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AULA VERMINOSES Parte I

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VERMINOSES 
- considerações gerais - 
Parte I 
A questão vetor x hospedeiro 
 
Vetor biológico – é todo organismo capaz de transmitir agentes 
infecciosos, como vírus, bactérias, fungos, protozoários e vermes. 
 
O agente infeccioso, quando no interior do organismo vetor, 
sempre desenvolve uma fase do seu ciclo de vida. 
O vetor não é prejudicado, pois eles vivem em comensalismo. 
 
Hospedeiro é o ser em cujo corpo os agentes infecciosos se 
instalam, causando doenças e estabelecendo uma relação 
parasita. 
Os vermes parasitários podem apresentar ... 
Hospedeiro intermediário 
>> verme na forma de larva, reprodução assexuada ou sem reprodução 
 
Hospedeiro definitivo 
>> verme na forma adulta e reprodução sexuada 
 
Monogenéticos ou monógenos 
>>um hospedeiro 
 
Heterogenéticos ou heteróxenos 
>> dois ou mais hospedeiros 
Tão fácil de pegar, tão simples de eliminar! 
 
As verminoses ou parasitoses são causadas por diferentes organismos e 
apresentam várias manifestações clínicas. 
Infelizmente, ainda hoje, a verminose é muito comum, atingindo as mais 
diferentes pessoas: crianças e adultos de todas as idades, classes sociais, 
tanto na cidade como no campo. 
 
As consequências da contaminação por parasitas ( vermes ) são variadas , 
podendo ocasionar graves danos à saúde . 
 
Saber como evitá-las é a maneira mais segura de proteger a nossa saúde. 
 
Doenças parasitárias causadas por animais que apresentam corpo 
vermiforme. 
Verminoses 
PLATELMINTOS ( do grego platos = plano, achatado, e helmins = 
verme) 
 
Compreendem os animais de corpo comprido e achatado, geralmente 
em forma de fita.. 
Alguns deles têm vida livre, enquanto outros são parasitas. 
 
Entre as espécies de vida livre encontra-se a planária (habitante de 
água doce e lugares bem úmidos). 
Entre os parasitas destacam-se o esquistossomo e a solitária. 
 
Dividem em três classes: 
 
Tuberlários – planárias 
Trematódeos – Schistosoma mansoni ( hospedeiro: caramujo 
Biomphalaria sp)... cercária 
Cestódeos – Taenia solium (hospedeiro: porco); Taenia saginata 
(hospedeiro: boi) ... cisticercos 
NEMATELMINTOS (do grego nematos: fio, „filamento‟, e helmin: „vermes‟) 
são vermes de corpo cilíndrico, alongado e de extremidades afiadas. 
 
Muitas espécies são de vida livre e vivem em ambiente aquático ou 
terrestre; outras são parasitas de plantas e de animais, inclusive o ser 
humano. 
 
Espécies causadoras de doenças: 
 
Ascaris lumbricoides – ascaridíase 
Ancylostoma brasilienses ... A. caninum – dermatite serpiginosa 
Enterobius vermiculares – oxiuriose (enterobiose) 
Wuchereria bancrofti – elefantíase (filariose) 
Ancylostoma duodenale e Necator americanus (opilação, amarelão) 
 
Alguns nematelmintes parasitam certas plantas, atacando suas raízes e 
produzindo lesões denominadas galhas . 
 
 
Nematelmintos 
 
O filo Nemathelminthes (do grego, nematos = fio; 
helminthes = verme) é formado por uma grande 
variedade de animais de corpo alongado e 
cilíndrico e, por isso, conhecidos como vermes 
cilíndricos. 
 
