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ENXERTOS CUTÂNEOS RETALHOS CUTÂNEOS Enxertos Cutâneos Definição: são fragmentos de pele retirados de uma área (doadora) e transferidos para uma outra (receptora), separados completamente do seu leito original, tornando-se totalmente dependente de um novo suprimento sanguíneo que se desenvolverá a partir do leito receptor. Classificação Quanto à espessura: Enxertos de pele total: epiderme e toda a derme Enxertos de pele parcial: epiderme e parte da derme Delgados: 0,125 mm a 0,275 mm Intermediários: 0,276 mm a 0,40 mm Espessos: 0,41 mm a 0,75 mm Quanto à composição: Simples: compostos apenas de pele Compostos: constituídos por pele associado a outro tecido (tcsc, osso, cartilagem, unidades foliculares, músculo) 3. Quanto à origem: A) auto-enxertos: áreas doadora e receptora do mesmo indivíduo B) homoenxertos: áreas doadora e receptora pertence a indíduoas diferentes da mesma espécie C) isoenxertos: áreas doadora e receptoras pertencem a gêmeos homzigóticos D) heteroenxertos: áreas doadora e receptora pertencem a indivíduos de espécie diferente Quanto à dimensão A) enxertos laminados ou em tiras: são amplos e permitem a cobertura de toda ou quase toda a área cruenta b) enxertos frafmentados ou em estampilha: pequenos fragmentos de pele utilizados para revestir grandes áreas cruentas com pouca área doadora e a epitelização ocorre a partir das bordas. c) enxerto em malha: o enxerto sofre múltiplos corte com instrumento apropriado, tranformando-o em uma “rede” aumentando a sua superfície Indicações: a) enxerto de pele total: para recobrir pequenas áreas cruentas na face , apresentam bom resultado estéticopor sofrer menos discromias. A área doadora é fechada primariamente. Têm maior dificuldade de integração devido sua espessura; b) enxertos de pele parcial: fácil obtenção por pouco compromentimento da área doadora (se reepitelizam por si só), facilidade de integração. Possibilitam cobertura de grandes áreas cruentas. Sofrem facilmente descromias e deixam sequela (cor) da área doadora. FISIOLOGIA DA INTEGRAÇÃO: Fase da embebição plasmática: ocorre um fluxo de líquidos da área receptora para o enxerto para sua nutrição e este se mantem aderido ao leito receptor por uma camada de fibrina (primeiras 48 h). Fase de inoculação: anastomose entre os vasos da área receptora com os vasos do enxerto (após 48 h). O mesmo ocorre com os linfáticos neste mesmo período; Fase de revascularização: ocorre mais eficiência da circulação sanguínea do enxerto, apesar das anastomosess serem pouco numerosas (a partir do quinto dia). A integração se faz por completa por volta de 21 dias. Inervação: a inrevação se faz através de pequenos ramos nervosas da área receptora, os enxertos finos sofrem inervação mais rapidamente, no entanto a sensibilidade é maior nos mais espessos sendo a sensibilidade doloras a primeira a surgir. Retração secundária: áreas cruentas tratadas com enxertos têm menos retração que as cicatrizações por segunda intensão. Fatores que interferem na integração do enxertos: negativamente: habilidade do cirurgião, condições do paciente (diabtes, has, desnutrição, uso de ainh e hormonais, anticoagulantes, entre outros) Preservação da pele para enxertia A) in situ: na própria área doadora (até 10 dias) B) refrigeração: embebidos em solução salina a 0ºc (várias semanas) C) congelação: -160ºc (nitrogênio líquido), protegido pr glicerol (até 6 meses). Cultura de epiderme: alto custo, exige técnicas laboratoriais altamente sofisticadas. Os queratinócitos são isolados e semeados em meio de cultura. O enxerto é frágil. Obtenção dos enxertos: A) enxertos de pele total: retirados da área doadora por bisturi. Escolhe-se a área doadora é aquela que mais se assemelha a área receptora (ex: retroauricular, pálpebra superior, prega do punho, abdome inferior) B) enxertos de pele parcial: a área doadora é escolhida de acordo com a necessecidade da quantidade e qualidade de pele, maior ou menor exposição ao observador e o instrumento (bisturi, lâmina de blair ou derátomo elétrico). Complicações Precoces: - hematoma - seroma - infecção - mobilidade do enxerto sobre o leito receptor - leito receptor mal vascularizado - erros técnicos: