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Reflexo da crise mundial sobre a situação do Brasil
A paralização de todos os negocios do mundo capitalista occasionada pela super-producção de todos os artigos industriaes e agro-pecuarios na escala do mercado mundial, se manifesta, em primeiro lugar, no Brasil com a crise do café, cuja super-producção provoca a cahida do seu preço.
A crise industrial, tambem, toma proporções alarmantes. Os fazendeiros e a burguesia nacional brasileira, se encontram no mesmo «bêco sem sahída» do capitalismo mundial. A sua machina economica tambem se decompõe. O trabalho nas fazendas, nas usinas, cannaviaes, seringaes e outras plantações diminue e se paraliza.
A producção apodrece e se destróe nos campos e nos armazens. As casas commerciaes, os bancos, as industrias, as fabricas quebram, fecham suas portas, reduzem o trabalho a 4, 3, 2 dias por semana.
Os camponezes pobres colonos, colonos, arrendatarios, camaradas e jornaleiros das lavouras e plantações soffrem uma situação de miseria e fome espantosa. Mais da metade está sem trabalho.
A situação dos poucos que continam trabalhando não é melhor. Os salarios são rebaixados em 30, 40 e até 50%. O horario é augmentado. O trabalho é intensificado.
Nas cidades, o proletariado e os trabalhadores em geral se alimentam a feijão e angú de fubá uma vez ao dia e grande parte nem isso tem para comer, alimenta-se com café e farinha de mandioca, porque o salário que ganham com o trabalho reduzido a 4, 3 e 2 dias por semana, não chega para comprarem outra coisa e viverem melhor.
A base desta situação alarmante, os fazendeiros, latifundistas, comerciantes, industriaes buscam a solução da crise em emprestímos imperialistas a todo preço. E nesta corrida louca produzem-se aggrupamentos, rupturas e reaggrupamentos entre os fazendeiros, latifundistas, comerciantes e industriaes, entre a grande e a pequena burguezia.
Os emprestimos nada podem resolver. Concorrem sómente para escravizar mais o paíz aos extrangeiros e para augmentar a exploração, a oppressão e a miseria das massas operarias e camponezas.
Nenhum governo capitalista pode resolver nossa situação, porque não pode governar sem apoiar-se nos fazendeiros e na burguezia nacional, cujos interesses estão ligados indissoluvelmente aos interesses dos capitalistas e banqueiros extrangeiros.
Para as massas opprimidas e exploradas só existe um caminho: o caminho da lucta contra os fazendeiros, a burguezia nacional e os imperialistas extrangeiros, o caminho da Revolução dos Operários e Camponezes, que estabelecerá o Governo Operário e Camponez. o único governo realmente revolucionário dos opprimidos e explorados do Brasil, que combaterá de facto contra os fazendeiros, contra a burguezia nacional e contra o dominio dos imperialistas. Dirigidas pelo PARTIDO COMMUNISTA, as massas operarias e camponezas acabarão com a exploração da burguezia nacional, expulsarão do paíz os exploradores extrangeiros e realizarão as aspirações de bem-estar e liberdade de todos os opprimidos.
* Transcrição ipsis litteris
Fonte
Panfleto comunista, 1930/1931. S.l. (CPDOC/ Anc 1930-1931.00.00).
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