Podem ter vida livre, sendo geralmente diminutos 
e até microscópicos ou ser parasitas, podendo 
alcançar vários centímetros de comprimento. 
Alguns nematelmintos comuns 
Nome da espécie e 
tamanho máximo 
Nome da 
doença 
Principais sintomas Transmissão Profilaxia 
Ascaris lumbricóides 
(30 cm) (lombriga) 
Ascaridiose Bronquite, 
complicações 
pulmonares, 
convulsões, cólicas , 
enjôo, obstrução 
intestinal. 
Via oral, pela 
ingestão de 
ovos. 
Higiene 
pessoal. 
Uso de 
sanitários. 
Ancylostoma duodenale 
(15 mm) e Necator 
americanus (15 mm) 
Ancilostomose, 
opilação, 
amarelão 
Ulcerações intestinais, 
diarréia, anemia, 
enfraquecimento, 
geofagia. 
As larvas 
penetram na 
pele. 
Uso de 
calçados. 
Uso de 
sanitários. 
Ancylostoma braziliensis 
(12 mm) 
Dermatite 
serpiginosa 
(bicho 
geográfico) 
Parasita acidental da 
pele. Prurido e 
infecção. 
As larvas 
penetram na 
pele. 
Evitar o 
contato da 
pele com a 
areia das 
praias. 
Wuchereria bancrofti 
(filária) (10 cm) 
Filariose 
(elefantíase) 
Linfangite, linforragia, 
edema nas pernas, 
seios e escroto. 
Pela picada do 
pernilongo 
Culéx fatigans. 
Destruição 
do inseto. 
Enterobius (Oxyurus 
vermicularis) (2 cm) 
Enterobiose 
(Oxiurose) 
Forte irritação e prurido 
anal. Distúrbios 
intestinais. 
Ingestão de 
ovos. 
Higiene 
pessoal. 
Strongyloides stercoralis 
92,5 mm) 
Estrongiloidose Distúrbios 
gastrointestinais, 
anemia, lesões 
pulmonares. 
As larvas 
filariformes 
penetram na 
pele. 
Higiene 
pessoal. 
Uso de 
sanitários. 
Principais nematódeos parasitas do homem 
 Verme causador: Ancylostoma duodenale é um verme que pode chegar a medir de 7 a 
15mm de comprimento. 
Aparecendo em grande número nas infecções - 500 e até 1000 - este verme também é 
conhecido como amarelão. 
Aloja-se no intestino e, fixado na mucosa através de pequenos ganchos, fica sugando 
o sangue da vítima, causando grandes perdas que, geralmente, resultam em anemia. 
 
Sintomas: desânimo, cansaço, fraqueza e pele amarela. 
 
Conseqüências: anemia cada vez mais grave. 
 
Como ocorre a contaminação: os ovos desses vermes são eliminados pelas fezes da 
pessoa portadora. No chão, os ovos se transformam em larvas que vivem semanas à 
espera de uma vítima, penetrando através da pele, principalmente pela sola dos pés 
de quem anda descalço. 
 
Ancilostomíase (Amarelão) 
Medidas profiláticas: tratamento dos doentes, evitar contato com solo 
contaminado (uso de calçado) e saneamento básico. 
A ancilostomose é uma helmintíase que pode ser causada tanto pelo 
Ancylostoma duodenale como pelo Necatur americanus. 
 
Ambos são vermes nematelmintes (asquelmintes), de pequenas 
dimensões, medindo entre 1 e 1,5 cm. 
 
A doença pode também ser conhecida popularmente como “amarelão”, 
“doença do jeca-tatu”, “mal-da-terra”, “anemia-dos-mineiros, “opilação”, 
etc. 
As pessoas portadoras desta verminose são pálidas, com a pele 
amarelada, pois os vermes vivem no intestino delgado e, com suas placas 
cortantes ou dentes, rasgam as paredes intestinais, sugam o sangue e 
provocam hemorragias e anemia. 
 
A pessoa se contagia ao manter contato com o solo contaminado por 
dejetos. 
 
