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#4 Arteriografia e Sala de Radiologia Intervencionista

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Hemodinâmica
Aula 4 – Arteriografia e sala de 
radiologia intervencionista.
Professora; Mirella Kabad
Arteriografia
• A arteriografia consiste num método diagnóstico, minimamente evasivo, 
realizado para estudo das doenças arteriais ou doenças com importante 
participação arterial. O exame exige o acesso ao espaço intravascular de 
uma artéria, conseguido através de uma punção. Realizada a punção arterial, 
com o uso de cateteres especiais e guias, pode-se navegar por dentro das 
artérias para os mais diversos locais do corpo, orientando-se por imagens em 
tempo real na tela do computador. Uma vez atingido o local de interesse, é 
injetado contraste radiológico e adquiridas imagens digitais, que são 
processadas e trabalhadas. É um método que evoluiu de forma rápida, sendo 
um procedimento seguro e confiável para o diagnóstico de determinas 
patologias.
• Arteriografia eletiva: indicada para o diagnóstico e avaliação da 
gravidade da aterosclerose em diversos territórios arteriais, como: 
artérias cerebrais (doença vascular cerebral), aorta e as artérias 
periféricas (mesentéricas, renais e dos membros inferiores). Outras 
indicações da arteriografia incluem a investigação de aneurismas e 
má formações arteriais.
• Arteriografia de emergência: indicada para 
doenças agudas que acometem as artérias como: 
dissecção aórtica aguda, as embolias (coágulos 
provenientes de outros locais, que entopem as 
artérias) ou trombose (formação de um coágulo e 
uma placa de gordura na parede da artéria).
Dissecção da aorta
• dissecção da aorta, que consiste na 
separação da túnica íntima da 
adventícia do vaso, é o evento grave 
que mais frequentemente afeta a aorta. 
É aproximadamente 2 a 3 vezes mais 
frequente que ruptura de aneurisma de 
aorta abdominal. Consiste basicamente 
de uma luz verdadeira, separada da luz 
falsa pela camada íntima. A dissecção 
pode terminar em uma nova ruptura na 
íntima ou em fundo cego.
 
• A progressão da doença pode levar a comprometer o fluxo 
sangüíneo na própria aorta ou na emergência de seus ramos, 
levando à oclusão ou má perfusão de orgãos ou extremidades. O 
enfraquecimento das camadas da aorta pode levar à ruptura ou 
formação de aneurismas. Atualmente o diagnóstico da patologia 
pode ser feito com o auxílio de vários métodos de investigação. Por 
apresentar manifestação clínica muito variada, que pode acometer 
diversos órgãos vitais, a dissecção da aorta é freqüentemente 
confundida com várias doenças agudas, retardando ou mesmo 
impedindo o diagnóstico em vida. O tratamento clínico e/ou cirúrgico 
na fase aguda altera significativamente a mortalidade.
Riscos da arteriografia
• A complicação mais 
comum associada 
ao cateter 
angiográfico é a 
hemorragia do local 
da punção. 
Naturalmente há 
risco de reação ao 
meio de contraste, 
além de outros 
fatores de risco 
relacionados a 
insuficiência renal.
A SALA 
• Diferente da radiologia convencional a radiologia 
intervencionista requer uma SALA ESPECIAL.
• A sala de procedimento deve ter, pelo menos 6m 
de largura e 47 m(2) de área. Esse tamanho é 
exigido para acomodar a quantidade de 
equipamentos necessários e o grande numero de 
pessoas envolvidas nos diversos procedimentos. 
• A fluoroscopia proporciona uma imagem 
em movimento, em tempo real, 
permitindo sua aplicação em 
procedimentos nos quais se deseja obter 
imagens dinâmicas de estruturas e 
funções do organismo com o auxílio de 
meios de contraste à base de iodo ou 
bário. A imagem gerada pela fonte de 
raios X é formada em uma tela 
fluorescente de entrada de um 
intensificador de imagem, que converte a 
imagem dos raios X do paciente em uma 
imagem luminosa. A intensidade da luz é 
diretamente proporcional à intensidade 
de raios X e, portanto, a imagem é fiel . 
Equipamento intervencionista com intensificador de imagem
• Gerador de raios X O gerador de raios X modifica a tensão e a corrente de 
entrada proveniente da rede elétrica, proporcionando as condições 
necessárias para a produção do feixe de raios X. O gerador controla o início 
e o término da exposição e possibilita a seleção das energias, taxa de dose 
e tempos de exposição.
• O gerador é ligado ao sistema de controle automático de exposição (CAE), 
ou ao controle automático de brilho (CAB), que controla os parâmetros 
operacionais, tensão máxima (kVp) e corrente (mA). Fototemporizadores e 
subsistemas de controle de brilho automático medem a exposição da 
radiação incidente no receptor de imagem para gerar instantaneamente um 
sinal de retorno que permite adequar as densidades das imagens adquiridas 
ou o brilho da imagem fluoroscópica. 
Modos de operação em 
fluoroscopia
• De maneira geral, um equipamento intervencionista é capaz de trabalhar com faixas de 
tensões entre 50 e 125 kVp, controle automático de exposição e possibilidade de 
congelamento da última imagem adquirida fluoroscopicamente (LIH). O circuito de LIH 
consiste em um conversor analógico digital que converte o sinal de vídeo (fluoro) em 
uma imagem digital. Quando o pedal utilizado para emitir radiação por fluoroscopia é 
liberado, é gerado um sinal que faz com que a última imagem gerada pelos raios X seja 
capturada. Esta imagem é apresentada constantemente no monitor de vídeo até que o 
pedal fluoroscópico seja pressionado novamente. O congelamento da última imagem é 
um recurso útil, porque reduz a dose no paciente. É especialmente útil em instituições de 
treinamento de profissionais onde os residentes estão desenvolvendo suas 
habilidades com a fluoroscopia. Por outro lado, o congelamento da imagem permite ao 
operador examinar a imagem o tempo necessário sem necessidade de radiação 
adicional . 
• Normalmente, os equipamentos intervencionistas dispõem de pelo menos 
três modos de magnificação (por exemplo 13, 17 e 23 cm); dois modos de 
imagem: fluoro (imagem em tempo real) e aquisição digital (cine), com 
diferentes freqüências de pulsos. A fluoroscopia contínua é a forma básica 
da fluoroscopia, que consiste na emissão contínua do feixe de raios X 
usando correntes entre 0,5 mA e 4 mA (dependendo da espessura do 
paciente). A câmara de vídeo apresenta a imagem a uma frequência de 30 
imagens por segundo, de modo que cada imagem fluoroscópica requer 33 
ms (1/30s). Qualquer movimento que aconteça dentro dos 33 ms de 
aquisição, gerará um “borrão” na imagem; no entanto, isto é razoável para a 
maioria dos procedimentos. Na fluoroscopia pulsada, o gerador produz uma 
série de curtos pulsos de raios X. Neste modo, na maioria dos 
equipamentos, tanto a freqüência (imagens/s), como a largura do pulso 
(tempo em ms) e a sua altura (mA) podem ser modificados.
Esquema ilustrativo de frequências de pulsos. Em a), a altura dos pulsos 
(corrente, mA) é igual , porém a freqüência de pulsos (imagens/s) é maior 
na imagem inferior. Em b), a frequência de pulsos é a mesma nos dois 
casos, porém a largura dos pulsos (tempo, ms) e a altura dos pulsos 
(corrente, mA) são diferentes
A B
to be continued ...

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