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TGA (Teoria Geral da Administração) Rev Aula 03

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TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR CARLOS EDUARDO LUGATI BRAGA
EAD 100% PRESENCIAL 
Rio de Janeiro, 2011-2
TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO
Aula 3
Prof. Carlos Eduardo Lugati Braga
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TEORIA DA BUROCRACIA
MAX WEBER
Maximillian Carl Emil Weber
Sociólogo e Economista
(1864-1920)
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ORIGEM DO TERMO BUROCRACIA
Conjunção dos termos:
 Do francês bureau, que significa “escritório” ou “espaço
 de trabalho”;
 kratia (ou kratos), sufixo grego que significa poder,
 governo ou regra.
É o mesmo sufixo encontrado na palavra Democracia, por
exemplo.
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ORIGEM DO TERMO BUROCRACIA
Karl Marx estudou o surgimento da burocracia como forma
de dominação estatal na antiga Mesopotâmia, China, anti-
go Egito, etc.
Segundo Marx, ela serviu para mediação entre os interes
ses gerais e particulares, isto é, da sociedade e do indiví-
duo.
O autor descreveu a burocracia como uma
forma de governo não-democrático, mas
também como forma de organização da so-
ciedade civil.
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O QUE É BUROCRACIA
“Surgiu como reação à imposição pessoal, ao nepotismo,
à crueldade, às vicissitudes emocionais e ao julgamento
subjetivo que, no começo da Revolução Industrial, passa
vam por práticas administrativas”
Cury, 2005, p. 107
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O QUE É BUROCRACIA
“Forma de organização humana que se baseia na
racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos
objetivos (fins) pretendidos, a fim de garantir a má-
xima eficiência possível no alcance desses objetivos”
Chiavenato, 2003, p. 259
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MAX WEBER E A BUROCRACIA
 Weber nunca produziu um trabalho organizado e
 sistemático.
 Segundo o prof. Reinaldo Silva, “seus estudos esta-
 vam em estado caótico”.
 Weber teve seu pensamento descrito na obra A Ética
 Protestante e o Espírito do Capitalismo que, da mesma
 maneira que seu texto mais importante Economia e So-
 ciedade, foi montado a partir de manuscritos
 fragmentados.
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MAX WEBER E A BUROCRACIA
 Seu trabalho ficou conhecido nos EUA somente depois
 que o sociólogo norte-americano Talcott Parsons o tra-
 duziu para língua inglesa e o publicou em 1930.
 Somente a partir da década de 1940
 é que o trabalho de Weber começou
 a ser aceito fora da Europa.
Talcott Edgar Frederick Parson
(1902-1979)
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A BUROCRACIA E O CAPITALISMO
“A burocracia adaptou-se muito bem ao sistema capitalista
porque se revelou capaz de atender à latente necessidade 
de integração e controle que caracteriza esse modo de pro
dução. [Ferreira, et alii, 2005, p. 67]
Weber acreditava que as mudanças no sistema moderno
de produção da época se originaram de um novo conjunto
de normas sociais morais, às quais denominou de “ética
protestante”. [Chiavenato, 2005, p. 259]. Ao contrário, Marx atri-
buia às mudanças à outros fatores como a tecnologia, por
exemplo.
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CONCEITO DE PODER
 Capacidade que alguém possui de impor sua vontade
 sobre outras pessoas, mesmo sem a concordância
 delas, por meio de coerção.
Vai embora
quando eu
disser para ir!
Ninguém
merece!!!
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CONCEITO DE AUTORIDADE
 É o direito de alguém de dar ordens. Estas são acei-
 tas pelos subordinados por entenderem que o ocupan
 te de cargo tem o direito legítimo de dar ordem.
Sem
problemas.
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OS TRÊS TIPOS DE SOCIEDADES
DE WEBER
 Tradicional: predominam características patrimonia-
 listas e patriarcais.
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OS TRÊS TIPOS DE SOCIEDADES
DE WEBER
 Legal, Racional ou Burocrática: predominam normas
 impessoais e a racionalidade das decisões dos meios
 em relação aos fins.
Congresso Nacional
na Praça dos
Três Poderes
Marinha do Brasil
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OS TRÊS TIPOS DE SOCIEDADES
DE WEBER
 Carismática: predominam características místicas,
 arbitrárias e personalísticas.
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OS TRÊS TIPOS DE AUTORIDADES
DE WEBER
 Tradicional: não é racional. Pode ser transmitido por
 herança, ou pelos costumes. A obediência se dá pelo
 respeito dos súditos ao soberano, ou dos costumes de
 que “sempre foi assim”.
Coroação de D. Pedro I
por Jean-Baptiste Debret
Samurai
“aquele que serve”
ao seu Shogun
“general ou senhor”
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OS TRÊS TIPOS DE AUTORIDADES
DE WEBER
 Legal, Racional ou Burocrática: crença na justiça;
 respeito ou temor às leis. 
Têmis, a deusa da justiça
representada diante do STF
em Brasília
ou Themis
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OS TRÊS TIPOS DE AUTORIDADES
DE WEBER
 Carismática: considerada uma qualidade extraor-
 dinária e indefinível de um indivíduo. Um “dom di-
 vino”. Portanto, provém das qualidades pessoais
 do líder e/ou na causa que defende ou representa.
João Paulo II, Dalai Lama, Carlos Ghosn
Antonio Ermírio, Hitler, Akio Morita e Zumbi dos Palmares
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PROBLEMAS DE AUTORIDADE
 Tradicional: tende a se perpetuar, pois a obediência
 está consolidada em antigas tradições. Entretanto, 
 também é autoritária o que pode gerar rebeldia, dis-
 sidência, motim, ou mesmo a criação de novas so-
 ciedades.