As larvas filarióides penetram ativamente através da pele (quando 
ingeridas, podem penetrar através da mucosa). 
As larvas têm origem nos ovos eliminados pelo homem. 
Ancilostomose: considerações básicas 
As formas adultas vivem no intestino delgado da pessoa 
infestada, onde machos e fêmeas copulam. 
Os ovos são eliminados com as fezes da pessoa doente. 
Caso venham atingir o solo, os ovos eclodem liberando 
pequenas larvas filamentosas. 
As larvas vivem um determinado tempo se alimentando de 
bactérias até se tornarem capazes de penetrar ativamente na pele 
dos hospedeiros. 
As larvas atravessam a pele do hospedeiros e entram na corrente 
sanguínea. 
A seguir chegam aos pulmões ... perfuram os alvéolos 
pulmonares e sobem pela traquéia. 
A partir daí passam à faringe e são engolidas, chegando então ao 
intestino. 
No intestino as larvas se estabelecem definitivamente. 
Atingem a maturidade sexual, completando assim o ciclo de vida. 
Ciclo de vida 
Ciclo de vida do Ancylostona duodenale 
ancilóstoma 
http://professoresmgmeciencias.blogspot.com/2013/09/situacao-de-aprendizagem-reformulada.html 
 INFESTAÇÃO POR LARVA MIGRANS (BICHO GEOGRÁFICO) 
Ancylostoma brazileinsis é um nematelminto parasita de cães e 
gatos, com ciclo semelhante ao dos vermes que causam o 
amarelão aos humanos. 
A Larva Migrans Cutânea, conhecida popularmente como “Bicho 
geográfico”, descrita pela primeira vez em 1874, é uma infecção cutânea 
e auto-limitada, com endemicidade documentada em zonas de clima 
subtropical e tropical. 
As espécies mais frequentemente implicadas são o Ancylostoma 
braziliensis e o Ancylostoma caninum, parasitas de gatos e cães, 
respectivamente. 
A larva migrans cutânea (LMC), dermatite serpiginosa ou dermatite 
pruriginosa, conhecida popularmente como bicho geográfico. 
Os parasitas adultos, que vivem no aparelho digestivo dos 
animais domésticos, no caso cães e gatos, produzem ovos que 
são eliminados pelas fezes e depositados no solo. 
Em condições de umidade, temperatura e oxigenação 
favoráveis, os ovos originam larvas em cerca de 7 dias. 
Estes locais são habitualmente quentes e úmidos como praias 
com vegetação próxima, parques infantis ou sob varandas. 
As larvas também penetram na pele das pessoas . 
Entretanto, não conseguem entrar na circulação sanguínea e 
passam a deslocar-se sob a epiderme, causando lesões em 
forma de linhas tortuosas. 
Esta larva é chamada de "Larva Migrans Cutânea" devido a migração 
promovida pela mesma no tecido subcutâneo do hospedeiro. 
A figura demonstra o ciclo biológico do Ancilostoma. 
O parasita adulto se encontra no 
intestino delgado dos cães e 
gatos e promove a liberação de 
ovos nas fezes dos animais 
parasitados. 
No ambiente os ovos eclodem e 
viram larvas, estas larvas podem 
ser ingeridas por um outro 
hospedeiro ou entrar ativamente 
na pele (causando a doença por 
exemplo no homem - "bicho 
geográfico"). 
Outra forma de contágio é a 
transplacentária e a transmamária 
onde a fêmea contamina o filhote 
antes mesmo de nascer pela 
placenta ou pelo leite, 
respectivamente. 
No ser humano as larvas não são capazes de completar o seu 
ciclo vital e morrem semanas ou meses depois. 
 
Permanecem confinadas à junção entre a derme e a epiderme 
por não possuírem colagenases específicas para atravessar a 
membrana basal e migram nesse plano a uma velocidade de 1 
a 2 centímetros por dia. 
O principal sintoma do bicho geográfico é a coceira na pele que 
se intensifica a noite, podendo causar irritação da pele. 
 
O parasita entra na pele e instala-se ali, movimentando-se 
sempre, avançando cerca de 1 cm por dia. 
 
Ele pode entrar em qualquer parte do corpo, embora seja mais 
comum nos pés, por andar descalço em locais onde o cachorro 
e o gato podem fazer cocô. 
O diagnóstico é através do histórico de contato com locais que 
apresentam areia, frequentados por cães e gatos, sobretudo em 
praias, em praças, colégios e parques destinados à recreação de 
crianças. 
O diagnóstico clínico se baseia na observação das lesões 
cutâneas. 
O tratamento recomendado é o uso de pomadas vermicidas, sendo 
que em casos mais graves, se faz uso da ingestão de vermífugos. 
A prevenção consiste no uso de calçados e também evitar que 
cães e gatos defequem em áreas frequentadas por pessoas, como 
por exemplo praias, parques, tanques de areia, etc. 
Verme causador: Ascaris lumbricóides, mais conhecido como lombriga. 
Este verme chega a medir de 15 a 40cm de comprimento, e aloja-se no 
intestino delgado, onde se alimenta de nutrientes ingeridos pelo hospedeiro. 
 
