Buscar

Fichamento O Manifesto Comunista

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Faculdades de Campinas
Curso de Relações Internacionais
LUIZA PEREIRA RODRIGUES
Professor Luiz Gustavo Martins Serpa
O Manifesto Comunista – Karl Marx e Friedrich Engels
Campinas
2017
Karl Marx e Friedrich Engels em seu livro “O Manifesto Comunista”, iniciam afirmando que o comunismo era uma ameaça real que rondava a Europa no século XIX. Isto ocorre devido ao fato do comunismo ser reconhecido por todos os países europeus como um poder em ascensão e a partir da escrita do Manifesto, os comunistas podem publicar suas opiniões, metas e tendências para o mundo inteiro. 
O capítulo 1 se inicia a partir da seguinte afirmação “A história de todas as sociedades que já existiram é a história de luta de classes” (MARX; ENGELS, p.9), pois para os autores existem dois tipos de divisões sociais entre os seres humanos: o opressor e o oprimido, que sempre estiveram em constante oposição um ao outro. A época da burguesia foi a principal para que ocorresse o antagonismo de classes, na qual a sociedade se dividiu em dois grandes campos inimigos: a burguesia e o proletariado. Ocorrendo uma produção e consumo de caráter universalista, rebaixando as indústrias nacionais, substituindo a antiga reclusão e autossuficiência nacional e local por uma interdependência entre nações. Fazendo assim que as criações intelectuais de nações individuais se tornem propriedades comuns. De modo que o Oriente dependesse do Ocidente. 
Os meios de produção e troca foram substituídos pela “concorrência livre, acompanhada por uma constituição social e política adaptada a ela e sob o controle econômico e político da classe burguesa” (Idem, p.17), resultando em uma epidemia da superprodução. Os autores afirmam que a história da luta de classes é cíclica pois a burguesia cria a classe trabalhadora moderna, o proletariado, de modo que na mesma medida em que a burguesia (capital) se desenvolve, o proletariado também. Pois os trabalhadores são comparados com mercadorias que fazendo com que seu esforço aumenta o capital, consequentemente ao serem comparados com objetos são expostos a todos os vícios da competição. Assim o trabalhador passa a ser um apêndice da máquina, sendo exigido a ele a tarefa mais simples, mais monótona e facilmente adquirida. 
Desde sua criação o proletariado passa por vários estágios da luta com a burguesia; iniciando como indivíduo trabalhador, depois pelos operários da fábrica, posteriormente pela classe profissional e todos eles lutam contra a classe burguesa que os explora diretamente. De forma que com o tempo os trabalhadores começam a se formar contra os burgueses, dando início aos sindicatos, que tem por objetivo originário manter o alto nível dos salários. 
A luta de classes é uma luta política, pois a partir da oposição da classe proletária frente a burguesia, pode considerar a mesma como revolucionária. Pois a principal missão da mesma é destruir todas as garantias da propriedade individual, uma vez que a luta do proletariado contra a burguesia é uma luta nacional. “A condição essencial para a existência e para o poder da classe burguesa é a formação e o crescimento de capital. A condição para o capital é o trabalho assalariado. O trabalho assalariado fundamenta-se exclusivamente na competição entre os trabalhadores. ” (Idem, p.28)
O segundo capitulo se inicia explicando porque os comunistas se distinguem de outros partidos de classes trabalhadoras; “nas lutas nacionais de proletários de países diferentes, eles ressaltam e apresentam os interesses comuns de todo o proletariado, independente da nacionalidade e nos vários estágios de desenvolvimento que a classe trabalhadora atravessa em sua luta contra a burguesia, eles representam sempre o interesse do movimento como um todo” (Idem, p.29). 
Os comunistas possuem a mesma meta de todos os outros partidos proletários a partir da sua formação, a derrubada da supremacia burguesa e a conquista do poder político pelo proletariado. Sendo sua característica definitiva a abolição da propriedade burguesa. “O capital é, portanto, não um poder pessoal, mas um poder social” (Idem, p.32). Assim para os autores a intenção principal do Manifesto é de acabar com a propriedade privada, usando como argumento de que na sociedade em que vivem a propriedade privada já acabou para nove décimos da população. 
