Setor 
Público 
 Administração Previdência Sistema de Previdência Social 
 Pública Social Outras administrações 
 
 
Administração Autarquias 
 Central Estado 
 
 
Fonte: Estrutura do Setor Público Brasileiro (TROSTER & MOCHÓN, 2002) 
 
7.2 Funções do Setor Público: 
 
 Fiscalizadora (estabelecer e cobrar impostos) 
 
 Reguladora (leis e disposições administrativas) 
 
 Provedora de bens e serviços (empresas públicas – escolas, hospitais etc.) 
 
 Redistributiva (modificar a distribuição de renda – regiões) 
 
 Estabilizadora (controle agregados econômicos – produção) 
 
7.3 Impostos: 
 
 Impostos= imposição do Estado a indivíduos e empresas. 
 
 Impostos Diretos = incidem sobre o contribuinte e não sobre os bens. Ex.: IRPF. 
 
 Impostos Indiretos = incidem no momento de compra dos bens e serviços. Ex.: 
ICMS. 
 
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 Transferências = provisões que se realizam sem a provisão correspondente de bens e 
serviços por parte do receptor – garantir a base mínima – Ex.: seguro-desemprego e 
pensões. 
 
 Intervenção Direta no Mecanismo de Mercado = imposição de regras. Ex.: salário 
mínimo, congelamento de preços. 
 
7.4 Teorias: 
 
 Monetaristas (não à intervenção) – Friedman 
 
 Livre jogo das forças do mercado equilibrando o pleno emprego. 
 
 Estado deve controlar somente o volume do dinheiro. 
 
 Keynesianos (sim à intervenção) – John Maynard Keynes 
 
 Não acreditam na tese do livre jogo das forças do mercado equilibrando o pleno 
emprego. 
 
 Intervenção do Estado mediante as políticas monetária e fiscal para estabilizar a 
economia. 
 
 
7.5 Flutuações ou Ciclos Econômicos: 
 
 DEPRESSÃO – ponto mínimo do ciclo 
 
 RECUPERAÇÃO – fase ascendente do ciclo 
 
 AUGE – ponto máximo do ciclo 
 
 RECESSÃO – fase descendente do ciclo 
 
 
7.6 Objetivos do Setor Público: 
 
 MAIOR NÍVEL POSSÍVEL DE EMPREGO 
 
 A ESTABILIDADE DE PREÇOS 
 
 O CRESCIMENTO ECONÔMICO 
 
 TARGET – busca de progresso econômico e social do país, conseqüentemente, a 
distribuição de renda e equilíbrios dos intercâmbios comerciais. 
 
 
 
 
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7.7 Instrumentos do Setor Público: 
 
 POLÍTICA MONETÁRIA* e POLÍTICA FISCAL 
 
*A Política Monetária será abordada no 2º semestre em Macroeconomia. 
 
6.7.1 Política Fiscal: 
 
 CONCEITO – decisões do Governo que se referem ao gasto público e aos impostos. 
 
 IMPOSTOS – são receitas públicas criadas por lei e de cumprimento obrigatório para 
os sujeitos contemplados por ela. 
 
 REDUÇÃO OU AUMENTO DOS IMPOSTOS – Redução: quando o Governo quer 
estimular a produção e consumo para aumentar a oferta de empregos. Aumento: o 
inverso da redução. 
 
 
7.8 Orçamento do Setor Público: 
 
 CONCEITO – é uma descrição de seus planos de gasto e financiamento. 
 
 
 Orçamento do Setor Público = Receitas Públicas – Gastos Públicos 
 
 
 SUPERÁVIT X DÉFICIT X EQUILÍBRIO 
 
a) A Política Fiscal Expansiva 
 
Impostos Consumo Privado 
 
 Produção e Emprego 
 
Gasto Público Demanda Agregada 
 
 
 
b) A Política Fiscal Recessiva 
 
Impostos Consumo Privado 
 
 Produção e Emprego 
 
Gasto Público Demanda Agregada 
 
 
OBS.: Economia com setor público os componentes da Demanda Agregada são: consumo 
privado, investimento e gasto público. 
 
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7.9 Caráter “Automático” da Política Fiscal: 
 
 POLÍTICAS DISCRICIONÁRIAS (dependem da decisão ou arbítrio dos seus 
condutores) – são as que exigem medidas explícitas, tais como: 
 
 Programas de obras públicas e outros gastos (gerar trabalho – aumentar 
emprego – aumento da dívida); 
 
 Projetos públicos de emprego (trabalho de curta duração – aumentar 
emprego – não garante qualificação e emprego fixo); 
 
 Programas de transferências (além do seguro-desemprego, das pensões, 
contribui com frentes de trabalho no Nordeste – difícil resultado); 
 
 Alteração dos tipos de impostos (política anticíclica – redução dos impostos 
– estimular a demanda – dificuldade em aumentar novamente/politicamente 
não correta e impopular). 
 