Pode eliminar até 200 mil ovos por dia, e nos casos de infestação maciça, 
uma pessoa pode abrigar até centenas de vermes. 
 
Porém, apenas 50 destes vermes são suficientes para roubar de 50 a 90% 
das proteínas de seu portador. 
ASCARIDÍASE (lombriga) 
É uma verminose causada por um parasita chamado Ascaris 
lumbricoides. 
 
É a verminose intestinal humana mais disseminada no mundo. 
 
A contaminação acontece quando há ingestão dos ovos infectados do 
parasita, que podem ser encontrados no solo, água ou alimentos 
contaminados por fezes humanas. 
 
O único reservatório é o homem. 
Se os ovos encontram um meio favorável, podem contaminar durante 
vários anos. 
http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/ 
Sintomas: cólicas abdominais, enjôo, alterações intestinais, mudança do 
apetite, falta de disposição, fraqueza e emagrecimento. 
 
Conseqüências: as grandes infestações podem resultar em obstrução 
intestinal parcial ou total, chegando a provocar até mesmo a morte do 
paciente. 
Nas infestações menores, retardam o desenvolvimento físico e 
comprometem o comportamento das crianças e adultos. 
 
Como ocorre a contaminação: através de mãos sujas, água contaminada, 
alimentos mal lavados e poeira. 
Entre as medidas profiláticas destacam: higiene pessoal, lavar bem os 
alimentos e filtrar ou ferver a água antes do consumo e saneamento 
básico. 
Estrutura interna de uma fêmea de lombriga 
Estrutura interna de um macho de lombriga 
Ciclo da ascaridíase 
https://www.slideshare.net/FernandaGomes208/ascaridase-lombriga-ascaris-lumbricoides 
Ciclo da Ascaridíase 
https://accbarroso60.wordpress.com/ 
1- A ingestão de água ou alimento (frutas e verduras) contaminados pode introduzir ovos de lombriga 
no tubo digestório humano. 
2- No intestino delgado, cada ovo se rompe e libera uma larva. 
 
3- Cada larva penetra no revestimento intestinal e cai na corrente sanguínea, atingindo fígado, 
coração e pulmões, onde sofre algumas mudanças de cutícula e aumenta de tamanho. 
4- Permanece nos alvéolos pulmonares podendo causar sintomas semelhantes ao de pneumonia. 
 
5- Ao abandonar os alvéolos passam para os brônquios, traquéia, laringe (onde provocam tosse 
com o movimento que executam) e faringe. 
6- Em seguida, são deglutidas e atingem o intestino delgado, onde crescem e se transformam em 
vermes adultos. 
 
7- Após o acasalamento, a fêmea inicia a liberação dos ovos. Cerca de 15.000 por dia. Todo esse 
ciclo que começou com a ingestão de ovos, até a formação de adultos, dura cerca de 2 meses. 
8-Os ovos são eliminados com as fezes. Dentro de cada ovo, dotado de casca protetora, ocorre o 
desenvolvimento de um embrião que, após algum tempo, origina uma larva. 
 
9- Ovos contidos nas fezes contaminam a água de consumo e os alimentos utilizados pelo homem. 
http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/ 
Forma de transmissão da doença 
https://www.flipsnack.com/ 
Transmissão e complicações 
https://www.qieducacao.com/ 
http://depto.icb.ufmg.br/ 
Obstrução intestinal 
Possíveis consequências... 
O indivíduo geralmente apresenta-se assintomático. 
 
Quando sintomático, relata dor abdominal, diarreia, náuseas e anorexia. 
 
A criança pode ter o estado nutricional comprometido, devido ao fato do 
verme competir com alguns nutrientes no lúmen intestinal. 
 
Quando o paciente está infectado por uma grande quantidade de vermes, 
pode ocorrer obstrução intestinal (bolo de áscaris). 
 
