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3a Prova de A´lgebra Linear — Turma B — 02/07/2014 Prof. Lu´ıs Fernando Crocco Afonso Gabarito 1) (15 pontos) Determine as poss´ıveis formas canoˆnicas de Jordan de um operador T : R10 → R10 cujo polinoˆmios caracter´ıstico e minimal sa˜o, respectivamente, p(x) = (x− 3)6(x− 6)4 e m(x) = (x− 3)2(x− 6)2. Uma Soluc¸a˜o Os autovalores sa˜o 3 e 6, com multiplicidade 6 e 4, respectivamente. Enta˜o a matriz deve ter 6 entradas iguais a 3 e 4 entradas iguais a 6 na diagonal principal. Como o polinoˆmio minimal e´ m(x) = (x − 3)2(x − 6)2, os blocos elementares de maior ordem dos autovalores 2 e 6 devem ter ambos ordem 2. Ficamos, enta˜o, com as seguintes possibilidades: 3 0 1 3 3 0 1 3 3 0 1 3 6 0 1 6 6 0 1 6 , 3 0 1 3 3 0 1 3 3 0 1 3 6 0 1 6 6 6 , 3 0 1 3 3 0 1 3 3 3 6 0 1 6 6 0 1 6 , 3 0 1 3 3 0 1 3 3 3 6 0 1 6 6 6 , 3 0 1 3 3 3 3 3 6 0 1 6 6 0 1 6 , 3 0 1 3 3 3 3 3 6 0 1 6 6 6 . 2) (15 pontos) Seja R3 munido do produto interno 〈(x1, y1, z1), (x2, y2, z2)〉 = 2x1x2 + x1y2 + x2y1 + y1y2 + 2z1z2. Determine o aˆngulo formado pelos vetores u = (2, 0, 2) e v = (0, 3, 0). Uma Soluc¸a˜o Temos 〈(2, 0, 2), (0, 3, 0)〉 = 2 · 2 · 0 + 2 · 3 + 0 · 0 + 0 · 3 + 2 · 2 · 0 = 6, 〈(2, 0, 2), (2, 0, 2)〉 = 2 · 2 · 2 + 2 · 0 + 2 · 0 + 0 · 0 + 2 · 2 · 2 = 16, 〈(0, 3, 0), (0, 3, 0)〉 = 2 · 0 · 0 + 0 · 3 + 0 · 3 + 3 · 3 + 2 · 0 · 0 = 9, |(2, 0, 2)| = √ 〈(2, 0, 2), (2, 0, 2)〉 = √ 16 = 4, |(0, 3, 0)| = √ 〈(0, 3, 0), (0, 3, 0)〉 = √ 9 = 3. Logo, se θ e´ o aˆngulo procurado, obtemos cos θ = 〈(2, 0, 2), (0, 3, 0)〉 |(2, 0, 2)| |(0, 3, 0)| = 6 4 · 3 = 1 2 . Portanto, θ = pi/3. 3) (15 pontos) Determine os valores de k para os quais o operador T : R3 → R3 dado por T (x, y, z) = (2x+ ky + z, y + 3z, z) e´ diagonaliza´vel. Uma Soluc¸a˜o A matriz de T na base canoˆnica de R3 e´ A = 2 k 10 1 3 0 0 1 . O polinoˆmio caracter´ıstico de T e´ p(λ) = (λ− 2)(λ− 1)2. Enta˜o, T e´ diagonaliza´vel se, e somente se, o polinoˆmio g(λ) = (λ− 2)(λ− 1) anula A, isto e´, se, e somente se g(A) = (A− 2I)(A− I) = 0, onde I e´ a matriz identidade 3× 3. No entanto, g(A) = 0 0 3k0 0 −3 0 0 0 6= 0 qualquer que seja k. Logo, na˜o existe valor de k que torne T diagonaliza´vel. 4) (15 pontos) Determine x, y e z para que a matriz M = 1/√3 1/√14 x1/√3 2/√14 y 1/ √ 3 −3/√14 z seja ortogonal. Uma Soluc¸a˜o M sera´ uma matriz ortogonal se, e somente se, M tM = I. Calculando M tM e comparando com a matriz identidade obtemos as equac¸o˜es x+ y + z√ 3 = 0, x+ 2y − 3z√ 14 = 0. x2 + y2 + z2 = 0. As duas primeiras equac¸o˜es formam um sistema linear cuja soluc¸a˜o e´ x = −5z, y = 4z com z ∈ R. Substituindo estes valores na 3a equac¸a˜o obtemos 1 = x2 + y2 + z2 = 25z2 + 16z2 + z2 = 42z2. Logo, z = ±1/√42. Assim, os valores que tornam M ortogonal sa˜o x = − 5√ 42 , y = 4√ 42 , z = 1√ 42 ; ou x = 5√ 42 , y = − 4√ 42 , z = − 1√ 42 . 5) (20 pontos) Seja R5 munido do produto interno usual. Determine o complemento ortogonal do subespac¸o S = {(x, y, z, u, v) ; x+ y + z = 0, z + u+ v = 0, v = 0}. Uma Soluc¸a˜o S e´ o espac¸o soluc¸a˜o do sistema x+ y + z = 0 z + u+ v = 0 v = 0 , cuja soluc¸a˜o e´ x = −y + u z = −u v = 0 y, u ∈ R . Uma base de S e´ B = {v1, v2} com v1 = (−1, 1, 0, 0, 0), v2 = (1, 0,−1, 1, 0). Temos, enta˜o, que w = (x, y, z, u, v) ∈ S⊥ se, e somente se{ 〈w, v1〉 = −x+ y = 0 〈w, v2〉 = x− z + u = 0 . A soluc¸a˜o deste u´ltimo sistema e´ x = z − u y = z − u z, u, v ∈ R . Logo, S⊥ = {(z − u, z − u, z, u, v) ; z, u, v ∈ R}. 6) (20 pontos) Determine uma base B de R3 que diagonalize ortogonalmente o operador linear T : R3 → R3 dado por T (x, y, z) = (4x, 3y + z, y + 3z). Uma Soluc¸a˜o A matriz A de T na base canoˆnica de R3 e´ A = 4 0 00 3 1 0 1 3 . O polinoˆmio caracter´ıstico de T e´ p(λ) = det(A− λI) = −(λ− 4)2(λ− 2). Logo, seus autovalores sa˜o 4 e 2. O autoespac¸o S2 associado a 2 e´ o conjunto das soluc¸o˜es do sistema linear homogeˆneo 2x + = 0 + y + z = 0 y + z = 0 , ou seja, S2 = {(0,−z, z) ; z ∈ R}. Uma base deste subespac¸o e´ B2 = {(0,−1, 1)}. O autoespac¸o S4 associado a 4 e´ o conjunto das soluc¸o˜es (x, y, z) do sistema linear homogeˆneo{ − y + z = 0 y − z = 0 , ou seja, S4 = {(x, z, z) ; x, z ∈ R}. Uma base deste subespac¸o e´ B4 = {(1, 0, 0), (0, 1, 1)}. E´ fa´cil perceber que B2 ∪ B4 e´ um conjunto ortogonal. Como queremos uma base ortonormal, normalizamos os vetores deste u´ltimo conjunto, obtendo uma base B = {( 0,− 1√ 2 , 1√ 2 ) , (1, 0, 0), ( 0, 1√ 2 , 1√ 2 )} .
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