hemostasia inadequada, tensão na sutura impedindo o contato adequado do enxerto com o leito receptor - armazenamento inadequado do enxerto Tardias: - discromias: mais frequente a hiperpimentação - retração secundária: pela proliferação dos miofibrlblastos - depressão da área enxertada Cuidados com a área doadora - nos enxertos de pele total: fechada primariamente -nos enxertos de pele total: Exposição: área cruenta sem curativos. Cria-se crostas que caem espontaneamente a medida que se reepiteliza; Fechado: ocluido com morim, ou gase lubrificados ou não e abertos no 5º dpo. O tecido aderido se desprende por si a medida que ocorre reepitelização Cuidados com a área receptora: Pré-operatório: bem vascularizada, bom tecido de granulação, sem infecções ou tecido desvitalizado; Intra-operatório: tecido de granulação exuberante deve ser retirado, hemostasia do leito receptor, sutura do enxerto sem tensão; Pós-operatório: áreas enxertadas podem ser mantidas expostas ou fechadas; pode ser necessário tala gessada em membros, em região cervical deve ser mantido o pescoço em extensão e oclusão do enxerto com compressão, usar curativo de brown em áreas de superfícies irregulares. Curativos biológicos: São usados basicamente para o preparo da área receptora em grandes queimados, úlcera de pressão, membros com fraturas expostas e ferimentos infectados. Os mais utilizados são: pele de cadáver, membrana amniótica humana, peles de porco, rã e membranas de celulose. Retalhos Cutâneos Definição: uma unidade cutânea constituída por pele e tcsc transferidada de uma área (doadora) para outra (receptora), sendo os vasos de seu pedículo responsáveis por sua nutrição. Classificação dos retalhos 1. Quanto à forma: - planos: retalhos que mantêm a forma original - tubulares: retalhos cujas bordas são suturadas formando um tubo 2. Quanto ao número de pedículos: - monopediculados - bipediculados - mutltipediculados - quanto à constituição - simples: apenas pele e tcsc - compostos: pele e tcsc que levam consigo osso, músculo, cartilagem e fáscia 3. Quanto à irrigação: - randomizados ou ao acaso: irrigação provém das perfurantes músculo-cutâneas, que formam plexo subdérmico - axiais: irrigação se faz pela artéria cutânea direta , que penetra na base do retalho e corre ao longo do seu maior eixo - a) axiais penisulados: o pedículo é constituído de pele, tcsc, vasos e nervos - b) axiais em ilha: pedículo é constituído de vasos e nervos com ou sem tcsc - c) axiais livres ou microcirúrgicos: o pedículo vascular é esqueletizado, seccionado e anastomosadoem outro feixe vascular 4. Quanto à localização da área receptora em relação à doadora: A) retahos de vizinhança: 1- retalho de avanço ou deslizamento: são retalhos de pele e tcsc traçados a partir de uma deas bordas da área cruenta, que lhe é contígua, alcançando-a em um movimento retilíneo. Ex: bipediculado, v-y; 2- retalhos de rotação: são retalhos de pele e tcsc traçãdoa a partir de uma das bordas da área cruenta que lhe é contígua, alcançando-a em movimento giratório 3- retalho de transposição: retalhos de pele e tcsc , de forma variável, que, para alcançar a área cruenta, realizam um movimentogiratório, transpondo a área de pele normal. Ex: bilobulado, limberg; 4- retalho de interpolação: são retalhos de pele e tcsc de forma variável que, para alcançar a área cruenta, realizam um movimento giratório, passando em ponte sobre a pele normal. Ex: retalho frontal para reconstrução nasal B) retalhos a distância São retalhos obtidos de uma região distante do local a ser reparado. Exigem mais de dois procedimentos Diretos: são usados diretamente sobre a área receptora. Ex: tagliacozzi, inguinal2- Indiretos: São retalhos que necessitam de um vetor para sua transferência. Geralmente. São geralmente tubulizados, sendo o punho o vetor mais empregado. 3- Livres ou de transplante microcirúrgico Zetaplastia: técnica na qual dois retalhos triangulares são transpostos. O z pode ser único ou múltipo. É indicado no alongamento de cicatizesretráteis, mudança da posição de uma cicatriz em relação às linhas de forças, correção de defeitos congênitos (sinactilias, epicanto, fissuras labiopalatinas).
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