O verme pode também desenvolver um ciclo pulmonar, causando no 
paciente tosse seca, broncoespasmo e infiltrados intersticiais ao raio-x 
de tórax. 
http://medifoco.com.br/ 
dralinemartinez.blogspot.com 
Cirurgia de obstrução intestinal por Ascaris lumbricóides 
https://plus.google.com/ 
http://ocorpo-humano.blogspot.com/2015/10/video-cirurgia-para-retirada-de-vermes.html 
A prevenção da Ascaridíase é feita através: 
 
- da educação sanitária, 
 
- saneamento básico adequado, principalmente quanto ao destino 
para as fezes humanas;- tratamento da água potável; 
 
- preparo adequado e higiênico dos alimentos consumidos e, 
 
- tratamento das pessoas parasitadas. 
http://medifoco.com.br/ 
Prevenção 
OXIURÍASE OU ENTEROBÍASE 
A oxiurose é uma doença infecciosa provocada por vermes que 
se alojam no intestino de animais e homens. 
 
Ocorre em todo o mundo, principalmente em regiões onde a 
higiene é precária. 
 
É contraída quando se ingere os ovos desse verme através de 
alimentos contaminados, quando coçam a região anal e levam a 
mão à boca ou por retro-infestação. 
Ovos do verme visto por microscópio 
Vermes de oxiúros na região anal 
Verme causador: Oxiurus ou Enterobius vermiculares. 
Este verme tem cerca de 1cm de comprimento, é fininho como um fio de 
linha e aparece em grande quantidade, principalmente em crianças. 
 
Sintomas: muita coceira na região anal, secreção e outros sintomas 
como náuseas, tonturas, vômitos e cólicas, prurido anal, evacuações 
sanguinolentas, corrimento vaginal, insônia e irritabilidade. 
 
Como ocorre a contaminação: através de mãos sujas, água 
contaminada, alimentos mal lavados, poeira e auto-infestação, que 
acontece quando a criança, depois de se coçar, leva a mão à boca. 
 
O tratamento é feito através de medicamentos via oral, de preferência 
em jejum, pode-se repetir o tratamento após um tempo para reforçar a 
cura. 
Para prevenir a oxiurose, é necessário manter a higiene, principalmente 
das crianças. 
Enterobiose 
https://pt.wikipedia.org/wiki/ 
http://limbicomcs.blogspot.com/l 
http://limbicomcs.blogspot.com/l 
A filaríase ou filariose é uma doença parasitária, considerada 
como doença tropical infecciosa, causada por nematóides 
filariais da superfamília Filarioidea, também conhecida como 
Filariae. 
 
A forma sintomática mais conhecida da doença é a filaríase 
linfática, popularmente chamada de elefantíase em referência 
do inchaço e engrossamento da pele e tecidos subjacentes, 
que foi a primeira, entre as enfermidades infecciosas 
transmitidas por insetos, a ser descoberta. 
FILARÍASE (Elefantíase) 
Existem nove nematóides filariais conhecidos, que usam os 
humanos como hospedeiros definitivos. 
 
 
São divididos em três grupos de acordo com o nicho que ocupam 
dentro do corpo: 
- filariose linfática 
- filariose subcutânea 
- filariose da cavidade serosa 
A filariose linfática é causada pelos vermes Wuchereria bancrofti , 
Brugia malayi e Brugia timori. 
Essas filárias ocupam o sistema linfático, incluindo os gânglios 
linfáticos, causando linfedema e, em casos crônicos, levando à doença 
conhecida como elefantíase. 
 
A filariose subcutânea é causada por loa loa (a "larva do olho"), 
Mansonella streptocerca , Onchocerca volvulus e Dracunculus 
medinensis (o "verme da Guiné"). 
 Esses vermes ocupam a camada subcutânea de gordura. 
 
A filariose da cavidade serosa é causada pelos vermes Mansonella 
perstans e Mansonella ozzardi , que ocupam a cavidade serosa do 
abdômen. 
 
Em todos os casos, os vetores de transmissão são insetos sugadores 
de sangue (moscas ou mosquitos), ou copépode crustáceos no caso do 
Dracunculus medinensis . 
filariose subcutânea 
A filariose é a doença causada pelos parasitas nemátodes 
Wuchereria bancrofti, Brugia malayi e Brugia timori, comumente 
chamados filária, que se alojam nos vasos linfáticos causando 
linfedema. 
 