 DEPRESSÃO – período prolongado de baixa atividade econômica e elevado 
desemprego. 
 
 ESTABILIZADOR AUTOMÁTICO – qualquer ação do sistema econômico que 
tende a reduzir mecanicamente as forças da recessão e/ou expansão da demanda, sem 
necessidade das medidas discricionárias. 
 
 CICLOS ECONÔMICOS - são flutuações da atividade econômica global 
caracterizadas pela expansão ou pela contração simultânea da produção na maioria 
dos setores. 
 
 EXEMPLOS – seguro-desemprego exerce uma pressão estabilizadora, pois reduz a 
demanda quando ela é excessiva ou colabora para manter o nível de consumo, se a 
atividade está descendente. 
 
 OUTROS EXEMPLOS: Pensões, poupanças, dividendos. 
 
 
7.10 Enfoque Clássico ou Monetarista: 
 
 A economia tem mecanismos autocorretores – não há necessidade do setor público. 
 
 Em curto prazo podem aparecer flutuações na atividade econômica, porém no longo 
prazo ela tende ao pleno emprego dos recursos produtivos. 
 
 O gasto deveria limitar-se ao máximo possível e o orçamento teria de se manter 
equilibrado anualmente. 
 
 
 
 
 
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7.11 Enfoque Keynesiano: 
 
 Não existe um mecanismo automático que faça a economia tender ao pleno emprego 
dos recursos. 
 
 Os preços e salários não são tão flexíveis. Os salários são rígidos para baixo e os 
ajustes não acontecem da maneira prevista pelos clássicos. 
 
 Diante de tais circunstâncias e de uma recessão motivada por uma demanda agregada 
insuficiente, o setor público deve intervir, manipulando os gastos e os impostos. 
 
 Para combater as flutuações, defende-se o argumento de que o orçamento deve 
equilibrar-se ciclicamente de modo que, durante as recessões, se possa incorrer em 
déficits temporais. 
 
 
 
7.12 O Déficit e seu Financiamento: 
 
 SETOR PÚBLICO – presença forte nos últimos anos, o que fez incorrer em custosos 
déficits, o que implica necessidades crescentes de financiamento. 
 
 PROCEDIMENTOS ADOTADOS: 
 
 IMPOSTOS - forma natural, porém apresentam limitações, pois quando existe 
déficit, eles são insuficientes para atender os gastos e, além disso, durante 
uma recessão não se podem aumentá-los. 
 
 CRIAÇÃO DE DINHEIRO – através do Banco Central (BACEN) aumentar 
quantidade de dinheiro, porém implica em pôr em prática uma política 
monetária expansiva, ou seja, aumento da pressão inflacionária e perda do 
valor do dinheiro. 
 
 EMISSÃO DE DÍVIDA PÚBLICA – implica no Estado pôr à venda títulos de 
renda fixa (Letras do Tesouro Nacional – LTN), por exemplo. Essa medida 
também tem implicações monetárias (aumento da taxa de juros). 
 
 EFEITO DESLOCAMENTO OU EXPULSÃO – segundo a hipótese de que o 
gasto público, o déficit orçamentário ou a dívida do Estado reduzem a 
quantidade de investimento das empresas. 
 
 
 
 
 
 
 
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8 TEORIA DA PRODUÇÃO 
8.1 A Empresa e a Produção 
 
A atividade fundamental da empresa é a produção, e seu principal objetivo é maximizar 
o lucro. Para isso, a empresa deverá ajustar os fatores que emprega – isto é, trabalho, maquinaria e 
planta – de forma tal que minimize o custo de produção da qualidade oferecida. 
 
Num sistema de economia de mercado, a empresa privada realiza a função produtiva 
fundamental. A empresa é a unidade de produção por excelência, encarregada de combinar os 
fatores de produção – trabalho, capital, recursos naturais e capacidade empresarial –, para produzir 
bens e serviços que, posteriormente, serão vendidos no mercado. 
 
A empresa é a unidade econômica de produção encarregada de trocar os fatores de produção 
(trabalho, capital, recursos naturais e capacidade empresarial) para produzir bens e serviços, que 
depois serão vendidos no mercado.

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