A proposta mais radical na visão comunista é a abolição da família, pois a família burguesa está baseada no capital (lucro privado), com isso acabaria com a hierarquia. A demais é notória que o burguês vê sua esposa como um mero instrumento de produção. Dessa maneira conclui que os trabalhadores não têm países e nacionalidades, pois “o proletariado deve, primeiro, conquistar a supremacia política; deve se erguer para a classe líder da nação; deve constituir ele próprio a nação; ele é, até agora, nacional, apesar de não o ser no sentido burguês da palavra” (Idem, p. 39). O primeiro passo para que a revolução da classe trabalhadora dê certo é a necessidade de usar a sua supremacia política para tomar todo o capital da burguesia para que estes sejam centralizados na mão do Estado, este sendo o proletariado organizado como classe governante. 
É necessárias 10 medidas que precisam ser implementadas para que o movimento seja eterno: abolição da propriedade em terra e aplicação de todos os alugueis de terra para fins públicos; um imposto de renda pesado progressivo ou gradual; abolição de todo direito de herança; confisco das propriedades de todos os emigrantes e rebeldes; centralização do crédito nas mãos do Estado; centralização dos meios de comunicação e transporte nas mãos do Estado; extensão de fábricas e de instrumentos de produção possuídos pelo Estado; responsabilidades iguais para todo trabalho; abolição gradual das distinções entre cidade e campo; educação gratuita para todas as crianças em escolas públicas e abolição do trabalho infantil em fábricas. Por fim, “no lugar da sociedade burguesa antiga, com suas classes e antagonismos de classe, teremos uma associação, na qual o desenvolvimento livre de cada um é a condição para o desenvolvimento livre de todos” (Idem, p.44).
No início do capítulo 3, os autores defendem que há três tipos de socialismo: o reacionário, o conservador ou burguês, e o crítico-utópico. E como subdivisões do socialismo reacionário existem outros três tipos mais, o feudal, pequeno-burguês e por fim o alemão ou “verdadeiro”.
O socialismo reacionário é a reação das classes sociais, que vislumbravam na elevação da outra classe uma ameaça à sua própria situação social. Como o nome já diz, o mesmo é contra a revolução, às mudanças, as estruturas econômica e social.
O socialismo feudal é a literatura da aristocracia, que era dividido em três classes: o clero, a nobreza e os servos. A partir da Revolução Francesa, o feudalismo entrou em decadencia levando junto a aristocracia, e consequentemente a luta de poder com a burguesia. A partir de uma parceiria com a classe operária, a aristocracia passa a atacar a burguesia através do proletariado. O socialismo clerical é considerado outra característica do socialismo feudal deviso a sua aliança ao socialismo feudal. Consequentemente o clero utiliza da ideologia socialista, para desfarçar a sua ambição e obter adeptos.
No socialismo pequeno-burguês a burguesia moderna elimina as condições de existência do feudalismo. A partir do desenvolvimento de uma nova classe social: a pequena burguesia ou classe intermediária entre burgueses e proletários. Este escancara as injustiças e hipocrisias burguesas, entretanto ao mesmo tempo almejava restabelecer antigos meios de produção e antigos regimes econômicos. Assim caracterizado simultaneamente como reacionário e utópico, se desfazendo em depressão e melancolia, devido a fatos históricos.
O socialismo alemão ou o “verdadeiro” socialismo é baseado na literatura, a qual os livros saíram do caráter filosófico para o caráter puramente literário, tornando-se uma literatura monótona e chata para os proletários. Surgindo a tradução e o despertardos proletários e socialista que consequentemente faziam com que os burgueses tivessem mais poder e espaço dentro da sociedade. Assim, um livro comunista virava uma constituição burguesa.
O socialismo conservador ou burguês tenta acalmar a fúria do proletário para que a sociedade burguesa seja totalmente estruturada em um sistema completo, ou seja, a burguesia está a todo o momento dando agrados aos proletários para que continuem ali, calados, sem se manifestarem. Pois o verdadeiro desejo dos burgueses é extinguir o proletariado. 
O socialismo e o comunismo crítico-utópicos são baseados em uma sociedade justa e igualitária, sem meios e ferramentas necessárias para alcançá-la. Conhecido como Socialismo Marxista, diferenciando do Socialismo utópico por buscar afundo os motivos da sociedade ser cheia de desigualdades. Fazendo uma análise crítica da realidade política e econômica, da evolução da história, das sociedades e do capitalismo. 
Referências 
MARX, Karl ; ENGELS, Friedrich. O manifesto comunista. 7ª Edição. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra S.A., 1998. 65 p. Acesso em: 27 out. 2017.

Outros materiais