Esta doença é também conhecida como elefantíase. 
Endêmica em regiões tropicais (Brasil: Belém, Manaus e Recife). 
Mais de 120 milhões de pessoas sofrem com a doença. 
Doença crônica 
Quadro grave: elefantíase 
A elefantíase é causada quando o parasito obstrói o sistema 
linfático, afetando principalmente as extremidades inferiores, 
embora a extensão dos sintomas dependa da espécie de filária 
envolvida. 
O sistema linfático é uma rede complexa de vasos e pequenas estruturas 
chamadas de nódulos linfáticos que transportam o fluido linfático (linfa) dos 
tecidos de volta para o sistema circulatório. 
 
O sistema linfático é um importante componente do sistema imunológico, pois 
colabora com glóbulos brancos para proteção contra bactérias e vírus 
invasores. 
 
O sistema linfático possui três funções interrelacionadas: 
 
1 - remoção dos fluidos em excesso dos tecidos corporais, 
2 - absorção dos ácidos graxos e transporte subsequente da gordura para o 
sistema circulatório e, 
3 - produção de células imunes (como linfócitos, monócitos e células 
produtoras de anticorpos conhecidas como plasmócitos). 
 
Os vasos linfáticos têm a função de drenar o excesso de líquido que sai do 
sangue e banha as células. 
Esse excesso de líquido que circula nos vasos linfáticos e é devolvido ao 
sangue chama-se linfa. 
Wikipédia, a enciclopédia livre. 
Sobre o sistema linfático ... 
Não se transmite de pessoa a pessoa. 
 
Sua transmissão ocorre pela picada do mosquito vetor o Culex fatigans, 
que transmite o parasita causador da doença de pessoa a pessoa. 
 
Em geral, as microfilárias (imagem abaixo) têm periodicidade para 
circular no sangue periférico, sendo mais detectadas à noite, entre as 
22hs e 2 hs. 
Modo de transmissão 
O ser humano é a fonte primária de infecção; 
 
O parasita é transmitido de pessoa a pessoa por meio da picada do 
mosquito Culex quinquefasciatus (pernilongo ou muriçoca), 
possibilitando a penetração das microfilárias pela pele. 
As microfilárias larvas ganham a via linfática, onde se desenvolvem em 
vermes adultos, obstruindo seu fluxo. 
 
Verme Brugia malayi 
Verme Wuchereria bancrofti 
Ao se alimentar do sangue de um humano infectado, o mosquito 
(Culex quinquefasciatus) engole as microfilárias junto, que 
crescem em seu organismo e contaminam os próximos humanos 
picados 
Aproximadamente 800 milhões de pessoas vivem em áreas de 
risco de contrair a parasitose e estimava-se, em 2004, em 119 
milhões de portadores de filariose linfática no mundo, sendo 106 
milhões o número de infectados por W. bancrofti e em torno de 
12,9 milhões os parasitados por B. malayi ou B. timori. 
Apenas 10 a 15% dos infectados desenvolvem a elefantíase, e a 
doença leva cerca de 10 anos para progredir. 
Medicamentos e cirurgia podem prevenir o inchaço 
Quando o nematódeo obstrui o vaso linfático, o edema é 
irreversível, daí a importância da prevenção com mosquiteiros e 
repelentes, além de evitar o acúmulo de águas paradas em pneus 
velhos, latas, potes e outros. 
 
- As formas adultas são vermes nemátodes 
- Apresentam dimorfismo sexual. 
- Reprodução sexuada, com geração de microfilárias... pequenas 
larvas fusiformes. 
Ciclo de Vida 
As larvas são transmitidas pela picada dos mosquitos do gênero 
Culex, principalmente. 
 
Da corrente sanguínea elas dirigem-se para os vasos linfáticos, 
onde se maturam nas formas adultas sexuais. 
 
Após cerca de oito meses da infecção inicial, começam a produzir 
microfilárias que surgem no sangue, assim como em muitos 
órgãos. 
 
O mosquito é infectado quando pica um ser humano doente. 
 
