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Controle do Sistema Cardiovascular

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Controle do Sistema Cardiovascular
O controle nervoso da circulação redistribui o fluxo sanguíneo para as diferentes áreas do corpo, regulando o aumento ou a diminuição da atividade de bombeamento cardíaco e fazendo o controle da pressão arterial sistêmica. Esse controle nervoso da circulação é realizado quase inteiramente pelo sistema nervoso autônomo. (GUYTON; HALL, 2011).
	O sistema mais importante da regulação circulatória é o nervoso simpático, embora o parassimpático contribua na regulação da função cardíaca. A inervação das pequenas artérias e arteríolas permite a estimulação simpática para aumentar a resistência ao fluxo sanguíneo e, por conseguinte, diminuir sua velocidade pelos tecidos. Com relação aos vasos maiores, em particular as veias, torna possível a diminuição do seu volume, o que impulsiona o sangue para o coração e ganha papel importante na regulação do bombeamento cardíaco. As fibras simpáticas também se dirigem para o coração, acentuando sua atividade tanto pelo aumento da frequência cardíaca quanto pelo aumento da força e do volume de seu bombeamento. Já o sistema parassimpático, ele exerce papel secundário no controle circulatório – seu efeito mais importante na frequência cardíaca. Essa estimulação provoca diminuição dos batimentos do coração e redução no ato de contração do músculo cardíaco. (GUYTON; HALL, 2011).
	O sistema nervoso também é o que regula a vasoconstrição e vasodilatação, possuindo muitas fibras para a primeira ação e apenas algumas para a segunda. Elas estão distribuídas para todos os segmentos da circulação, embora mais numerosas em alguns tecidos. O efeito vasoconstritor é singularmente intenso nos rins, nos intestinos, no baço e na pele. Grande parte de pequenos neurônios ao longo da substância reticular da ponte, do mesencéfalo e do diencéfalo pode excitar ou inibir o centro vasomotor. Normalmente, os neurônios nas partes laterais e superiores da substância reticular provocam excitação, enquanto as porções das mediais e inferiores causam inibição. A substância norepinefrina é secretada na musculatura vascular lisa pelas terminações nervosas, causando vasoconstrição, enquanto que a epinefrina provoca o efeito oposto – vasodilatação. (GUYTON; HALL, 2011).
	O controle nervoso da circulação tem papel ímpar na capacidade de causar aumento rápido da pressão arterial. Para isso, todas as funções vasoconstritoras e cardioaceleradoras do sistema nervoso simpático são estimuladas ao mesmo tempo. Simultaneamente, acontece a inibição dos sinais inibitórios parassimpáticos vagais que chegam ao coração. Assim sendo, ocorrem as seguintes alterações: (1) as arteríolas da circulação sistêmica se contraem, (2) as veias se contraem fortemente e (3) o coração aumenta ainda mais o bombeamento cardíaco. O controle nervoso da pressão arterial é o mais rápido de todos os mecanismos de controle pressórico. (GUYTON; HALL, 2011).
	O mecanismo nervoso de controle da pressão arterial tem os barorreceptores como o mais conhecido e ativo reflexo. Ele é desencadeado por receptores de estiramento, localizados em pontos estratégicos nas paredes das grandes artérias sistêmicas. O aumento da pressão arterial estira os barorreceptores, transmitindo a informação para o SNC. Então são enviados sinais de “feedback” de volta pelo SNA para a circulação, regulando a pressão arterial à sua normalidade. (GUYTON; HALL, 2011).
	A maior parte do controle nervoso da circulação é realizada pelo sistema nervoso autônomo, mas existem pelo menos duas condições nas quais os nervos e músculos têm participações importantes na circulação; normalmente isso ocorre durante exercícios físicos, intensos ou não. (GUYTON; HALL, 2011).
GUYTON, Arthur; HALL, John. Tratado de Fisiologia Médica. In: Regulação Nervosa da Circulação e o Controle Rápido da Pressão Arterial. 12° ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011, p. 213-223.

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