Akhenaton
Primeiro faraó
monoteísta
Martinho Lutero
padre católico, foi o líder
da Reforma Protestante
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PROBLEMAS DE AUTORIDADE
 Legal, Racional ou Burocrática: não garante a ordem.
 A impessoalidade pode gerar insatisfação dos envolvi-
 dos. Leis e normas precisam ser constantemente atua
 lizadas.
Não posso mais
ser tratado como um número
Quem disse que o crime não
compensa?
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PROBLEMAS DE AUTORIDADE
 Carismática: por ser desprovida de normas claras,
 tende a se degenerar em anarquia. O núcleo des-
 te tipo de autoridade está no indivíduo. A sua ausên
 cia pode dispersar os liderados e propiciar conflitos
 até violentos.
Martin Luther King e Malcolm X, dois dos mais
combativos líderes de movimentos negros nos
EUA. Ambos foram assassinados em 1968 e 
1965, respectivamente. Depois deles, jamais
outros líderes negros se tornaram tão importan
tes na história daquele país.
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RACIONALIDADE BUROCRÁTICA
“Quanto mais racional e burocrática torna-se a organiza-
ção, tanto mais as pessoas tornam-se engrenagens de
máquina, ignorando o propósito e o significado do seu
comportamento”. [Chiavenato, 2005, p. 267]
As pessoas fazem as coisas por fazer, porque
alguém mandou, por que foi determinado. Con
tudo, não compreendem, ou não se interessam,
pelo resultado do seu trabalho, ou a quem o
seu trabalho afeta.
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DISFUNÇÕES DA BUROCRACIA
“Para Weber, a burocracia é uma organização cujas
conseqüências desejadas se resumem na previsibi-
lidade do seu funcionamento no sentido de obter a
maior eficiência da organização”.
[Chiavenato, 2005, p. 268]
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DISFUNÇÕES DA BUROCRACIA
Weber idealizou uma estrutura social desumana, isto
é, ignorou a vontade, a cobiça, a ambição e a motiva
ção do indivíduo na condução dos princípios do tipo
ideal de burocracia. Seu tipo ideal acabou por ser con
testado por vários estudiosos.
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DISFUNÇÕES DA BUROCRACIA
Robert Merton descreveu as consequências imprevis-
tas (ou não desejadas) da burocracia. Essas anomali-
as descritas por Merton são as responsáveis pelo sen
tido pejorativo que a popularizou. 
Robert King Merton
(1910-2003)
http://www.youtube.com/watch?v=2K2oPPJ0joQ
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INTERAÇÕES DA BUROCRACIA
Segundo Philip Selznick
 A organização burocrática é uma estrutura social
 adapttiva sujeita às pressões do ambiente
 Dentro da estrutura formal desenvolve-se uma estru
 tura informal (as pessoas) que gera atitudes espontâ
 neas para controlarem as condições em seu favor.
 A burocracia deve ser estudada do ponto de vista es-
 trutural e formal, e não sob o ponto de vista de siste-
 ma fechado e estável, conforme o tipo ideal de Weber.
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INTERAÇÕES DA BUROCRACIA
Segundo Philip Selznick
A burocracia, portanto, não é rígida nem estática,
mas adaptativa e dinâmica, interagindo com o am
biente externo na qual está inserida e adaptando-
-se a ele.
Philip Selznick
(1919-2010)
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INTERAÇÕES DA BUROCRACIA
Segundo Alvin W. Gouldner
Não há um modelo único de burocracia, mas sim uma
variedade de graus de burocratização. Gouldner enten
dia haver uma infinidade de burocracias variando des-
de o excesso até a ausência de burocracia.
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SOBRE A BUROCRACIA
A burocracia não é heroína nem vilã. É um modelo de
estrutura organizacional falível como quaisquer outros,
mas necessários para um ordnenamento mínimo das
estruturas sociais. O ajustamento dos modelos às ne-
cessidades da sociedade, dos indivíduos e das organi
zações é natural aos modelos que devem se adaptar e
se transformar para continuar a atender aquelas neces
sidades e ordenamento.
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A BUROCRACIA E O DIREITO
ADMINISTRATIVO BRASILEIRO
A burocracia é o fundamento para os seus princípios:
 Legalidade: tudo está baseado em regras, isto é, na
 lei. O gestor público somente pode fazer o que a lei
 determina.
 Impessoalidade: administra-se racionalmente, ou se-
 ja, com vistas ao alcance dos objetivos postos na lei.
 Moralidade: coerência, adequação dos meios aos fins.
 Ligado à ética no melhor interesse público com base
 na moral jurídica.
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A BUROCRACIA E O DIREITO
ADMINISTRATIVO BRASILEIRO
A burocracia é o fundamento para os seus princípios:
 Publicidade: agir com transparência. Tudo deve ser
 registrado. Todos os atos do gestor público devem
 ser passíveis de aferição e averiguação pela socie-
 dade.
 Eficiência: “negligência e amadorismo não tem lugar
 na gestão pública” [Fazzio Júnior, 2003, p. 23] 
 O administrador público deve primar por uma gestão
 planejada e transparente, prevenindo riscos e corri-
 gindo desvios.
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VANTAGENS DA BUROCRACIA
 Racionalidade em relação aos objetivos;
 Precisão na definição de cargos e na operação;
 Univocidade de interpretação;
 Uniformidade de rotinas;
 Continuidade da organização;
 Constância nas decisões; etc.
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