Dentro do mosquito as microfilárias modificam-se ao fim de 
alguns dias em formas infectantes, que migram principalmente 
para a cabeça do mosquito. 
As larvas do parasita, denominadas microfilárias, são encontradas 
no sangue de indivíduos infectados e são ingeridas por animais 
que se alimentam de sangue (hematófagos). 
 
Depois de passar parte do ciclo vital dentro destes insetos, as 
microfilárias são transmitidas a pessoas sadias através de picadas 
durante umanova ingestão de sangue. 
 
As microfilárias se alojam nos vasos linfáticos, sobretudo nos 
braços e pernas onde, depois de alguns meses, atingirão a 
maturidade sexual. 
 
Quando adultas, as filarias fêmeas (macrofilárias) podem viver 
entre 5 e 10 anos em seu hospedeiro e se reproduzem gerando 
milhares de larvas, as quais passam novamente à circulação 
sanguínea. 
Diversas manifestações clínicas ... 
Existem indivíduos infectados que nunca desenvolvem 
sintomas, havendo ou não detecção de microfilárias no sangue 
periférico. 
 
Outros podem apresentar febre recorrente aguda, astenia, 
mialgias, fotofobia, urticária, pericardite, dor de cabeça e 
inflamação de nódulos e vasos linfáticos , com ou sem 
microfilaremia. 
Os casos crônicos mais graves são de indivíduos que 
apresentam hidrocele (presença de líquido em quantidades 
anormais dentro da bolsa escrotal), presença de gordura na 
urina e elefantíase de membros, mamas e órgãos genitais. 
As formas mais frequentes de elefantíase são: 
 
- Elefantíase das pernas: o edema começa no dorso do pé e chega até o 
joelho, mas dificilmente chega aos quadris. Apresenta a pele muito 
grossa, com muita fibrose e superfície enrugada, fato que lembra a pele 
do elefante. A ulceração é frequente no tecido danificado. 
 
- Elefantíase do saco escrotal e do pênis: é uma das manifestações mais 
frequentes, com grande crescimento destas partes, devido a sua natureza 
pendente. 
 
- Elefantíase de braços, mamas ou vulva: são zonas mais raramente 
afetadas com mudanças na pele semelhantes as das pernas. 
 
O diagnóstico de qualquer uma das filarioses passa pela observação 
clínica de algum dos sintomas associados à doença. 
Diagnóstico e tratamento 
O diagnóstico é pela observação microscópica de microfilárias em 
amostras de sangue. A ecografia permite detectar as formas adultas. 
A serologia por ELISA também é útil. 
 
O tratamento é feito com medicamentos, de acordo com as 
manifestações clínicas resultantes da infecção pelos vermes adultos 
e depende do tipo e grau de lesão que estes vermes provocaram e 
suas conseqüências clínicas. 
Prevenção 
 
Há um programa da OMS que procura eliminar a doença com 
fármacos administrados como prevenção e inseticidas... repelentes. 
 
É útil usar roupas que cubram o máximo possível da pele, 
repelentes de insetos e dormir protegido com redes, para proteger-
se dos mosquitos. 
Ciclo de Vida do Wuchereria bancrofti 
a) Redução da densidade populacional do vetor: através de 
biocidas; mosquiteiros ou cortinas impregnadas com inseticidas 
para limitar o contato entre o vetor e o homem; borrifação 
intradomiciliar com inseticidas de efeito residual (dirigida contra as 
formas adultas do Culex). 
 
b) Educação em Saúde: informar às comunidades das áreas 
afetadas, sobre a doença e as medidas que podem ser adotadas 
para sua redução/eliminação; identificação dos criadouros 
potenciais no domicílio e peridomicílio, estimulando a sua redução 
pela própria comunidade; 
 
c) Tratamento em massa: para as populações humanas que 
residem nos focos. 
Prevenção 
Ao se acumular nos vasos linfáticos o 
parasita causa grande inchaço e 
engrossamento da pele na área, esse 
inchaço ocorre geralmente nos pés, 
pernas e genitais. 
O problema dessa doença é que o 
acúmulo de vermes provoca 
entupimento dos vasos linfáticos, o que 
faz com que a linfa se acumule nos 
tecidos, provocando inchaço. 
Literatura consultada inserida nos Slides: 
 
Verminoses - considerações gerais – Parte III

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